terça-feira, 1 de outubro de 2024

Analisando 2 Pedro 2. 4 e Judas verso 6.

2ª Pedro 2. 4 "Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo." Judas 6 “E a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia.”

O cristianismo com sua Interpretação Popular ensina que os versos lidos provam de que os anjos pecaram no céu, unidos na rebelião com Lúcifer e por isso merecem aguardam a sua punição. Em outros assuntos nós já vimos, segundo os relatos bíblicos que os Anjos não podem pecar e nem morrer, Lc. 20. 36 “Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.”

Se a declaração sobre os Anjos caídos for mesmo literal, existe uma contradição nos ensinos bíblicos. Uma das contradições seria as palavras ditas por Jesus em Lucas 20. 36. E também é ensinado pelo cristianismo popular que os Anjos caídos são os instigadores, que levam as pessoas a pecar. Se isso se refere a anjos literais, então eles não vão levar as pessoas ao pecado, porque eles estão acorrentados em um lugar seguro, portanto estão sem liberdade para agir.

O contexto sugere que Judas 6 é uma referência a um fato bem conhecido: vale relembrar também que não há registro em qualquer outro lugar na Bíblia sobre os anjos que pecaram, como então os apóstolos poderiam lembrar estes cristãos sobre essas coisas? Os exemplos citados, Judas e Pedro são tirados do A T. que eram bem conhecidos.

Não há outras indicações de que estas coisas aconteceram, exceto no livro de Enoc. Fora desse livro, não há menção de anjos que pecaram, ou que foram imediatamente acorrentados na escuridão. Pelo contrário, Jó 38. 7 “Quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? Possivelmente (estrelas da alva) são uma referência aos Anjos. Gn. 1. 31 “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.” Por esse verso percebe-se claramente a ausência do pecado.

A palavra "anjos" também pode se referir aos homens. Vejamos: Mt. 25. 41 “Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” Então, os "anjos" serão julgados no "grande dia" na segunda vinda. No contexto de Mateus capítulo 25 O castigo é direcionado aos homens indignos, os quais serão completamente destruídos.

Pelo que lemos em Lucas 20. 36 os Anjos não podem morrer ou mesmo ser destruídos, Dn. 3. 27-28 “Ajuntaram-se os sátrapas, os prefeitos, os governadores e conselheiros do rei e viram que o fogo não teve poder algum sobre os corpos destes homens; nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça, nem os seus mantos se mudaram, nem cheiro de fogo passara sobre eles. Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus.”

Um anjo andava com três amigos de Daniel na fornalha ardente. Outro episódio de um Anjo no meio do fogo se encontra em Jz. 13. 20 “Sucedeu que, subindo para o céu a chama que saiu do altar, o Anjo do Senhor subiu nela; o que vendo Manoá e sua mulher, caíram com o rosto em terra.” Sl. 104. 4 “Deus "faz seus anjos espíritos e dos seus ministros um fogo abrasador". Portanto, esses "anjos" que estavam sendo condenados em Mateus 25 são seres humanos, porque o fogo não pode destruir os anjos.

Judas 7 “Como Sodoma, e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição.” O verso diz que Sodoma e Gomorra também "foram definidos como exemplos daqueles que irão sofrer a vingança do fogo eterno" (ou seja, destruição total após o julgamento.

Isto implica que os anjos que pecaram tornaram-se um exemplo público (como Sodoma) do que aconteceria ao desobedecer a Deus? No entanto, não há evidência bíblica sobre Anjos que pecaram no céu ou no Éden, sendo assim, como esses anjos do verso 6 "foram tomados como um exemplo"? Não há indicação de que mesmo Adão e Eva viram a punição de alguém a não ser serpente. Vale lembrar que o pecado entrou no mundo "por um homem", Adão e não por um Anjo pecador, Rm. 5. 12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”

2ª Pe. 2. 9-11 “É porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo, especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores, ao passo que anjos, embora maiores em força e poder, não proferem contra elas juízo infamante na presença do Senhor.”

Nesses versos percebemos que esses Anjos não são literalmente Anjos, isso é demonstrado pelo fato de que eles falam mal de pessoas, enquanto os Anjos não fazem isso. Outro fato é que o verso nada diz sobre Anjos bons e Anjos maus, só diz que os Anjos são seres superiores e promovem o bem. .

O que significa “algemas eternas ou cadeias da escuridão", relacionado ao verso 6 de Judas? Representa a morte em
Jó. 3. 18 “ Ali os presos juntamente repousam, e não ouvem a voz do exator.” A bíblia compara a morte com uma prisão, muitas das vezes, diz que os mortos estão presos, enlaçados conforme Pv. 13. 14 “A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte.” Assim, os Anjos, isto é, os mensageiros estão mortos. Eles estão "reservados" para o dia do juízo. 

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

A bíblia não ensina a trindade 2.

As profecias do Antigo Testamento sobre a vinda do Messias predisseram que ele seria um ser humano. Se entendermos e acreditarmos nisso, muitos conceitos errados sobre Jesus serão eliminados. Por exemplo, se ele era totalmente humano e não parte humano e parte Deus, então ele teve um começo. Além disso, ele não poderia ter existido antes de ser concebido; os seres humanos não existem antes de serem concebidos, e isso significa que Jesus não existia no Antigo Testamento exceto na mente de Deus e na expectativa das pessoas.

Segundo as profecias do Antigo Testamento, o Messias seria descendente de Eva, Gn. 3. 15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Ele seria descendente de Judá, Gn. 49. 10 “O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos.”

O Messias também seria um profeta como Moisés Dt. 18.15 “O Senhor, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás.” Ele seria filho de Davi, Is. 11. 1 “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo”. Um rei governando sob Yahweh, Sl. 110. 1-2 “Disse o Senhor ao meu senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. O Senhor enviará de Sião o cetro do seu poder, dizendo: Domina entre os teus inimigos.”

Sendo assim Ele seria um governante dentre o povo de Israel, Jr. 30: 21 “O seu príncipe procederá deles, do meio deles sairá o que há de reinar; fá-lo-ei aproximar, e ele se chegará a mim; pois quem de si mesmo ousaria aproximar-se de mim? — diz o Senhor.” Isso explica por que todas as pessoas esperavam um Messias humano. Com relação ao salmo 110. 1 ele tem sido mal compreendido e deturpado.

A maioria das versões trás assim: “Disse o Senhor ao meu Senhor….” A palavra “Senhor” traduzida com S maiúsculo é Jeová, mas muitos comentaristas trinitários argumentam que “meu Senhor” neste versículo é a palavra hebraica adonai, outro nome usado para Deus, portanto, prova que o Messias é Deus. Mas o texto hebraico não usa adonai, ele usa adoni (pronuncia-se a-do-'nee), que é sempre usado nas Escrituras para descrever mestres e senhores humanos, mas nunca Deus. E isso, é uma boa evidência de que o Messias não é Deus, e é uma das razões pelas quais os judeus esperavam que o Messias fosse um governante humano como os outros reis que governaram sob a direção de Deus.

Dn. 7. 13 “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.” Esse verso do Antigo Testamento também se refere ao Messias como “alguém semelhante a um filho de homem”. A frase “filho do homem” era uma expressão semítica para um ser humano e é usada dessa forma em todo o Antigo Testamento. Mas quando Daniel se referiu ao Messias como “alguém semelhante a um filho de homem”

Essa frase “filho de homem” também se tornou um título do Messias. Isso explica por que Jesus chamou a si mesmo de “filho do homem”. Mt. 9. 6 “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados— disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa.” Mt. 11. 19Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por suas obras.” 

O uso de “filho do homem” em referência ao Messias, é mais uma evidência de que Jesus era plenamente homem e mais uma razão pela qual as pessoas esperavam que o Messias fosse humano. O Novo Testamento também ensina que Jesus era um homem. E mesmo o próprio Jesus disse isso, Jo. 8. 40 “Mas, agora, procurais matar-me a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isso.”

Jesus disse que ele era “um homem que havia dito a verdade” Ele não estava sendo hipócrita e escondendo sua “natureza divina”. Na verdade Ele estava fazendo uma declaração factual que reforçava o que os judeus esperavam do Messias – que ele seria um homem plenamente humano. Os apóstolos também ensinaram que Jesus era um homem, o apóstolo Pedro fez uma declaração muito clara a esse respeito, vejamos na bíblia versão católica, At. 2. 22 “Israelitas, ouvi estas palavras: Jesus de Nazaré, homem de quem Deus tem dado testemunho diante de vós com milagres, prodígios e sinais que Deus por ele realizou no meio de vós como vós mesmos o sabeis.” Pedro ensinou claramente que Jesus era um homem e que Deus fazia milagres “por ele”.

Se a Trindade realmente existisse, quando Pedro reuniu milhares de judeus devotos no Dia de Pentecostes, teria sido um bom momento para ensinar sobre. Mas, em vez disso, Pedro disse aos judeus que Jesus era o Messias que eles esperavam: um homem aprovado por Deus. Paulo também ensinou que Jesus era um homem. Vejamos na versão católica, At 17. 31 “Porquanto fixou o dia em que há de julgar o mundo com justiça, pelo ministério de um homem que para isso destinou. Para todos deu como garantia disso o fato de tê-lo ressuscitado dentre os mortos.”

Paulo nunca disse ou deu a entender que Jesus era outra coisa senão um “homem”. Especialmente porque o público grego de Paulo era politeísta, parece que se houvesse uma Trindade, Paulo a teria ensinado à multidão. Enquanto os Judeus provavelmente teriam ficado muito chateados se alguém ensinasse que havia uma Trindade, estes Gregos politeístas quase certamente não teriam ficado chateados, então este teria sido um momento perfeito para apresentar o assunto às pessoas. Mas em vez disso, Paulo disse que Jesus era um homem designado por Deus.

Existem vários outros versículos do Novo Testamento que afirmam que Jesus era um homem. Rm. 5. 15 “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.” Alguns teólogos ensinam que somente Deus poderia pagar pelos pecados da humanidade, mas a Bíblia diz especificamente que um homem deve fazê-lo. O livro de Coríntios afirma o mesmo que Romanos.

1ª Co. 15. 21 “Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.” 1ª Tm. 2. 5 “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.” A doutrina trinitária tenta explicar os versículos que dizem que Jesus era um homem dizendo que ele era um homem sim, mas também era Deus ao mesmo tempo. Mas há problemas com isso.

Uma é que não existe um único versículo que diga que Jesus era Deus e homem. A doutrina Deus-homem é construída em um período extra bíblico. Além disso, os estudiosos admitem que existem apenas cerca de oito versículos em todo o Novo Testamento que podem ser entendidos como dizendo que Jesus é Deus, e cada um deles pode ser traduzido de uma forma que apoie também a posição bíblica unitarista. Esse versos que parecem apoiar a posição trinitária pode ser contestado textualmente, ou pode ser explicado a partir do uso da palavra “Deus” na cultura.

Em contraste, os versículos onde se diz que Jesus é um “homem”, como quando Pedro ou Paulo ensinaram ao seu público que Jesus era um homem designado por Deus, esses não são contestados. Hb. 2. 17 “Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.”

Este versículo mostra claramente que Jesus não era totalmente humano e totalmente Deus ao mesmo tempo. Se fosse, não seria como nós em todos os aspectos. Se acreditarmos que Jesus era completamente humano, este versículo pode ser considerado verdadeiro. Mas, se Jesus é totalmente Deus e totalmente humano, é, na melhor das hipóteses, confuso. Nenhum de nós teríamos dúvidas, preocupações e medos, se fossemos Deus. Dizer que Jesus foi feito como nós em todos os sentidos significa dizer que Jesus não era “Deus homem”.





quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Qual é a responsabilidade de Deus com os sabatistas?

Quão bom seria, se todos os trabalhadores pudessem descansar no fim de semana. Quem é aquele que realmente labuta, que produz, que não gostaria de poder descansar nos fins de semana? Infelizmente o mundo secular mesmo com toda a sua modernidade não nos permite isso. Porém, surge uma pergunta: e no meio religioso cristão, precisamos realmente guardar o sábado? Para essa pergunta, surge algumas respostas.

A primeira delas consta na realidade de que a lei do sábado não foi dada para nós os ditos gentios, isso é facilmente comprovado pelos escritos bíblicos, Ex. 24. 12 (Então, disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que escrevi, para os ensinares.) Muitos dirão: - para os ensinares. Sim, verdade, mas ensinar a quem?

Dt 9. 9-10 (Subindo eu ao Monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas do Concerto que o Senhor fizera convosco, então fiquei no Monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi e água não bebi; e o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus, aquelas palavras que o Senhor tinha falado convosco no Monte, do meio do fogo, estando reunido todo povo.)

Aparentemente o ensinamento é para todos, porém, os próximos versos definem com exatidão, a quem a lei era dirigida, Ex. 34. 27-28 (Disse mais o Senhor a Moisés: Escreve estas palavras, porque, segundo o teor destas palavras, fiz aliança contigo e com Israel. E, ali, esteve com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.) (Grifo meu.)

2ª Cr. 5. 10 (Nada havia na arca senão só as duas tábuas, que Moisés ali pusera junto a Horebe, quando o Senhor fez aliança com os filhos de Israel.) 2ª Cr. 6. 11 (Nela pus a arca em que estão as tábuas da Aliança que o Senhor fez com Israel.) Ex. 25. 22 (Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.)

Por esses versos fica comprovado que a aliança do AT. Foi feita somente entre Deus e os judeus. Na realidade o descanso sabático ou de outro dia qualquer é fundamental para a restauração das forças. No entanto, para nós os povos que não estamos dentro de Jerusalém, nem mesmos regidos pela lei total do AT. A exigência para se guardar o sábado em detrimento, mesmo da perda do próprio trabalho não faz sentido.

As igrejas sabatistas, ou seja, aquelas que exigem a guarda do sábado dos seus seguidores, dizem que os mesmos devem exercitar sua fé, de que Deus proverá um trabalho afim de que eles possam guardar o sábado. Concordo também de que a fé na provisão de Deus, deve sim ser uma realidade daqueles que creem. Creio piamente que todas as coisas acontecem devido a vontade e decreto de Deus.

Porém, o que não é lógico e muito menos racional, é alguém ser obrigado a deixar o seu trabalho, sem ter um apoio da instituição que o obriga a fazer tal escolha. Vale ressaltar que os israelitas foram sim obrigados a guardar o sábado. No entanto, a cidade, isto é, Jerusalém, era o seu abrigo, e existia ainda o fato de que todos indistintamente estavam obrigados a mesma coisa, a lei era para todos. E, também a própria mão de obra deles os favoreciam, eles trabalhavam com a terra.

Isso resume bem o fato de Deus não ter estabelecido a lei do sábado para todas as nações. Nós não vivemos uma teocracia, os trabalhadores na sua grande maioria não são favorecidos com relação a não trabalhar no sábado, não existe lei para isso, os variados tipos de trabalhos diferenciam em muito o estilo vivido pelos israelitas no tempo do AT. Sendo assim, constitui-se um autoritarismo muito grande por parte dessas denominações, apenas exigem, mas não movem uma palha para providenciar nada para ajudar aqueles que perderam e perdem seus empregos.

Dt. 6. 16 (Não tentarás o Senhor, teu Deus, como o tentaste em Massá.) Cito esse verso, apenas para esclarecer, os que acreditam que Deus proverá algo para aqueles que abandonaram os seus empregos por causa da guarda do sábado, pode ser que sim, pelo fato de Deus ser misericordioso, como também pode ser que não, pelo fato descrito a seguir, Dt. 28. 1 (E será que, se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra.)

Aqui existia uma cláusula, e essa, era a obediência em tudo aquilo que foi ordenado, o verso a seguir diz exatamente isso, Dt. 28. 15 (Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então, sobre ti virão todas estas maldições e te alcançarão.)

Dt. 27. 26 (Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo! E todo o povo dirá: Amém!) Cumpre os sabatistas na integra a lei de Deus? Não, ninguém cumpre. A exigência da lei não era algo parcial a se cumprida, não se restringia a parcialidade dos dez mandamentos, ou seja, quando era exigido a guarda do sábado a observação era para ser total e irrestrita.

Neste sentido Deus não tem nenhuma obrigação de prover um trabalho para aqueles que “guardam” o sábado, esse pacto não foi feito conosco. A obrigação deveria estar com aqueles que promovem tal ideologia, sim, as denominações sabatistas. Em outras palavras eles te “lançarão na água antes mesmo de te ensinar a nadar”. Em Israel não foi assim, já no deserto todos estavam debaixo de uma perspectiva, após o Sinai, todos eles estavam subordinados a uma obrigação comum.

Chegando na terra prometida, tudo foi feito para atender as exigências impostas pela lei, assim, as autoridades, profetas, sacerdotes, juízes e posteriormente os reis, deveriam ter o mesmo propósito do povo comum. E com relação a guarda do sábado na atualidade? Como sobreviver a um regime desconhecido por muitos, e sobretudo em uma condição que não nos foi imposta? As autoridades seculares sancionarão leis as quais beneficiarão os guardadores do sábado? Não, de jeito nenhum!

Surge uma pergunta: as denominações exigentes, com relação a obediência à guarda do dia de sábado, batalharão em prol do irmão neófito para que ele consiga guardar esse dia? Em outras palavras possivelmente eles dirão: - a batalha é sua irmão, e você já tem a arma necessária, isto é, a fé. Muito provavelmente eles estarão mais preocupados com sua fidelidade relacionado a devolução dos dízimos. Porém, isso é um outro assunto.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

A bíblia não ensina a trindade. I

A Bíblia ensina que existe um Deus, o Pai, e um Messias e Senhor, Jesus Cristo. Por outro lado, A doutrina ortodoxa da Trindade ensina que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, e os três são coiguais, coeternos e compartilham a mesma essência, e juntos esses três indivíduos “Pessoas” são um Deus triúno; também, Jesus é cem por cento Deus e cem por cento homem, e tanto a natureza divina de Jesus quanto a sua natureza humana vivem juntas em seu corpo carnal. A doutrina da Trindade, embora amplamente aceita, nunca é declarada na Bíblia.

Saber que existe apenas um Deus, e que Ele não é trino e, que não compartilha Sua identidade com outros dois, eleva-o à Sua posição legítima como o único Deus da Bíblia, o Criador do universo, Aquele a quem amamos com todo o nosso coração, alma, mente e força. Da mesma forma, saber que o Senhor Jesus é quem Pedro disse em At. 2. 22 “Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis”. (homem aprovado por Deus).

Como dito a cima A palavra “Trindade” não está na Bíblia. Embora isso não exclua a possível existência da Trindade. No entanto, é uma prova de que a doutrina é anti-bíblica. Os trinitarianos diferem, às vezes muito, nas suas definições da Trindade. A Igreja Ortodoxa Oriental difere da Igreja Ocidental na relação do Espírito Santo com o Pai e o Filho. Além disso, os trinitarianos que defendem a definição “clássica” da Trindade, de que Jesus era cem por cento Deus e cem por cento homem enquanto esteve na terra, acreditam de forma diferente dos trinitarianos kenóticos, que acreditam que Jesus deixou de lado sua divindade enquanto era um homem na terra. Os pentecostais unicistas dizem que a fórmula clássica da Trindade está completamente errada. No entanto, todos estes afirmam que Cristo é Deus e que a Bíblia apoia a sua posição.

Um estudo da história da Igreja Cristã, mostra um desenvolvimento definido na doutrina da Trindade ao longo dos séculos. Por exemplo, a forma inicial do Credo dos Apóstolos, que se acredita datar de pouco depois da época dos próprios apóstolos, não menciona a Trindade ou a natureza dupla de Cristo. Além disso, afirma apenas: “Creio no 'espírito santo'”, o que poderia facilmente referir-se ao dom do espírito santo, assim como a uma terceira “Pessoa” na Trindade. O Credo Niceno, escrito em 325 d.C. e modificado mais tarde, adicionou o material sobre Jesus Cristo ser “eternamente gerado” e “verdadeiro Deus”, e sobre o Espírito Santo ser “Senhor”.

Mas foi o Credo Atanasiano, provavelmente composto no final dos anos 400 ou início dos anos 500 d.C., que foi o primeiro credo a declarar explicitamente a doutrina da Trindade, e diz que se uma pessoa não acredita na doutrina, ela não é salva, mas perecerá para sempre. No entanto, dizer que uma pessoa que não acredita na Trindade não é salva contradiz a Bíblia. Por exemplo, quando Pedro se dirigiu aos judeus no Dia de Pentecostes, ele não mencionou a Trindade ou que Jesus era Deus em carne, mas cerca de 3.000 pessoas na audiência foram salvas At. 2. 41 “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas”.

Um dos argumentos mais convincentes a favor do Unitarismo Bíblico é que Deus nunca é descrito como sendo composto de “três”. Ou “três em um”, “Pai, Filho e Espírito Santo”, os três formando um Deus. Muitos trinitaristas apontam para Mateus 28. 19 que lista o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas não chama os três de “Deus”. Mateus 28.19 não está definindo Deus, está afirmando a autoridade pela qual os discípulos batizarão: pela autoridade de Deus, de Cristo, e pelo poder do espírito santo. Simplesmente mencionar três coisas juntas não as torna “Deus”. Por exemplo, se em Mateus 28. 19 lesse “Batize-os no 'nome' (isto é, autoridade) de Abraão, Isaque e Jacó”, isso não tornaria essas três pessoas “uma só Pessoa”.

Além disso, as duas naturezas de Jesus (ele sendo totalmente Deus e totalmente homem) estão completamente ausentes das escrituras. Nunca se diz que Jesus tem duas naturezas, duas personalidades, duas mentes, dois espíritos dentro dele. Ele é sempre visto como uma pessoa com uma mente.

Os trinitaristas dizem que o “trio” é tão vital quanto a sua unidade, mas a Bíblia nunca menciona a “trindade” de Deus, ao passo que menciona a sua unidade muitas vezes, por exemplo: Dt. 4. 35 A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; nenhum outro há, senão ele”. Is. 44. 6 e 8 “Assim diz o Senhor, Rei de Israel e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus. Não vos assombreis, nem temais; porventura, desde então, não vo-lo fiz ouvir e não vo-lo anunciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra Rocha que eu conheça”.

Jo. 5. 44 “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis”. Assim sendo, Não há versículos que definam Deus como sendo Pai, Filho e Espírito Santo. Não há versículos que definam Deus como sendo três, três em um ou um triplo de pessoas. Não há versículos que digam que Jesus tem duas naturezas ou duas mentes. Não há versículos que digam que Jesus é um Deus-homem, ou que ele é totalmente Deus e totalmente homem. Não há versículos que chamam Jesus de “gerado eternamente”, a bíblia diz que ele foi gerado ou “nascido” de Maria.

Se a doutrina da Trindade fosse realmente genuína e central para a crença cristã, como afirmam todos os trinitarianos, e especialmente se a crença nela fosse necessária para a salvação, como eles ensinam, ela teria sido claramente afirmada na Bíblia e mesmo nos primeiros credos cristãos. A Trindade não está “oculta” e não é um “mistério”, ela simplesmente não existe.

Deus deu as Escrituras ao povo judeu, e a religião e adoração judaica que vem dessa revelação não contém qualquer referência ou ensino sobre um Deus triúno. Visto que Deus deu o Antigo Testamento aos judeus, certamente eles estavam qualificados para lê-lo e compreendê-lo, mas nunca viram nele a doutrina da Trindade; na verdade, muito pelo contrário. Ao longo da sua história, os judeus defenderam ferozmente o fato de que havia apenas um Deus.

O próprio Jesus vinculou o maior mandamento da Lei com a existência de um só Deus. Um especialista na lei do Antigo Testamento perguntou a Jesus qual dos mandamentos era o mais importante. Mc. 12. 29-30 “E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento”.

Esse estudioso de acordo com os ensinamentos dos rabinos e a revelação e práticas dadas aos judeus, teria acreditado que Deus o criador era o único Deus verdadeiro. Mas Jesus nunca o corrigiu ou tentou modificar suas crenças, ele simplesmente reforçou o que este homem já acreditava – que há somente um Deus. Além disso, os pronomes na Bíblia que se referem a “Deus” são singulares e existem muitos deles. “A Bíblia Hebraica e o Novo Testamento contêm bem mais de vinte mil pronomes e verbos que descrevem o Deus Único” Os pronomes singulares incluem “eu”, “meu” e “ele”.

Os pronomes que se referem ao “Pai”, a Jesus e ao “Espírito Santo” se houvesse uma Trindade não poderia ser singular, pelo fato de que a Trindade é tida como sendo um “Deus” trino, isto é, consistindo em três “Pessoas ”, naturalmente os pronomes associados a “Deus” estariam no plural. De acordo com a doutrina trinitária, cada “Pessoa” no Deus triúno é individualmente onipresente, onisciente; e todo-poderoso, e cada um individualmente tem sua própria vontade, sua própria mente.

Jesus não poderia ter dito ao Pai: “não seja feita a minha vontade, mas a tua”. Jo. 3. 16 “Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Mas se “Deus” fosse composto de três seres co-iguais, cada um com sua própria mente e concordando juntos em enviar Cristo, esperaríamos que dissesse: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que eles deram o Filho unigênito…. ” O fato de os pronomes na Bíblia se referirem a “Deus” como um ser singular é evidência de que não existe Trindade.

sábado, 1 de junho de 2024

Profetiza suscetível.

Jr. 23. 21 “Não mandei os profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; todavia, eles profetizaram.” Toda a base doutrinária da IASD tem a aprovação de Ellen G. White. Na sua fundação a IASD. foi antitrinitariana, isso pode ser demonstrado através das seguintes declarações dos seus líderes: Joseph Bates escreveu com relação a sua conversão em 1827, “Com respeito à Trindade eu concluí ser impossível acreditar que o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, como também o Todo Poderoso Deus, o Pai, são um e o mesmo Ser.”

Em 07 de fevereiro de 1855 Tiago White escreveu: “A grande falta da Reforma foi que os reformadores pararam de reformar. Se tivessem levado avante, não teriam deixado nenhum vestígio do papado atrás, tal como a natural imortalidade, batismo por aspersão, a trindade, a guarda do domingo, e a igreja agora estaria livre de erros escriturísticos.”

Em 06 de julho de 1869 R. F. Cottrell um pastor adventista disse: “Sustentar a doutrina da Trindade, não é mais que uma evidência da intoxicação pelo vinho que todas as nações beberam. O fato dessa ser uma das principais doutrinas, senão a principal, pela qual o bispo de Roma foi exaltado ao papado, não recomenda muito em seu favor. Isto deveria fazer alguém investigar por si mesmo, como quando os demônios fazem milagres para provar a imortalidade da alma. Se eu nunca duvidei antes, agora eu tenho que ir até o fundo para provar .... ”

Que uma pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só pessoa, é uma doutrina que nós podemos proclamar ser um doutrina contrária à razão e ao senso comum.” Declaração de Tiago White em 1869. No ano de 1872 foi publicado um folheto redigido por Urias Smith com o resumo das principais doutrinas da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o qual diz: Existe um Deus, pessoal, um ser espiritual, criador de todas as coisas, onipotente, onisciente e eterno; infinito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável e presente em toda parte por seu representante (*), o Espírito Santo. Salmos 139:7. Existe um Senhor Jesus Cristo, Filho do Pai Eterno. *representante estava em minúsculo.

Baseado nessas informações achamos muito estranho o fato de E. G. W. Não se manifestar contra esse ensinamento, visto que tudo dentro da denominação tudo passava por seu crivo. Pelo fato de acreditarem que são povo exclusivo de Deus, os adventistas como um todo, se vangloriam de pertencerem a igreja verdadeira. Mas, se prestarmos atenção nas declarações dos pioneiros e líderes adventistas, a mesma passa a se encontrar em uma encruzilhada, isso pelo fato de que na sua fundação os líderes da denominação eram antitrinitarianos, atualmente a mesma denominação mudou a sua crença e passou a adotar o trinitarianismo, com isso surge a seguinte pergunta:

A IASD. Era verdadeira no período do antitrinitarianismo ou passou após ter adotado a posição trinitária? Se disserem que ela era verdadeira nos dias da sua fundação, então agora ela não é mais. Por outro lado se disserem que ela recebeu a plena verdade após o trinitarianismo, então ela não possuía a verdade nos seus primórdios e foi fundada no erro.

E o dilema se avoluma pelo fato de possuírem uma profetiza, alias, o aspecto doutrinário dessa denominação deveria e deve passar pela profetiza Ellen G. White. Sendo assim, porque ela não censurou os pioneiros quando na posição antitrinitária? Pelo contrário, ela endossou o que eles (os pioneiros) defendiam.

Vejamos sua declaração: “Quando o homem vier mover um alfinete do nosso fundamento o qual Deus estabeleceu pelo seu Santo Espírito, deixe os homens de idade que foram os pioneiros no nosso trabalho falar abertamente, e os que estiverem mortos falem também, reimprimindo os seus artigos das nossas revistas. Juntemos os raios da divina luz que Deus tem dado, e como Ele guiou seu povo, passo a passo no caminho da verdade. Esta verdade permanecerá pelo teste do tempo e da experiência.” Manuscript Release Vol. 1 pág. 55. É fato também que os pioneiros adventistas não foram unitarianos, mais sim arianos, pelo fato de crerem na geração eterna de Jesus.

Há aqueles que mesmo fora dos círculos do adventismo advogam a ideia de que E. G. W estava fora do país quando houve a mudança doutrinaria referente a divindade. No entanto, ela mesma faz várias declarações em seus livros dizendo que Jesus é Deus, assim sendo, ela realmente endossou a mudança doutrinaria ocorrida em sua igreja. Vejamos suas declarações: “em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada” D.T.N pg. 530.

“Desde toda a eternidade esteve Cristo unido ao Pai” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 228“. Nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus” evangelismo pg. 615. “Que somos crentes em Cristo, que, cremos na divindade de Cristo e em Sua preexistência” Testemunhos para Ministros, pág. 253. Jr. 23. 16 “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades e falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor”.

Na verdade E. G. W. Era uma profetiza do óbvio, ela seguia a tendência, quando os pioneiros disseram algo, ela aceitou e endossou tal ensinamento, quando os pioneiros faleceram e começou a ocorrer a mudança doutrinária rumo ao trinitarianismo, ela apoiou e fez apologia, as palavras que Elias disse para os israelitas nos seus dias aplica bem para E. G. W. 1ª Rs. 18. 21 “Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu”.

De um modo figurado coxear é o mesmo que estar indeciso. Para uma profetiza isso é muito ruim, pelo fato de ter demonstrado indefinição em relação a um assunto tão importante. Vimos anteriormente os pioneiros adventistas dizendo que a doutrina da trindade era algo vergonhoso, desvirtuava a personalidade de Deus, ela existe pelo fato da igreja ter parado de ser reformar e etc.

No entanto, eis que surge uma declaração interessante de um teólogo adventista o qual diz:os pioneiros vinham mudando constantemente a sua concepção sobre a divindade, e não publicavam as doutrinas porque já esperavam mudanças e não queriam causar obstáculos à “revelação” que estava por vir! “...porque eles reconheceram que mais verdades estavam vindo e eles não queriam impedi-las, definindo as suas crenças muito rigidamente.”- Jerry Moon - Adventist Review, Abril 1999.

Interessante, aquilo que anteriormente era considerado abominação, agora era revelação de Deus. E a pergunta continua: quando a IASD. Teve a verdade? Nos dias do unitarismo, ou nos dias do trinitarianismo? Outro fato é: se a doutrina da trindade era malévola, quando e como passou a ser revelação de Deus? O que podemos entender disso tudo? Que E. G. W. Era a profetiza do obvio, na verdade ela não foi profetiza, ela foi uma escritora, a qual sobre aproveitar o contexto para criar as suas publicações, deve se considerar o fato de que ela era muito sugestionável, ela criava os seus enredos em cima daquilo que ela e o mundo cristão acreditavam.


quinta-feira, 2 de maio de 2024

O testemunho de Jesus.

Os adventistas do sétimo dia creem e ensinam que o livro de Apocalipse identifica sua igreja como a igreja remanescente da profecia bíblica. Tanto que no voto batismal é dito o seguinte: (Aceitam o ensino bíblico dos dons espirituais, e creem que o dom de profecia, na pessoa de Ellen White, é uma das características identificadoras da igreja remanescente?) O conceito de "remanescente" é encontrado em Ap. 12. 17 “E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo.”

A lição da escola sabatina do ano de 2009 para adultos diz o seguinte: (Como adventistas do sétimo dia, acreditamos que somos membros da igreja remanescente de Deus.” E a narrativa continua: (A "mulher" descrita em Apocalipse 12 representa a verdadeira igreja de Deus. A verdadeira igreja "fugiu para o deserto" (Ap. 12. 6) por um período de 1.260 anos.

Esta profecia foi cumprida quando os valdenses e albigenses da Europa se esconderam nas montanhas durante o período da supremacia papal (de 538 DC a 1798 DC) e preservaram a bíblia e a verdade sobre o sábado por 1.260 anos. No tempo do fim, Satanás fará guerra ao "remanescente". O “remanescente” é identificado como aquele que “guarda os mandamentos de Deus” e tem o “testemunho de Jesus).

De acordo com os adventistas, os “mandamentos de Deus” são os Dez Mandamentos dados a Israel no Sinai, e o “testemunho de Jesus” é sua profetisa, Ellen G. White. E a própria Ellen White explica: A lei de Deus e o Espírito de Profecia andam de mãos dadas para guiar e aconselhar a igreja, e sempre que a igreja reconheceu isso por obedecer a Sua lei, o espírito de profecia foi enviado para guiá-la no caminho da verdade. E, Esse mostra claramente que a igreja remanescente reconhecerá a Deus e Sua lei e terá o dom profético.

A obediência à lei de Deus e o espírito de profecia sempre distinguiram o verdadeiro povo de Deus. Ellen White refere-se a si mesma ou a seus escritos como o "espírito de profecia" mais de 30 vezes. Ela diz: Irmão B ... Estude as mensagens que Deus enviou a Seu povo nos últimos sessenta anos por meio do Espírito de Profecia. (Ellen White, Mensagens em Loma Linda, p. 33)

Os adventistas usam uma fórmula interessante para igualar Ellen White ao Espírito de Profecia. Eles fazem isso ligando o "testemunho de Jesus" em Apocalipse 12. 17 à mesma frase encontrada em Ap. 19. 10 “ E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”.

Eles afirmam que Apocalipse 19. 10 revela o significado do testemunho de Jesus. Isso fornece a primeira metade da equação: Testemunho de Jesus = Espírito de Profecia. Mas a questão permanece: o que é o Espírito de Profecia? De acordo com a doutrina Adventista, a verdadeira igreja remanescente deve ter um profeta. Este argumento foi introduzido em 1855. Após sua formação em 1863, a Igreja Adventista do Sétimo Dia reconheceu Ellen White como possuidora do dom profético.

Por muitos anos, os Adventista do Sétimo Dia se gabaram de que o dom profético deve estar ativo na igreja, em outras palavras, deve haver um profeta vivo na igreja remanescente. Alguns dos livros de Ellen White (os precursores da série Conflito dos Séculos ) foram na verdade intitulados Espírito de Profecia . Conforme observado acima, E. G White e outros líderes frequentemente se referiam a seus testemunhos (seus escritos) como o "Espírito de Profecia". Portanto, uma vez que Ellen White foi reconhecida pela denominação como tendo o dom profético, a suposição foi feita de que ela era o Espírito de Profecia.

Assim sendo, Testemunho de Jesus = Espírito de Profecia = Ellen G. White. Após a sua morte em 1915, a IASD estava em um dilema porque não tinha mais um profeta vivo. Então, eles redefiniram seus ensinamentos anteriores e começaram a ensinar que Ellen White "continua viva" por meio dos seus escritos. Visto que a denominação nunca teve outro profeta depois de Ellen White, essa explicação criou raízes.

No entanto, existem vários problemas em identificar a Igreja Adventista do Sétimo Dia como a Igreja Remanescente da profecia bíblica, e o primeiro é: os valdenses mantiveram a verdade viva por 1.260 anos? Não há nenhum grupo de igreja que manteve viva a "verdade" do sábado durante a Idade média. Os valdenses não eram observadores do sábado e não se mudaram para as montanhas até depois de 1184 DC. A perseguição terminou em meados de 1600, então esse grupo estava no chamado "deserto" há menos de 500 anos.

Os albigenses mantiveram a verdade viva por 1.260 anos? Em seu livro O Grande Conflito E. G. White aponta para os Albigenses como um grupo que preservou a "verdade" durante a era da supremacia papal. No entanto, os albigenses eram um grupo herético de fanáticos que acreditavam que o Antigo Testamento foi escrito por Satanás, que Cristo não tinha um corpo real e que o casamento era mau. O grupo mal sobreviveu um século.

Os 1.260 dias de Apocalipse 12 são um período de anos? Os adventistas aplicam o principio dia ano para transformar os 1.260 dias em 1.260 anos, mas essa é uma aplicação arbitrária e injustificada e sem apoio bíblico. Eles aplicam arbitrariamente o princípio dia ano a alguns períodos de tempo no Apocalipse, mas não em outros. Mesmo se os dias fossem de fato anos, as datas de 538 DC a 1798 DC são questionadas até mesmo por muitos estudiosos Adventistas do Sétimo Dia.

Quem tem o Espírito de Profecia? Em 1ª Co. 12. 7 e 11 “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. E a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.” A Bíblia diz que o Espírito Santo ou seja, Deus é a fonte dos dons espirituais. Um desses dons é o dom de profecia Portanto, a frase "Espírito de Profecia" seria uma referência ao próprio Deus - Aquele que dá os dons – e não ao destinatário humano do presente.

E. G. White afirmou ser (ou ter) o "espírito de profecia", mas para fazer tal afirmação, é necessário primeiro passar nos testes bíblicos de um profeta . Há evidências significativas de que ela falhou em seis dos sete testes de um profeta. Mesmo se E. G White tivesse passado nos testes, a Igreja Adventista do Sétimo Dia não tem um profeta vivo há quase um século.

Isso coloca a denominação na mesma posição de todas as outras denominações religiosas cristãs. Outras igrejas cristãs seguem os escritos dos profetas mortos, aparecem na bíblia pelo menos 24 profetas mortos. A Igreja Adventista do Sétimo Dia é diferente das outras denominações nessa questão, os adventistas seguem os escritos de 25 profetas mortos em vez de 24. 

O "Testemunho de Jesus" são realmente os escritos de Ellen White? A palavra testemunho de Apocalipse 12. 17 (grego marturia) significa "testificar", "testemunhar" pode ser entendida de duas maneiras: O testemunho veio de Jesus. Isso enfatiza Jesus como a fonte do testemunho. O testemunho é sobre Jesus. Isso enfatiza Jesus como o sujeito do testemunho. Jo. 21. 24 “Este é o discípulo que testifica dessas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.”

João está nos dizendo que seu evangelho é um testemunho sobre Jesus. Portanto, o evangelho de João é o "testemunho de Jesus". 1ª Jo. 5. 9-11 “Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus em si mesmo tem o testemunho; quem em Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.”

Nestes versos descobrimos que aqueles que creem em Jesus têm a marturia, o testemunho de Jesus, neles! Ap. 1. 1-2 “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo, o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.”

Neste versos, João diz que deu testemunho de três coisas, a palavra de Deus, o Testemunho de Jesus Cristo, as coisas que ele viu...

Continua.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Guerra nuclear no futuro, tem apoio bíblico?

Em toda história humana, as guerras foram e são os meios utilizados objetivando demonstrar poderio, conquista e domínio, ergueram-se reinos e nações por meio das guerras. E o ponto predominante de uma nação que busca dominar, são os seus armamentos, quanto mais sofisticado for o seu arsenal, mais temido será. Na atualidade ouvimos muito sobre a tão temida bomba nuclear, a qual dizem, que pode destruir a vida sobre à terra.

Dentro do contexto bíblico, estariam os homens contrariando a vontade de Deus ao “criarem” tais armamentos? (Está entre aspas, pelo fato de que nada do que o homem faz ele cria, mas sim, aperfeiçoa e adapta para o seu uso, tudo se encontra na natureza). Respondendo a pergunta: Não, a vontade de Deus não está sendo contrariada, pelo contrário, as coisas estão caminhando segundo o propósito, no entanto, eles serão julgados e condenados por suas mas ações, ou seja, destruir o próximo e a própria natureza.

Com relação ao o que eu digo podemos confirmar em Ez. 30. 10 “Assim diz o Senhor DEUS: Eu, pois, farei cessar a multidão do Egito, por mão de Nabucodonosor, rei de babilônia.” Ou seja, Deus usa o que é material para agir contra ou a favor daquilo que deve ser feito, segundo a sua vontade, contudo esses agentes não ficarão sem receber o que merecem, Ap. 11. 18 “E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.” Sl. 7. 16 “A sua obra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violência descerá sobre a sua própria cabeça.”

Alguém pode perguntar: mas, Deus quer a destruição da humanidade por meio de um confronto armado? O método que será utilizado para a destruição das coisas que se encontram na terra não é o ponto principal, e essa destruição será a culminação daquilo que temos presenciado, Rm. 8. 22 “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” Significa que a morte é um processo natural e inevitável no contexto humano. E com relação a uma arma (uma bomba nuclear) que pode destruir a humanidade, ela não veio sem objetivos, quer queiramos quer não, um dia ela será utilizada.

Voltemos ao verso 18 de apocalipse 11: (E iraram-se as nações) atualmente percebemos algumas nações empenhadas em fazerem guerras, essa prática faz parte da natureza humana pecadora, nós não damos atenção para um detalhe interessante escrito por Paulo em gálatas capítulo cinco, onde ele enumera as obras da carne, e lá estão as disputas e as competições servindo de base para toda sorte de males que se seguirão. Assim, se as disputas darão lugar as guerras logo se assegura que o fim de todas as coisas será disparado pela mesma.

O verso 18 de apocalipse 11 diz também que nesse tempo, o tempo da ira das nações, acontecerá o julgamento para que aqueles que destroem a terra serem destruídos. Ap. 17. 12-14 “E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.”

Reparem que o verso nos diz que eles lutarão contra o cordeiro, na verdade as nações iradas incitadas pelo sistema que estará no controle (a besta) farão guerra contra o cordeiro, isto é, contra o Cristo. O livro do apocalipse nos dá uma ideia de como se dará essa batalha, Ap. 19. 19 “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.” Aqui nos é dito também que a força mandante da época, a besta, reunirá o seu exército com o intuito em fazer guerra; no verso 14 de apocalipse 17, nós lemos anteriormente, que eles combaterão contra Cristo.

Naturalmente esse combate se dará devido ao fato das nações não aceitarem a regência do Messias, ou do Cristo. Jesus voltará para por fim ao reino blasfemo, injusto e opressor; podemos ter um vislumbre de como estará o estado do mundo nessa época, segundo a bíblia, nessa época será um tempo de muita escassez, basta lerem apocalipse 16, nesse período Deus o criador, terá sido rejeitado e essa rejeição será confirmada por lei, a blasfêmia e as trevas espirituais estarão dominado o mundo.

Assim sendo, estará pronto o cenário para saques, invasões e por fim, guerras, e todo esse pano de fundo já é percebido na atualidade. Com essa intenção e com esse objetivo o governo da época, a besta, não tolerará um governo concorrente, esse governo concorrente é o reino de Deus que será implantado aqui na terra, essa é uma visão bíblia, a qual destoa inteiramente do modelo de reino apresentado pelo atual cristianismo.

1ª Co. 15. 24-25 “Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.” Reparem que o fim só virá após o reinado de Cristo, antes, Ele aniquilará as nações e toda sua resistência, isso é bem esmiuçado no capítulo dois, do livro de Daniel.

Dn. 2. 34-35 “Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra.”

Dn. 2. 44-45 “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.”

(Consumirá todos esses reinos:) Como vimos no livro do apocalipse, as nações não se sujeitarão ao novo reino e por isso farão guerra contra Cristo, vamos ler novamente apocalipse 19. 19 “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.

Reparem que a besta e todos os seus, estavam empenhados em fazerem guerra, e qual será o resultado da guerra? Ap. 19. 20 “E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre.”

Naturalmente eles serão presos pelas circunstâncias que estarão submetidos, empenhados em uma batalha, irão disparar as suas armas mortais e ficarão presos no próprio laço, por isso a bíblia diz que a obra do ímpio atingirá a sua própria cabeça, criarão o seu próprio lago de fogo, o verso lido não está tratando da destruição no juízo final, até porque nem todos estarão lago de fogo de apocalipse 19. 20, o verso seguinte nos confirma isso.

Aqui na verdade será a destruição da grande Babilônia, ou seja, a destruição do sistema que estará ativo na época, Ap. 18. 18-19 “E, vendo a fumaça do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade? E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada”.