(1ª Pe. 3.15) “Antes, santificai
a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para
responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.” Atualmente vivemos em uma sociedade
completamente descrente, onde o espiritual é tido como crença de gente
ignorante, no entanto em uma sociedade materialista a realidade só pode ser
mostrada através daquilo que é visível. O que as pessoas acham da ressurreição
de Jesus? Como nós podemos responder com argumentos fortes a favor da ressurreição?
Temos certeza em nós mesmos de que Jesus realmente ressuscitou? Como podemos
evidenciar esses fatos?
Vários
fatores evidenciam a verdade da ressurreição de Jesus, uma das maneiras por
meio das quais podemos dizer se um autor está dizendo a verdade é testar o que
diz pelo "princípio do embaraço" Esse princípio parte da premissa de
que qualquer detalhe embaraçoso do autor é provavelmente verdadeiro. Por quê?
Porque a tendência da maioria dos autores é deixar de fora qualquer coisa que
prejudique sua aparência.
De que
maneira o NT comporta-se diante do princípio do embaraço? Vamos pensar nisso da
seguinte maneira: se você e seus amigos estivessem forjando uma história que
você quisesse que fosse vista como verdadeira, vocês se mostrariam como covardes
tolos e apáticos, pessoas que foram advertidas e que duvidaram? É claro que
não. Mas é exatamente isso o que encontramos no NT. As pessoas que escreveram a
maior parte do NT são personagens (ou amigo de personagens) na história e
freqüentemente se mostram como “perdidos no acontecimento”.
Eles são
néscios — por diversas vezes, não entenderam o que Jesus estava dizendo (Mc. 9.32) “Eles, contudo, não compreendiam isto e temiam interrogá-lo”. (Lc. 18.34); “Eles, porém, nada compreenderam acerca
destas coisas; e o sentido destas palavras era-lhes encoberto, de sorte que não
percebiam o que ele dizia.” Eles são apáticos — caíram no sono duas vezes quando Jesus lhes
pediu que orassem (Mc. 14.32 e 37). “Então, foram a um lugar chamado Getsêmani; ali chegados, disse Jesus
a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou orar.” Voltando, achou-os
dormindo; e disse a Pedro: Simão, tu dormes? Não pudeste vigiar nem uma hora?
Quando
queremos comprovar algo para alguém tomamos o máximo cuidado para não criarmos
deslizes e assim sofrermos resistência, a história da ressurreição não é assim,
veja que o próprio Jesus chamou Pedro de "Satanás" (Mc. 8.33), “Jesus, porém, voltou-se e, fitando os
seus discípulos, repreendeu a Pedro e disse: Arreda, Satanás! Porque não
cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.” Não que Jesus estivesse dizendo que Pedro estava sendo possuído,
mas sim que naquele momento ele estava se tornando um adversário.
Se
quisermos divulgar uma estória para que ela seja bem aceita, esta deve ser sem
atritos, mas repare que Paulo repreendeu Pedro por estar errado numa questão
teológica. (GI. 2.11) “Quando, porém,
Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara
repreensível.” tenha em mente que Pedro é um dos pilares da igreja
primitiva, e, aqui, Paulo está incluindo nas Escrituras que ele estava errado!
Eles são
covardes — todos os discípulos, com exceção de um, esconderam-se quando Jesus
vai para a cruz. Pedro até mesmo o nega três vezes depois de prometer
explicitamente “que nunca o abandonaria" (Mt 26.35) “Disse-lhe Pedro:
Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos
os discípulos disseram o mesmo.”
Eles também
duvidaram.— apesar de terem sidos informados diversas vezes de que Jesus
ressuscitaria dos mortos ao terceiro dia (Mc.
9.9) “Ao descerem do monte, ordenou-lhes
Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho
do Homem ressuscitasse dentre os mortos.” os discípulos têm
dúvidas quando ouvem sobre sua ressurreição. Alguns duvidam até mesmo depois de
tê-lo visto já ressuscitado (Mt 28.17)
“E, quando o
viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.” (adoraram) no original é proskuneo e significa prostrar-se em reverencia.
Na
verdade eles ficaram confusos e com medo das autoridades locais (Mt. 28.1) “No findar do sábado, ao entrar o
primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.” Tanto foi assim que os
discípulos fugiram e se esconderam e as mulheres foram as primeiras a irem ao
sepulcro.
Agora,
pensemos um pouco: se fossemos qualquer um de nós os autores do NT, incluiríamos
esses detalhes embaraçosos se estivéssemos inventando uma história? Escreveríamos
que um dos seus principais líderes foi chamado de "Satanás ou adversário"
por Jesus, e este mesmo homem negou o Senhor três vezes, escondeu-se durante a
crucificação e, mais tarde, foi repreendido numa questão teológica?
Mostraríamos
seus companheiros, incluindo você, como pessoas sem sentimentos, covardes
estabanados e, ao mesmo tempo, mostraríamos mulheres — cujo testemunho não era
nem sequer admitido numa corte — como corajosas que se levantaram a favor de
Jesus e que, mais tarde, descobriram o túmulo vazio? Você admitiria que alguns
de vocês (os 11 discípulos restantes) duvidaram do próprio Filho de Deus depois
de ele ter provado a todos que ressuscitara dos mortos? É claro que não.
O que
você acha que os autores do NT teriam feito se estivessem inventando uma
história? Você sabe muito bem: teriam deixado de lado a sua inaptidão, sua
covardia, a repreensão que receberam, as três negações e seus problemas
teológicos, mostrando-se como cristãos ousados que se colocaram a favor de
Jesus diante de tudo e que, de maneira confiante, marcharam até a tumba na
manhã de domingo, bem diante dos guardas romanos, para encontrarem o Jesus
ressurreto que os esperava para salvá-los por sua grande fé!
Evandro.