domingo, 21 de julho de 2013

O Apocalipse 12, representa Maria?

Qualquer que seja a religião, ela deverá possuir um manual de orientação, afim de que os seus adeptos possam ser orientados de uma forma coerente e organizada. O livro máximo que cumpre esse papel no cristianismo é a bíblia, ou ao menos deveria cumprir. Na realidade, o que se vê no cristianismo é uma pluralidade de ensinamentos que não são encontrados na bíblia, percebe-se também que muitas doutrinas apesar de não serem bíblicas confundem a mente do leitor que está despreocupado em conhecer a verdade, ou ainda confunde um seguidor que está com a mente permeada com tal ensinamento.

Mas, ainda com relação ao cristianismo, o que dizer de um ensinamento ou mesmo uma doutrina que não é encontrada na bíblia? Como pode as pessoas ou os fieis aceitarem um dogma que não tem nem mesmo de longe um parecer bíblico? Existe algum verso bíblico que nos mostre Maria como estando no céu? A resposta é não, não existe! O que existe na realidade é uma apologética baseada na carência do povo. O que existe são apenas ensinamentos fora completamente de contexto que é apocalipse 12.

O texto e o seu contexto tratam de um simbolismo, que de maneira nenhuma pode ser utilizado de forma literal. Vários componentes que estão inseridos no drama dão prova de que tal descrição não pode ser levado ao pé da letra. Ap. 12.1 (Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça.) Quase todos os estudiosos da bíblia concordam que a mulher que fala o apocalipse 12 trata-se primariamente do povo de Israel, e consequentemente os cristãos; vejamos e deixemos a própria bíblia dizer.

Isaías 54.6-8 (Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus. Por breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias torno a acolher-te; num ímpeto de indignação, escondi de ti a minha face por um momento; mas com misericórdia eterna me compadeço de ti, diz o Senhor, o teu Redentor.) Jr. 3.21 (Deveras, como a mulher se aparta perfidamente do seu marido, assim com perfídia te houveste comigo, ó casa de Israel, diz o Senhor.)

Os. 2.2 (Repreendei vossa mãe, repreendei-a, porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido, para que ela afaste as suas prostituições de sua presença e os seus adultérios de entre os seus seios.) Verso 16. (Naquele dia, diz o Senhor, ela me chamará: Meu marido e já não me chamará: Meu Baal.)

Paulo então aplica a condição de esposa aos seguidores de Jesus Cristo, O que Deus era para Israel Jesus é para os cristãos. 2 Co. 11.2 (Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.)

Suponhamos que a mulher seja literalmente Maria, o que seria o sol que a cobre? E as doze estrelas, e igualmente a lua? Não deveriam todos estes corpos celestes serem entendidos de uma forma igualmente literal?  Então, imaginem uma mulher vestida com sol? Impossível! Na realidade são símbolos que estão representando algo, algo este que a própria bíblia deve interpretar.

Percebemos nos poucos versos que lemos o quão os profetas destacavam a analogia entre Israel (esposa) e Deus (marido) salientei também que Paulo aplicou tal analogia para a igreja de Cristo, Ef. 5. 22-24 . (As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.)

Se a mulher primariamente representava Israel o que representava o sol que “ela” trazia? Sl. 37.6 ( Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia.) Sl. 84.11 (Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente.) Ml. 4.2 (Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria.)

Dentre os versos que retratam o sol de uma forma metafórica nos é dito que o sol significa: justiça e direito, representa por isso o próprio Deus. Baseado nisso a mulher de apocalipse 12 era representante de Deus trazendo luz, justiça e direito. Tal era Israel, que aguardava com ânsias de “parto” o Cristo, toda a nação? De maneira nenhuma, antes os “justos” que ansiavam pela libertação não só do povo inimigo mas do jugo do pecado.

Qual sentido real haveria para Maria estar com a lua debaixo dos pés? Nenhum sentido! Mas se tratarmos da questão utilizando textos bíblicos, teremos mais sucesso? Creio que sim; muitos versos ou ao menos 70 versos na ARA. Retratam a lua de forma literal, porém alguns versos de forma metafórica, e como o apocalipse é um livro simbólico acredito que os símbolos e as metáforas devam ser utilizadas com o objetivo de dar sentido ao simbolismo descrito no livro.

O Salmo 89.37 nos diz sobre o trono de Davi e sua posteridade: (Ele será estabelecido para sempre como a lua e fiel como a testemunha no espaço.) As promessas de Deus para com Israel de que o messias viria da linhagem da mulher também seria fiel como a lua testemunha no espaço. Igualmente as doze estrelas as quais a mulher tem sobre a cabeça são representativas.

Representa não só os doze apóstolos que deram sequência a igreja como os doze patriarcas os quais formaram Israel, o mesmo que deu origem a igreja neo testamentaria a mesma que esperou e revelou o Messias. Utilizando o mesmo pressuposto percebemos que estrela quando empregada de uma forma metafórica pode significar pessoas de destaque. Dn. 8.10 (Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou.)

Estrela neste verso significa os sacerdotes que ministravam no templo de Jerusalém Judas 13. (ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre. Este verso confirma que estrela pode e significa homens. No caso da mulher ou igreja do capítulo doze de apocalipse representa a igreja descendendo dos doze patriarcas e sequenciando com os doze apóstolos. O método que utilizei para este estudo foi um método de evidencias do texto bíblico.

Mas, o que quero deixar claro neste assunto é que apocalipse doze nem mesmo sonha em dizer que está relacionando Maria, não existe um único texto bíblico literal que demonstre que Maria esteja no céu. Em 1 de novembro de 1950, o papa a Pio XII declarou a Assunção de Maria como sendo um dogma, Ele não citou nenhuma fonte bíblica que realmente comprove tal acontecimento. Portanto, tal ensinamento não está embasado na afirmativa bíblica.





quinta-feira, 11 de julho de 2013

EGW erra ao interpretar João 5.8-10.


No desejo em defender a validade da antiga aliança adaptando-a ao adventismo, EGW desvirtuou as informações bíblicas acerca da guarda do sábado. O sábado bíblico para o povo de Israel era cercado de várias cerimônias impostas por Deus, as quais o povo deveria obedecer sob o risco de ser penalizado, ou mesmo ser levado a morte. A seguir veremos na declaração de EGW ao menos duas situações bizarras, uma que compromete o seu entendimento das escrituras e outra que compromete a fidelidade dos membros da sua igreja com relação à guarda do sábado.

Diz Ela: “Por tal forma haviam os judeus pervertido a lei, que a tornavam um jugo de servidão. Suas exigências destituídas de significado eram um provérbio entre as outras nações. Especialmente havia o sábado sido cercado de toda espécie de restrições destituídas de senso. Não lhes era um deleite o santo dia do Senhor, digno de honra. Os escribas e fariseus lhe tinham tornado a observância intolerável fardo.

Ao judeu não era permitido acender fogo, nem mesmo uma vela no sábado. Conseqüentemente, o povo dependia dos gentios quanto a muitos serviços que seus regulamentos proibiam que fizessem para si mesmos. Não refletiam que, se essas ações eram pecaminosas, os que empregavam outros para as praticar eram tão culpados como se as houvessem praticado eles próprios. Julgavam que a salvação se restringia aos judeus, e sendo a condição dos outros já desesperada, não se poderia tornar pior. Mas Deus não deu mandamentos que não possam ser obedecidos por todos. Suas leis não sancionam quaisquer restrições irrazoáveis ou egoístas”. DTN. 204.

Analisando esta página do livro o Desejado de Todas as Nações de EGW, percebe-se claramente que o jugo de servidão o qual Ela se refere, se deu pelo fato, após Jesus ter curado um indivíduo no sábado; João 5. 8-10 (Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado. Por isso, disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito.) Pelo que o livro revela, os líderes judaicos dos dias de Cristo estavam pervertendo a lei e pondo um jugo de servidão, o fato dos judeus terem dito ao curado que era proibido pela lei carregar objetos no sábado EGW, afirmou que os judeus estavam acrescentando normas desnecessárias ao mandamento do sábado.

Tal informação não procede, pelo fato de tais normas e mandamentos estarem diretamente vinculadas a lei. Ne. 13. 15 (Naqueles dias, vi em Judá os que pisavam lagares ao sábado e traziam trigo que carregavam sobre jumentos; como também vinho, uvas e figos e toda sorte de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles por venderem mantimentos neste dia.) Jr. 17. 27 (Mas, se não me ouvirdes, e, por isso, não santificardes o dia de sábado, e carregardes alguma carga, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então, acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém e não se apagará.)

Ora, os líderes de Israel não estavam adicionando nenhum jugo de servidão, na realidade estavam apenas fazendo valer o que a lei determinava, naquele contexto eles se valeram única e simplesmente da lei, ao passo que Cristo fez prevalecer à misericórdia, em detrimento do aspecto cerimonial destituído de caráter moral. O que Jesus quis dizer com a sua ação restauradora, foi que o carregar ou não carregar algo no sábado, não tornava alguém mais justo, ao contrário a reação dos fariseus demonstrou que tal cerimônia não tinha transformado as suas personalidades e ações. 

O fato é que dentro da ótica restrita da lei os líderes judaicos estavam com a razão. Imagine quando eles liam o livro da lei e os escritos dos profetas e se deparavam com escritos como o de Jeremias capítulo 17 o qual acabamos de ler, imaginem o cumprimento da profecia de Jeremias o qual se deu com a invasão dos exércitos babilônicos liderado por Nabucodonosor, registrado em 2ª Cr. 36. 21 (Para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.)

Muitos se perguntam o seguinte: por que os líderes dos judeus detestavam Jesus, os seus discípulos e Paulo? Como pode, eram todos da mesma nação, todos tinham o mesmo objetivo de agradar a Deus, todos eram zelosos da lei em todas as suas minúcias, seria isso mesmo? Claro que não, ou melhor, sim pertenciam a mesma nação de Israel, tinham o mesmo objetivo em agradar a Deus, apesar dos líderes se importarem com a letra fria da lei e por isso o seu zelo era sem intendimento, e claro Jesus assim como os discípulos e mesmo Paulo não foram tanto conservadores da letra fria da lei.

Basta reler o conflito que se configurou quando Jesus após curar um indivíduo, o mandou carregar a sua maca, e isso em pleno sábado, algo que contrariava aspectos relacionados a lei, isso é ponto pacífico. Afirmar como EGW, que aspectos relacionados a lei foi jugo de escravidão adicionados pelos líderes da nação, carecem de fundamento escriturístico. Naturalmente os líderes judeus cegados pelo zelo legalista, viram em Jesus e nos seus seguidores pessoas transgressoras da lei, e portanto, passiveis de morte, fato é que culminou na execução de Jesus e de alguns de seus seguidores.

Claro está que Cristo não transgrediu lei nenhuma ao permitir que o ex enfermo carregasse a sua maca, apesar dos escritos assim dizerem. Mas Jesus ao realizar tal ação demonstrou que a lei não tinha trazido perfeição ao líderes e quando eles os judeus resolveram matar a Cristo estavam demonstrando quem era realmente o transgressor.

Portanto, podemos retirar desta análise ao menos três questões importantes: (1) EGW errou em dizer que os líderes dos judeus foi quem estabeleceram os mandamentos acoplados a guarda do sábado ( carregar cargas no sábado e etc.) Ao contrário a bíblia claramente descreve tal advertência através dos profetas. (2) Ao assim proceder, EGW está nitidamente estimulando os membros de sua denominação a transgredir aquilo que tanto eles prezam e tem como ponto de salvação, que é o sábado.

(3) Jesus com sua visão espiritual demonstrou através de atos, e atos estes que foram contrários a expectativa dos líderes da nação, sendo assim nós devemos não nos restringirmos a aspectos cerimoniais os quais não nos fazem crescer na graça. Pergunto: dentro da ação lícita permitida pelo evangelho, qual o pecado de se carregar ou não cargas no sábado? Em outras palavras o que tal ação (lícita) pode contribuir tanto para o bem quanto para o mal?

Sejamos honestos, não contribui em nada, nem pró nem contra. Os judeus que viveram a antiga aliança, dependiam de aspectos cerimonias que dentro de uma visão espiritual são destituídas de significado e completamente irrelevantes. Qual foi o agravo moral que o ex enfermo cometeu ao carregar a sua maca no sábado? Bem, acredito que para o povo judeu da época, Ele feriu as suas consciências legalistas, porém no que tange a sua ação nada de imoral, sendo assim ninguém pode ser considerado um transgressor ao portar uma carga qualquer no sábado, exceto se for algo ilícito. 

No que diz respeito a ser legalista, ou ter zelo pela aplicação da lei os judeus eram por mandamento, Rm. 10. 5 “Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela”. E era assim que os judeus tentavam viver, eles não inventaram nada só seguiam o mandamento estipulado.


terça-feira, 2 de julho de 2013

Diabo evangelista, o que é isso?

O ensinamento popular acerca do diabo é que ele é um ser perverso. Tal ensinamento também afirma que este ser está preocupado em trazer o mal para a humanidade. O cristianismo popular seguindo uma tradição judaica tardia, oriunda do dualismo persa crê e ensina nos púlpitos denominacionais que, Deus opera o bem, ao passo que o diabo opera o mal.

Segundo o ensinamento cristão popular, acreditar que o diabo possa fazer algo de bom é uma contradição. Mas, o que dizer de um diabo evangelista? Mt. 8.28-29 (Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho. E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?)

Lc. 8.28 (E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo em alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes.)

Os versos nos mostram que o trabalho de “evangelista” o qual cabe ao homem de Deus foi também realizado pelo diabo, o mais interessante foi que naqueles dias nos primórdios do cristianismo, quando muitos não visavam em Jesus o messias, quando muitos judeus o rejeitavam, o diabo fez o trabalho de evangelista.

Não tem cabimento que o demônio se converta em apóstolo, o menos que se pode esperar é que o diabo de testemunho da messianidade de Jesus. O cristianismo popular jamais aceitaria que o diabo confessasse a Cristo, mas foi o que aconteceu. Outro fato interessante aconteceu nos dias de Paulo está registrado em Atos 16.16-17.

Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação.”

Aqui literalmente o “demônio” torna-se um grande evangelista. Ora, dizer que o demônio fez isso é contradizer o argumento popular sobre o diabo, pois se espera que o diabo negue a Deus e tudo aquilo que está relacionado com a bíblia. O verso nos diz que a jovem estava possuída por um espírito adivinhador, ou espírito de pitão, na mitologia grega, nome da serpente ou dragão Pitiã que habitava na região de Pito, junto ao Parnasso em Focis. Diz-se ter ela guardado o oráculo de Delfos. Foi eliminada por Apolo.

Naturalmente não nego o acontecimento registrado em atos, nego, no entanto que a jovem estivesse realmente possuída. A grande maioria das pessoas em todas as épocas, quando não podem detectar um acontecimento físico atribuem então a forças espirituais, no primeiro século não foi diferente, as pessoas apesar de serem santas não estavam obrigadas a compreender tudo, Paulo foi um evangelista, falou a linguagem da sua época, associou o acontecimento ao ensinamento popular da época.

Até mesmo a medicina desconhecia (e desconhece) casos complexos e atribuía tais acontecimentos a questões espirituais. O mesmo acontece atualmente, os líderes religiosos, muitos na ignorância e outros com “esperteza” acrescentam na mente do povo que o inimigo é espiritual e maligno, e o povo pessimista e envolvido com superstição, aceita tal ensinamento e acabam sendo vitimas do sistema. Uma questão muito simples de se entender, quando um “possuído” nas ditas denominações torna-se “liberto das garras do diabo” qual a sua reação fisiológica? O que ele (a) quer de imediato? Descansar, e se refazer fisicamente, o esgotamento foi severo, então o organismo precisa se recuperar. Bem, caso fosse um ser espiritual que estivesse operado toda aquela contorção, toda aquela “ginástica” porque estaria o pobre oprimido cansado?

Ora, devemos saber definir o que é espiritual do físico, devemos saber definir o que é milagre daquilo que é meramente humano. A realidade humana é uma só, aquilo que não se consegue explicar atribui ao espiritual. Evidencias bíblicas que os textos que foram citados não podem ser entendidos ao “pé da letra”.

Pelo simples fato de que segundo a teologia e ensinamento popular diz sobre o verdadeiro papel do diabo, em outras palavras nunca, o diabo pode fazer uma propaganda em favor de Cristo e da bíblia. O mais lógico era que os personagens “endemoninhados” dissessem ao contrário, ou seja, certo seria “eles” terem dito: o que eles irão dizer (sobre o evangelho) não deem ouvidos. 

Naturalmente acredito piamente nos acontecimentos tanto dos evangelhos quanto no que está em atos 16.16-17 só discordo da interpretação do fenômeno que acometeu aquelas pessoas, e baseado no ensinamento sobre a malignidade do diabo tenho apoio para não acreditar que o "diabo" daqueles episódios tenham se tornado evangelistas. Nos versos bíblicos citados todos foram curados, isto é, eram doentes, precisavam de cura física, e foi isso mesmo que aconteceu. Reparem que o verso não cita uma cura espiritual, apenas uma cura física.

Alguns parapsicólogos (ciência) acreditam que o caso desses personagens bíblicos se deu pela HIP hiperestesia Indireta do Pensamento. Hiperestesia HIPER vem do grego (HYPÉR), que significa super posição, superior. ESTESIA é derivado de ESTESE, uma palavra de origem grega; (AISTHESIS), que significa sensibilidade. Sim, é um assunto cientifico, não estou trocando o espiritual pelo cientifico, não mesmo. Porém, os personagens bíblicos que foram citados não estavam possuídos, visto o caso de que todos eles “trabalharam” para a pregação do evangelho, contrariando assim o ensinamento popular acerca do trabalho do diabo que é o impedimento da pregação do reino de Deus.