A formula ortodoxa da trindade ensina que o Pai o Filho e o Espírito Santo são co-iguais. Sabemos pelo relato bíblico, que Jesus é a segunda pessoas mais importante, no entanto, não existe apoio dentro da mesma dizendo que eles são equiparados em tudo. Pelo contrário, vejamos o que o próprio Jesus disse Jo. 14. 28 “Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu”. Jesus complementa essa informação em Jo. 10. 29 “Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai”.
Surge então a simples pergunta: em quem devemos acreditar? Nos concílios eclesiásticos, ou em Jesus? A bíblia continua dizendo que Deus é maior do que todos e pertencemos a Ele, 1ª Co. 3. 23 “E vós de Cristo, e Cristo de Deus”. Quando a Bíblia diz "nós somos de Cristo", está dizendo "vocês pertencem a Cristo", e muitas versões mesmo em português dizem isso ( NAA, NVT, NTLH, VC, NVI.). Portanto, o versículo está dizendo: "e vocês pertencem a Cristo; e Cristo pertence a Deus". Parece evidente que Jesus não pode ser Deus e pertencer a Deus ao mesmo tempo.
1ª Co 11. 3 “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”. A explicação trinitária deste versículo é que Deus era a cabeça de Cristo somente no contexto terreno, mas a Bíblia nunca diz isso. De fato, a Bíblia nos mostra o oposto: Deus ainda é a cabeça de Cristo e o dirige mesmo depois que ele ascendeu ao céu, e assim será por toda a eternidade.
E essa diferenciação continua sendo mostrada no NT. Ap 1. 1 “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo”. A revelação que João recebeu veio de Jesus, mas foi Deus que lhe deu.
Mesmo no AT. Aquelas profecias que apontavam para o Messias nos revelam a superioridade de Deus sobre o Cristo, Sl. 2. 2 “Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido”. O SENHOR refere-se a Deus e o ungido ao Messias, Sl. 2. 6 “Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião”. Reparem que o Messias não está sendo mostrado como um governante co-igual a Deus, mas um subgovernante de Deus.
E o NT. Continua confirmando a superioridade de Deus, At. 2. 36 “Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo”. Para fazer de Jesus Senhor, Deus precisa ter autoridade superior a de Jesus. Além disso, se Cristo era Deus, então ele já era “Senhor”, nesse caso, Deus não precisaria “fazê-lo” Senhor e Cristo.
A cristandade ensina também sobre o fato de Jesus ser chamado de "Senhor", ele naturalmente deve ser Deus. Mas "Senhor" (a palavra grega kurios) é um título masculino de respeito e nobreza, e muitos outros além de Deus e Jesus, são chamados de "Senhor". Os donos de propriedades são chamados Senhor (kurios é “dono”. Os versos a seguir na NVI nos mostram isso.
Mt. 20. 8 “Ao cair da tarde, o dono da vinha disse a seu administrador: ‘Chame os trabalhadores e pague-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros”. Os chefes de família eram chamados de Senhor (dono = kurios). Mc. 13. 35 “Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer”. Os donos de escravos eram chamados de Senhor (mestre = kurios) Mt. 10. 24 “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo acima do seu senhor”.
Os maridos eram chamados de senhor, (mestre = kurios). 1ª Pe. 3. 6 “Como Sara, que obedecia a Abraão e lhe chamava senhor. Dela vocês serão filhas, se praticarem o bem e não derem lugar ao medo”. O imperador romano era chamado de Senhor (Sua Majestade = kurios) At. 25. 26 “No entanto, não tenho nada definido a respeito dele para escrever a Sua Majestade. Por isso, eu o trouxe diante dos senhores, e especialmente diante de ti, rei Agripa, de forma que, feita esta investigação, eu tenha algo para escrever.
Os cristãos tomam Jesus como seu “Senhor”, mas isso não é o mesmo que dizer que ele é “Deus”. 1ª Co. 15. 28 “Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. Se Jesus estiver sujeito ao Pai no futuro eterno, então, parece que o ensinamento de que os dois são “coiguais” está errado, e a teoria de que a função entre pai e filho foi só no contexto terrestre está errada.
Jo. 10. 36 “Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?” Jesus foi consagrado (santificado) por Deus. O fato de Jesus ter sido consagrado, ou como é traduzido em outras versões, “santificado”, por Deus mostra que ele não é Deus, porque Deus não precisa ser santificado.
Fp. 2. 9 “⁹ Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome”. O verso diz que Jesus foi exaltado por Deus, ele e não buscou igualdade com Deus. Mas, se Jesus fosse Deus, ele não precisaria buscar igualdade com Deus, seria algo natural a acontecer.
Aquilo que Jesus fez e ensinou, não o fez por si mesmo, mas recebeu sua direção e sua doutrina do Pai. Em Jo. 5. 19 “Jesus lhes deu esta resposta: "Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz”. Com relação a receber autoridade de Deus é repetido pelo próprio Cristo várias vezes nesse evangelho.
Jo. 5. 30 “Por mim mesmo, nada posso fazer; eu julgo apenas conforme ouço, e o meu julgamento é justo, pois não procuro agradar a mim mesmo, mas àquele que me enviou". Jo. 7. 16 “Jesus respondeu: "O meu ensino não é de mim mesmo. Vem daquele que me enviou”. Jo. 8. 28 “Então Jesus disse: "Quando vocês levantarem o Filho do homem, saberão que Eu Sou, e que nada faço de mim mesmo, mas falo exatamente o que o Pai me ensinou”.
Jo. 12. 49 “Pois não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou me ordenou o que dizer e o que falar. Se Jesus fosse Deus, coigual e co-eterno com o Pai, então ele não precisaria ser orientado por seu Pai. Fica demonstrado através dos textos bíblicos a falácia da doutrina da trindade.