quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Se o domingo é a marca da besta, por que os sabatistas o tem como lazer?


 Mt. 5. 37 “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno”. Com essas palavras, Jesus está orientando os seus seguidores a terem uma atitude definida, e uma atitude definida não é o mesmo que um comportamento conveniente. No que concerne ao tema religiosa, ou mais propriamente a questão bíblica, nós não podemos adotar um ensinamento somente quando essa doutrina ou instrução, nos é favorável.

Este assunto está baseado no que é demonstrado pelos Adventistas do 7º dia. E para pegarmos o fio da meada é importante atentarmos para a declaração da profetisa adventista E. G. W. Ela diz: (Só poderá haver duas classes. Cada participante é assinalado distintamente, ou com o selo do Deus vivo, ou com o sinal da besta ou de sua imagem. Eventos F. pg. 215)

Em outro livro Ela continua dizendo: (O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do sábado do sétimo dia - o memorial divino da criação... ...O sábado é aí claramente apresentado como um sinal entre Deus e Seu povo. A marca da besta é o oposto disso - a observância do primeiro dia da semana. Essa marca distingue dos que reconhecem a supremacia da autoridade papal, os que aceitam a autoridade de Deus. TS. V. 3. pg. 232)

Em outros assuntos vimos que não existe respaldo bíblico para sustentar o domingo como sendo a marca da besta, no entanto, os adventistas acreditam piamente que o domingo é a marca da besta. Vemos na declaração acima onde Ela diz que aceitar o domingo como sendo o dia de guarda cristão é o mesmo que está apto a receber a marca da besta. Bem, vamos supor que realmente o domingo fosse o dia de guarda obrigatório no meio cristão, todos que respeitassem esse dia como sendo uma orientação direta de Deus naturalmente estaria comprometido com o mandamento.

Mas, e se alguém que não acreditasse nesse dia como sendo um dia obrigatório para se observar, mais mesmo assim desfrutasse dos benefícios tais como: (folga, descanso, lazer) proporcionado por esse dia, não estaria tal indivíduo incorrendo nas práticas incitadas por aqueles que observam esse dia? Irão dizer que isso não tem nada a ver, visto que eles não aceitam o domingo como sendo o dia de guarda. É bom atentarmos para as palavras de Jesus, “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não”.

Se Eu acredito em algo que me proporciona algum tipo de mau, isso mesmo, algo oposto aquilo que é bom para minha vida, é certo que irei rejeitar esse algo e todas as suas formas. Em se tratando de questão religiosa, ou mais propriamente espiritual, e se acredito que o domingo é a marca da besta, então todos os benefícios (ditos a cima) advindos desse dia, terei que rejeitar. Caso contrário, a minha palavra não é um sim, sim, não, não, mas um sim e não quando me convêm.

Principalmente quando essa ação compromete o mandamento tido como estando em vigor em nossos dias, Ex. 20. 8-9 “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra”. Apesar da questão não ser discutida no meio religioso cristão, existe uma transgressão por parte dos sabatistas, e por todos aqueles que separam um dia de guarda e o tem como dia santo; a bíblia diz claramente: “ Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra”.

Isso está inserido no mandamento e portanto, faz parte do mesmo. Tendo os sabatistas como exemplo, eles argumentam que o mandamento é “guardar” o sábado, sim está escrito, no entanto, não só está implícito, mas muito bem explícito, a outra parte do mandamento, onde diz para se trabalhar não somente cinco dias, o texto diz claramente para se trabalhar seis dias, faz parte do mandamento, e se essa parte do mandamento não é cumprida, logo existe transgressão, principalmente quando não se trabalha no dia que segundo eles, é a marca da besta.

O argumento vem também com as seguintes palavras: --Nós guardamos o sábado seguindo a orientação de Deus, logo, se Ele sendo Deus guardou, devemos seguir e dar exemplo. A réplica também é baseada no mandamento, Ex. 20. 11 “Porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou”.

Ou seja, se seguir o exemplo deixando de trabalhar no sábado por ser mandamento, naturalmente devem dar o exemplo trabalhando os seis dias restantes, visto a questão estar inserida no mesmo mandamento conforme dito acima. Uma objeção pode ocorrer da seguinte forma: --Nós não trabalhamos os seis dias conforme o mandamento explícito, devido ao fato de vivermos em uma sociedade, onde a maioria dos empregadores não aceitam a mensagem do sábado...

bem, este raciocínio se torna inválido, devido ao fato da exigência feita pela denominação sabatista, quando pressiona um membro recém adentrado para as suas fileiras, estes são coagidos a negociar com os seus patrões a guarda do sábado, muitos são até mesmo aconselhados a deixarem o seu emprego quando não conseguem barganhar com o empregador.

Baseado nessa consideração destaco duas questões importantes: (1) porque alguém luta para não trabalhar no sétimo dia e não peleja para trabalhar os seis dias? (2) Quanto ao trabalhar em uma sociedade onde na sua maioria o empregador não entende e não aceita a questão do sábado, isso é uma realidade. Esta verdade se dá devido ao fato do mandamento estipulado por Deus não ter sido direcionado aos gentios, em outras palavras o mandamento do sábado foi feito para, e com Israel.

Sl. 147. 19-20 “Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!” Dt. 5. 2-3 “O Senhor, nosso Deus, fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e sim conosco, todos os que, hoje, aqui estamos vivos”. Nos é dito nestes versos com quem a primeira aliança foi feita, dizer que a guarda do sábado se estende a todos os povos, é forçar o que está escrito.

Ex. 20. 10 “Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro”.

Surge uma questão interessante: “das tuas portas para dentro” o que significa isso? Naturalmente o judeu não podia transportar nenhum tipo de carga, mesmo dentro de sua casa, visto que sua casa estava estabelecida dentro de Jerusalém. No entanto, esse mandamento não se aplica a nós outros, não estamos dentro dos muros de Jerusalém. Notem o fato de estarem dentro dos seus muros, implicava com a guarda do sábado, Jr. 17. 19-21 “Assim me disse o Senhor: Vai, põe-te à porta dos filhos do povo, pela qual entram e saem os reis de Judá, como também a todas as portas de Jerusalém, e dize-lhes: Ouvi a palavra do Senhor, vós, reis de Judá, e todo o Judá, e todos os moradores de Jerusalém que entrais por estas portas. Assim diz o Senhor: Guardai-vos por amor da vossa alma, não carregueis cargas no dia de sábado, nem as introduzais pelas portas de Jerusalém”

Apesar do judeu ficar impossibilitado pelo mandamento de transportar qualquer tipo de carga e em qualquer lugar, o significado de tuas portas para dentro, resume o fato da aliança ser feita com Israel, Jr. 7. 27 “Mas, se não me ouvirdes, e, por isso, não santificardes o dia de sábado, e carregardes alguma carga, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então, acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém e não se apagará”.