segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Sim, Deus é justo.

 No que concerne a questão que envolve Deus, Eu costumo sempre dizer: o fato de pretendermos algo não torna esse algo uma realidade. Digo isso baseado na descrença que encontramos na atualidade concernente ao poder criador revelado pela bíblia. A modernidade o modismo, tem ditado as regras sobre uma “nova visão” da não necessidade de Deus e mesmo do seu poder criador, a tecnologia o liberalismo influenciado pelo libertarianismo tem colocado em prática as seguintes palavras conforme encontrada em salmos, Sl. 10. 4 “Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus.”

Mas, como dito a cima, o fato de alguém querer, insistir, ensinar que Deus não existe, não anula a sua existência; e digo mais: todos, sem exceção, crentes e descrentes, as suas, a minha existência, está garantida só e puramente bondade e misericórdia de Deus. Existem ao menos dois aspectos perceptíveis aos nossos sentidos, que demonstram claramente a existência de Deus, ambas são descritas pela bíblia como algo proveniente do próprio Deus.

A primeira delas é a criação, Rm. 1. 19-20 “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.” Paulo faz uma narrativa evidente do poder criador de Deus, em outras palavras Ele diz: ora, se você quer crer em Deus, o seu poder criador testemunha em seu favor. No entanto, você não é obrigado a crer, porém, isso não anula o poder criador de Deus.

Sim, a criação como um todo ( animado e inanimado) evidenciam o poder de Deus, porém, o ser vivente demonstra isso mais claramente. Atentemos para o fato de que antes da nossa existência não somos capazes de relatar nenhum fato ocorrido, exceto através da história, isso naturalmente se dá devido a nossa inexistência, não podemos testemunhar algo que não presenciamos, porém, manifestamos para a vida, e isso sem nenhuma petição ou esforço de nossa parte. Sim, a vida é um milagre, e milagre é a ação de Deus, executando o impossível aos nossos olhos.

Não fizemos nenhum esforço para nascer, não instruímos o nosso coração a bater, a vida é algo completamente espontânea, no entanto, Deus estabeleceu leis as quais seguem o seu curso obedecendo o seu legislador, Ap. 4. 11 “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.”

Assim sendo, todos indistintamente são devedores a Deus, em outras palavras somos inteiramente dependentes de Deus, não só para a nossa existência, como para a nossa subsistência, Dt. 32. 39 “Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão.” Portanto, à vida testifica grandemente do poder criador de um Deus justo e inteligente.

Muitos contestam argumentando que não existe justiça em meio a um mundo mau; isso é parcialmente uma realidade, quando digo parcialmente, me refiro ao fato de que todas as coisas estão patentes e sob o controle de Deus, até mesmo a maior calamidade manifestada aos nossos olhos, porém isso não tira de Deus a bondade e a justiça. Na verdade os acontecimentos em todas as suas formas, são o desenrolar da história de um mundo mergulhado no pecado.

A argumentação prossegue quando se pergunta: como Deus pode ser bom é justo se o mundo está mergulhado em pecado? O pecado também está sob o controle de Deus, por fim será extirpado do meio da criação. E quanto a entrada do pecado? Isso também está de acordo com a sua vontade; o desenrolar da história é bastante diversificado, contudo, no final, tudo culminará com os desígnios e conselhos de Deus, Is. 46. 10 “Que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.”

Duas questões as quais nós devemos de sempre atentar, Deus agirá sempre em sintonia com o seu plano eterno, nenhuma angustia ou clamor humano, pode apressar os desígnios de Deus, somos regidos pelo “tempo” e tudo tem um tempo e um propósito. E, também, o mal moral e mesmo o mal físico são primariamente responsabilidade dos homens amenizar, sim, Deus move a história, o homem atua nela. E por que Deus não atua diretamente na história acabando com os sofrimentos?

Ele, não o faz ainda, 1ª Co. 15. 24 “Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.” O verso está claramente nos dizendo que na atualidade o reino de Deus não está ativo e isso pode ser comprovado com outro verso bíblico, Dn. 4. 17 “Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles.”

Lc. 11. 2 “E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino.” Ou seja, algo para o futuro. Podemos assegurar que a justiça de Deus em sua abrangência, ocorrerá após o reino dos homens, no entanto, algo bem atual e tão velho quanto o mundo nos demonstra certamente a justiça de Deus. E essa é a segunda questão; a morte, isso mesmo. Assim como não fazemos nenhum esforço para nascer, todos em sã consciência fazem um tremendo de um “esforço” para não morrer.

Contudo, de nada adianta, contra a morte nada vale, o dinheiro, a posição, o destaque ou qualquer outra coisa que possa elevar o gênero humano, Ec. 3. 20 “Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó tornarão.” Rm. 5. 12 “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.”

Se dependesse do gênero humano, alguns nasceriam e outros não, alguns morreriam e outros não. Mas, com Deus não é assim, portanto, fica evidente a justiça imparcial de Deus.