quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Trinitarianos dividem o corpo de Cristo.

Por rejeitarem o ensinamento bíblico acerca do unitarismo, os religiosos trinitários asseguram que tal visão leva a heresia, que por sua vez produz blasfêmia. Argumentam assim baseados na crença de que todos os cristãos deveriam ser unânimes nas suas declarações de fé, para isso utilizam o texto bíblico que se encontra em 1ª Co. 1.13 (Acaso, Cristo está dividido Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?) Tendo em mente que Cristo não está dividido, apesar dos homens “religiosos” assim fazerem os trinitários afirmam que o unitarismo divide o corpo de Cristo.

O fato de se crer em um Deus que não é um Deus composto como é o caso do Deus trindade, não deveria ser motivos de alarde nem de injúrias e rejeições. Hoje a “cristandade” tem divido o corpo de Cristo em inúmeros “ramos” denominacionais, cada qual com sua doutrina particular, e em muitos casos até mesmo esdrúxula e existem aquelas que exacerbam-se umas contra as outras. Ter uma visão coerente sobre a pessoa de Deus, no caso, vê-lo como um Deus unitário, ou seja, que não divide sua glória com outras divindades, não da base para sermos chamados de hereges e contenciosos.

Atualmente temos visto e ouvido líderes religiosos dizerem que  o personagem bíblico Adão é um ser mitológico, que a (teoria) da evolução é mais do que uma hipótese. Bem quando rejeito o Adão histórico estou dizendo que o Cristo é um personagem mitológico, quando asseguro que não houve uma “queda” literal estou dizendo que não há necessidades de uma regeneração e muito menos de um sacrifício expiatório, ou seja, não existe méritos na obra de Cristo. 1ª Co. 15.22 (Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.) 1ª Co. 15.45 (Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.)

É impossível desassociar Cristo de Adão e vice versa. Dizer que o homem veio do macaco é contrariar grandemente os ensinos bíblicos acerca da criação, caso algum “religioso” seja ele líder ou não, venha a aceitar ou divulgar que o homem é um produto da evolução não dêem ouvidos a tal pessoa. Quando dizem que o relato bíblico da criação é apenas uma metáfora para demonstrar uma realidade maior tais líderes estão tentando descredibilizar todo o relato encontrado no Gênesis, estão dizendo que as palavras (Haja luz) são símbolos e metáforas.

Ora, se isso não é dividir o corpo de Cristo, se isso não é ridicularizar a palavra de Deus, se isso não é minar a fé dos pobres incautos, se isso não é uma tremenda heresia, o que mais seria? Será que tais divulgações se compara ao fato de alguém crer em um Deus único? Ex. 20.3 (Não terás outros deuses diante de mim.) A palavra dita pelo próprio Deus é: “diante de mim”, não diz, diante de nós. O que seria um Deus composto? Um Deus composto ou um Deus plural é quando se acredita que Deus é um ser compartilhado (em ou por) três pessoas. Não duvido da sinceridade dos teólogos trinitarianos, mas a filosofia utilizada para credibilizar tal dogma é muito ilógica.

Devemos entender a seguinte questão: se Deus é um ser compartilhado em três pessoas logo Deus é um ser independente das três pessoas, neste caso Deus seria o quarto elemento. Mas, se Deus é compartilhado por, ou pelas três pessoas, logo cada qual é Deus, então teremos três deuses. E é exatamente isso que a palavra trindade diz, tri-divindade.

Vamos imaginar a seguinte situação: existe uma pessoa que é super poderosa com todos os atributos tais como onisciência, onipotência, e onipresença. Vamos imaginar então que além dessa pessoa exista outra pessoa com os mesmos poderes e atributos mencionados, e vamos imaginar ainda mais, que além dessas duas pessoas exista então uma terceira pessoa igualmente poderosa com todos os atributos das outras duas. Suponhamos também que a primeira pessoa haja autonomamente, independente das outras duas, e que por incrível que pareça as outras duas tem as mesmas características.

Suponhamos ainda que a segunda e a terceira pessoas faça o mesmo, e que em suas ações elas sejam desprendidas e autônomas. Ora, podemos assegurar justificadamente que cada pessoa seja então um Deus. E é exatamente isso que o credo trinitário ensina, eles só não ensinam que tal ensinamento e é inescapável de que a doutrina da trindade objetivamente está dizendo que existam três deuses. É natural que contestem mas, o ônus da prova recai sobre eles, em dizer como três pessoas com os mesmos atributos e poderes que agem independentemente não são três deuses distintos, o fato de dizerem que não são três deuses é apenas um argumento circular, que não esclarece, só confunde.

Outra declaração injustificada que os “ditos ortodoxos estão acostumados a fazer é dizer que os unitários rejeitam o Espírito Santo, argumentam o seguinte: - “Para eles o Espírito Santo não é uma pessoa” ou “como podem dizer o contrário, se a própria bíblia diz que o Espírito Santo é Deus.” Vamos a bíblia. Jo. 4.24 (Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.) Seria dizer o mesmo que: o Espírito é Deus, o Espírito é Santo e que Deus é santo. Não existe confusão, nem mesmo rejeição ao Espírito Santo, o que existe é uma rejeição a uma suposta terceira pessoa da divindade conhecida como Espírito Santo.

A rejeição não é da pessoa bíblica do Espírito Santo, mas sim uma rejeição do Deus criado nos concílios da igreja. Se crermos que Deus é Espírito conforme o relato de João 4.24, e também se acreditamos que Ele Deus é uma pessoa, teremos que admitir que Ele é santo logo a pessoa do Espírito Santo é o próprio Deus, isso é comprovado pela bíblia Is. 6.8-9 (Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais.)

Quem disse essas palavras em Isaías? Deus! At. 28.25-26 (E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis.) Não podemos afirmar de forma nenhuma que o Espírito Santo possa ser uma suposta terceira pessoa.

Vamos Seguir a mesma lógica anterior: O Espírito é santo, Deus é Espírito, o Espírito é Deus, conclui-se então que Deus é Espírito Santo. Pois bem, imagine então se o Espírito Santo seja mesmo a terceira pessoa da trindade: Deus o pai é Espírito conforme João 4.24, então o Espírito Santo a terceira pessoa é espírito santo espírito, a declaração de Jesus em João seria um pleonasmo, pois seria o mesmo que ele estivesse dito: o espírito santo Deus é espírito. Não tem lógica. Não luto contra o Espírito, pelo contrário, clamo por ele, Não rejeito o Espírito Santo, antes, rejeito a terceira pessoa de uma suposta trindade.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Adão, um personagem histórico.

Atualmente existe uma disposição muito grande, mesmo por parte dos religiosos para assumirem que o personagem bíblico chamado Adão se trate apenas de uma figura mitológica, isso pelo fato de que a narrativa do livro do Gênesis trás no seu conteúdo a assertiva de que a serpente era um animal falante.

É por assumirem que as declarações iniciais de Gênesis é mitológica significa então que nunca houve um Adão e nem uma Eva. O fato de assumirem que os personagens Adão e Eva e os elementos que preenche a história tais como: serpente falante, árvore do conhecimento do bem e do mal fazem com que a verdade inicial da bíblia se torne apenas uma verdade moral retratada num símbolo. É o mito apontando para a realidade.

Gn. 3.1 “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” Apesar de a bíblia dizer que nos seus primórdios a serpente era um animal falante, não deve ser apoio para ninguém duvidar de que ela não esteja tratando de uma literalidade.

O fato de não vermos nenhuma serpente falante na atualidade, não significa que elas nunca falaram. É claro que certos acontecimentos distantes nos causam estranheza, acredito que para Adão e Eva seria mais estranho ver uma serpente rastejando e muda. Assim como seria muito estranho para eles e seus descendentes próximos verem pessoas que não acreditam em Deus, por exemplo.

Gn. 3.14 Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.”  Fica entendido pelo verso que o pó não era o “alimento predileto” da serpente e que muito menos ela rastejava sobre a terra. Gn. 2.16-17 “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”

Este outro elemento considerado mitológico, no caso a árvore da ciência do bem e do mal, não tem nenhum motivo para ser compreendido como sendo um mito, ao invés de uma verdade histórica. Deus tem todo o direito de usar o elemento que quiser para fazer um teste de obediência com suas criaturas, mas é claro que por ser racional e lógico Ele Deus utilizou com Adão os meios conhecido e acessível ao homem. Oséias. 6.7 Mas eles transgrediram a aliança, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim.”

O profeta destaca duas coisas importantes, (1) diz que a árvore não era um mito, mas confirma que ela era um meio acessível ao homem o qual Deus poderia utilizar para prová-lo. A palavra transgressão neste verso é passar por cima. A comparação que Deus faz entre Adão e Israel nos dias de Oséias é que ambos foram infiéis no trato com Deus.  Em síntese, a árvore não continha nenhuma mágica, nenhum poder milagroso, era apenas um objeto de teste. (2) Oséias compartilhava o ensinamento judaico que assegura a literalidade de Adão e sua historicidade.

Essas questões que estão sendo tratadas não apoiam um mito, são apenas mal utilizadas no seu devido contexto. Os defensores do mito asseguram que apesar do jardim do Éden ser localizado geograficamente e que dele saía alguns rios literais e existentes ainda na atualidade não assegura que o relato seja histórico isso dizem eles pelo fato de algumas parábolas de Jesus trazer localizações geográficas mas nem por isso as consideramos um acontecimento histórico Gn 2.10 e 14 “E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços.” “O nome do terceiro rio é Tigre; é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto é o Eufrates.”

A julgar pelo relato bíblico podemos acreditar que o jardim estava situado em um ponto geográfico, a bíblia diz que ele estava localizado no Éden. Aqui nós não podemos entender a localização do jardim como um meio elaborado para se explicar uma parábola, os rios que saiam do jardim são literais, o local Éden é literal. Por que não devemos entender o jardim e seus acontecimentos como sendo algo literal?  

Quando entendemos a questão do mito defendido por ateus, não podemos levar em consideração, mas em se tratando de “cristãos” fica complicado, pelo fato de que tal argumento joga por terra toda a questão envolvida no livro de Gênesis, tais como a criação atribuída pelo poder de Deus, a genealogia os relatos históricos sucedidos, bem como a questão do dilúvio, em suma, tais defensores que se intitulam cristãos estão na verdade trabalhando contra os ensinamentos da bíblia.

Um dos argumentos válidos que contribuem para solidificar o relato do Adão histórico é a genealogia hebraica. Gn. 5.1 “Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez.”  Falando sobre a genealogia de Jesus Lucas descreve que Ele Jesus veio de Adão, Lc. 3.38Cainã, filho de Enos, Enos, filho de Sete, e este, filho de Adão, filho de Deus.”

E é sabido por todos que diferentemente dos povos vizinhos, Israel zelava e prezava muito a questão genealógica; duvido que eles iriam misturar personagens fictícios com homens reais e assim mancharem a sua história. Quando defendo a literalidade de Adão estou defendendo a realidade da criação, a bíblia diz que Deus falou e tudo se fez, logo quando se defende  que a história de Adão é um mito, também entenderão que o relato da criação é fictício, eis o perigo.

Quando não se acredita no Adão terreal não se acredita no Adão espiritual 1ª Co. 15.45 “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.” Paulo está traçando um paralelo entre Adão e Cristo, se Adão de fato não existiu, logo Ele não caiu, e se não caiu, não existe queda e se não existe queda, não precisamos de alguém que nos erga. Portanto, a literalidade de Adão é essencial para o cristianismo.

Existe muito mais argumentos que favorece a realidade dos capítulos iniciais da bíblia, por exemplo: Mc. 10.6-8 “Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher], e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne.”  O que vejo no entanto, é o homem moderno seguindo os seus instintos carnais, revoltados contra Deus que através de sua palavra tende toldar a tendencia pecaminosa e botá-la em relevo. E isso independente se dizem ser ou não religiosos, essa é a tendência.

Se lutam contra a literalidade da queda o intuito escondido é para aniquilar ainda que mentalmente a condenação que lhes pesa, o homem quer ser livre, ainda que a liberdade ou libertinagem seja conseguida por meio da anulação da palavra de Deus.