A
palavra de Deus em todos os seus pormenores contrasta com a tendência e o
entendimento humano. E no que tange ao entendimento e mesmo a percepção que o
homem (gênero) tem de Deus, no que diz respeito a sua forma e aparência são
estritamente equivocadas. Saliento o fato de que esta falha mental ou mesmo
espiritual não é uma particularidade dos cidadãos do nosso século, antes é um
problema que atravessa os milênios.
Ex. 20.4 “Não farás para ti
imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem
embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” Após o êxodo dos israelitas da terra
do Egito, Deus estabeleceu leis que seriam as diretrizes do povo, entre essas
leis o próprio Deus incisivamente alertou-os de que eles não fizessem nenhum tipo
de imagem que através de suas imaginações pudessem retratá-lo; e uma imagem de
Deus só poderia surgir de um ambiente onde as pessoas estariam familiarizadas,
i.e. em cima na terra, debaixo do céu ou sob as águas.
Vemos porém que o mandamento invalida qualquer tentativa
de criação humana para imagem de Deus, quer seja em cima da terra, em baixo do
céu, ou sob as águas, ou seja a visão que o homem extrai do seu contexto como
um todo não pode representar a imagem de Deus. Porque somos proibidos pela lei
de fazer uma imagem de Deus? Dt. 4.15
“Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa
alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo.”
Logo se
nenhuma aparência de Deus foi vista não existe meio real para fazer uma imagem
daquilo que não se vê. Qualquer tentativa de representar a Deus através de uma
imagem são meras ilusões mentais, baseado na necessidade de cultuar um deus
tangível, isso se dá pelo fato de o ser humano ser uma criatura física e ser
dominado pelo material. Após o êxodo um pouco depois que Deus proclamou a lei
os israelitas aceitaram fazer a aliança com Deus, Ex. 24.3 “Veio, pois, Moisés e referiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos; então, todo
o povo respondeu a uma voz e disse: Tudo o que falou o Senhor faremos.”
Mas mesmo antes que a lei pudesse ser escrita em tábuas
de pedra os israelitas estavam invalidando o mandamento de Deus que proíbe
fazer algo que represente a Deus, Ex. 32.23 “Pois me disseram: Faze-nos deuses
que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da
terra do Egito, não sabemos o que lhe terá acontecido.” Aqueles homens sabiam que algo
milagroso havia acontecido para tirá-los da terra do Egito e que tal milagre
foi à ação de Deus, mas para eles Deus teria que ter uma forma, uma aparência
física.
Bem verdade também que por terem ficados por quatrocentos
anos presenciando a adoração realizada pelos egípcios por meio de ídolos influenciou
ou corroborou para que o deus material pudesse fazer parte de suas mentes,
tanto é assim que o “não terás outros deuses diante de mim” se transformou em
“os teus deuses que te tiraram do Egito” Ex.
32.4 “Este, recebendo-as das suas
mãos, trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido. Então,
disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do
Egito.” Em toda história dos judeus narrada pela bíblia, percebemos que a
necessidade de fazer uma imagem para Deus estava presente, a necessidade de um
Deus tangível é visível na história bíblica, mesmo em sua peregrinação pós
êxodo Deus os alertou de que tal pratica poderia fazer com que eles perdessem a
terra a qual iriam tomar posse.
Sabemos pela história que os judeus foram dispersos para
os quatro cantos da terra, apesar do zelo de muitos a maioria foi culpada de
idolatria, Dt. 4.25-27 “Quando, pois, gerardes filhos e filhos de
filhos, e vos envelhecerdes na terra, e vos corromperdes, e fizerdes alguma
imagem esculpida, semelhança de alguma coisa, e fizerdes mal aos olhos do Senhor, teu Deus, para o provocar à ira,
hoje, tomo por testemunhas contra vós outros o céu e a terra, que, com
efeito, perecereis, imediatamente, da terra a qual, passado o Jordão, ides
possuir; não prolongareis os vossos dias nela; antes, sereis de todo
destruídos. O Senhor vos espalhará
entre os povos, e restareis poucos em número entre as gentes aonde o Senhor vos conduzirá.”
Percebe-se claramente que o desterro dos judeus foi
devido ao fato de fazerem para si imagens de escultura, as quais crendo eles
representariam a Deus. Já nos dias dos reis o povo ainda balanceava entre Deus
e os ídolos 2ª Rs. 17.33 “De maneira que temiam o Senhor e, ao mesmo tempo, serviam aos
seus próprios deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido
transportados.”
Após o
cativeiro babilônico os líderes enrijeceram as leis, mas não foi suficiente a
evitar que fossem tributários dos romanos o fato está que as ordenanças de Deus
aquelas que atualmente se aplicam para nós ou mesmo os mandamentos que Cristo
deixou para sua igreja, devem surgir de um coração que está em sintonia com tal
exigência, em outras palavras deve surgir de forma espontânea a fim de agradar
a Deus.
E na
atualidade, tem se tentado criar uma forma tangível para Deus? Sim! Acredito
que tal ocorrência procede pelo fato de não terem conhecimento da bíblia,
muitos dizem. –“mas isso não representa a Deus, representa uma pessoa que foi
boa e etc.” Ora, segundo a bíblia não se pode criar ou fazer ídolos, a religião
bíblia não aprova adoração consulta ou mesmo veneração por meio de imagens e
amuletos, logo quando alguém se prostra a algum ídolo está incorrendo no pecado
de idolatria.
Outros
embalados pelo ensinamento cristão de que Jesus é Deus adoram um deus homem, se
põe diante de uma imagem do Cristo a qual dizem ser representativa e clamam “ó
Deus” e etc., porém tal não procede se Jesus é Deus e pode ser representado por
uma imagem como a bíblia diz que ninguém viu a Deus será que tais palavras não
servem para os apóstolos que tiveram com Cristo? 1ª Tm. 6.16 “O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem
homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!
“Homem algum jamais viu” são estas as palavras, não se pode
contradizer fazendo um Deus corpóreo através de ídolos, acredito que ignorância
bíblica seja a causa primária para tal procedimento, depois a influência
denominacional coopera para tal atitude e terceiro a necessidade de um deus
visível, 1ª Jo. 4.12 “Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns
aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.” Ninguém
jamais viu a Deus com essas palavras João nem de longe coopera para formular ou
mesmo para dar suporte a crença no deus homem, e também joga por terra toda intenção
de quem quer que seja de fazer uma imagem de Deus, algo só pode ser logicamente
copiado e correto se feito segundo um modelo existente, isso falando de mundo
físico mas se Deus não tem forma como fazer uma imagem que possa representá-lo?
Não existe como.