terça-feira, 2 de abril de 2024

Guerra nuclear no futuro, tem apoio bíblico?

Em toda história humana, as guerras foram e são os meios utilizados objetivando demonstrar poderio, conquista e domínio, ergueram-se reinos e nações por meio das guerras. E o ponto predominante de uma nação que busca dominar, são os seus armamentos, quanto mais sofisticado for o seu arsenal, mais temido será. Na atualidade ouvimos muito sobre a tão temida bomba nuclear, a qual dizem, que pode destruir a vida sobre à terra.

Dentro do contexto bíblico, estariam os homens contrariando a vontade de Deus ao “criarem” tais armamentos? (Está entre aspas, pelo fato de que nada do que o homem faz ele cria, mas sim, aperfeiçoa e adapta para o seu uso, tudo se encontra na natureza). Respondendo a pergunta: Não, a vontade de Deus não está sendo contrariada, pelo contrário, as coisas estão caminhando segundo o propósito, no entanto, eles serão julgados e condenados por suas mas ações, ou seja, destruir o próximo e a própria natureza.

Com relação ao o que eu digo podemos confirmar em Ez. 30. 10 “Assim diz o Senhor DEUS: Eu, pois, farei cessar a multidão do Egito, por mão de Nabucodonosor, rei de babilônia.” Ou seja, Deus usa o que é material para agir contra ou a favor daquilo que deve ser feito, segundo a sua vontade, contudo esses agentes não ficarão sem receber o que merecem, Ap. 11. 18 “E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.” Sl. 7. 16 “A sua obra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violência descerá sobre a sua própria cabeça.”

Alguém pode perguntar: mas, Deus quer a destruição da humanidade por meio de um confronto armado? O método que será utilizado para a destruição das coisas que se encontram na terra não é o ponto principal, e essa destruição será a culminação daquilo que temos presenciado, Rm. 8. 22 “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” Significa que a morte é um processo natural e inevitável no contexto humano. E com relação a uma arma (uma bomba nuclear) que pode destruir a humanidade, ela não veio sem objetivos, quer queiramos quer não, um dia ela será utilizada.

Voltemos ao verso 18 de apocalipse 11: (E iraram-se as nações) atualmente percebemos algumas nações empenhadas em fazerem guerras, essa prática faz parte da natureza humana pecadora, nós não damos atenção para um detalhe interessante escrito por Paulo em gálatas capítulo cinco, onde ele enumera as obras da carne, e lá estão as disputas e as competições servindo de base para toda sorte de males que se seguirão. Assim, se as disputas darão lugar as guerras logo se assegura que o fim de todas as coisas será disparado pela mesma.

O verso 18 de apocalipse 11 diz também que nesse tempo, o tempo da ira das nações, acontecerá o julgamento para que aqueles que destroem a terra serem destruídos. Ap. 17. 12-14 “E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.”

Reparem que o verso nos diz que eles lutarão contra o cordeiro, na verdade as nações iradas incitadas pelo sistema que estará no controle (a besta) farão guerra contra o cordeiro, isto é, contra o Cristo. O livro do apocalipse nos dá uma ideia de como se dará essa batalha, Ap. 19. 19 “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.” Aqui nos é dito também que a força mandante da época, a besta, reunirá o seu exército com o intuito em fazer guerra; no verso 14 de apocalipse 17, nós lemos anteriormente, que eles combaterão contra Cristo.

Naturalmente esse combate se dará devido ao fato das nações não aceitarem a regência do Messias, ou do Cristo. Jesus voltará para por fim ao reino blasfemo, injusto e opressor; podemos ter um vislumbre de como estará o estado do mundo nessa época, segundo a bíblia, nessa época será um tempo de muita escassez, basta lerem apocalipse 16, nesse período Deus o criador, terá sido rejeitado e essa rejeição será confirmada por lei, a blasfêmia e as trevas espirituais estarão dominado o mundo.

Assim sendo, estará pronto o cenário para saques, invasões e por fim, guerras, e todo esse pano de fundo já é percebido na atualidade. Com essa intenção e com esse objetivo o governo da época, a besta, não tolerará um governo concorrente, esse governo concorrente é o reino de Deus que será implantado aqui na terra, essa é uma visão bíblia, a qual destoa inteiramente do modelo de reino apresentado pelo atual cristianismo.

1ª Co. 15. 24-25 “Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.” Reparem que o fim só virá após o reinado de Cristo, antes, Ele aniquilará as nações e toda sua resistência, isso é bem esmiuçado no capítulo dois, do livro de Daniel.

Dn. 2. 34-35 “Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra.”

Dn. 2. 44-45 “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.”

(Consumirá todos esses reinos:) Como vimos no livro do apocalipse, as nações não se sujeitarão ao novo reino e por isso farão guerra contra Cristo, vamos ler novamente apocalipse 19. 19 “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.

Reparem que a besta e todos os seus, estavam empenhados em fazerem guerra, e qual será o resultado da guerra? Ap. 19. 20 “E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre.”

Naturalmente eles serão presos pelas circunstâncias que estarão submetidos, empenhados em uma batalha, irão disparar as suas armas mortais e ficarão presos no próprio laço, por isso a bíblia diz que a obra do ímpio atingirá a sua própria cabeça, criarão o seu próprio lago de fogo, o verso lido não está tratando da destruição no juízo final, até porque nem todos estarão lago de fogo de apocalipse 19. 20, o verso seguinte nos confirma isso.

Aqui na verdade será a destruição da grande Babilônia, ou seja, a destruição do sistema que estará ativo na época, Ap. 18. 18-19 “E, vendo a fumaça do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade? E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada”.

sábado, 2 de março de 2024

Alguns motivos para a volta de Jesus.

Por que acredito que realmente Jesus há de voltar? Seria essa crença de minha parte baseada somente na fé, ou também na razão? Acredito que em ambos. A fé na verdade é o resultado de um despertar espiritual, portanto, a razão nas questões espirituais são movidas pela fé, quando digo movida, me refiro a propulsão desencadeada pela fé, em busca daquilo que é espiritual, pelo fato de que ninguém atinará para as questões espirituais a menos que tenha fé.

Lógico que por inúmeros motivos todos podem sim se envolver com questões religiosas, no entanto, não podemos confundir religiosidade com espiritualidade, isso já foi dito por Paulo 1ª Co. 2. 14 “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” 2ª Ts. 3. 2 “E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos.”

Voltando a pergunta feita acima: existem várias questões que estão inseridas na minha crença na volta de Jesus, posso enumerar apenas três delas. Primeiro destaco a realidade profética, o próprio Jesus nos disse algo interessante que está relacionado não só com a seu retorno, mas como estaria a sociedade nas proximidades da sua volta, Lc. 18, 8 “Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” A segunda parte do verso é muito importante para contextualizarmos com a época em que vivemos. A princípio, Jesus direcionou essas palavras para aqueles que o seguiam, e também para a nação de Israel.

No entanto, essas mesmas palavras devido a realidade que ora presenciamos está inserida e direcionada a todas as nações. Continuando ainda com a realidade profética, destaco o que a bíblia nos revela no livro de apocalipse, Ap. 13. 4 “E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” Em um futuro próximo as nações irão adorar ou se submeter irrestritamente a besta, isto é ao sistema. O que é devidamente percebido, guiado por uma tendência que ora presenciamos, culminará com a realidade descrita no verso acima.

Existe uma estatista encontrada na Internet muito interessante, nessa animação é demonstrada a religião da humanidade, desde de 1800 até o ano 2100, nessa época segundo essa estatística a crença predominante é, não ter crença alguma, isso de fato vem corroborar com tudo isso que está sendo apresentado aqui, segue a estatística: https://youtu.be/PoChbwGQ7Og?si=Wpbgm7WADg5Ig7mU

A outra realidade para o retorno de Jesus a esta terra é a necessidade humana de um mediador, entre a criatura e o criador, sabemos pela bíblia que Deus é Espírito, atemporal e transcendente, logo, a nossa natureza humana limitada não permite uma comunicação direta com Deus, At. 17. 31 “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”

Reparem na clareza do verso, (há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou.) Será homem tratando com os homens (gênero) portanto, devido a dimensão espiritual diferente, Deus usará um mediador para tratar do juízo humano. ( Isso até causou uma falsa interpretação no meio trinitarano.)

Vejamos: assim como Atos 17 temos também outros versos que falam que o Cristo ou o Messias julgará o mundo, Rm. 14. 10 “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.” E, também que Deus há de julgar o mundo, Rm. 3. 6 “De maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo?” A definição do trinitarianismo é: Jesus há de julgar o mundo, Deus há de julgar o mundo, logo a bíblia está falando de um mesmo ser.

Mas, essa interpretação por parte dos trinitarianos, não trás consigo a realidade bíblica. Na verdade, Jesus estará executando o juízo de, e para Deus, isso é bíblico, Deus julgará o mundo por meio de Cristo, Jesus será o instrumento que materializará o juízo de Deus, Rm. 2. 16 “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.”

A terceira questão que necessitará o retorno de Cristo é a necessidade da justiça de Deus. O que seria essa necessidade? 2ª Tm. 3. 1-4 “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus.”

2ª Tm. 3. 13 “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.” O domínio do pecado apesar de parecer, não será eterno, a maldades humana em todas as suas formas será detida e extirpada, os ímpios e transgressores serão julgados, condenados e destruídos, Deus há de fazer isso, faz parte do desenrolar do plano e vontade de Deus.

Da mesma forma esse ato, ou o juízo, não será executado por alguém que transcende a nossa realidade temporal, segundo os relatos bíblicos, Deus julgará o mundo por meio do Cristo, neste caso também haverá um mediador entre o mundo físico e o espiritual, Jo. 5. 22 “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.” Assim sendo, segundo os ensinamentos encontrados na bíblia, a realidade humana é bem diferente daquilo que a igreja ensinou aos longos dos séculos.

É completamente diferente do entendimento que o humano tem da realidade do futuro, não é simplesmente viver morrer e ponto, Deus estabeleceu, leis, ordens e vontades, que foram negligenciadas e por isso deverão ser respondidas, 2ª Co. 5. 10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Irrestrição humana e vontade de Deus.

Gn. 11. 6 “E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer”. Sobre os povos e os indivíduos, se aplicarmos para os nossos dias o final do verso nos diz algo interessante; ...não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. O contexto relata acontecimentos da edificação da torre de babel, e neste ocorrido as pessoas se aglomeraram com o intuito em edificar uma torre, com o objetivo em demonstrar “autonomia” e superioridade, contrariando a ordem de Deus de se espalhar sobre a terra.

Trazendo para os nossos dias, presenciamos a mesma “liberdade” a mesma autonomia com o intento em realizar tudo o que querem, o problema é que essa autonomia torceu a liberdade tornando-a em libertinagem; e as mesmas palavras podem ser repetidas nos nossos dias, ...não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. No entanto, surge um agravante, naqueles dias as pessoas eram mais supersticiosas, eram de certa forma mais envolvidas com os seus deuses, contudo, hoje essa suposta autonomia, esse desvinculo entre a criatura e o criador tem contribuído não só para a libertinagem, mas para que a impiedade como um todo tome proporções gigantescas.

O que dizer dessa situação? Para aqueles que intentam uma “liberdade” sem Deus, dizem que esse estado de coisas é natural; asseguram que isso é o resultado da luta pela sobrevivência, é a lei do mais forte do mais esperto, dizem ainda que o intuito é tirar proveito da situação, e o argumento não tem fim, o importante segundo eles, e se dar “bem” a despeito do mal que podem cometer, visto que para eles a única justiça que talvez possa ocorrer, é a justiça dos homens.

Percebemos no mundo moderno uma propagação ateísta de proporções gigantescas, não me refiro ao ateísmo tradicional esse que tenta negar a Deus por meio de suas palestras, me refiro a um tipo de negação da divindade de forma espontânea; e essas ações são resultados de um falso conceito por parte de muitos ímpios, o qual está bem explícito no Salmo 12. 1 “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.”

Esse falso conceito dá lugar aquela famosa frase: (Se Deus não existe, logo tudo é permitido). Uma representação clara do que estou dizendo é a falta da aplicação da lei em determinados países, isso contribui para o aumento dos crimes, pelo fato de que se não há justiça, logo não existe repreensão e se não existe repreensão avoluma-se a criminalidade em todas as suas formas. E como as coisas caminham nesses passos, tem-se a falsa impressão de que Deus não existe.

Lembrem-se, o simples fato de alguém querer ou traçar um juízo sobre algo, não torna esse algo legítimo, em outras palavras, a descrença na existência de Deus por parte de muitos, não contribui em nada para sua inexistência, acredito que nós temos inúmeras provas da existência de Deus, Rm. 1. 20 “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.”

Será que Deus está alheio a essas questões desacertadas? Será que tudo está fora de controle? Ou ainda, o nosso mundo está entregue nas mãos da impiedade?, Não, não mesmo; Deus não está alheio a todas essas formas de injustiças, o sistema desregrado o qual presenciamos não está fora de controle, e de forma nenhuma a injustiça perpetuará. Voltemos então, para o primeiro verso lido o qual nos diz que nenhuma restrição haveria para aquilo que as pessoas intentam fazer; vale destacar também, que esse realizar dito no verso, não se aplica somente a destreza e engenhosidade humanas semelhante a construção da torre de Babel, se aplica também as práticas abomináveis.

Rm. 1. 28- 32 “E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; Estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.”

E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus.” Não é isso um atestado absoluto de ateísmo? Esse tipo de ateísmo é encontrado em todas as camadas da sociedade, e, em todas as épocas, é algo natural que extravasa do homem (gênero) quando digo natural me refiro ao estado inerte, isto é, morto em sua vida espiritual. O verso 32 é enfático, existe uma promessa de aplicação da lei para toda sorte de impiedade.

Geralmente se questiona dizendo: isso não vai ocorrer, desde sempre ouvimos isso. Podemos contra argumentar com três simples questões: (1) O ser humano não tem poder sobre si, logo ele não é capaz de evitar que algo externo venha sobre ele.(2) Não podemos basear o “tempo' de Deus com o nosso tempo, Sl. 90. 2-4 “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus. Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos homens. Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.”

Não somos capazes de conhecer os planos ocultos de Deus, se a impiedade sobressai, Deus não está alheio e nem mesmo é uma situação fora de controle, pelo contrário, o plano que ora se desenrola, o juízo e o tempo que irá ocorrer, fazem parte do plano de Deus, Rm. 9. 22 “E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição.”

Portanto, não nos preocupemos, Deus reina.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

O adventismo e suas contradições.

Os adventistas do 7º dia argumentam que a verdade contida na bíblia deve ser entendida baseada em seus ensinamentos. geralmente o argumento utilizado por eles é que pertencem a única denominação religiosa que existe sobre a terra a qual possuem toda a verdade revelada por Deus, e assim sendo, somente eles podem agradá-lo. Argumentam ainda, que se alguém pertencer as fileiras do adventismo jamais sairá do seu meio, será mesmo? Bem, não concordo.

Estas declarações ditas pelos adventistas, estão embasadas em sua profetiza E.G.W. Em outras palavras acreditam eles que estão acobertados pela visão profética dela e assim podem se orgulhar e testemunhar que estão com a plena verdade revelada por Deus. Mas, necessário se faz duas perguntas: o que qualifica uma verdade? Primeiramente que ela seja isenta de contradições. E as declarações de E.G.W. São isentas de erro? De maneira nenhuma!

E se por um momento os da dita denominação enxergassem os erros e contradições da dita profetiza; jamais se arrogariam novamente. Várias são as contradições; hoje iremos analisar uma delas, vejamos as declarações de E.G.W. Extraída do seu livro O Grande Conflito, págs.. 445-447. Ela diz:

(A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas. Resta definir ainda o "sinal da besta". Depois da advertência contra o culto à besta e sua imagem, declara a profecia: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus." Visto os que guardam os mandamentos de Deus serem assim colocados em contraste com os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal, é claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua violação, por outro, deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta.

Os adoradores da besta salientar-se-ão por seus esforços para derribar o monumento do Criador e exaltar a instituição de Roma. Foi por sua atitude a favor do domingo que o papado começou a ostentar arrogantes pretensões; seu primeiro recurso ao poder do Estado foi para impor a observância do domingo como "o dia do Senhor". O Grande conflito, págs.. 445 – 447.)

Grande parte do ensino profético adventista é construído sobre a ideia de que a Igreja Católica é o "chifre pequeno" que apareceu sobre a quarta besta de Daniel 7 e mudou os “tempos" e as leis". Segundo os adventistas, os tempos e a lei que o "chifre pequeno" mudou está relacionado ao sábado. Eles alegam que o papado transferiu a observância do sábado para o domingo durante a idade das trevas.

A profetiza Ellen White diz ter visto que o papa mudou o dia de culto para o domingo, e isso ela diz no livro Primeiros Escritos pg. 33, (Vi que Deus não havia mudado o sábado, pois Ele jamais muda. Mas Roma tinha-o mudado do sétimo para o primeiro dia da semana; pois deveria mudar os tempos e as leis.)

Grande parte da profecia adventista sobre o fim do mundo gira em torno de tornar o catolicismo o grande poder maligno perseguidor, registrado na profecia bíblica descrita em Daniel 7. Embora o catolicismo certamente tenha falhado em muitas maneiras em representar a Cristo, os fatos são que ele simplesmente não se encaixa na visão de Daniel 7 por várias razões.

Dn. 7. 7-8 “Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres.

Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência.” A besta de Daniel 7 tem "10 chifres", os adventistas dizem representar dez tribos que conquistaram o Império Romano. Existem vários problemas com essa teoria. Para começar, na bíblia, chifres em uma cabeça de um mesmo animal sempre indicou os líderes ou reis do mesmo império, nunca um novo império ou um novo poder.

Por exemplo, em Daniel 8, um grande chifre cresce sobre a cabeça do bode, e esse chifre é entendido por todos como Alexandre, o Grande, rei do império grego, e não o império em si, o império é representado pelo bode não pelo chifre. A Bíblia diz claramente que os dez chifres são "reis" e não "reinos". Em profecias a bíblia é clara em dizer que animais referem-se a reinos e chifres representam reis.

Dn. 7. 23-24 Então, ele disse: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis”. Ap. 17. 12 “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.

Esses "reis" não poderiam se referir às dez tribos sustentadas pelos adventistas como sendo aquelas que destruíram o império romano, isso pelo fato de que as dez tribos eram amargas inimigas da besta romana. Seria estranho realmente imaginar as dez tribos crescendo sobre a cabeça de um império que eles mesmos destruíram. As tribos eram, de fato, uma força invasora externa e não cresceram dentro do Império Romano. Além disso, havia pelo menos vinte tribos envolvidas na derrocada do Império Romano.

Os adventistas alegam que três tribos foram arrancadas ou destruídas pelo papado (o chifre pequeno). A verdade é que os vândalos, ostrogodos e os hérulos nunca foram destruídos ou subjugados pelo papa. Os Hérulos foram derrotados pelos lombardos, e os vândalos e ostrogodos caíram para os bizantinos. Não há evidência de que o bispo romano tenha algo a ver com a subjugação dessas tribos. De fato, os lombardos, que derrubaram os hérulos, eram inimigos da Igreja Católica!

Os adventistas dizem também que a destruição das três tribos foi completa em 538 d.C. com o fim dos ostrogodos, mas isso é simplesmente falso. Os ostrogodos foram expulsos temporariamente de Roma, mas eles a recapturaram em 541 d.C. e governaram Roma por quase uma década. Os ostrogodos não foram completamente exterminados até 561 d.C.

E quanto a observância do domingo? E.G.W. Acertou em sua profecia de que o catolicismo romano mudou o sábado para o domingo? Eis a questão! O teólogo adventista do sétimo dia Samuel Bacchiocchi, teve acesso aos cofres do Vaticano, e pesquisou o material mais antigo sobre a guarda do sábado. Sua pesquisa levou-o a concluir que a guarda do domingo era amplamente praticada muito antes de o primeiro papa entrar em cena. Bem, aqui nós temos duas questões a considerar: ou E.G.W. Não recebeu visão nenhuma, ou Bachiocchi mentiu. Mas, continuando com a declaração de Samuel Bachiocchi ele diz o seguinte:

*"Eu discordo de Ellen White sobre a origem do domingo. Ela ensina que nos primeiros séculos todos os cristãos observavam o sábado e foi em grande parte graças aos esforços de Constantino que a guarda do domingo foi adotada por muitos cristãos no século IV. a pesquisa mostra o contrário. Se você leu meu ensaio Como começar a guardar o domingo; o que resume minha dissertação, você notará que eu coloco a origem da guarda do domingo na época do imperador Adriano, em 135 d.C. *Samuele Bacchiochi, Ph.D., mensagem de e-mail para a "Catholic Cataloging List" católica@american.edu em 8 de fevereiro de 1997.

*Em 150 d.C. Justino Mártir conhecido como um dos apologista da igreja declarou - "No dia chamado Domingo, todos os que moram nas cidades ou no campo se reúnem em um só lugar, e as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas são lidos ... Domingo é o dia em que todos nós mantemos nossa assembleia comum, porque é o primeiro dia em que Deus, tendo operado uma mudança nas trevas e matéria, fez o mundo; e Jesus Cristo, nosso Salvador, no mesmo dia ressuscitou dos mortos " *Justin, First Apology, 67; ANF 1 186.

Bem, apesar do domingo não ser um mandamento bíblico, não podemos sustentar a tese de que o catolicismo romano o impôs de forma a ser um dia de guarda, sim ele deu sequência naquilo que era praticado naquele período, portanto cai por terra a “visão de E.G.W em ser o domingo a marca da besta e consequentemente demonstra mais um erro cometido por ela.


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Deus é amor.

    1ª Jo. 4. 8 “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” Realmente o verso em questão é bastante acalentador, somos insignificantes, e ter um Deus poderoso que nos ama trás alivio e segurança. No entanto, esse é um verso bastante mal interpretado no meio cristão, tanto no que diz respeito ao amor de Deus por suas criaturas, quanto o que é em si o amor de Deus. Muitos acreditam que de certa forma expressam em algum sentido o amor de Deus

Bem, antes de tudo vamos nos deparar um pouco com a segunda questão: a primeira coisa a se fazer é começar a entender o que não é o amor de Deus. Isso sim é interessante, pelo fato de nós humanos termos uma ideia equivocada do que possa ser o amor de Deus; seria o nosso amor em um certo sentido equivalente ao amor de Deus? Na verdade o nosso “amor” é um amor egoísta, pelo fato de ser baseado em trocas, todos nós temos um amor que espera receber algo, assim sendo esse nosso amor é interesseiro, ademais o nosso amor não suporta a afronta, nem mesmo esse amor pode ser contrariado, em suma a base do nosso amor é o egoísmo.

1ª Co. 13. 4-7 “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” Percebemos uma discrepância entre o nosso amor e o verdadeiro amor registrado na carta aos coríntios.

Nos revelando que desconhecemos por completo o que é o amor de Deus. No que diz respeito ao amor de Deus por suas criaturas, somos informados sim, que Deus ama a sua criação, conforme diz Gn. 1. 31 “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.”

Somos informados também que o amor de Deus é direcionado também para nós, os seres humanos, Ef. 2. 4 “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou.” Assim sendo, Deus não ama apenas a sua criação, mas também as suas criaturas. No entanto, surge uma questão importante, Deus ama todas as suas criaturas? Na sua maioria, o mundo religioso cristão diz que sim.

Infelizmente, alguns ramos denominacionais, para defenderem essa ideologia, chegam a beira do ridículo, entre outras coisas, dizem que Deus fica muito triste quando um indivíduo rejeita o chamado para pertencer à determinada instituição religiosa, dizendo que essa pessoa usou do seu livre arbítrio para rejeitar a salvação, e assim por diante. No entanto, se pegarmos o texto somente de determinados versos, somos tendentes a acreditarmos nessa e outras teorias.

Para ilustrar o que estou dizendo o verso de Efésios 2. 4 parece nos dizer isso, porém, se olharmos o seu contexto perceberemos algo diferente, Ef. 2. 1-3 “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”

Os versos a seguir já nos mostram que o amor de Deus relacionado a salvação espiritual, é um amor restrito, isto é: direcionado aos eleitos, Ef. 2. 4-5 “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” Vejamos: “pelo seu muito amor com que nos amou”. Isso claramente exclui um tipo de amor universal.

E, “Estando nós ainda mortos”. Significa claramente que alguns outros, continuam mortos no sentido espiritual, isso demonstra também que o ato de ressurreição espiritual vem exclusivamente de Deus, ou devido ao amor de Deus pelos eleitos,

Ef. 1 .3-4 e 11 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade.”

Neste sentido, o amor de Deus é restrito e direcionado aos escolhidos. Entender isso significa entender o propósito bíblico da salvação espiritual, salvação essa, não meritória, não baseada no livre arbítrio, mas vinda unicamente da vontade de Deus. Entender o amor de Deus pelos eleitos, trás luz sobre sobre o estudante da bíblia, remove conceitos estranhos relacionados a salvação espiritual, me refiro ao conceito do livre arbítrio.

Por exemplo: é ensinado nesse meio denominacional que Deus ama a todos, e nós por nossa incredulidade escolhemos ou não ser salvos, isso é bastante contraditório, basta prestarmos atenção nos versos lidos de efésios 2 “Estando nós ainda mortos”. A pergunta é: morto faz alguma escolha? Morto tem percepção da vida ou do certo e errado? A morte é um estado de inércia, e a bíblia sabiamente faz uma analogia exata, utilizando aquilo que conhecemos, no caso, a morte física, para exemplificar o estado espiritual do homem, (gênero) antes que Deus o chame para vida, e esse chamado é motivado unicamente pelo amor de Deus pelos seus.

Portanto, os versos que parecem apoiar o livre arbítrio e o amor de Deus por toda as suas criaturas e isso na esfera espiritual, quando lidos fora de contexto, dão só a impressão, no entanto, dizem a sua exatidão, 1ª Pe. 2. 9 “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”

Reparem o verso, (vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz) dando com isso a entender claramente, que aqueles chamados, outrora estavam em trevas; e mais, mostra também que aqueles que permanecerem nas trevas não serão chamados, o estado de morte espiritual continua. E esse estado só é interrompido quando Deus, por sua misericórdia e amor ressuscitam de forma espiritual aqueles que outrora estavam mortos em trevas.







quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Rejeição a Deus e o comprar e vender.

Ap. 14. 9-10 “E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”.

Muitos cristãos tem associado a ideia de que o comprar e vender será a causa primária que “decidirá” ao menos no contexto terrestre a rejeição de muitos, vinda por parte Deus. Porém, essa ideia é um tanto equivocada. Nesses dias, o comprar e vender, será apenas uma manifestação exterior da intolerância ao Deus criador e sua vontade para os homens.

Em todas as culturas o comprar e vender aquilo que é lícito e honesto nunca foi proibido dentro da sociedade secular, e também nunca foi considerado pecado. O que caracteriza o comprar e vender como sendo uma prática pecaminosa nos dias que virão? Será o fato de se ter uma marca fixada (charagma) sobre a mão?

Não seria esse tipo de “impressão” na pele algo tecnológico? Porque os outros meios atuais e tecnológicos de compra e venda não são descritos como sendo pecado ao serem utilizados? Seria pelo fato da bíblia descrever como sendo algo impresso na pele? Não, não é por isso. Na realidade o receber a marca será apenas a culminação de um intento estruturado por um governo ateísta.

Na verdade aqueles que receberão a marca serão (obrigados ao menos nesse contexto) por força das circunstancias a recebê-la, assim diz a bíblia Ap. 13. 16 “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas.” O verso diz: “e faz” é imperativo, obriga a todos a receberem tal marca. Isso nos indica que o mundo estará passando por um período difícil.

Ou escassez em alguma área, fato é que a marca servirá também como um monitoramento daquilo que será consumido, o verso 17 parece nos dizer exatamente isso, “Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.” O governo mundial à besta, desenvolverá meios tecnológicos que serão utilizados para esses objetivos: vigiar, monitorar e punir.

Mas, a pergunta continua, o que o comprar e o vender e mesmo a marca tem de blasfemo a ponto das pessoas que a receberão serão punidas conforme o escrito bíblico, Ap. 14. 9-10 “E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.”

Na verdade, os recebedores da marca estarão apoiando e representando aqueles que nesse tempo usarão de todos os meios para abolir da terra, Deus, e a sua palavra. E isso acontece porque? São questões espirituais e isso pode ser observado em Gn. 3. 15 “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”

E essa inimizade a qual é simbolizada pelos filhos da serpente versos os filhos da mulher, veio a luz logo cedo, Gn. 4. 8 “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.” E, ainda segundo o relato bíblico, por que o matou? 1ª Jo. 3. 12 “Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas.”

Por se tratar de um acontecimento que ainda se desenrolará acredito que possivelmente o contexto estará propício, isto é, calamidades, escassez e conflitos, será o pano de fundo “necessário” para um novo regime, o qual terá pessoas com “boas intenções” objetivando trazer um melhor equilíbrio para os moradores da terra.

E, a frente desse sistema estará a semente da serpente, o qual se oporá a Deus e a sua palavra. Desde sempre essa pessoas foram resistentes a Deus, Gn. 4. 16 “E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Node, do lado oriental do Éden.” O ato de Caim em sair diante da face do Senhor simboliza o afastamento e a repulsa de todos aqueles que tem a mesma disposição espiritual do mesmo.

Tanto é assim que esse acontecimento será tido como natural e necessário por muitos, não me refiro a parte tecnológica, mas sim o que concerne a rejeição de Deus, isso pode ser visto em Ap. 13. 8 “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.

Alguém poderá objetar dizendo: - quem garante que haverá uma rejeição de Deus e sua palavra. Essa objeção é facilmente respondida, o fato da bíblia dizer que haverá um julgamento por parte de Deus a todos aqueles que apoiarem e receberem a marca, vimos isso em apocalipse 14. 9-10.

Como disse a cima, por se tratar de um acontecimento que está no futuro não podemos descreve-lo com exatidão, podemos apenas ter uma ideia baseada nos escritos bíblicos e no desenrolar dos acontecimentos, por exemplo: um verso interessante que trás nova luz sobre esse acontecimento está em Ap. 13. 15 “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta”.

A tecnologia estará a serviço da besta: marca impressa, comprar e vender... e o que dizer da inteligência artificial? Reparem o verso, foi lhe concedido que desse espírito ou vida à imagem da besta... não posso afirmar mas, não posso duvidar de que nessa época a I A estará a serviço do governo, isto é, besta.








domingo, 1 de outubro de 2023

Ateísmo, alguns pontos...

   O ateísmo pode ser tratado como um problema espiritual? Sim, um exemplo claro disso é encontrado no livro do êxodo, Ex. 5. 2 “Mas Faraó disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel.” 2ª Ts. 3. 2 “E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos.” Esse verso confirma o que eu disse. Não estou dizendo que todos os ateus são essencialmente maus, me refiro a questão da fé.

A despeito de ser um problema espiritual a materialização do ateísmo se dá devido a algumas questões e dentre elas cito: perda de algo, esse foi o caso de faraó, Ele não poderia imaginar o fato de ficar sem os escravos que movimentavam o seu país. Os ateus também são pessoas que foram quem sabe, até “crentes” mas não conheciam a Deus, me refiro ao fato de possivelmente terem criado um deus imaginário.

O que é um deus imaginário? São deuses criados segundo a necessidade e urgência de cada um Is. 43. 15 “Eu sou o Senhor, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei.” Na nossa cultura o pronome senhor está mais direcionado para as pessoas idosas, mas na mentalidade bíblica esse pronome é mais abrangente, está relacionado também com domínio, autoridade, tanto é que o verso lido de Isaías relaciona Senhor com Rei.

Não é assim com o deus imaginário, na verdade esse “deus” sim, foi criado pela mente humana com a finalidade única de servir o indivíduo que passa a ser o senhor desse deus. E quando esse “deus” não responde aos seus anseios, surge então, as revoltas que presenciamos. O outro grupo de ateu, são aquelas pessoas que um dia realmente creram no Deus Criador, mas não conseguiram compreender que nem sempre Deus nos responde como almejamos.

E por que é assim? Essa questão é respondida pelo profeta Isaías, Is. 55. 9 “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” As queixas mais aceitáveis a favor e feitas pelos seres humanos, são aquelas que relacionam doenças e morte. Porém, não existe uma promessa de isenção para essas questões dentro desse contexto que ora vivemos.

Pelo contrário, Jo. 16. 33Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” E o outro fato mais relevante dentro da teologia é que Deus não nos deve nada, e pelo fato de ser o criador, rei e governante de todo o vasto universo, Ele está desobrigado de satisfazer os nossos anseios terrestres, Dn. 4. 35 “³E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?”

Surge então a indignação por parte de muitos. Mas, para termos uma visão mais apurada daquilo que a bíblia descreve devemos de recorrer a pelo menos quatro versos, Rm. 3. 10 e 19 “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.”

Visto que somos culpados e irremediavelmente condenados a destruição perante Deus, o que podemos exigir? Ef. 2. 4-5 “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” Naturalmente o verso está se referindo a salvação espiritual dos eleitos. Dando a entender claramente que Deus não está alheio aos nossos anseios, no entanto, a promessa de redenção não está incluído o aqui e agora.

A outra causa para o ateísmo se dá devido a uma falsa interpretação dos mesmos, os quais acreditam que Deus tem duas versões sobre sua vontade, alegam então, que o Deus da bíblia é mutável e impotente. Baseiam esse raciocínio em declarações bíblicas que ora fala que Deus salva somente os eleitos, e ora fala que quer que todos se salvem. O que na verdade falta para essas pessoas é ter um conhecimento mais apurado.

Na verdade essa aparente contradição é facilmente explicável, devemos distinguir entre a vontade de preceito de Deus e sua vontade de decreto. O que significa vontade de preceito? Preceito significa uma regra, uma norma, uma recomendação, e essa vontade pode e é rejeitada pelos homens, Já o decreto significa uma ordem, uma determinação e nesse caso uma manifestação dos designíos de Deus os quais deverão invariavelmente se cumprir, a despeito da vontade humana.

Um acontecimento que caracteriza um preceito ou uma recomendação por parte de Deus se encontra em Ex. 4. 21-23 “E disse o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, para que não deixe ir o povo. Então, dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito. E eu te tenho dito: Deixa ir o meu filho, para que me sirva; mas tu recusaste deixá-lo ir; eis que eu matarei a teu filho, o teu primogênito.”

Percebemos nestes versos as duas vontades de Deus, a vontade de preceito ou ordem, essa vontade diz o que deveria acontecer. E também encontramos a vontade de decreto, quando Deus diz que endurecerá o coração de Faraó, a fim de que Faraó se recuse a ordem de deixar o povo ir. Esta é a vontade decretiva de Deus, ou seja, sua vontade de decreto ou propósito. O que Deus tem ordenado acontecerá. Ela é também conhecida como sua vontade oculta, ou vontade soberana ou vontade eficiente. “Assim, o que vemos [em Êxodo] é que Deus ordena que Faraó faça algo que a vontade do próprio Deus não permite. A boa coisa que Deus ordena ele impede.

Assim, a vontade decretiva de Deus refere-se ao secreto, tudo que engloba seu divino propósito de acordo com o que ele predestinou, seja o que for que venha a acontecer. Já a Sua vontade de preceito refere-se às ordens e proibições nas Escrituras. O fato é que Deus pode decretar aquilo que ele tem proibido. A vontade de Deus é às vezes é “frustrada” porque ele assim o quer.

É importante manter em mente que nossa responsabilidade é obedecer à vontade de preceito ou vontade revelada, e não especular sobre o que está oculto ou sobre a vontade decretiva de Deus, essa vontade está com Ele e pertence a Ele.