domingo, 21 de outubro de 2012

Objeções lógicas a trindade.


Todos os que creem na doutrina da Trindade afirmam ser monoteístas, ou seja, que adoram a um só Deus, o Deus da bíblia. Porém, isto se mostra bastante confuso, pois todo trinitariano adora não só ao “Deus-Pai”, mas também ao “Deus-Filho” e ao “Deus Espírito Santo”.

Quantos Deuses estão adorando os que creem nesta doutrina? Se prestarmos atenção veremos que eles, os trinitarianos crêem que Deus é: o pai, o filho e o espírito santo. Não há nenhuma dúvida na pluralidade de pessoas, e se cada uma pessoa é Deus, logo teremos um politeísmo.

Sem dúvida, chamá-los “Deuses” indicaria que são politeístas, e “politeísmo” é uma palavra que não faz parte da teologia cristã tradicional. Não obstante, certamente é uma palavra que está sempre presente na prática religiosa.

Por isso, os teólogos católicos e protestantes tratam de chamá-los de “Pessoas” e não “Deuses”. Quanta diferença pode existir entre ambas as expressões? Na realidade, nenhuma! Quantas Pessoas adoram os trinitarianos? Esta pergunta sim é admissível aos teólogos; e a resposta é: a três pessoas.

Pode alguém que se considera cristão ser monoteísta se está adorando a Três Pessoas? Agora se torna mais compreensível o porquê de se ter cunhado frases como “adoramos a um só Deus em Trindade”. Contudo, este é um subterfúgio que oculta o caráter politeísta do dogma trinitariano.

Além disso, o dogma trinitariano é sustentado por termos técnicos, tais como: (funcionalidade, termo atribuído a Jesus como filho de Deus no âmbito terrestre) deus triúno, trindade, deus filho, deus espírito santo. Termos estes que não são encontrados na bíblia.

Por outro lado a bíblia usa as expressões, filho de Deus, e espírito de Deus, não o inverso disso. A trindade não é uma doutrina bíblica, a própria palavra trindade nos diz isso, na verdade é uma adoração a três pessoas, e consequentemente três deuses, pois “trindade” significa três deidades.

A Trindade é absolutamente contrária à doutrina da Bíblia. Desqualifica Deus como o Soberano do Universo. Se acredito na trindade logo terei que acreditar que Jesus não morreu. Outra palavra usada para os membros da trindade e principalmente para Jesus é co-eterno. (Um homem não pode ser co-eterno e nem pode morrer). 1ª Tm. 1.17 (Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!)

Percebam que Deus é único, não de unidade composta. Eterno, e imortal, atributo pertencente somente a Deus. Para poderem conformar as incoerências encontradas no credo trinitariano, adicionaram no concílio de Calcedônia em 451 dC. O diofisismo  credo das duas naturezas de Jesus.

Se Jesus é co-eterno então Ele não pode ser um advogado entre Deus e os homens. Somente alguém que experimentou a natureza humana ou foi completamente como um de nós pode ser um intercessor.  Hb. 2.14 (Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo.) Hb. 4.15 (Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.)

Reparem que 1º Jesus participou da nossa natureza, não é dito que Ele tinha uma natureza divina. 2º é dito também que Ele, igualmente como acontece conosco foi tentado em todas as coisas. Ao passo que a bíblia diz que Deus não pode ser tentado pelo mal. Tg. 1.13 (Ninguém, ao ser tentado diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta.)



O Credo (trinitário) de Atanásio. Eis um trecho do credo: “Adoramos um só Deus em trindade... O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o espírito Santo é Deus; e, contudo eles não são três deuses, mas um só Deus.”

Sendo assim, Cristo, de acordo com o credo de Atanásio, é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, com o Pai sendo a primeira e o Espírito Santo a terceira. Cada uma dessas pessoas é Deus. Deste modo, se afirma que o Pai é Deus, que o Filho é Deus e que o Espírito Santo é Deus e que esses três deuses fazem um só deus.

De acordo com a tabela de multiplicação trinitária, três vezes um é um, e de acordo com a regra de subtração segundo os trinitarianos, se diminuirmos dois de três sobram três, a regra de adição também é estranha. Se somarmos dois mais um teremos apenas um, pois cada um é igual a si mesmo e aos outros dois. Complicado não?

Como podemos conciliar o pensamento de Atanásio com os seguintes versos bíblicos? Ex. 20.3 (Não terás outros deuses diante de mim.) O que significa o pronome mim? Seriam três pessoas? Não, não é assim que nos fala o profeta Daniel. Dn. 2.28. (Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça, quando estavas no teu leito, são estas.) Reparem, há um Deus no céu.
                         
A cristandade como um todo asseguram o seguinte: [Com certa freqüência, os cristãos foram e, às vezes, ainda são acusados de serem politeístas - adoradores de mais de um Deus. Essa é uma acusação compreensível, mas falsa. Como cristãos, admitimos que existam três Pessoas na Divindade: "são um em desígnio, mente, em caráter, mas não em pessoa". A religião cristã não é uma crença em três deuses separados; ao contrário, é uma crença em um Deus que Se manifesta em três pessoas que trabalham em perfeita harmonia uma com a outra.]

O difícil mesmo é entender essa questão, como pode ser um só Deus sendo três pessoas, se a própria doutrina ensina que cada uma das pessoas é deus? O que o próprio Jesus falou sobre esta questão? Mt. 19.17 (Respondeu-lhe Jesus: Por que me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe um...)
     

Mc. 12.32 (Disse-lhe o escriba: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que ele é o único, e não há outro senão Ele.) Jo. 17.3. (E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.)


Os defensores da doutrina da trindade afirmam que tal doutrina é um mistério, pergunto: se é um mistério como puderam formulá-la? O mistério aconteceu pelo simples fato de recusarem seguir somente o que está escrito na bíblia, Por exemplo: o que disse o apóstolo Paulo? Rm. 16.27 (ao Deus único e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém!)
     

 1ª Co. 8.4-6 (No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus. Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.) Ef. 4.6 (um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.)

Se esses versos bíblicos não estiverem literalmente dizendo que Deus é um no verdadeiro sentido da palavra, troco o meu nome. Em meio a vários versos bíblicos que nos falam de um só Deus, ou que Deus é único; o que fazer mais para mostrar que a doutrina da trindade não tem apoio bíblico?

Dentro da visão trinitariana, os três seres da trindade, formam um único Deus, ou seja, partilham da mesma essência divina. Se seguirmos este pensamento nós incorreremos em pelo menos dois problemas. Problema (1) Se este for o caso, nenhuma das três pessoas é deus no verdadeiro sentido da palavra.

Necessário seria então um quarto “ser ou elemento” esse sim seria o deus dos trinitarianos e então compartilharia os seus atributos para as três pessoas, pois como a própria doutrina ensina os três seres compartilham de uma só natureza e atributos. Se não for assim cabe uma pergunta: compartilham a natureza e essência de quem? Do pai? Ou o pai compartilha a do filho? Ou ambos compartilham a natureza do espírito?

Entra então o problema (2) se a natureza e a essência são comuns aos três, invariavelmente quer aceitam ou não, os três seres da trindade são três deuses, deixa de ser trindade para se tornar triteísmo. Desculpem-me os trinitarianos, na verdade é a mesma coisa, a doutrina da trindade é só uma camuflagem do triteísmo. Logo a trindade não pode em hipótese alguma ser um só deus, reparem na palavra trindade, o mesmo que três divindades.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Romanos 14.6 que dia é esse?


Os supostos guardadores do sábado alegam que a passagem bíblica de romanos 14.6 não comprova que o sábado da antiga aliança não é mais necessário para nós que vivemos na nova aliança. O fato das palavras não mencionarem o dia da semana alegam eles que não existe como provar que o texto se refira ao sábado do 4º mandamento da antiga aliança. 

Rm 14.6 diz: (Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus.) Percebam que o verso não define que dia o apostolo está mencionando, para algumas corrente do sabatismo Paulo está dizendo sobre o jejum, em outras palavras segundo eles, nós os cristãos não temos que nos preocupar com dias estabelecidos para jejuar. 

Mas convenhamos, se não podemos provar que o dia mencionado seja o sábado, eles também não podem afirmar que o apostolo esteja falando sobre o jejum. Alegam isso baseado no contexto do capítulo e no restante do verso seis que diz: quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus. 

Se somos considerados como nos baseando em uma exegese pobre com o intuito de reforçar o que cremos o mesmo devemos dizer para os opositores. Se analisarmos o contexto do capítulo o fato do verso dois dizer sobre alimento nada diz sobre jejum, se prestarmos bastante atenção veremos que o capítulo está tratando da tolerância entre os irmãos o que Paulo está dizendo é que nós, os que estamos em Cristo, devemos ter uma boa consciência e praticar o certo, e não impor algo desnecessário que não serve para a edificação. 

 Se romanos 14 não serve para dizer que o sábado como ordenança foi abolido o que dizer de Colossenses 2.16?  que diz: (Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados.) Se a questão é encontrar no verso a palavra que define o dia, ai está! 

Mas, para saírem pela tangente os supostos guardadores do sábado alegam que o texto está se referindo aos por eles chamados "dias de festa" ou "sábados cerimoniais ou anuais”. Porém, se eles aceitassem que a palavra sábados do texto de Colossenses se aplica corretamente ao sábado semanal, não haveria prova bíblica para sustentar a guarda do sábado no Novo Testamento. 

Explicam que a palavra sábados de Cl 2.16 se aplica aos por eles intitulados sábados cerimoniais ou anuais de Levítico 23. Dizem eles: existem dois sábados na escritura. O sábado semanal, que é de caráter moral, e o sábado cerimonial ou anual.  Este sim foi abolido na cruz, mas o sábado semanal continua obrigatório. Será isso mesmo, que Paulo está dizendo? Vamos ler o verso novamente. 

Cl. 2.16. Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados. As palavras de Colossenses 2.16 "dias de festa' se relaciona com os feriados anuais ou sábados cerimoniais denominados dias de festa" de Lv. 23.37 que diz: (São estas as festas fixas do Senhor, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao Senhor oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio.) 

Naturalmente os sábados cerimoniais ou anuais, já estão incluídos nessa frase, pois eram dias de festas. As festas em Israel eram as seguintes: festa da páscoa, festa dos pães ázimos, festa de pentecostes, festas das trombetas, festa da expiação e festa dos tabernáculos, ou das cabanas.  As palavras dias de festa, luas novas e sábados' é a fórmula consagrada para indicar os dias sagrados anuais, mensais e semanais ou inversamente, semanais, mensais e anuais. 

Eis alguns versos: Nm. 28.9-10 (No dia de sábado, oferecerás dois cordeiros de um ano, sem defeito, e duas décimas de um efa de flor de farinha, amassada com azeite, em oferta de manjares, e a sua libação; é holocausto de cada sábado, além do holocausto contínuo e a sua libação.) No sábado semanal era oferecido holocaustos ver o verso 14 As suas libações serão a metade de um him de vinho para um novilho, e a terça parte de um him para um carneiro, e a quarta parte de um him para um cordeiro; este é o holocausto da lua nova de cada mês, por todos os meses do ano. Reparem que o holocausto da lua nova era para ser feito todos os meses do ano. 

1ª Cr. 23.31 (E para cada oferecimento dos holocaustos do Senhor, nos sábados, nas Festas da Lua Nova e nas festas fixas, perante o Senhor, segundo o número determinado. Reparem sábados semanais, luas novas mensais, e festas fixas anuais. 

Ez. 45.17 (Estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas Festas da Lua Nova e nos sábados, em todas as festas fixas da casa de Israel; ele mesmo proverá a oferta pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel.) 

Percebemos aqui o seguinte: dias se referindo ao sábado, meses, luas novas, e ano, festas fixas, páscoa, tabernáculo e etc. Como se isso não bastasse os supostos guardadores do sábado dizem que apesar das palavras sábado e sábados aparecerem sessenta vezes no novo testamento somente o sábado de Colossenses 2.16 não se refere ao sétimo dia da semana. Pode uma coisa dessas? 

Alegam ainda que no texto de Colossenses 2.16 a palavra "sábados" aparece no plural e que essa palavra no Velho Testamento não é aplicada ao sétimo dia, mas a todos os outros dias de repouso sagrado que eram observados pelos hebreus, e particularmente ao começo e encerramento de suas grandes festividades. E dizem mais: “Se houvesse usado a palavra no singular, ‘o sábado’, teria ficado claro. Naturalmente, que ele pretendia ensinar que esse mandamento havia deixado de ser obrigatório, e que o sábado não mais devia ser observado.” Se a questão é essa então observem. 

Mt. 12.5 Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa?) Que sábados Jesus estava se referindo? Ao sétimo dia é claro! Lc. 6.2 (E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito aos sábado?) 

O fato é que Paulo não estava dizendo sobre os sábados ditos cerimoniais, pois eles já estavam inseridos nas festas, Ele disse: Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados. Dias de festas, anuais, lua nova, mensal, e sábados, semanal.  

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Imortalidade da alma, mito do paganismo.


Um conceito teológico completamente estranho as escrituras é a doutrina da permanência eterna da alma. Tal doutrina sustenta que ao morrer o ser humano vai através da alma diretamente para o céu a se encontrar com Deus. O termo alma é encontrado 522 vezes na Almeida revista e corrigida, e 381 vezes na Almeida revista e atualizada. 

A palavra alma no antigo testamento é nephesh e significa: alma, ser, vida, criatura, pessoa, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão, aquele que respira a substância ou ser que respira, o ser interior do homem, ser vivo (com vida no sangue) o próprio homem, ser, indivíduo, lugar das emoções e paixões, atividade da mente. 

Já no novo testamento a palavra é psykhé e tem o mesmo significado. Em nenhum lugar os léxicos grego/hebraico destacam que alma é um ser vivente independente do corpo. Mas, os imortalistas dizem que existem textos bíblicos que apoiam tal ensinamento. Iremos analizar alguns textos que falam sobre a alma. Lv. 17.12 (Portanto, tenho dito aos filhos de Israel: nenhuma alma de entre vós comerá sangue, nem o estrangeiro que peregrina entre vós o comerá.) 

Se admitirmos que a alma é um ser que vive a parte do corpo logo teremos que acreditar que tal alma se alimenta e sente fome. Lv. 23.27 (Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao Senhor. Sabemos que o espiritual tem superioridade sobre o físico, em outras palavras o corpo do homem está subordinado as forças espirituais, Deus, Jesus, os Anjos, se a alma que diz o verso 27 de levítico fosse do mundo espiritual, como poderia o corpo subjuga-lo? Vejam que o verso diz: Afligireis a vossa alma.  

Nm. 9.13 (Porém, se um homem achar-se limpo, e não estiver de caminho, e deixar de celebrar a Páscoa, essa alma será eliminada do seu povo, porquanto não apresentou a oferta do Senhor, a seu tempo; tal homem levará sobre si o seu pecado.) Se acreditarmos que a alma que o verso está dizendo é um ser independente do corpo, logo teremos que acreditar que somente a alma seria eliminada, nada diz sobre o corpo. Ez. 18.4 (Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.) O que Deus está dizendo através do profeta é que o homem que pecar esse morrerá, a alma nada mais é do que a junção corpo + fôlego de vida= alma vivente. 

Isso é comprovado por Gn. 2.7 (Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.) Reparem que o verso diz que o homem passou a ser e não a ter uma alma. Dt. 10.22 (Com setenta almas, teus pais desceram ao Egito; e, agora, o Senhor, teu Deus, te pôs como as estrelas dos céus em multidão.) Sabemos que Jacó ou Israel desceu para o Egito juntamente com setenta pessoas o qual a bíblia diz que são almas. 

Jó 47.10 (O homem, porém, morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?) Ec. 9.10 (Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.) Assim como outros temas importantes tais como trindade, morada no céu, diabo e etc. a questão da imortalidade da alma não é tratada no antigo testamento, em outras palavras esse era um conceito completamente desconhecido. 

A questão do diabo só começou a vir a tona após o cativeiro babilônico e ganhou forças no período inter-testamentário. O mesmo ocorreu com a crença na imortalidade da alma. Segundo o profº de filosofia João Francisco P Cabral  [Desde Homero, a alma ganhou contornos de fumaça, sombra, uma aspecto menos denso daquilo que é o corpo. No entanto, a partir de concepções místicas e religiosas, tais como o orfismo e o pitagorismo, a noção de alma foi ganhando contornos mais conceituais, ainda que de forma dialética, sem pretender formar uma posição absoluta sobre ela ou demonstrar o que ela seja. Platão foi o responsável por essa mudança.] 

No que concerne a questão religiosa a alma só é vista como parte importante da doutrina cristã devido ao fato de estar alicerçada por textos bíblicos isolados, entre os quais são perfeitamente refutáveis,  no momento o objetivo não é refutar tais textos mas, mostrar que o novo testamento emprega perfeitamente a palavra alma com o mesmo sentido do antigo testamento.  

Lc. 12.19 (Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.) Se levarmos em consideração que a alma descrita no verso é uma entidade imortal, pelo menos podemos dizer que ela sente fome e sede. 

At. 2.27 (porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.)   Falando sobre a ressurreição de Jesus nos é dito que Deus não deixou a sua alma na morte, ora não é ensinado que a alma é imortal?  Como então ela poderia ficar na morte? 

O que os escritores do novo testamento estão dizendo é que o homem é alma, assim como é dito em gênesis, corpo + folego de vida = alma vivente. No caso de Jesus o que podia ver a corrupção era o seu corpo. A alma que estava se regalando não era nenhum ser imortal mas, o próprio homem rico da parábola. Em outra palavras a alma como é ensinada no meio cristão é um mito. Assim como a psiquê da mitologia grega. Seu mito é narrado no livro O Asno de Ouro de Apuleio.