sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A noção do tempo e o paganismo.

Quantos de nós já não ouvimos ou mesmo pronunciamos a seguinte expressão: como o tempo está passando rápido, ou mesmo, o tempo está voando! Somos levados a pensar como Robert Herrick poeta inglês do século XVII. Que disse: “Colhe teus botões de rosa enquanto podes, o velho tempo ainda voa”. A noção de que o tempo corre como um fluxo de um rio acontece devido a algumas questões. (1) está impregnado em nossas mentes, (2) o contexto em que vivemos nos doutrinou assim, (3) o fato de envelhecermos parece nos provar exatamente isso. Na verdade o nosso envelhecimento não está associado a passagem do tempo mas sim a entropia, perda de energia do corpo algo que está diretamente ligado a 2ª lei da termodinâmica. O salmo 90 nos diz isso. Sl. 90: 10 aqui nos é dito que nós voamos, não o tempo. Para o nosso entendimento o passado nos parece algo fixo, o presente palpável e o futuro indeterminado, com relação aos acontecimentos isso pode até ser uma realidade, porém não com respeito a passagem do tempo. As estações do ano, bem como a variação do clima e o próprio labor humano dá-nos uma idéia de um tempo corrente. Gn. 8: 22 devido a esses fatores foi necessário ao homem não só marcar, mas contar o tempo. O calendário lunar: O calendário hebraico é um calendário do tipo lunar baseado nos ciclos da Lua, composto alternadamente por 12 ou 13 meses de período igual ao de uma lunação, de forma que o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua nova. Nos tempos bíblicos o mês começava em Abib. Ex. 12: 2, Dt. 16:1, Sl. 81:3. o mês lunar é composto por 29 dias, 12 horas, 44 minutos, o problema do mês lunar se dá quando está se aproximando a lua nova e está nublado ou chovendo. No ano 46 AC. O líder romano Júlio César modificou o calendário lunar para o calendário solar, este calendário é conhecido como Juliano. Qual o problema em ser solar e não lunar? Aparentemente nenhum, a não ser pelo fato dos meses estarem associados aos deuses romanos e também pelo fato de que nos calendários lunares e lunissolares o dia tem sempre início com o pôr-do-sol, como ocorre ainda hoje, no calendário judeu e muçulmano, apoiado pela bíblia Gn. 1: 5 observem que o dia começa ao por do sol e é contado como tarde e manhã. No calendário solar, o dia começa com a saída do Sol, como no antigo Egito. Na Mesopotâmia o dia começava à meia-noite, embora o calendário usual partisse do anoitecer. Os chineses e romanos adotaram também a meia-noite para o início do dia, uso que é seguido pelo calendário gregoriano. O calendário que usamos foi uma evolução do antigo calendário romano e os nomes dos meses utilizados vieram dos deuses. Janeiro: O nome vem do deus romano Jano com duas faces que era um "porteiro celestial". A palavra ianua significa porta e o mês de janeiro representa justamente a entrada do ano. Fevereiro: O termo vem da palavra februmm que significa purificar; neste mês acontecia um ritual de purificação romana e representa também ao deus etrusco da morte . Março: O nome vem do deus da guerra Marte; neste mês começa a primavera no hemisfério norte, que era uma ótima época para iniciar campanhas militares. Abril: Neste mês existem duas versões aceitas. Uma delas é que o nome do mês vem de aperire que significa abrir, que lembraria o desabrochar das flores na primavera. Na outra o nome vem de aprilis, uma comemoração feita para a deusa Vênus. Maio: Era uma homenagem a duas deusas, Maia e Flora, que eles acreditavam ser responsáveis pela primavera e o crescimento das flores. Junho: Era uma homenagem a deusa Juno que era protetora da família e dos partos. Também pode ter derivado do clã romano junius. Julho: No calendário romano, Juliano, esse mês era chamado quintilius, porque era o quinto mês. Séculos depois foi rebatizado em homenagem ao imperador Julius Caesar que tinha sido assassinado. Agosto: No primeiro calendário Juliano ele se chamava sextilis, porque era o sexto mês. Também foi rebatizado em homenagem ao imperador Augusto, até pelo fato de serem considerados deuses, percebemos também que ambos os meses, julho e agosto tem 31 dias demonstrando com isso a igualdade entre os imperadores, Julho e Augusto. Setembro a Dezembro Setembro vem da palavra septem,que significa sete, outubro vem de octo, que significa oito e assim por diante.
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Temos aqui uma imagem do Busto de Jano encontrada no Vaticano. O interessante é que no primeiro calendário ou no calendário Juliano o ano começava no mês de março e mesmo quando foram adicionados os meses de janeiro e fevereiro, eles ficavam após o mês de dezembro e não antes como conhecemos hoje. O calendário gregoriano passou a vigorar somente em 24 de Fevereiro do ano 1582 em homenagem ao papa Gregório XIII. Em 1582, o Papa Gregório XIII, aconselhado pelos astrônomos, decretou pela bula papal que quinta-feira, 4 de Outubro de 1582 seria imediatamente seguido de sexta-feira 15 de Outubro para compensar a diferença de dias acumulados ao longo dos séculos. Percebemos também que os dias da semana permaneceram. Jano (em latim Janus) foi um deus romano que deu origem ao nome do mês de Janeiro. Era para os romanos o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, representando os términos e os começos, o passado e o futuro. Era o responsável por abrir as portas para o ano que se iniciava, e toda porta se volta para dois lados diferentes. Por isso é conhecido como "deus das Portas". Reparem que Jano está olhando para as duas direções passado, significando o ano que passou e futuro, o novo ano que se inicia. O que percebemos na realidade é uma idolatria muito grande até mesmo anexada aos meses do ano. Ap. 18: 2-4. E quanto ao tempo, passa ou não passa? Todos os métodos de se medir o tempo estão em constante desgaste assim como nós, por causa disso da-nos-a impressão de que o tempo flui, mais não é assim. O que ocorre na realidade como disse anteriormente é que nós passamos e não o tempo, qual seria a velocidade do tempo? Um segundo por segundo? Apesar de ser criado o tempo recebeu de Deus elementos que o fizeram que fosse eterno. Naturalmente se ele passasse teria que ter um fim, mas não é assim. Se a criação depende da terra, e da natureza para subsistirem a mesma natureza depende do tempo para existir. Ec. 1: 4, Is. 60: 21, Ez. 37: 25, 2ª Co. 4: 16 e 18, Tg. 1: 9-11. A nossa preocupação não deve estar pautada na passagem de mais um ano, mas sim viver cada dia Percebemos então que mesmo a contagem do “tempo” está impregnada com a idolatria e erros do paganismo, e que atualmente todos nós temos como uma realidade. Infelizmente isso acontece pelo fato de nós humanos, não atentarmos facilmente para a verdade. O que a bíblia nos orienta? Pv. 23: 23

* imagem wikipedia