quarta-feira, 2 de novembro de 2022

A salvação espiritual não depende de meios.

Independente do que fazemos no decorrer da semana, todos nós gostamos de cessar as atividades no final da mesma. No meio cristão as denominações religiosas, se preocupam em dedicar um dia para o serviço religioso, tais denominações em suas grandes maiorias, ensinam que devemos dedicar o dia de domingo para o Senhor, lembrando sempre, que o título Senhor refere-se a Jesus ou mesmo a trindade o qual é deus para elas. Outras denominações no circulo cristãos em sua minoria, defendem o sábado como sendo o dia dedicado a trindade o qual para elas é deus.

Paulo aborda essa questão em sua carta aos romanos, Rm. 14. 6 “Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.” O grande problema dessas denominações quer seja em sua maioria ou não, é que elas defendem a obrigatoriedade de um dia de guarda dedicado a trindade, e caso isso não ocorra a salvação espiritual do indivíduo será perdida.

Entre elas, as denominações, é tido como transgressão do mandamento caso alguém não dedique um dia para a trindade, uma vertente do sabatismo defende essa tese, observem só as suas palavras: “Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna.” essas palavras encontram-se no livro Testemunhos Seletos, volume 3, na página 23, (Ellen G, White a profetisa dos adventistas).

Vários problemas teológicos são encontrados nessa declaração. Antes porém, é preciso enfatizar também o erro teológico daquelas denominações religiosas que defendem o dia de domingo como sendo o dia do senhor, primeiro: não existe um verso bíblico no NT. Indicando que o domingo é o dia do senhor, a tradição cristã se encarregou em santificar o dia de domingo, pelo fato da ressurreição ter acontecido nesse dia.

Mas não existe um mandamento escrito que indique isso. Outro erro grosseiro é dizer que o sábado judaico agora é o domingo cristão, não existe apoio bíblico que ensine assim, isso na verdade mais se parece com briga de grupos rivais. Quanto a questão do sabatismo defendido pelos adventistas onde é dito que o sábado é base para salvação, tal ensinamento não procede; é fraco o argumento. Alguns pontos os quais podemos destacar que enfraquece tal ensinamento são:

Ef. 2. 8-9 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” Esse é o principal argumento, além de ser bíblico, ele nos mostra que a salvação espiritual não pode ser barganhada. Não há poder em nós para operarmos a salvação, não podemos agradar a Deus esperando uma recompensa por esse agrado, o verso é enfático, a salvação espiritual não vem devido as nossas obras e, é um dom de Deus.

O cristianismo, acredito que em todas as suas vertentes sustentam a ideia de que a salvação encontrada no NT. Se consumou por meio de Jesus Cristo, logo qualquer outro agente que esteja entre Deus e a salvação espiritual deve ser considerado como algo pagão e herético, At. 4. 12 “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”

Ainda sobre a declaração de se guardar o sábado para angariar a salvação, continuamos a perceber os pontos fracos dessa declaração: ou seja, isso implicaria que todos os salvos deverão guardar o sábado, contrariando o verso o qual diz: (não por obras...) isso também tornaria a salvação espiritual dependente não de uma (crer em Cristo) mas de duas exigências; crer em Cristo e ser guardador do sábado, bem, o crer e m Cristo é um dom de Deus, o qual recebemos por meio da fé, essa por sua vez também vem de Deus, por isso é um dom.

Já a segunda condição seria algo aleatório, sim, alguém pode ou não ouvir sobre o sábado, sendo assim, não seria um dom de Deus, mas uma imposição da própria denominação, aliás denominação religiosa são iguais times de futebol, cada qual quer ser melhor, querem se destacar; as muitas variantes dentro do cristianismo, reformulam seus credos, suas doutrinas, suas exigências, variando cada qual querem se destacar no meio da multidão para no final poder dizer: você precisa vir para cá para ser salvo, eu sou a igreja verdadeira...

Isso na verdade são métodos utilizados, objetivando angariar uma maior quantidade de pessoas, as intenções variam, fazem isso por partidarismo e também por lucro. Esquecem das lições encontradas no NT. As quais dizem que a salvação espiritual é Cristo está em nós ou nós estarmos em Cristo, se estamos em Cristo, somos alvo do amor de Deus, Rm. 8. 38-39 “Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!”

Que interessante! Nos é dito que nada e ninguém neste mundo ou mesmo fora dele, pode nos roubar a salvação espiritual. Como dito anteriormente, não posso tentar fazer algo para com isso tentar agradar a Deus e ser retribuído por ele, a salvação não pode ser comprada e isso por dois motivos: primeiro que o preço é alto demais, segundo, nós só compramos aquilo que nos interessa, isto é, nós não podemos agradar a Deus para depois adquirirmos a salvação, se dependesse de nós, nunca nos interessaríamos por ela, somos primeiramente conhecidos por Deus, por isso somos salvos, Gl. 4. 9 “Mas agora, conhecendo a Deus ou, antes, sendo conhecidos de Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?”

No que concerne ao NT. deve ficar claro que os salvos, apesar de pecadores não tem prazer na prática do pecado, ao menos essa é a afirmação bíblica. Então, alguém pode objetar dizendo: - (Ora, se não aceito o sábado, logo devo ser considerado um transgressor e consequentemente não estou salvo). Replico dizendo: apesar de estar contido nos dez mandamentos, o sábado não foi direcionado aos gentios em forma de obrigatoriedade e muito menos como sendo uma base para salvação.