domingo, 21 de abril de 2013

Brasil, um País cristão...


Apesar de o Brasil ser um país predominantemente cristão, vemos no corpo doutrinário das instituições religiosas, ensinamentos que destoam grandemente da bíblia. Todos sabem ou deveriam saber que o cristianismo é uma religião que tem como base doutrinária a bíblia. Sendo assim pergunto: por que as religiões (denominações) ditas cristãs e mesmo as pessoas individualmente insistem em um cristianismo que não é bíblico?

Onde na bíblia ensina que Deus deve ser representado por amuletos e objetos de culto? Em lugar nenhum! Ao contrário, o que a bíblia diz: Ex. 20.4 (Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.) O que temos visto e presenciado é que muitos estão influenciados pelo paganismo, os povos pagãos da antiguidade tinham em mente que deveriam levar consigo amuletos e também fazer suas oferendas a Deus, com o intuito de aplacar a sua ira.

O ser humano como um ser físico necessita de um deus que possa ser tangível, na falta de uma imagem real de Deus passam a imaginar a deus como sendo qualquer coisa, uma das primeiras invenções para Deus foi dentro do cristianismo, imaginaram Deus como sendo um homem. Instituiram a Jesus Cristo como Deus, algo completamente estranho aos ensinamentos bíblicos, tudo isso com o objetivo de ter um Deus palpável. Vejam o contraste, o que o povo viu no monte Sinai que deu margem para fazerem um bezerro de fundição? Dt. 4.12 (Então, o Senhor vos falou do meio do fogo; a voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes aparência nenhuma.)

Reparem que o verso é enfático em dizer que o povo não viu absolutamente nada. Novamente o episódio ocorreu com o povo judeu pós êxodo, Deus os libertou do cativeiro, e como tentativa de “agradecimento” o que fizeram? Ex. 32.8 (E depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito.)

O mesmo ocorre atualmente, fizeram e fazem diversas imagens, tentando em vão representar a Deus, criaram com seus devaneios, meios pelos quais tentam provar que o corpo de Cristo pode ser comido, alegando que tal símbolo se transforma no corpo de Cristo, e com isto pecam. Sobre este assunto abro um parentese (se o corpo de Cristo se transforma em algo físico que pode ser literalmente comido, naturalmente ele deve ser digerido pelo sistema digestivo após isso o que irá ocorrer com ele? O pão ou a ceia ou o que restou dele o que não foi aproveitado pelo organismo será naturalmete expelido e lançado para um lugar escuso.

Deste modo é até blasfemo dizer que o corpo de Cristo literalmente se transforma a partir de um pedaço de pão). Fecho parentese. Com a iniciativa extra bíblica de inserir amuletos, imagens e tantas outras formas que tentam representar a Deus ou objeto de culto, as pessoas estão fazendo mais mal para sua vida espiritual do que bem. É bom lembrar que tradição religiosa acompanhada de longevidade da denominação não irá salvar ninguém, em outras palavras pertencer a essa ou aquela instituição religiosa não é passaporte para a vida eterna, muito menos quando essa destoa da realidade simples da bíblia, utilizando em seu lugar amuletos, imagens, rezas, imprecações e tradição.

O próprio povo de Deus da antiguidade, os judeus, foram inúmeras vezes reprovados por tentarem utilizar da tradição, ao invés das escrituras sagradas, um relato desse acontecimento está registrado no evangelho de Mateus, do qual podemos traçar um paralelo com a realidade que vemos na atualidade. Mt. 15.6-9 (E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição. Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.)

Tenho inúmeras vezes ouvido citações de líderes religiosos cristãos, dizem eles que qualquer pessoa ou instituição religiosa que não adere a determinados ensinamentos considerados por eles ortodoxo, não deve ser considerado cristão. Em minha análise, acredito que se o cristianismo aderiu a determinados ensinamentos o fez após um período de apostasia (negação da fé) instituído juntamente com ensinamentos pagãos carentes de apoios bíblicos. Onde na bíblia ensina que devemos ter um ídolo para representar a Deus ou anjo ou etc? Ao contrário 1ª Jo. 5.21 (Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.) A palavra grega “guardar” neste verso é  phulasso e entre outras coisas quer dizer: guardar a si mesmo de algo.

At. 15.20 (mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue.) Reparem que no princípio da igreja cristã era recomendado que os ídolos deveriam ser evitados, por que foi feito essa admoestação? Pelo fato já mencionado acima que nós seres humanos dependemos de algo real tangível para prestarmos culto, mediante isso os apóstolos recomendaram os seguidores a se absterem dos ídolos, que ídolos seriam estes? A palavra grega deste verso é eidolon que significa: uma imagem, uma réplica, qualquer coisa que representa a forma de um objeto, seja real ou imaginária.

Podemos destacar duas coisas interessantes (1) A permissão para se ter um ídolo não pode ter vindo dos apóstolos (2) O argumento que os ídolos da atualidade são apenas representativo não são válidos, pois viola diretamente os ensinamentos bíblicos, os quais ainda dizem: abstenham-se de qualquer coisa que representa a forma de Deus ou de Jesus Cristo, mesmo dos anjos e etc. Outro fato relevante é que a bíblia não diz que o ídolo o qual não deve ser feito e muito menos reverenciado ou representado não é uma imagem de Deus, mas sim de qualquer coisa que passa a ser objeto de culto. Em outras palavras ídolo é aquilo que toma o lugar da adoração espiritual, ou seja, um objeto visível que diretamente passa a ser o canal da minha adoração.


Jo. 4.24 (Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.) Em suma, Deus não pode ser representado, Deus não pode ser medido, Deus não pode ser comparado, Deus não precisa que imaginemos sua forma e aparência, Deus só pede que a nossa adoração seja espiritual, não representativa. Representações e cerimônias não salvam, não elevam e não enobrecem o espírito, precisamos ser transformados. Mas, por outro lado, todos os que estão satisfeitos com tais ensinamentos, não sou contra não faço campanha denominacional, nem mesmo proselitismo, antes, que vejam a luz da bíblia, não dos líderes, ainda que tenham eles as melhores das intenções, analisem a bíblia sem pré-conceitos estabelecidos e cristalizados. Tenho feito isso. 1ª Pe. 3.15 (antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A ceia do Senhor. II


Uma doutrina bíblica, só deve ser considerada doutrina quando ela for legitimamente bíblica. Usar da tradição e da mística como suporte doutrinário, é ir contra o que está escrito. Porém, a democracia deve imperar também na questão teológica, sendo assim, quem está feliz em sua denominação deve permanecer nela. Sou adepto ao diálogo teológico, avesso as agressões verbais. Outro fato é que uma doutrina bíblica deve estar abalizada em um contexto (todo o capítulo) e não em cima de insinuações, por exemplo, utilizar textos do capítulo seis de João para dar suporte à transformação do pão no corpo de Cristo é um erro teológico crasso, é ir além do que está escrito.

A doutrina bíblica só pode ser reconhecida quando esta estiver embasada em cima de um contexto. O que o contexto de João capítulo seis quer nos dizer? O contexto do capítulo nos mostra que Jesus estava chamando a atenção dos seus seguidores, isso pelo fato de muitos daqueles, estarem seguindo Jesus em busca do alimento físico, em outras palavras muita gente estava seguindo Jesus devido ao milagre que outrora Ele havia realizado. Mc. 6.35-38; 42-44 (Em declinando a tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram É deserto este lugar, e já avançada a hora; despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer. Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer. Todos comeram e se fartaram; e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os que comeram dos pães eram cinco mil homens.)

Jo. 6.22-26 (No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do mar notou que ali não havia senão um pequeno barco e que Jesus não embarcara nele com seus discípulos tendo estes partido sós. Entretanto, outros barquinhos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde comeram o pão, tendo o Senhor dado graças. Quando, pois, viu a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos tomaram os barcos e partiram para Cafarnaum à sua procura. E, tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.)

Com a resposta dada por Jesus está fixada a base para desvendarmos o que João capítulo seis está nos dizendo. Qual foi o assunto que desenvolveu após isto? Sobre o pão que eles comeram! Pois bem, o pão foi literal? Sim, matou a fome de milhares. Ele representava a ceia? O contexto não diz nem mesmo insinua isto. O contexto foi útil para Jesus, visto que Ele passou a utilizar do assunto, traçando um paralelo entre o maná que os judeus comeram no deserto e pereceram e o pão que da a vida eterna, com o objetivo de mostrar para o povo que eles deveriam buscar aquilo que era imperecível, não o pão físico o qual eles buscavam, mas aquele que foi dado por Deus para a vida eterna.

Muitos dirão: - então você concorda que Jesus é o pão da vida? Sim, a bíblia diz isso, só não diz que o pão da ceia se transforma no corpo de Cristo. Se admitirmos que comemos literalmente o corpo de Jesus naturalmente estaremos praticando o canibalismo, o capítulo seis de João está cheio de simbolismos, por exemplo: Jo. 6.35 (Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.) Este é o verdadeiro sentido de se alimentar de Cristo, ir a Ele, essa era a grande questão, o contexto estava relacionado ao alimento os judeus disseram- “nossos pais comeram do maná eles tiveram um grande sinal por meio de Moisés, por isso creram”. Após terem comido do pão, resultante do milagre de Jesus, os incrédulos procuravam ainda algum sinal. Jo. 6.30-31 (Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti? Quais são os teus feitos? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu. Por isso Jesus utilizou do mesmo para dirigir as palavras para os incrédulos que ora estavam ali. E neste contexto que entra o pão do céu, Jesus lhes respondeu:

(1) Não foi Moisés que realizou o milagre do maná, (2) Vossos pais comeram e morreram, (3) Vocês precisam de um pão que lhes de a vida eterna, (4) E Ele cabalmente lhes disse: Eu Sou este pão. Nada de místico pode ser encontrado nestas declarações, somente símbolos. A salvação não depende de comer ou não, até porque isso não garantiria salvação a ninguém, a salvação está explicitada nestas palavras de Jesus. Jo. 6.40 (De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

Crer em Cristo é ser transformado por Ele envolve fé, rito e cerimônia não transformam ninguém. Alguns sendo persuadidos por Jesus disseram: Jo. 6.34 (Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão.) qual foi a resposta de Jesus? “Depois da minha morte Eu me transformarei em pão, então vocês poderão se alimentar de Mim” Não, não foi isso, Jo. 6.35 (Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.) Reparem que a fome espiritual termina quando vamos a Cristo e cremos nEle, este é o verdadeiro sentido de nutrirmos dEle.

Outra questão lógica que não podemos fugir é: (a) o contexto de João capítulo seis nada tem em comum com a ceia do Senhor, (b) se a transubstanciação fosse uma realidade teológica, bíblica, que espécie de pão Jesus e os apóstolos comeram antes da sua morte? Em outras palavras se o pão literalmente se transforma no corpo de Cristo, que tipo de pão Jesus e os discípulos comeram? João capítulo seis tem o seu enfoque em Jesus, aquele que nos da vida, contrastando o maná que os antigos comeram no deserto e pereceram.

Os incrédulos buscaram a Jesus com o objetivo primário, em se saciar fisicamente utilizando dos recursos provindos dos milagres (pão, peixe etc.) realizados por Jesus. A partir daí não entendendo que as palavras de Cristo eram espirituais, creram de forma literal que Jesus estava estimulando o canibalismo entre a nação, não creram em Cristo. Apesar de terem visto o milagre, pediram um sinal, disseram que Moisés havia realizado um sinal, ao qual Cristo contesta dizendo que o maná fora uma ação divina.

O fato de estarem procurando por comida (pão) e terem falado do maná, (pão) do céu, foi a oportunidade que Jesus teve para dar sequência ao assunto e dizer que eles precisavam de algo espiritual, em outras palavras precisavam de um alimento que lhes proporcionasse vida. Foi aí que entrou a analogia, (maná pão do céu, e Cristo pão do céu). Mas alguém poderá objetar dizendo: e o verso 51 de João 6? (Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.)

Realmente Jesus disse ser o pão, porém disse que suas palavras tinham um significado espiritual, Jo. 6.63 (O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.) De igual modo Jesus foi representado por um cordeiro, cordeiro este que era comido pelo povo Judeu, Ex. 12.5 (O cordeiro será sem defeito, macho de um ano...)  Ex. 12.46 (O cordeiro há de ser comido numa só casa; da sua carne não levareis fora da casa, nem lhe quebrareis osso nenhum.) Jo. 1.36 (e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus! Será que o povo de Deus do passado comeram literalmente a carne de Jesus? Jesus igualmente disse ser a porta, Jo. 10.9 (Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.) Também disse ser a luz, a estrela da manhã, o caminho, a pedra e etc.

Porém ninguém acredita que Jesus esteja falando de uma forma literal, sujeito ao rigor das palavras, todos sabem que era uma forma figurada de dizer. Por que então o pão deve ser literal? Não faz sentido. O próprio Cristo disse que devemos fazer em memória  dEle Lc. 22.19 (E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim.) A palavra grega nesta passagem para memória é anamnesis e significa literalmente, lembrança, recordação.


      

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A ceia do Senhor.


A Ceia do Senhor ou santa ceia é uma ordenança bíblica assim como é o batismo. A ceia foi instituída por Cristo na véspera de Sua traição e crucificação. E por inspiração, Paulo o apostolo indicou que ela deve ser observada até Sua volta. (Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.)  1ª Co. 11.26.

Esta foi a ideia inicial da igreja, com simplicidade partir o pão, com o objetivo de reunir os irmão e testemunhar da morte, ressurreição e retorno de Jesus a terra. Porém, alguns querendo espiritualizar aquilo que deve ser entendido de uma forma literal disseram que o pão era o próprio corpo de Cristo materializado.

E no Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563 pela igreja católica confirmou-se a presença de Cristo na Eucaristia, o qual tem o nome de Transubstanciação que é a conjunção de duas palavras latinas: trans (além) e substantia (substância) que para a igreja católica significa a mudança da substância do pão e do vinho na substância do Corpo e sangue de Jesus Cristo no ato da consagração.

Isto significa que esta doutrina defende e acredita na presença real de Cristo na Eucaristia. Algo ensinado pela tradição, haja vista, que não existe um texto bíblico sequer que aponte para a transubstanciação, e se não existe tal ensinamento nas escrituras, como crer então?

Dentro do protestantismo existe uma diferença de opiniões a respeito deste ensinamento, Lutero tinha a Ceia do Senhor como essência ou substância do Corpo e do Sangue de Cristo e não a transformação no mesmo. A essa forma de entendimento dá-se o nome de "consubstanciação" ou união sacramental.

Na visão do reformador Ulrico Zuínglio, a ceia é a lembrança do sacrifício de Cristo - essa posição é chamada de "memorialismo". A proposta de Calvino, em oposição a Lutero e Zuínglio, era que na ceia ocorria à presença de Jesus, não nos elementos, mas espiritualmente e posteriormente comunicada aos comungantes. A essa forma de entendimento dá-se o nome de "presença espiritual".

Como ensinou Calvino, a presença espiritual de Cristo é uma realidade na ceia, mas Zuínglio acertadamente ensinou que a ceia é algo comemorativo. "A Igreja Católica ensina a seus seguidores que, no momento em que o sacerdote, na Missa, pronuncia as palavras de consagração do pão e do vinho, estes mudam no corpo e sangue de Cristo."

Para dar suporte a este ensinamento apelam os católicos para as palavras de Jesus em João 6.48-51 e 54. E a transformam em algo literal, entendem assim pelo fato de ter Jesus dito: "A menos que comais a carne do Filho do homem e bebais o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos." Jo. 6.53. No verso 63 Ele plenamente indicou que Ele falara figurativamente nos versos precedentes. Segundo, eles supõem, contrario ao texto, que Jesus aludia à nossa participação dEle na Eucaristia assim chamada. O verso quarenta e sete mostra que participamos dEle pela fé.

Como vimos à ceia é uma comemoração da morte do Senhor. Jesus disse: "Fazei isto em memória de mim.”1ª Co. 11.24. A Ceia do Senhor vem nos mostrar à morte expiatória de Cristo. Jesus também disse: "Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor até que Ele venha." 1ª Co. 11.26. De modo que a Ceia é uma instituição comemorativa.

A ceia também é um lembrete de que Jesus nos prometeu que irá voltar. Notamos as palavras: "Proclamais a morte do Senhor até que Ele venha." Assim, todas as vezes que se observa a ordenança somos lembrados que estamos observando por causa da ausência da presença corporal de Cristo e que algum dia o simbólico dará lugar ao literal.

Quando de uma forma simbólica nos alimentamos de Cristo estamos dando testemunho que cremos nEle. Já frisamos que a nossa alimentação de Cristo não é literal. Participamos dEle pela fé e assim somos salvos. Trás a memória aos cristãos que precisamos constantemente alimentar-mos de Cristo e isso através de sua palavra. A repetição desta ordenança manifesta que a fé pela qual participamos de Cristo, não é meramente uma coisa momentânea, mas contínua, pela qual a alma é sustentada constantemente.

A ceia também representa ou é sinal da nova aliança, como somos sabedores todos os grandes pactos que são representados na bíblia traziam consigo um sinal, e a nova aliança não é diferente. Mc. 14.22-24. A ceia do Senhor é um sinal que somos devedores a nova aliança e não a antiga. Outro fato interessante é que o próprio Jesus disse que a nova aliança será para muitos e não para todos.