Gn. 11. 7-9 “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.”
Vemos por esses versos que o resultado desse acontecimento foi falta de entendimento entre aqueles que estavam presentes, por isso foi chamado de Babel que tem o mesmo significado de confusão. Gn. 10. 6, 8 “E os filhos de Cão são: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã. E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra.” Por esses versos vemos que Ninrode era descendente de Cão filho de Noé.
E qual o problema disso? Segundo o relato bíblico, o mundo sempre foi e será dividido em duas linhagens; falando de uma forma figurada, uma linhagem seria a linhagem da mulher e a outra seria da serpente, completamente semelhantes na condição humana, isso incluindo a natureza caída, ou pecadora inclinada para o mal. Porém, uma linhagem é propensa para o chamado de Deus e a outra não.
É dito também que Ninrod começou a ser poderoso na terra, Gn. 10. 9-10 “E este foi poderoso caçador diante da face do Senhor; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. E o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.” Babel ou Babilônia foi onde começaram a erigir a torre, o objetivo dele era instituir um reino único, contrariando a ordem de Deus de se povoar toda a terra.
Mediante isso sempre existiu as guerras relacionadas aos descendentes de Sem e de Cão ou Cam, Sl. 75. 51 “E feriu a todo primogênito no Egito, primícias da sua força nas tendas de Cão.” Recorrendo aos dois testamentos, percebemos o fato de que não é bom estarmos ligados, filiados ou dependentes de Babilônia, naqueles dias na torre, houve uma reprovação aqueles que aderiram ao reinado de Ninrod. Atualmente existe uma reprovação espiritual para aqueles que da mesma forma estão: ligados, filiados ou dependentes de Babilônia.
É importante também atentarmos para o fato de que nos dias de Babel com Ninrod, houve uma mobilização para convergir todos os povos a serem um, assim também será nos dias atuais e também no futuro, Babilônia tentará agregar tantos quantos possíveis para o seu lado, o objetivo será o mesmo dos dias passados, criar um governo rebelde na terra. Ap. 17. 3 “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres.”
Do ponto de vista espiritual essa interpretação é muito interessante, percebemos uma mulher prostituta unida com uma besta. Sabemos que a besta é o corpo do governo mundial, assim diz o capítulo 18 de apocalipse. Já a prostituta “cuida da parte espiritual” dos habitantes da terra, tanto é assim que o verso 4 de apocalipse 17 a descreve com um cálice na mão, simbolizando o ato de “intoxicar” as nações com sua doutrina. Ap. 17. 4 “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação.”
De uma forma física de se descrever é impossível não estar em “Babilônia”. Sim, todos os viventes do mundo dependem de Babilônia, uns usufruem mais, outros menos, alguns vivem na opulência, outros na miséria, contudo, todos estão participando de Babilônia. Conforme registrado em Apocalipse 18, existem aqueles que amam Babilônia, porém há outros que exultarão com sua queda. O livro de Apocalipse retrata Babilônia de uma forma figurada, em outras palavras, o profeta está dizendo que o mundo do NT. é uma tremenda confusão, e esse estado confuso, deu lugar as ideologias a qual trouxe consigo a rebeldia e por fim a negação ao Deus criador. É a mesma disposição de espírito dos dias de Ninrod.
E isso é confirmado pela bíblia? Sim. Ap. 18. 4-5 “Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua fornicação, e os reis da terra fornicaram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.”
Vimos também em apocalipse 17. 3 a prostituta a qual representa a parte espiritual do reino dos homens. Ela está unida fortemente com a besta, essa por sua vez, representa o conjunto sociopolítico-econômico, essa comunhão entre a besta e a prostituta, representa a unidade de governo que será estabelecido. Surge então uma questão: qual é a religião de Babilônia? A religião oficial de Babilônia é aquela que é contrário aos ensinamentos bíblicos.
Porque defendo essa ideia? Pelo fato de crer na bíblia? Sim. Mas, não só por isso. Todas as outras religiões mundo afora não tem como contrastar com uma Babilônia espiritual, isso só acontece com a religião derivada da bíblia, devido ao fato de ser algo instruído por ela. Isso significa que todos os seguimentos oriundos do cristianismo estão isentos de Babilônia?
Absolutamente. Eu disse anteriormente que a religião oficial de Babilônia é aquela que é contrário aos ensinamentos bíblicos. Eu não disse aos ensinamentos denominacionais, pelo contrário, todas, e isso quase sem exceção, estão servindo Babilônia, todas elas se contaminaram com um sincretismo religioso camuflado de verdade bíblica. Por exemplo: Já vi e ouvi pregadores religiosos cristãos acusando pessoas que não acreditam na trindade de pertencerem à seitas religiosas.
Segundo esses homens, a trindade e outros dogmas e doutrinas religiosas cristãs, pertencentes ao período pós bíblico. Ou seja, que não foram embasadas pelos escritores bíblicos, mas foram formuladas no 4º século da era cristã são inspiradas. Na verdade, elas são um produto de um sincretismo religioso, carentes de lógica e de base bíblica. 2ª Tm. 3. 16 “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.”
Toda a escritura refere-se sobretudo ao AT. Não nos é dito que os ensinos dos líderes religiosos que sucederam os apóstolos são inspirados, não diz que seria necessário estipular uma doutrina sobre quem é o Deus criador, algo que já há muito era definido. A Inspiração não diz que Jesus é o Deus filho. Portanto, devemos cuidar para não sermos intoxicados com o vinho de Babilônia.