A doutrina da trindade suporta o ensino bíblico? Não, não suporta! Algumas questões podem até parecer dar suporte a trindade. Por exemplo: quando a bíblia diz que Deus enviou Jesus alegam os defensores da doutrina que esse envio foi do céu. Mas, seria assim mesmo? A bíblia é clara em dizer que por milênios Deus enviou inúmeras pessoas, 2ª Cr. 24. 19 “Porém enviou profetas entre eles, para os reconduzir ao Senhor, os quais protestaram contra eles; mas eles não deram ouvidos.”
Jr. 7. 25 “²Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito, até hoje, enviei-vos todos os meus servos, os profetas, todos os dias madrugando e enviando-os.” Será que João Batista estava no céu junto de Deus? Jo. 1. 6 “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.” Claro que não, do mesmo modo que João foi enviado também o foi Jesus, Lc. 10. 16 “Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” Jo. 7. 16 “Jesus lhes respondeu, e disse: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.”
Aqui é claro o ensino de que o enviar não significa ter saído do céu, mas ir a determinado lugar. O fato de Deus "ter sido enviado" Jesus, na verdade argumenta contra a Trindade, porque se a Trindade fosse verdadeira, então o Pai não precisava "enviar" Jesus, ele teria vindo por conta própria. O Antigo Testamento se referia ao Messias como o servo de Deus, Is. 52. 13 “Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime.”
Percebemos uma contradição entre o ensino da trindade e a bíblia. A doutrina trinitária ensina que Jesus é Deus, por outro lado a bíblia diz que Jesus é servo de Deus. Quando os discípulos oraram em Atos, eles chamaram o rei Davi de "servo" de Deus, At. 4. 25 “Que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram os gentios, e os povos pensaram coisas vãs?” Pouco depois de que eles chamaram a Jesus? At. 4. 30 Na Almeida Revista e Atualizada está assim:
“Enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.” Os discípulos equipararam o Messias como um servo de Deus, assim como Davi era, em vez de se referir a Jesus como se ele fosse o próprio Deus. E isso não é um texto isolado, Mt. 12.18 “Eis aqui o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará juízo aos gentios.”
At. 3. 26 “Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou-o primeiramente a vós outros para vos abençoar, no sentido de que cada um se aparte das suas perversidades”. Percebemos então, que Jesus não é Deus, mas o servo de Deus, assim como a Bíblia diz. Além disso, muitos versículos indicam que o poder e a autoridade de Jesus lhe foram dados pelo Pai. Se Jesus fosse o Deus eterno, então não necessitaria de todas essas coisas terem sido dadas a Ele.
Mt. 28. 18 “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.” Jo. 10. 29 “Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.” Ef. 1. 20-22 “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja.” Reparem, Deus ressuscitou a Cristo, o nomeou acima de todas as potestades, e o constituiu cabeça da igreja, em suma, Deus operou tudas as coisas. Fl. 2. 9 “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome.”
Sendo assim, esses versículos e outros semelhantes, não fariam sentido se Cristo fosse "co-igual" ao Pai. A bíblia mostra claramente que Jesus é um homem aprovado por Deus. Quando Jesus foi chamado de bom, qual foi a sua reação? Lc. 18. 19 “Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus.” Se é verdade que Jesus ensinava as pessoas que era Deus, por que não elogiou esse jovem homem por chamá-lo de "bom"?
O fato de Jesus ter repreendido o homem com brandura e dito que ninguém era bom, exceto "Deus" é evidência de que Jesus não estava ensinando às pessoas que ele era Deus. Jesus foi muito rápido em fazer a distinção entre si mesmo e Deus e, ao fazê-lo, afirmou o que esse judeu já teria acreditado: que existe um só Deus, e Jesus certamente não era esse Deus. Lc. 2. 52 “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.”
Se realmente Jesus fosse Deus e parte da Trindade, ele não poderia crescer em graça diante de si mesmo, do Pai e do Espírito Santo. O amor mútuo e a bênção entre os membros da Trindade teriam sido eternos e imutáveis. Jesus só poderia crescer em graça diante de Deus se ele próprio não fosse Deus. O mesmo é dito na atribuição de posições de autoridade no vindouro Reino de Cristo.
Mt. 20. 23 “Então, lhes disse: Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai.” Ora, Se Jesus fosse Deus e co-igual ao Pai, essas posições de autoridade seriam dele para serem dadas.
Apesar da popularidade do termo "Divindade de Cristo", a frase nunca aparece na Bíblia, nem Cristo jamais é chamado de "Divindade" na Bíblia. "Divindade" vem do latim e significa "Deus", e a expressão "a Divindade de Cristo", como é popularmente usada (mas não é bíblica) que dizer que Jesus é Deus. Cl. 2. 9 “Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.
Esse versículo não afirma que Jesus é Deus, mas Deus (a Divindade) colocou toda a Sua plenitude em Cristo, o que é bem diferente de dizer que o próprio Cristo é uma Divindade. E isso é confirmado em Cl. 1. 19 “Porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude.” Isso é verdade. Mas o fato de Cristo ter "toda a plenitude" de Deus não o torna Deus. Ef. 3. 19 “E conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. No entanto, isso não significa que os cristãos se tornarão Deus de alguma forma.