terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Deus é amor.

    1ª Jo. 4. 8 “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” Realmente o verso em questão é bastante acalentador, somos insignificantes, e ter um Deus poderoso que nos ama trás alivio e segurança. No entanto, esse é um verso bastante mal interpretado no meio cristão, tanto no que diz respeito ao amor de Deus por suas criaturas, quanto o que é em si o amor de Deus. Muitos acreditam que de certa forma expressam em algum sentido o amor de Deus

Bem, antes de tudo vamos nos deparar um pouco com a segunda questão: a primeira coisa a se fazer é começar a entender o que não é o amor de Deus. Isso sim é interessante, pelo fato de nós humanos termos uma ideia equivocada do que possa ser o amor de Deus; seria o nosso amor em um certo sentido equivalente ao amor de Deus? Na verdade o nosso “amor” é um amor egoísta, pelo fato de ser baseado em trocas, todos nós temos um amor que espera receber algo, assim sendo esse nosso amor é interesseiro, ademais o nosso amor não suporta a afronta, nem mesmo esse amor pode ser contrariado, em suma a base do nosso amor é o egoísmo.

1ª Co. 13. 4-7 “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” Percebemos uma discrepância entre o nosso amor e o verdadeiro amor registrado na carta aos coríntios.

Nos revelando que desconhecemos por completo o que é o amor de Deus. No que diz respeito ao amor de Deus por suas criaturas, somos informados sim, que Deus ama a sua criação, conforme diz Gn. 1. 31 “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.”

Somos informados também que o amor de Deus é direcionado também para nós, os seres humanos, Ef. 2. 4 “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou.” Assim sendo, Deus não ama apenas a sua criação, mas também as suas criaturas. No entanto, surge uma questão importante, Deus ama todas as suas criaturas? Na sua maioria, o mundo religioso cristão diz que sim.

Infelizmente, alguns ramos denominacionais, para defenderem essa ideologia, chegam a beira do ridículo, entre outras coisas, dizem que Deus fica muito triste quando um indivíduo rejeita o chamado para pertencer à determinada instituição religiosa, dizendo que essa pessoa usou do seu livre arbítrio para rejeitar a salvação, e assim por diante. No entanto, se pegarmos o texto somente de determinados versos, somos tendentes a acreditarmos nessa e outras teorias.

Para ilustrar o que estou dizendo o verso de Efésios 2. 4 parece nos dizer isso, porém, se olharmos o seu contexto perceberemos algo diferente, Ef. 2. 1-3 “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”

Os versos a seguir já nos mostram que o amor de Deus relacionado a salvação espiritual, é um amor restrito, isto é: direcionado aos eleitos, Ef. 2. 4-5 “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” Vejamos: “pelo seu muito amor com que nos amou”. Isso claramente exclui um tipo de amor universal.

E, “Estando nós ainda mortos”. Significa claramente que alguns outros, continuam mortos no sentido espiritual, isso demonstra também que o ato de ressurreição espiritual vem exclusivamente de Deus, ou devido ao amor de Deus pelos eleitos,

Ef. 1 .3-4 e 11 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade.”

Neste sentido, o amor de Deus é restrito e direcionado aos escolhidos. Entender isso significa entender o propósito bíblico da salvação espiritual, salvação essa, não meritória, não baseada no livre arbítrio, mas vinda unicamente da vontade de Deus. Entender o amor de Deus pelos eleitos, trás luz sobre sobre o estudante da bíblia, remove conceitos estranhos relacionados a salvação espiritual, me refiro ao conceito do livre arbítrio.

Por exemplo: é ensinado nesse meio denominacional que Deus ama a todos, e nós por nossa incredulidade escolhemos ou não ser salvos, isso é bastante contraditório, basta prestarmos atenção nos versos lidos de efésios 2 “Estando nós ainda mortos”. A pergunta é: morto faz alguma escolha? Morto tem percepção da vida ou do certo e errado? A morte é um estado de inércia, e a bíblia sabiamente faz uma analogia exata, utilizando aquilo que conhecemos, no caso, a morte física, para exemplificar o estado espiritual do homem, (gênero) antes que Deus o chame para vida, e esse chamado é motivado unicamente pelo amor de Deus pelos seus.

Portanto, os versos que parecem apoiar o livre arbítrio e o amor de Deus por toda as suas criaturas e isso na esfera espiritual, quando lidos fora de contexto, dão só a impressão, no entanto, dizem a sua exatidão, 1ª Pe. 2. 9 “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”

Reparem o verso, (vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz) dando com isso a entender claramente, que aqueles chamados, outrora estavam em trevas; e mais, mostra também que aqueles que permanecerem nas trevas não serão chamados, o estado de morte espiritual continua. E esse estado só é interrompido quando Deus, por sua misericórdia e amor ressuscitam de forma espiritual aqueles que outrora estavam mortos em trevas.







quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Rejeição a Deus e o comprar e vender.

Ap. 14. 9-10 “E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”.

Muitos cristãos tem associado a ideia de que o comprar e vender será a causa primária que “decidirá” ao menos no contexto terrestre a rejeição de muitos, vinda por parte Deus. Porém, essa ideia é um tanto equivocada. Nesses dias, o comprar e vender, será apenas uma manifestação exterior da intolerância ao Deus criador e sua vontade para os homens.

Em todas as culturas o comprar e vender aquilo que é lícito e honesto nunca foi proibido dentro da sociedade secular, e também nunca foi considerado pecado. O que caracteriza o comprar e vender como sendo uma prática pecaminosa nos dias que virão? Será o fato de se ter uma marca fixada (charagma) sobre a mão?

Não seria esse tipo de “impressão” na pele algo tecnológico? Porque os outros meios atuais e tecnológicos de compra e venda não são descritos como sendo pecado ao serem utilizados? Seria pelo fato da bíblia descrever como sendo algo impresso na pele? Não, não é por isso. Na realidade o receber a marca será apenas a culminação de um intento estruturado por um governo ateísta.

Na verdade aqueles que receberão a marca serão (obrigados ao menos nesse contexto) por força das circunstancias a recebê-la, assim diz a bíblia Ap. 13. 16 “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas.” O verso diz: “e faz” é imperativo, obriga a todos a receberem tal marca. Isso nos indica que o mundo estará passando por um período difícil.

Ou escassez em alguma área, fato é que a marca servirá também como um monitoramento daquilo que será consumido, o verso 17 parece nos dizer exatamente isso, “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” O governo mundial à besta, desenvolverá meios tecnológicos que serão utilizados para esses objetivos: vigiar, monitorar e punir.

Mas, a pergunta continua, o que o comprar e o vender e mesmo a marca tem de blasfemo a ponto das pessoas que a receberão serão punidas conforme o escrito bíblico, Ap. 14. 9-10 “E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.”

Na verdade, os recebedores da marca estarão apoiando e representando aqueles que nesse tempo usarão de todos os meios para abolir da terra, Deus, e a sua palavra. E isso acontece porque? São questões espirituais e isso pode ser observado em Gn. 3. 15 “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”

E essa inimizade a qual é simbolizada pelos filhos da serpente versos os filhos da mulher, veio a luz logo cedo, Gn. 4. 8 “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.” E, ainda segundo o relato bíblico, por que o matou? 1ª Jo. 3. 12 “Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas.”

Por se tratar de um acontecimento que ainda se desenrolará acredito que possivelmente o contexto estará propício, isto é, calamidades, escassez e conflitos, será o pano de fundo “necessário” para um novo regime, o qual terá pessoas com “boas intenções” objetivando trazer um melhor equilíbrio para os moradores da terra.

E, a frente desse sistema estará a semente da serpente, o qual se oporá a Deus e a sua palavra. Desde sempre essa pessoas foram resistentes a Deus, Gn. 4. 16 “E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Node, do lado oriental do Éden.” O ato de Caim em sair diante da face do Senhor simboliza o afastamento e a repulsa de todos aqueles que tem a mesma disposição espiritual do mesmo.

Tanto é assim que esse acontecimento será tido como natural e necessário por muitos, não me refiro a parte tecnológica, mas sim o que concerne a rejeição de Deus, isso pode ser visto em Ap. 13. 8 “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.

Alguém poderá objetar dizendo: - quem garante que haverá uma rejeição de Deus e sua palavra. Essa objeção é facilmente respondida, o fato da bíblia dizer que haverá um julgamento por parte de Deus a todos aqueles que apoiarem e receberem a marca, vimos isso em apocalipse 14. 9-10.

Como disse a cima, por se tratar de um acontecimento que está no futuro não podemos descreve-lo com exatidão, podemos apenas ter uma ideia baseada nos escritos bíblicos e no desenrolar dos acontecimentos, por exemplo: um verso interessante que trás nova luz sobre esse acontecimento está em Ap. 13. 15 “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta”.

A tecnologia estará a serviço da besta: marca impressa, comprar e vender... e o que dizer da inteligência artificial? Reparem o verso, foi lhe concedido que desse espírito ou vida à imagem da besta... não posso afirmar mas, não posso duvidar de que nessa época a I A estará a serviço do governo, isto é, besta.








domingo, 1 de outubro de 2023

Ateísmo, alguns pontos...

   O ateísmo pode ser tratado como um problema espiritual? Sim, um exemplo claro disso é encontrado no livro do êxodo, Ex. 5. 2 “Mas Faraó disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel.” 2ª Ts. 3. 2 “E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos.” Esse verso confirma o que eu disse. Não estou dizendo que todos os ateus são essencialmente maus, me refiro a questão da fé.

A despeito de ser um problema espiritual a materialização do ateísmo se dá devido a algumas questões e dentre elas cito: perda de algo, esse foi o caso de faraó, Ele não poderia imaginar o fato de ficar sem os escravos que movimentavam o seu país. Os ateus também são pessoas que foram quem sabe, até “crentes” mas não conheciam a Deus, me refiro ao fato de possivelmente terem criado um deus imaginário.

O que é um deus imaginário? São deuses criados segundo a necessidade e urgência de cada um Is. 43. 15 “Eu sou o Senhor, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei.” Na nossa cultura o pronome senhor está mais direcionado para as pessoas idosas, mas na mentalidade bíblica esse pronome é mais abrangente, está relacionado também com domínio, autoridade, tanto é que o verso lido de Isaías relaciona Senhor com Rei.

Não é assim com o deus imaginário, na verdade esse “deus” sim, foi criado pela mente humana com a finalidade única de servir o indivíduo que passa a ser o senhor desse deus. E quando esse “deus” não responde aos seus anseios, surge então, as revoltas que presenciamos. O outro grupo de ateu, são aquelas pessoas que um dia realmente creram no Deus Criador, mas não conseguiram compreender que nem sempre Deus nos responde como almejamos.

E por que é assim? Essa questão é respondida pelo profeta Isaías, Is. 55. 9 “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” As queixas mais aceitáveis a favor e feitas pelos seres humanos, são aquelas que relacionam doenças e morte. Porém, não existe uma promessa de isenção para essas questões dentro desse contexto que ora vivemos.

Pelo contrário, Jo. 16. 33Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” E o outro fato mais relevante dentro da teologia é que Deus não nos deve nada, e pelo fato de ser o criador, rei e governante de todo o vasto universo, Ele está desobrigado de satisfazer os nossos anseios terrestres, Dn. 4. 35 “³E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?”

Surge então a indignação por parte de muitos. Mas, para termos uma visão mais apurada daquilo que a bíblia descreve devemos de recorrer a pelo menos quatro versos, Rm. 3. 10 e 19 “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.”

Visto que somos culpados e irremediavelmente condenados a destruição perante Deus, o que podemos exigir? Ef. 2. 4-5 “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” Naturalmente o verso está se referindo a salvação espiritual dos eleitos. Dando a entender claramente que Deus não está alheio aos nossos anseios, no entanto, a promessa de redenção não está incluído o aqui e agora.

A outra causa para o ateísmo se dá devido a uma falsa interpretação dos mesmos, os quais acreditam que Deus tem duas versões sobre sua vontade, alegam então, que o Deus da bíblia é mutável e impotente. Baseiam esse raciocínio em declarações bíblicas que ora fala que Deus salva somente os eleitos, e ora fala que quer que todos se salvem. O que na verdade falta para essas pessoas é ter um conhecimento mais apurado.

Na verdade essa aparente contradição é facilmente explicável, devemos distinguir entre a vontade de preceito de Deus e sua vontade de decreto. O que significa vontade de preceito? Preceito significa uma regra, uma norma, uma recomendação, e essa vontade pode e é rejeitada pelos homens, Já o decreto significa uma ordem, uma determinação e nesse caso uma manifestação dos designíos de Deus os quais deverão invariavelmente se cumprir, a despeito da vontade humana.

Um acontecimento que caracteriza um preceito ou uma recomendação por parte de Deus se encontra em Ex. 4. 21-23 “E disse o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, para que não deixe ir o povo. Então, dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito. E eu te tenho dito: Deixa ir o meu filho, para que me sirva; mas tu recusaste deixá-lo ir; eis que eu matarei a teu filho, o teu primogênito.”

Percebemos nestes versos as duas vontades de Deus, a vontade de preceito ou ordem, essa vontade diz o que deveria acontecer. E também encontramos a vontade de decreto, quando Deus diz que endurecerá o coração de Faraó, a fim de que Faraó se recuse a ordem de deixar o povo ir. Esta é a vontade decretiva de Deus, ou seja, sua vontade de decreto ou propósito. O que Deus tem ordenado acontecerá. Ela é também conhecida como sua vontade oculta, ou vontade soberana ou vontade eficiente. “Assim, o que vemos [em Êxodo] é que Deus ordena que Faraó faça algo que a vontade do próprio Deus não permite. A boa coisa que Deus ordena ele impede.

Assim, a vontade decretiva de Deus refere-se ao secreto, tudo que engloba seu divino propósito de acordo com o que ele predestinou, seja o que for que venha a acontecer. Já a Sua vontade de preceito refere-se às ordens e proibições nas Escrituras. O fato é que Deus pode decretar aquilo que ele tem proibido. A vontade de Deus é às vezes é “frustrada” porque ele assim o quer.

É importante manter em mente que nossa responsabilidade é obedecer à vontade de preceito ou vontade revelada, e não especular sobre o que está oculto ou sobre a vontade decretiva de Deus, essa vontade está com Ele e pertence a Ele.

sábado, 2 de setembro de 2023

Falsas propagandas religiosas. II

Jr. 23. 21 “Não mandei os profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; todavia, eles profetizaram.” Ninguém questiona a existência de um profeta, o que se discute na realidade é a autenticidade desse profeta, ou seja, quem comissionou esse profeta? Foi Deus ou a sua imaginação? Esse verso destaca o que ocorreu com a nação de Israel nos dias do cativeiro babilônico, os profetas iam profetizavam sem ter sido Deus que os tivesse ordenado.

O interessante é como sempre a história se repete, muitos profetas se levantaram em nome de Deus, contudo, será que foi Deus quem os enviou? Para podermos saber temos que investigar, dando continuidade sobre a autenticidade ou não de Ellen G. White como profetiza inspirada, iremos analisar algumas questões interessantes. É sempre bom destacar o fato de que o profeta só é inspirado quando esse é enviado por Deus. Tentar se estabelecer usando de outros meios e outras fontes, não o autentica como tal.

Por exemplo: No início de suas carreiras, Ellen e Tiago White tiveram os apócrifos em alta consideração. E essa era uma realidade que predominava os pioneiros adventistas; Joseph Bates um pioneiro adventista, citou os apócrifos em seus escritos, afirmando em 1849: "O 2º livro de Esdras, contém verdades muito importantes para aqueles que guardam a lei e os mandamentos de Deus..."

Vale destacar também que o termo "apócrifo" é derivado da palavra grega que significa "oculto" ou "segredo". Esses livros são considerados pelos estudiosos como de autoria ou autenticidade duvidosa. Eles não entraram no cânon judaico formado no final do século II d.C. Os reformadores protestantes também não consideravam esses livros em igualdade com o restante das Escrituras; assim, surgiu o costume de fazer dos apócrifos uma seção separada na Bíblia protestante, ou às vezes até mesmo de omiti-los completamente.

Quanto a sua consideração pelos apócrifos Ellen White fez os seguintes comentários em uma visão de 1849: "Livro oculto” é lançado fora. Amarre-o ao coração (repetiu essas palavras por quatro vezes) não deixe que suas páginas sejam fechadas, leia-o com atenção." 4. No ano seguinte ela teve ainda outra visão sobre os apócrifos: "Vi que os Apócrifos eram o livro oculto, e que os sábios destes últimos dias deveriam entendê-lo."

Independentemente de Ellen White realmente ter visto isso em visão, suas palavras parecem ser uma paráfrase de 2 Esdras 12:37-38 (KJV): "Portanto, escreva todas essas coisas que você viu no livro e esconda-as: e ensine-as aos sábios do povo, cujos corações você sabe que podem compreender e guardar esses segredos." Será que as suas palavras que veremos a seguir foram realmente inspiradas, ou foram frutos de plágio?

Antes de entrar na cidade, os santos foram dispostos em um quadrado perfeito, com Jesus no meio. Ele ficou cabeça e ombros acima dos santos e acima dos anjos . ...Quando Jesus pediu as coroas, anjos as apresentaram a Ele, e com Sua própria mão direita, o amável Jesus colocou as coroas na cabeça dos santos.” Primeiros escritos (págs. 287-288).

Comparar com 2ª Esdras 2. 42-43 “Eu, Esdras, vi no monte Sião uma grande multidão, que não pude contar, e todos louvavam ao Senhor com cânticos. No meio deles estava um jovem de grande estatura, mais alto do que qualquer um dos outros, e na cabeça de cada um deles colocou uma coroa, mas ele era mais exaltado do que eles. E fiquei fascinado”.

Vi que se os santos tivessem comida armazenada por eles ou no campo em tempos de angústia, quando a espada, a fome e a pestilência estivessem na terra, ela seria tirada deles por mãos violentas e estranhos ceifariam seus campos. ... Casas e terras serão inúteis para os santos no tempo de angústia, pois então eles terão que fugir diante de multidões enfurecidas, e naquele tempo suas posses não poderão ser utilizadas para promover a causa da verdade presente”. (pág. 56) Comparar com 2ª Esdras 16. 71 “Eles serão como loucos, sem poupar ninguém, saqueando e pilhando aqueles que ainda temem ao Senhor. Pois eles saquearão e saquearão suas propriedades e os expulsarão de suas casas”.

O monte Sião estava bem diante de nós, e no monte havia um templo glorioso, e ao redor dele havia outras sete montanhas, nas quais cresciam rosas e lírios. E vi os pequeninos subirem, ou, se quisessem, usarem suas asinhas e voarem, até o topo das montanhas e colherem as flores que nunca murcham”. (pág. 18) 2ª Esdras 2. 18-19 “Enviarei ajuda a vocês, meus servos Isaías e Jeremias. De acordo com o conselho deles, consagrei e preparei para vocês doze árvores carregadas de várias frutas, e o mesmo número de fontes que manam leite e mel, e sete montanhas poderosas nas quais crescem rosas e lírios; com isso encherei de alegria os seus filhos.”

Na próxima passagem, Ellen White incorpora em seus escritos a ideia apócrifa de que a Arca foi escondida em algum local secreto e que no final dos tempos, quando o Senhor aparecer, a Arca e a Lei serão mostradas a todos. “Entre os justos ainda em Jerusalém, a quem fora esclarecido o propósito divino, havia alguns que resolveram colocar fora do alcance de mãos cruéis a sagrada arca contendo as tábuas de pedra nas quais haviam sido traçados os preceitos do Decálogo. Isso eles fizeram. Com lamento e tristeza, eles esconderam a arca em uma caverna, onde seria escondida do povo de Israel e Judá por causa de seus pecados, e não seria mais restaurada a eles. Essa arca sagrada ainda está escondida. Nunca foi perturbada desde que foi escondida. (Profetas e Reis , p. 453).

Então aparece no céu uma mão segurando duas tábuas de pedra. Essa santa lei, a justiça de Deus, que em meio a trovões e chamas foi proclamada do Sinai como o guia da vida, é agora revelada aos homens como a regra de julgamento. A mão abre as tábuas, e ali se veem os preceitos do decálogo, traçados como que por pena de fogo. As palavras são tão claras que todos podem lê-las. (O Grande Conflito, edição de 1888, p. 639).

Também estava contido no mesmo escrito que o profeta, sendo avisado por Deus, ordenou que o tabernáculo e a arca fossem com ele, quando ele saiu para a montanha [Nebo] Moisés subiu e viu a herança de Deus. E quando Jeremias chegou lá, encontrou uma caverna, onde colocou o tabernáculo, a arca e o altar de incenso, e então fechou a porta. E alguns dos que o seguiam vieram indicar o caminho, mas não o encontraram. Quando Jeremias percebeu, os culpou, dizendo: Quanto àquele lugar, será desconhecido até o tempo em que Deus reúna seu povo novamente e os receba em misericórdia. Então o Senhor lhes mostrará estas coisas, e a glória do Senhor aparecerá, e também a nuvem, como foi mostrada a Moisés...2ª Macabeus.4: 8.

Com o tempo, os apócrifos caíram em completo descredito entre os líderes adventistas. Em 1888, os editores da Review declararam que os apócrifos "não são inspirados". 6 As admoestações inspiradas por visões de Ellen White ordenando que seus seguidores entendessem os apócrifos foram perdidas na história e são amplamente ignoradas pelos adventistas do sétimo dia de hoje.

Parcialmente copiado do Site: https://www.nonsda.org

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Falsas propagandas religiosas.

Neste assunto irei fazer uma pequena análise sobre a crença e divulgação dos neopentecostais. Essa vertente religiosa “cristã” enfatiza a teologia da prosperidade, eles defendem que o cristão deve ser próspero, feliz e vitorioso em sua vida terrena. O termo neopentecostal significa novos cristãos, oriundos dos pentecostais. Como dito a cima, nessa pequena análise baseada no ensinamento bíblico demonstrarei o quão equivocado e muitas das vezes contraditório é o ensinamento desse segmento religioso.

Se eu fosse abordado por um líder neopentecostal o qual viesse com o intuito de me doutrinar, a primeira pergunta que eu lhe faria seria: qual é a base que da suporte para essa teologia? Se ele me respondesse que foi a bíblia, eu teria que desmenti-lo. Sim, isso mesmo, a bíblia principalmente nas páginas do NT. não apoia essa teologia.

O estudante da bíblia deve saber distinguir as mensagens encontradas nos dois testamentos e os seus objetivos, a mensagem encontrada no AT. É direcionado exclusivamente para o povo judeu, e tem como objetivo guia-los até a terra prometida e essa promessa estava o direito baseado na obediência a Deus em possuir a terra, Dt. 11. 31 “Porque passareis o Jordão para entrardes a possuir a terra, que vos dá o Senhor vosso Deus; e a possuireis, e nela habitareis”.

E nesse contexto o povo hebreu iria possuir ou usufruir aquilo que a terra lhe proporcionava, sendo assim a promessa para Israel era literalmente material e terrena, como tudo era direcionado para a possessão terrena todas as outras coisas relacionadas ao povo também o era, isto é, o cumprimento dos serviços religiosos a lei e etc. Tudo era baseado apenas no material, Dt. 26. 9 “E nos trouxe a este lugar, e nos deu esta terra, terra que mana leite e mel”.

Assim como as denominações religiosas cristãs se valem de parte do AT. Para formular as suas doutrinas, assim também fizeram os neopentecostais, esses últimos objetivando angariar os bens dessa terra. Se esquecem no entanto, que as bênçãos adquiridas era derivada da obediência a Deus, ou seja, o cumprimento da lei. Por outro lado, Deus não pactuou com nenhuma denominação religiosa, inclusive os neopentecostais, Dt. 5. 2-3 “O Senhor , nosso Deus, fez conosco concerto, em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o Senhor este concerto, senão conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos.”

O concerto foi feito com Israel, portanto as bênçãos advindas pelo cumprimento daquilo que lhes foi estipulado, pertencia a eles somente, não existe apoio bíblico para achismos, ou seja, o fato de alguém acreditar que ele tem os mesmos direitos que foi prometido no AT. Para Israel, fere o claro ensino encontrado no NT. O Novo Testamento, sim, foi direcionado a todos os povos.

O Novo Testamento trás consigo uma mudança, os valores deixaram de ser terrenos e passaram a ser espirituais, nesse contexto não há base de troca como houve na antiga aliança, e também não existe exclusivismo, nenhuma denominação religiosa abriga o Todo Poderoso, a promessa foi feita para todos os povos , At. 13.47 “Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, para que sejas de salvação até aos confins da terra.”

O NT. Destaca a pregação do evangelho para todos os povos, contudo não estou enfatizando a salvação universal, estou dizendo que a salvação espiritual nesse contexto não é exclusiva a nenhum povo ou sistema religioso, apesar de ser dirigida a todos não é para todos, At. 2. 39 “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.” 

Os líderes dessas ditas denominações religiosas estão na maioria das vezes ludibriando os simples e alimentando o ego de outros, ludibriar os simples significa descontextualizar a bíblia e passar informações não verdadeiras para pessoas sem conhecimento, e alimentar o ego de alguns, significa prometer aquilo que eles mais querem, prosperidade material.

Na nova aliança, ou novo testamento, não trás consigo nenhuma promessa benéfica (e isso em todos os sentidos) para essa vida, é um raciocínio lógico, não pode haver bem aventurança em um mundo marcado pelo pecado e a morte, Rm. 8. 21 “Na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.”

Não que o Deus criador seja um Deus impotente no meio de sua criação, na verdade não existe um propósito duradouro para este mundo, não vivemos em uma teocracia como viveu Israel, não existe uma troca entre nós e Deus, não podemos por nós mesmos agradá-lo, não podemos dar algo a Ele para que nos retribua. Ademais vivemos no “reino dos Homens,” aqui impera toda sorte de mazelas, desde a menor da injustiça até a culminação causada pela morte. Portanto, a pregação neopentecostal de cura e prosperidade não resiste a realidade encontrada na bíblia.

Portanto, a promessa bíblica encontrada no NT. É espiritual, está além das conquistas humanas, Ef. 1. 3 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.” Jo. 18. 36 “Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.”

Agora vejam, o próprio Jesus repudiou ser rei nesse atual sistema, no entanto, aqueles que alegam serem seus seguidores, disseminam a ideia e isso por meio da religião de conseguirem obter uma vida de ostentação e luxo no atual sistema, isso é contradição. Ninguém é impedido de buscar os bens dessa terra, só é feio usar a religião para fazer isso, principalmente quando os ensinamentos bíblicos não incentivam tal prática.

Portanto, não acreditem em falsas propagandas religiosas, podemos sim, vivenciar dois tipos de milagres, Deus nos salvou, isso relacionado a questão espiritual, e o milagre da vida o qual nós participamos, isso em meio a um mundo marcado pela morte. No mais, milagres só se estiver nos planos de Deus.









domingo, 2 de julho de 2023

Ensinamentos estranhos.

Algumas ensinamentos no meio religioso cristão devem sim serem criticados, sempre lembrando que tal crítica não é contra a denominação em si, mas contra certas doutrinas defendidas por essas denominações religiosas das quais se valem para dar o ar de ortodoxia. E uma dessas doutrinas defendidas pela cristandade quase em sua totalidade, diz respeito ao livre arbítrio, o qual inevitavelmente leva a salvação universal, me refiro ao livre arbítrio relacionado a questão espiritual.

Quando me referi a fazer uma crítica, estou dizendo que ela é construtiva, ou seja, não é meu objetivo falar mal de a ou b, mas sim por meio da bíblia analisar as questões doutrinárias defendidas por essas denominações para somente assim podermos ver se tais ensinamentos tem ou não base bíblica, caso haja base, então ela está dizendo a verdade de outro modo, a mentira prevalece.

Quando se defende o livre arbítrio como sendo uma doutrina encontrada na bíblia pressupõe que a salvação espiritual é algo acertado e garantido para todos indistintamente, esse pressuposto é encontrado na bíblia, na realidade são questões mal interpretadas as quais geram polêmica e conflito, 2ª Pe. 3. 9 “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.”

O texto fora de contexto nos induz a entendermos que Deus quer que todos se arrependam. Qual o problema disso? Ao menos podemos encontrar dois: confusão doutrinária, pois diz o que o contexto não diz, e “tiram” de Deus a regência e autoridade sobre a criação, logo podemos entender que essa teoria não tem apoio bíblico. Mas alguém pode retrucar e dizer: (- o verso diz que Deus quer que todos se arrependam.)

A chave para interpretarmos corretamente essa questão reside no fato de entendermos e isso baseado na bíblia, quem é o Deus anunciado por ela. A despeito de existirem inumeráveis denominações religiosas cristãs pouco delas tratam com seriedade quem é o Deus apresentado pela bíblia, na atualidade essas denominações cristãs tem apresentado uma variedade de deuses, para vários gostos e necessidades.

O que a bíblia na verdade nos revela sobre Deus? Dt. 10. 17 “Pois o Senhor , vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas.” Esse verso por si só vem nos demonstrar a majestade do Deus criador. Is. 46. 5 “A quem me fareis semelhante, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes?”

Acho que os cristãos da atualidade não entenderam esse verso, na verdade eles tem comparado a Deus com os homens, pensam que Ele tem as mesmas oscilações encontradas no gênero humano, ora Ele fala uma coisa e ora fala outra, o verso no entanto, está nos dizendo que não existe semelhança entre Deus e o resto da sua criação. Vejamos outro verso interessante, Jr. 32. 27 “Eis que eu sou o Senhor, o Deus de toda a carne. Acaso, seria qualquer coisa maravilhosa demais para mim?”

Se não existe algo extraordinário demais Para Deus, significa que Ele realizará todos os seus designíos, parece que é exatamente isso que encontramos na bíblia, Is. 46. 10 “Que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.” De certa forma o verso parece apoiar segunda Pedro 3.9 mas, para não nos iludirmos iremos ao contexto do capítulo 3. 2ª Pe. 3. 1-2 “Amados, escrevo-vos, agora, esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero, para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos”.

Para quem foi dirigida essas palavras do apostolo? Para os convertidos, para os dispersos e essa era a segunda vez que ele lhes dirigia a palavra 1ª Pe. 1. 1-2 “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas”.

Reparem que no ponto de vista de Pedro esses convertidos foram tidos como eleitos de Deus por meio de Cristo, logo percebemos para quem as suas cartas foram endereçadas, 2ª Pe. 3. 5 “Eles voluntariamente ignoram isto: que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste”. Que interessante, “-Eles voluntariamente ignoram isto”, eles quem? Os não eleitos, os que rejeitaram.

Percebemos então, Pedro tratando de dois grupos distintos, 2ª Pe. 3. 9 “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”. Temos então “eles, e “alguns”, “eles” estavam influenciando negativamente a “alguns” a descrerem do retorno de Jesus, no entanto, a promessa da salvação espiritual foi feita para alguns.

E para destacar o fato de que a doutrina da salvação universal baseada no livre arbítrio é uma falácia, vejamos Ap. 20. 15 “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” Baseado na decisão de Deus, na sua soberania, a interpretação de que todos serão salvos não tem lógica, sendo assim, se o destino de muitos será a destruição eterna, logo esses mesmos que serão destruídos não poderão jamais se salvar.

Baseado no fato de que, se Deus houvesse dito que todos se salvariam, logo todos seriam salvos, mas se não serão salvos conforme apocalipse 20. 15 e inúmeros outros versos, significa que Deus não ordenou a salvação de todos. Caso houvesse Deus ordenado a salvação de todos e muitos tivessem rejeitado essa salvação, poderíamos concluir que Deus não era supremo, mas isso é impossível visto a magnitude da criação, sendo assim Deus é o dominador de todas a sua criação.

Logo se alguém desobedecesse a ordem dado por Deus para ser salvo, esse alguém estaria pecando e portanto, não seria apto para usufruir a salvação espiritual.




quinta-feira, 1 de junho de 2023

Revelação sobre saúde, sim ou não?

Vejamos uma declaração polêmica de E.G.W. Encontrada no livro Conselhos sobre o regime alimentar, pg. 382 (A reforma de saúde deve efetuar entre nosso povo uma obra que ainda não se fez. Há pessoas que devem ser despertadas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne de animais, pondo assim em risco a saúde física, mental e espiritual. Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele).

Por que digo ser uma declaração polêmica? Na verdade a declaração não é só polêmica, é também constrangedora para os adeptos do adventismo. Por exemplo: imaginem se nas páginas da bíblia estivesse escrito que quem se valer do regime cárneo não obterá a salvação espiritual, naturalmente aqueles que creem não usariam esse tipo de alimento. Aí é que entra a polêmica e o constrangimento, E.G.W. é tido como uma verdadeira profetiza para os adventistas, o que essas pessoas devem fazer? Comer carne e não obedecer a profetiza, ou ignora-la e perder salvação espiritual?

Na realidade não encontramos fundamento bíblico para a declaração de E.G.W. O pressuposto lançado por ela está baseado em algumas questões e entre elas está Gn. 1. 29 “E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.” Mas, segundo o relato bíblico esse regime alimentar foi ordenado antes do pecado.

No entanto, E.G.W. Defendia uma vida sem pecado mesmo antes da glorificação, vejamos algumas declarações suas: “Cristo morreu para permitir que você deixasse de pecar, e o pecado é a transgressão da lei.” Review and Herald, vol. 71, n. 35, p. 1, 28 de agosto de 1894 “Ser redimido significa cessar de pecar.” Review and Herald, vol. 77, nº 39, p. 1, 25 de setembro de 1900 “Todo aquele que se rende totalmente a Deus recebe o privilégio de viver sem pecado, em obediência à lei do céu. ... Deus exige de nós perfeita obediência. Devemos nos purificar, assim como Ele é puro. Ao guardar Seus mandamentos, devemos revelar nosso amor pelo Supremo Governante do universo.” Review and Herald, 27 de setembro de 1906, p. 8.

Nesse caso, o que a bíblia nos diz? 1ª Co. 15. 53 “Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. 1ª Jo. 1. 8 “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. Para poder contornar a questão, os adventistas estão ensinando a vida em santificação e não mais a vida sem pecado, mas o estrago já foi feito, neste caso também, ela se valeu da salvação pelas obras.

O que levou E.G.W. A criar esse dogma por excelência na então nascente denominação, foi a necessidade de se estabelecer como uma igreja diferenciada, em outras palavras, detentora da vontade de Deus. Qual então foi a base dessa doutrina mirabolante? Foi o regime alimentar estipulado para o casal no Éden? Foi uma revelação especial vinda do céu? Ou foi uma influência da época? Para os adventistas na sua minoria (aqueles que creem) e que “praticam” foi a primeira e a segunda questão, a falta de informação inibe a aceitação da terceira questão proposta, veremos então, algumas questões que dão base para estabelecer a terceira questão proposta. Antes porém. Vejamos uma declaração de E.G.W. *

* * “Foi na casa do irmão A. Hilliard, em Otsego, Michigan, em 6 de junho de 1863, que o grande assunto da reforma da saúde foi exposto diante de mim em visão. ... O Senhor apresentou-me um plano geral. mostrado que Deus daria a Seu povo que guarda os mandamentos uma dieta reformada. (Conselhos Sobre Regime Alimentar, pg. 481, (1938). Porém, surge uma pergunta a ser feita: foi Deus ou foi o Dr. James Caleb Jackson?

Dr. James Caleb Jackson nasceu em 1811. No início de sua vida, ele trabalhou como palestrante e editor de jornais abolicionistas; mas ele foi prejudicado por uma saúde extremamente debilitada. Na verdade, ele estava à beira da morte quando visitou uma cura pela água, e sua recuperação quase milagrosa fez de Jackson um defensor da hidropatia por toda a vida. Mais tarde, formou-se em medicina e, em outubro de 1858, mudou-se para Dansville, Nova York, para abrir sua própria clínica de cura pela água.1

A clínica ficou conhecida como (nossa casa na encosta) e ganhou reputação nacional. Além dos tratamentos com água, o Dr. Jackson também incentivou seus pacientes a se alimentarem adequadamente. Nenhuma carne vermelha, açúcar, café, chá, álcool ou tabaco eram permitidos na sua clinica, em Hillside; em vez disso, a ênfase estava em frutas, vegetais e grãos não processados. Jackson também promoveu uma dieta de duas refeições por dia . Jackson é creditado com a invenção do primeiro cereal matinal frio, uma receita derivada de farinha de graham..2

Dr. Jackson tratou seu paciente com estas dez leis de saúde: Ar - respire ar puro; dormir em quartos bem ventilados. Comida - sem comer demais, sem pimenta, mostarda, sal ou carne; uso limitado de açúcar. Água - beba água pura; nada de bebidas alcoólicas, chá ou café; tomar banho regularmente. Luz solar. Vestido - roupas que não interferem na circulação ou restringem os órgãos. Exercício - com regularidade, especialmente ao ar livre. Sono - pelo menos oito horas por dia. Descanso - paz de espírito. Social - relações sociais agradáveis. Mental e moral - liberdade da ansiedade mental.3

Enquanto os White viajavam em meados e no final da década de 1860 compartilhando as reformas de saúde que Deus supostamente lhe dera por visão, aqueles ouvintes que por acaso estavam familiarizados com os escritos do Dr. Jackson ficaram surpresos com as semelhanças marcantes entre na visão e nos ensinamentos do Dr. Jackson. Até mesmo a Sra. White reconheceu essas notáveis semelhanças em uma carta a seus filhos:

"Nós nos encontramos aqui com uma senhora que estava em Nosso Lar em Dansville quando estávamos lá. Ela me apresentou a seu marido. Eles compareceram às nossas reuniões. Seu pai fez um discurso sobre temperança no domingo de manhã. fora das cortinas da tenda. Eles são pessoas inteligentes e os primeiros no local. Eles nos convidaram para visitá-los, e hoje atendemos o pedido deles. Ela fez a observação em relação ao discurso de seu pai que parecia a ela que ela era ouvindo o Dr. Jackson novamente. Ela falou especialmente sobre minha palestra na convenção, disse que nunca a esqueceu; que foi uma grande ajuda para ela desde aquela época; que a beneficiou especialmente.4

O fato de que as visões de saúde da Sra. White se assemelhavam tanto aos ensinamentos do Dr. Jackson levantou alguma preocupação na igreja. A Sra. White admite que as pessoas "frequentemente" a questionavam se ela obteve sua "visão" do Dr. Jackson. Tal controvérsia surgiu que a Sra. White foi forçada a se defender publicamente no jornal da igreja: "Pergunta sobre a Visão. Você recebeu suas opiniões sobre a reforma de saúde antes de visitar o Health Institute em Dansville, Nova York, ou antes de ter lido as obras sobre o assunto? Ela respondeu: "Não visitei Dansville até agosto de 1864, catorze meses depois de ter tido a visão.

"Eu não sabia que existia um artigo como The Laws of Life , publicado em Dansville, NY. Eu não tinha ouvido falar dos vários trabalhos sobre saúde, escritos pelo Dr. JC Jackson, e outras publicações em Dansville, na época, Eu não sabia que tais obras existiam até setembro de 1863 , quando em Boston, Massachusetts, meu marido as viu anunciadas em um periódico chamado Voice of the Prophets, publicado por Eld. JV Himes.

Meu marido encomendou as obras de Dansville e as recebeu em Topsham, Maine. Seu negócio não lhe deu tempo para examiná-las e, como eu decidi não lê-las até que tivesse escrito minhas opiniões, os livros permaneceram em suas embalagens . "Ao apresentar o assunto da saúde a amigos onde trabalhei em Michigan, Nova Inglaterra e no estado de Nova York, e falar contra drogas e alimentos cárneos, e a favor de água, ar puro e uma dieta adequada, A resposta era muitas vezes feita: "Você fala muito próximo das opiniões ensinadas nas Leis da Vida e outras publicações dos Drs. Trall, Jackson e outros. Você leu esse artigo e essas obras?"

"Minha resposta foi que eu não os tinha, nem deveria lê-los até que tivesse escrito completamente minhas opiniões, para que não se dissesse que recebi minha luz sobre o assunto da saúde dos médicos, e não do Senhor. "E depois de ter escrito meus seis artigos de Como Viver , pesquisei as várias obras sobre higiene e fiquei surpreso ao encontrá-los tão quase em harmonia com o que o Senhor me havia revelado. E para mostrar essa harmonia e estabelecer diante de meus irmãos e irmãs o assunto trazido à tona por escritores hábeis, decidi publicar leis para vida , no qual extraí em grande parte das obras mencionadas."5

Assim, temos duas versões dos eventos: A versão do cético : A Sra. White secretamente leu os livros do Dr. Jackson, adotou suas reformas de saúde, então decidiu trazer essas mesmas reformas para toda a igreja, mas em vez de dar crédito ao Dr. Jackson, ela fingiu que Deus lhe deu uma visão de reforma de saúde e saiu por aí dizendo a todos que a informação veio direto do céu. A versão da Sra. White : A Sra. White recebeu de Deus uma visão da reforma de saúde. Mais tarde, ela encontrou alguns escritos do Dr. Jackson e, por pura coincidência, eles eram quase exatamente o que ela viu na visão.

Um estudo mais detalhado dos eventos revelará qual versão é a verdadeira.

1. David Gilbert, "'Castle on the Hill' de Dansville", Dansville Area Historical Society.

2. bidem.

3. James C. Jackson, How to Treat the Sick Without Medicine (Dansville, NY: Austin, Jackson & Co., 1872), 26-235.

4. Ellen White, Carta 3, 1865. (Para Edson e Willie White, 13 de junho de 1865, Manuscript Releases, vol. 5, p. 384).

5 Ellen White, Second Advent Review and Sabbath Herald, 8 de outubro de 1867.


* Análise minha.


** Extraido do Site: https://www.nonegw.org/

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Textos sem contextos é base para fábulas.

Em um assunto anterior, https://evandro-blogdoevandro.blogspot.com/2019/12/ellen-g-white-e-seu-ensinamento-sobre.html mostrei como E.G.W. Erroneamente interpretou a estrela da manhã e o Querubim cobridor de Isaías 14 e Ezequiel 28. seguindo apenas a tradição cristã, sem observar o contexto dos capítulos, ela apoiou a ideia de que ambos os capítulos tratam de um Anjo literal o qual foi arremessado para à terra, agindo assim ela testificou que não foi uma profetiza inspirada por Deus. Seguindo a tradição e sem examinar o contexto dos capítulos, ela reescreveu e coloriu uma fábula.

Examinando apenas alguns versos dos referidos capítulos perceberemos o qual ela foi negligente, Is. 14. 12-14 “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.”

A interpretação cristã popular mais a suposta profetiza de Deus, quando leram esses versos disseram: é a queda do Anjo o qual se tornou o diabo! No entanto, alguns poucos versos do contexto nos mostrará de quem o profeta bíblico se referia, Is. 14. 3-4 “E acontecerá que, no dia em que o Senhor vier a dar-te descanso do teu trabalho, e do teu tremor, e da dura servidão com que te fizeram servir, então, proferirás este dito contra o rei da Babilônia e dirás: Como cessou o opressor! A cidade dourada acabou!

Já começamos a entender quem foi esse, o qual foi lançado por terra. Interpretar Isaías 14 dizendo que ele descreve a queda de um Anjo é desenhar um quadro de lendas, mito e superstição. Is. 14. 5- 7 “Já quebrantou o Senhor o bastão dos ímpios e o cetro dos dominadores. Aquele que feria os povos com furor, com praga incessante, o que com ira dominava as nações, agora, é perseguido, sem que alguém o possa impedir. Já descansa, já está sossegada toda a terra! — exclamam com júbilo.”

Quem era o dominador nos dias de Isaías? Naqueles dias, quem afligia as nações com dura impiedade? Sim, o rei de Babilônia, o capítulo 14 de Isaías mostra a sua queda, de forma figurada revela a sua altivez, como alguém superior que “subiu ao céu” é de lá foi lançado por terra simbolizando a sua queda. Portanto, não há nenhum indício de um Anjo literal, muito menos que se chama Lúcifer o qual supostamente se rebelou (absurdo) com o Eterno Deus e por isso foi lançado por Terra.

Nesse primeiro momento percebemos E.GW. Não como uma profetiza inspirada, mas como alguém que remodela enredos. E o que dizer de Ezequiel capítulo 28? Ez. 28. 13-15 “Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti.

Nos é dito que tal ser estava no Éden, jardim de Deus. Diz também que ele se cobria com toda sorte de pedras preciosas, e que ele era perfeito até um determinado tempo. Esse quadro é facilmente pintado por E.G.W. Ela descreve o “Querubim caído” com detalhes, mas dentro do contexto podemos confiar nessa descrição feita por ela.? Ez. 28. 1-2 “ E veio a mim a palavra do Senhor , dizendo: Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Jeová : Visto como se eleva o teu coração, e dizes: Eu sou Deus e sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares ( sendo tu homem e não Deus); e estimas o teu coração como se fora o coração de Deus.” 

Reparem que o início do capítulo já é referente ao rei de Tiro, portanto entramos no contexto do assunto e esse contexto desfaz a descrição de E.G.W. Os seus defensores irão dizer: - “ela está certa, o verso diz que ele estava no Éden, e foi lá que ele enganou o casal”. Na verdade a sentença proferida por Ezequiel é literal, no entanto ele se vale de símbolos para relacionar as pessoas, por exemplo: Ez. 31. 5 “Por isso, se elevou a sua estatura sobre todas as árvores do campo, e se multiplicaram os seus ramos, e se alongaram as suas varas, por causa das muitas águas que enviava.” Por meio de símbolos alguém é representado por uma árvore de grande estatura, e o fato de ser maior que todas as árvores, representava alguém poderoso em sua época.

E esse alguém poderoso estava literalmente no jardim do Éden? Ez. 36. 35 “E dirão: Esta terra assolada ficou como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas estão fortalecidas e habitadas.” No contexto de reis e impérios, o jardim do Éden representa o melhor dos locais, é utilizado para demonstrar magnificência sobre a terra. Ez. 31. 9 “Formoso o fiz com a multidão dos seus ramos; e todas as árvores do Éden, que estavam no jardim de Deus, tiveram inveja dele.”

Aqui temos a união das árvores, representando liderança e grandeza; e o melhor da terra, simbolizado pelo jardim do Éden. De quem o verso está falando, seria do Anjo caído? Absolutamente, Ez. 31. 18 “A quem, pois, és semelhante em glória e em grandeza entre as árvores do Éden? Todavia, descerás com as árvores do Éden à terra mais baixa; no meio dos incircuncisos jazerás com os que foram traspassados à espada; este é Faraó e toda a sua multidão, diz o Senhor Jeová.”

Essa profecia foi a derrocada para o Egito. Esse mesmo capítulo confirma o que eu disse, as árvores simbolizam pessoas as árvores maiores, são os maiorais das nações, o Éden, é o melhor da terra dominado por esses governantes. Assim sendo, as profecias de Isaías e a de Ezequiel referem-se ao rei de Tiro e ao faraó do Egito, não há nada de Anjo caído ou de um diabo no paraíso edênico. Portanto, E.G.W. Erra duas vezes, primeiro: copia e colore, o ensinamento dos pais da igreja e alguns autores da idade média, e segundo, diz que teve uma visão do Anjo caído e basea a sua “visão” nessas profecias lidas a cima, teria sido ela uma verdadeira profetiza?

sábado, 1 de abril de 2023

Para Deus, tudo é possível.

O que nos dá garantias de que a morte não é o fim absoluto? Essa pergunta é feita frequentemente por muitos, outros, pelo estilo de vida estão dizendo: comamos e bebamos que amanhã morreremos, não estão nem um pouco preocupados com um possível acerto de contas. Voltemos então à pergunta: a garantia de que a morte não trás consigo o fim eterno está no fato de que nada do que percebemos é obra do acaso. Na verdade o acaso é só uma palavra utilizada por pessoas que não sabem explicar algo, em outras palavras o acaso não existe.

O que nos dá garantias de que a morte não é o fim, reside no fato de existir um ser superior, o qual mantém todas as coisas, At. 17. 24-25 “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas.”

Seria essa resposta inválida, por carecer de base científica? Na realidade os objetores nunca dão uma resposta embasada cientificamente sobre a não existência de um ser espiritual e superior, isso pelo fato desse ser o qual chamo de Deus criador, não poder ser mensurado. Assim sendo, não podemos provar a existência de Deus por meio de laboratórios, no entanto essa mesma ciência tem visto e demonstrado a existência de Deus.

Parece um paradoxo mas não é, o que estou dizendo é que Deus é intangível, por isso não pode ser medido por meios materiais, contudo, a ciência pode comprovar as obras de Deus. Na atualidade à ciência tem tentado validar os acontecimentos bíblicos, são assuntos aceitos e tratados no meio cientifico, por exemplo, o diluvio as pragas no Egito, no entanto, eles se valem dos meios físicos para realizarem isso, tais como: as convulsões em outros planetas e os cometas*.

Esse artifício é um meio de negarem a Deus, Rm. 1. 19- 20 “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”. E por que negam a Deus? Negando a Deus criaram a ilusão da não obediência, sim, se Ele não existe, logo a sua vontade e mandamentos também não existem.

Por outro lado vemos o verso dizer que tais pessoas são indesculpáveis. Voltemos então, questão da morte não ser o final de tudo; Hb. 11. 3 “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” O autor da carta aos hebreus diz que pela fé nós entendemos... no entanto, digo que não só pela fé, mas a própria lógica nos mostra isso, a profundidade de todo o universo, tanto na questão macro como microscópica demonstra que o nada ou o acaso, não pode trazer a existência organismos complexos e regidos por leis.

Impossível, que amebas, sopa primordial, organismos unicelulares e cometas, tenham por sí só vindo a existência, da mesma forma não existe a possibilidade da matéria desinteligente criar inteligência. No contexto em que vivemos precisamos sim “lutar” pela sobrevivência, porém, nenhum esforço fizemos para estarmos aqui, a nossa estada foi unicamente pela vontade e poder de Deus, Ap. 4. 11 “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.”

Outra questão a qual devemos estar atentos, refere-se a impotência da ciência quando o assunto retrata a morte, apesar da medicina ter trazido benefícios, alivio e remediado várias doenças, nada foi feito para devolver a vida de alguém, não que haja má vontade, o que existe na verdade é incapacidade, sim o homem (gênero) é limitado pela vontade de Deus, por que a ciência é incapaz de ressuscitar alguém? (isso no verdadeiro sentido da palavra) Hb. 9. 27 “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo.”

Sim, a morte é algo ordenado por Deus, assim como é a vida, ao contrário do não fazer nenhum esforço para nascer, faz-se um tremendo esforço para não morrer. Porém, é tudo em vão, Jó 14. 5 “Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles.” Neste sentido acredito que a lógica está embasada na fé e vice versa, por isso acredito piamente no poder de Deus quanto a ressurreição dos mortos.

Entendemos então, que a vida em seu estagio original é algo muito complexo, distante da engenhosidade humana, se é impossível trazer de volta a vida, muito menos se pode criá-la em seu estágio original e inicial em laboratórios, Mt. 19. 26 “E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” A Deus tudo é possível, naturalmente aquilo que é lógico e não contraditório.

O verso 11 de apocalipse 4 nos diz que pela vontade e poder de Deus, todas as coisas foram criadas e assim será quanto a ressurreição dos mortos, seria isso contraditório e ilógico? Não, basta analisarmos a nossa chegada a este mundo, estamos aqui por nossa vontade? Quanto laboramos para isso? A nossa existência é produto exclusivo da vontade de Deus, e o mesmo Deus que trará os mortos de volta, 1ª Co 15. 51-52 “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.”

Muitos dirão que isso é um apelo irracional da fé, na realidade isso não é um apelo, quanto a fé ela deve existir, porém neste caso, a fé não é uma palavra mágica que fará acontecer a ressurreição dos mortos, a fé aqui é a certeza de um cumprimento lógico e não irracional, pelo contrário, a razão aqui apela para o fato de termos a certeza de que existe alguém inteligente e superior o qual tem domínio sobre a vida e a morte e esse alguém é o Deus criador.






*Documentário reproduzido no History2.

sexta-feira, 3 de março de 2023

Os adversários de Jó.

É muito comum o uso de figuras de linguagens no AT. E interpretá-las diretamente como algo literal ou real, foi causa de várias doutrinas equivocadas dentro do circulo cristão. Jó. 1. 7 “Então, o Senhor disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu ao Senhor e disse: De rodear a terra e passear por ela.” O cristianismo popular interpreta esse verso como sendo um Anjo, o qual literalmente caminha por toda à terra, sempre a espreita intentando “tragar” alguém.

No entanto, se basearmos a interpretação do verso segundo a linguagem da época e apoiado com outros versos bíblicos, teremos uma interpretação diferente e não popular do texto, Gn. 4. 12-14 “Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e errante serás na terra. Então, disse Caim ao Senhor : É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada.

Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará. Nesse contexto Caim está condenado a ser um andarilho “passear” sobre a terra, isso pelo fato de ter sido um adversário “satanás” do seu irmão.

Jó. 1. 6 “E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles.” Ao ler esse esse verso a cristandade o tem interpretado como sendo um encontro entre Deus e Satanás no céu, a bíblia não apoia tal ideia dentro do contexto bíblico o que é se apresentar ao Senhor? Dt. 19. 17 “Então, aqueles dois homens, que tiverem a demanda, se apresentarão perante o Senhor, diante dos sacerdotes e dos juízes que houver naqueles dias.” Sl. 42. 2 “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?”

Apresentar-se perante o Senhor era comparecer para um de seus representantes; nunca esquecendo o método de linguagem utilizado pela bíblia “comparecer perante o SENHOR.” 1ª Tm. 6. 16 “Aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém!” Nos é dito que homem algum jamais viu a Deus, mas, e os Anjos? A bíblia diz que eles incessantemente veem a face de Deus. Não podemos penetrar no mundo espiritual, contudo, a mesma bíblia diz que Deus não tem uma forma definida.

No entanto, a bíblia também nos diz que Deus não tolera o mal, Sl. 5. 4 “Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal.” Alguém dirá, Satanás não habitou, ele esteve na presença de Deus, 3ª Jo. 1. 11 “Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus.” Se, conforme é ensinado pela cristandade, Satanás é um ser espiritual do mal, logo como pode ele ter estado na presença de Deus?

Jó. 1. 4-5 “E iam seus filhos e faziam banquetes em casa de cada um no seu dia; e enviavam e convidavam as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Sucedia, pois, que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura, pecaram meus filhos e blasfemaram de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.”

Parece que esses banquetes (cada um no seu dia) era uma festa de aniversário, A referência para os filhos de Deus que vieram juntos em adoração diante de um sacerdote ou um altar ocorre imediatamente após o relato sobre os filhos de Jó os quais faziam essas festas, parecendo bastante transgressoras, e Jó oferecia sacrifícios para eles. mas logo depois disso em que os filhos de Deus vieram para celebrar uma festa ao Senhor. Ligando esses dois acontecimentos eles chegaram juntos na festa e se reuniram para sacrificar suas ofertas, e nesse contexto Satanás veio entre eles.

O relato “os filhos de Deus” refere-se a seres espirituais? Não há nenhum apontamento que abalize tal ideia, Mt. 5. 9 “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” 1ª Jo. 3. 1 “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.”

Há outros indícios que os filhos de Deus são aqueles “nascidos de novo”. Quem então seria o Satanás que veio perante o Senhor “sacerdote” o qual representava o Senhor nas reuniões? Lembrando que Caim foi condenado a percorrer a terra, Deus não era estranho para Caim, assim, Satanás pode ter sido algum invejoso o qual participava das reuniões religiosas com o objetivo de levantar suspeitas de Jó, o verdadeiro adversário de Jó (Satanás no hebraico) estava entre os seus “amigos”.

Jó. 19. 19 e 22 “Todos os homens do meu secreto conselho me abominam, e até os que eu amava se tornaram contra mim. Por que me perseguis assim como Deus, e da minha carne vos não fartais?” Vemos nesse verso o homem perseguindo a Jó, e não outro ser qualquer. É interessante observar também que a palavra Satanás ou adversário não aparece mais nos capítulos posteriores, os acusadores de Jó notadamente são os seus “amigos”.

É fato também que a indignação de Deus não foi contra um ser espiritual, Jó. 42. 7-8 “Sucedeu, pois, que, acabando o Senhor de dizer a Jó aquelas palavras, o Senhor disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu vos não trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó.”

Os amigos de Jó não aceitavam o fato dele ser justo, por isso ele sofreu perseguição e calunia, Jó. 34. 35-36 “Jó falou sem ciência; e às suas palavras falta prudência. Pai meu! Provado seja Jó até ao fim, pelas suas respostas próprias de homens malignos.” Jó 1. 1 “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus; e desviava-se do mal.” A declaração é que Jó era reto ou justo, no entanto os “amigos” invejosos não acreditaram em tal informação.

Ao contrário, disseram que Jó era ímpio, Jó. 8. 6 “Se fores puro e reto, certamente, logo despertará por ti e restaurará a morada da tua justiça.” Por isso, no capítulo 42 de Jó, Deus disse que Elifaz o “amigo” adversário de Jó deturpou as afirmações que Deus havia feito.