sábado, 16 de maio de 2015

Os deuses dos povos.

A palavra de Deus em todos os seus pormenores contrasta com a tendência e o entendimento humano. E no que tange ao entendimento e mesmo a percepção que o homem (gênero) tem de Deus, no que diz respeito a sua forma e aparência são estritamente equivocadas. Saliento o fato de que esta falha mental ou mesmo espiritual não é uma particularidade dos cidadãos do nosso século, antes é um problema que atravessa os milênios.

Ex. 20.4 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” Após o êxodo dos israelitas da terra do Egito, Deus estabeleceu leis que seriam as diretrizes do povo, entre essas leis o próprio Deus incisivamente alertou-os de que eles não fizessem nenhum tipo de imagem que através de suas imaginações pudessem retratá-lo; e uma imagem de Deus só poderia surgir de um ambiente onde as pessoas estariam familiarizadas, i.e. em cima na terra, debaixo do céu ou sob as águas.

Vemos porém que o mandamento invalida qualquer tentativa de criação humana para imagem de Deus, quer seja em cima da terra, em baixo do céu, ou sob as águas, ou seja a visão que o homem extrai do seu contexto como um todo não pode representar a imagem de Deus. Porque somos proibidos pela lei de fazer uma imagem de Deus? Dt. 4.15Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo.”

Logo se nenhuma aparência de Deus foi vista não existe meio real para fazer uma imagem daquilo que não se vê. Qualquer tentativa de representar a Deus através de uma imagem são meras ilusões mentais, baseado na necessidade de cultuar um deus tangível, isso se dá pelo fato de o ser humano ser uma criatura física e ser dominado pelo material. Após o êxodo um pouco depois que Deus proclamou a lei os israelitas aceitaram fazer a aliança com Deus, Ex. 24.3 Veio, pois, Moisés e referiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos; então, todo o povo respondeu a uma voz e disse: Tudo o que falou o Senhor faremos.”

Mas mesmo antes que a lei pudesse ser escrita em tábuas de pedra os israelitas estavam invalidando o mandamento de Deus que proíbe fazer algo que represente a Deus, Ex. 32.23 Pois me disseram: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe terá acontecido.” Aqueles homens sabiam que algo milagroso havia acontecido para tirá-los da terra do Egito e que tal milagre foi à ação de Deus, mas para eles Deus teria que ter uma forma, uma aparência física.

Bem verdade também que por terem ficados por quatrocentos anos presenciando a adoração realizada pelos egípcios por meio de ídolos influenciou ou corroborou para que o deus material pudesse fazer parte de suas mentes, tanto é assim que o “não terás outros deuses diante de mim” se transformou em “os teus deuses que te tiraram do Egito”  Ex. 32.4 “Este, recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido. Então, disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito.” Em toda história dos judeus narrada pela bíblia, percebemos que a necessidade de fazer uma imagem para Deus estava presente, a necessidade de um Deus tangível é visível na história bíblica, mesmo em sua peregrinação pós êxodo Deus os alertou de que tal pratica poderia fazer com que eles perdessem a terra a qual iriam tomar posse.

Sabemos pela história que os judeus foram dispersos para os quatro cantos da terra, apesar do zelo de muitos a maioria foi culpada de idolatria, Dt. 4.25-27 “Quando, pois, gerardes filhos e filhos de filhos, e vos envelhecerdes na terra, e vos corromperdes, e fizerdes alguma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa, e fizerdes mal aos olhos do Senhor, teu Deus, para o provocar à ira,  hoje, tomo por testemunhas contra vós outros o céu e a terra, que, com efeito, perecereis, imediatamente, da terra a qual, passado o Jordão, ides possuir; não prolongareis os vossos dias nela; antes, sereis de todo destruídos. O Senhor vos espalhará entre os povos, e restareis poucos em número entre as gentes aonde o Senhor vos conduzirá.”

Percebe-se claramente que o desterro dos judeus foi devido ao fato de fazerem para si imagens de escultura, as quais crendo eles representariam a Deus. Já nos dias dos reis o povo ainda balanceava entre Deus e os ídolos 2ª Rs. 17.33De maneira que temiam o Senhor e, ao mesmo tempo, serviam aos seus próprios deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados.”


Após o cativeiro babilônico os líderes enrijeceram as leis, mas não foi suficiente a evitar que fossem tributários dos romanos o fato está que as ordenanças de Deus aquelas que atualmente se aplicam para nós ou mesmo os mandamentos que Cristo deixou para sua igreja, devem surgir de um coração que está em sintonia com tal exigência, em outras palavras deve surgir de forma espontânea a fim de agradar a Deus.

E na atualidade, tem se tentado criar uma forma tangível para Deus? Sim! Acredito que tal ocorrência procede pelo fato de não terem conhecimento da bíblia, muitos dizem. –“mas isso não representa a Deus, representa uma pessoa que foi boa e etc.” Ora, segundo a bíblia não se pode criar ou fazer ídolos, a religião bíblia não aprova adoração consulta ou mesmo veneração por meio de imagens e amuletos, logo quando alguém se prostra a algum ídolo está incorrendo no pecado de idolatria.  

Outros embalados pelo ensinamento cristão de que Jesus é Deus adoram um deus homem, se põe diante de uma imagem do Cristo a qual dizem ser representativa e clamam “ó Deus” e etc., porém tal não procede se Jesus é Deus e pode ser representado por uma imagem como a bíblia diz que ninguém viu a Deus será que tais palavras não servem para os apóstolos que tiveram com Cristo? 1ª Tm. 6.16 O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!

“Homem algum jamais viu” são estas as palavras, não se pode contradizer fazendo um Deus corpóreo através de ídolos, acredito que ignorância bíblica seja a causa primária para tal procedimento, depois a influência denominacional coopera para tal atitude e terceiro a necessidade de um deus visível, 1ª Jo. 4.12 “Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.” Ninguém jamais viu a Deus com essas palavras João nem de longe coopera para formular ou mesmo para dar suporte a crença no deus homem, e também joga por terra toda intenção de quem quer que seja de fazer uma imagem de Deus, algo só pode ser logicamente copiado e correto se feito segundo um modelo existente, isso falando de mundo físico mas se Deus não tem forma como fazer uma imagem que possa representá-lo? Não existe como.    


sexta-feira, 1 de maio de 2015

Faraó do Egito poderia ter se arrependido?

A maioria das denominações cristãs afirma que Faraó do Egito poderia por si só ter se arrependido e agido de uma forma diferente, e consequentemente o resultado de sua escolha seria outra. Mas o que diz a bíblia? Rm. 9.17 Porque a Escritura diz a Faraó:
 Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra.Este verso nos mostra ao menos dois propósitos pelos quais Deus elevou faraó ao poder: (1) para o próprio faraó e todos ao redor pudessem ver o poder Deus, e (2) consequentemente o nome de Deus seria anunciado por toda a terra.

Segundo a cristandade faraó poderia ter escolhido agir diferente, mas será que Deus levantou Faraó para o propósito errado? Ou magnificar a glória de Deus e exaltar o seu grande poder era um propósito suficiente para levantar Faraó? Mas conforme diz a bíblia Deus levantou Faraó para esse propósito, então como Faraó poderia ter resistido o propósito de Deus, arrependendo-se e permitindo que os hebreus deixassem o Egito em paz?

Antes de Moisés começar sua missão de libertar o povo de Israel, Deus disse para ele algo interessante. Ex. 7.3-4 Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó e multiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as minhas maravilhas. Faraó não vos ouvirá; e eu porei a mão sobre o Egito e farei sair as minhas hostes, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito, com grandes manifestações de julgamento.”

Deus endureceu ativamente o coração de Faraó, para que Ele pudesse julgar o Egito. Conforme ele Deus havia dito centenas de anos antes a Abraão, Gn. 15. 13-14 Então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas.”
        
Naturalmente ele repetiu para Moisés as promessas feitas a Abraão com o intuito de cumprir o que havia dito. Então, Deus disse exatamente para Moisés que iria endurecer o coração de faraó; os israelitas deveriam sair do Egito, mas Deus deveria também ser exaltado, o seu poder deveria ser revelado, mas a questão é: como fazer isso se faraó não rejeitasse libertar os hebreus? Em outras palavras se tudo saísse sem dificuldades Deus não iria manifestar os seus sinais miraculosos no Egito.

Porem, segundo o cristianismo que conhecemos faraó poderia pelo seu livre arbítrio ter libertado os judeus e consequentemente não ter o seu coração endurecido. É fato também que Deus disse que endureceria o coração de faraó antes mesmo de Moisés confrontá-lo, e o que diz a bíblia? Poderia realmente faraó por sua própria vontade ultrapassar a vontade de Deus? Pv. 21.1 Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina.”

A despeito do ensinamento do cristianismo que conhecemos o que aconteceu com faraó? Ex. 9.12Porém o Senhor endureceu o coração de Faraó, e este não os ouviu, como o Senhor tinha dito a Moisés.” A Bíblia é clara: Faraó estava debaixo do controle soberano de Deus. Mas a cristandade como um todo continua atestando que a bíblia também diz que o próprio faraó endureceu seu coração, Ex. 8. 15 e 32Vendo, porém, Faraó que havia alívio, continuou de coração endurecido e não os ouviu, como o Senhor tinha dito.” “Mas ainda esta vez endureceu Faraó o coração e não deixou ir o povo.

Baseado nestes versos os cristãos afirmam dizendo que não podemos culpar a Deus pelo coração endurecido de faraó, ademais afirmam ainda que faraó estava exercendo seu livre arbítrio, e consequentemente Deus o julgou por suas transgressões. Realmente a bíblia diz que faraó endureceu seu próprio coração, assim como todos os seres humanos faraó também era um agente moral responsável. A problemática que envolve a cristandade é a seguinte: faraó poderia ter se arrependido? Ele poderia ter amolecido o seu coração por si só?

Ex. 10.1-2 Disse o Senhor a Moisés: Vai ter com Faraó, porque lhe endureci o coração e o coração de seus oficiais, para que eu faça estes meus sinais no meio deles, e para que contes a teus filhos e aos filhos de teus filhos como zombei dos egípcios e quantos prodígios fiz no meio deles, e para que saibais que eu sou o Senhor. Se Faraó tivesse se arrependido dos seus pecados, e liberto os hebreus, como a palavra de Deus poderia ter sido cumprida?

Podemos dizer que a vontade do homem pecador (ou mesmo do justo) pode prevalecer contra o intento declarado de Deus? E se Ele fez isso com Faraó, por que não com outros rebeldes? Sim, Deus faz o mesmo com outros rebeldes e isso independente de nacionalidade, o próprio povo judeu tiveram os seus corações endurecidos por Deus, após entrarem em um estado de apostasia tiveram os seus corações endurecidos, Is. 6.10 Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo.”

No antigo Israel quando esse estado de mornidão misturado com cerimonialismo desprovido de espiritualidade era reconhecido pelos profetas e logo eles sabiam que tal acontecimento era a mão de Deus sobre os ímpios rebeldes, Is. 63.17Ó Senhor, por que nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não temamos?