quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Páscoa

Diferentemente da Páscoa cristã, a Páscoa judaica é definida por uma data fixa, o que variava na verdade eram os dias da semana. A Páscoa judaica foi instituída por Deus, no livro de Levítico 23.5 nos diz isso, já em êxodo 12.1-14 vemos o próprio Deus instituindo e orientando como seria o cerimonial da Páscoa. Como nos é dito a Páscoa começava no primeiro mês porém, o cordeiro era sacrificado no décimo quarto dia a Pascoa se estendia por mais uma semana, onde ocorria a festa dos pães azimos. Êx 12.18. Vemos então que a Páscoa não se restringia há um dia somente. A palavra Páscoa vem do hebraico (פסח pecach) que significa saltar, passar por cima, cumprindo assim a promessa de Deus que se encontra em êxodo 12.12-13, ao contrário do que é ensinado no meio cristão, a Páscoa não significa a ressurreição de Jesus Cristo, ao contrário representava a sua morte, simbolizado pelo cordeiro sem defeito que era sacrificado. Êx 12.5-6. Jo 1.29 e 36. A Páscoa tem dupla aplicação, aplica-se ao povo judeu com relação ao êxodo ou a saída da escravidão do Egito, e simboliza a libertação do povo de Deus do pecado pelos méritos de Jesus Cristo. Outro fato que não é bíblico é o deixar de comer carne durante a Páscoa, pelo contrário a Páscoa era uma cerimônia onde se comia carne. Êx 12.8-9. O significado do ovo de Páscoa. Em algumas culturas na Páscoa, é comum a prática de pintarem-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia. Antes, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, os lebres e ovos pintados eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e NÃO um coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada (claro que a versão “coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Ostera, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima. Dizia a lenda que a lebre de Ostera pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Ostera no dia 30 de Março. Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxã, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. A entrada destes símbolos para o cristianismo aconteceu na organização do concílio de Nicéia em 325 dc. Pois o objetivo era ampliar o número de fiéis, para isso foi necessário adaptar tradições e símbolos pagãos e incorpora-los ao cristianismo. Percebemos que por traz disso tudo tem o dedo do paganismo, e em conjunto o comércio; os ovos que temos hoje na Páscoa é de chocolate e não um simples ovo cozido pintado. Outro erro crasso do atual cristianismo é atribuir a Páscoa e ao domingo como sendo o dia e a ressurreição de Jesus. Qual é o conselho bíblico que Deus nos deixou? Ap.18.4 Devemos atualmente observar a Páscoa? Os cristãos não! I Co. 5.7-8 Jesus o cordeiro de Deus já foi sacrificado por nós. Já os judeus observam a pascoa de acordo com o que está estipulado na bíblia, para eles foi ordenado que lembrassem para sempre dos feitos de Deus ao liberta-los do Egito. Êx. 12.14. Os cristãos que querem verdadeiramente um comprometimento com Deus também foram libertados, não de uma forma física visível, mas espiritual, porém, igualmente sobrenatural. Deixou Cristo alguma cerimônia para isso? Sim. O lava pés e a ceia Jo 13.12-15, Lc. 22.17-20 foi uma prática ensinada e praticada na igreja I Co 11.23-26 I Tm 5.10 e existe uma promessa que a ceia acontecerá até mesmo no reino de Deus. Lc.22.18 Ap. 19.9. Portanto, a Páscoa de maneira nenhuma comemora-se a ressurreição de Jesus Cristo e sim a sua morte. O principal elemento para se comemorar a Páscoa judaica era a morte do cordeiro o qual representava a Cristo, atualmente nós não precisamos comemorar a pascoa, mas sim o que foi deixado pelo próprio Jesus, o lava pés e a santa ceia.