Alguns
textos das escrituras são essenciais para compreendermos corretamente algumas
verdades da bíblia, principalmente aqueles ensinamentos que são tidos como
verdade absoluta, embora o meio religioso cristão nada faça para esclarecer ou mesmo
comprovar tais ensinamentos. Entre aquelas “verdades” que precisam ser esclarecidas
se encontra a fábula do diabo.
Por que o mundo cristão evita pesquisar com mais afinco este assunto? Acredito que se deve a algumas questões, entre elas estão: (1) manter o povo desinformado, isso facilita a manipulação do mesmo, (2) medo, acreditam que não podem desafiar ou desacreditar em um ser tão poderoso, (3) muitos precisam de um substituto que possa “levar” as suas transgressões.
Por que o mundo cristão evita pesquisar com mais afinco este assunto? Acredito que se deve a algumas questões, entre elas estão: (1) manter o povo desinformado, isso facilita a manipulação do mesmo, (2) medo, acreditam que não podem desafiar ou desacreditar em um ser tão poderoso, (3) muitos precisam de um substituto que possa “levar” as suas transgressões.
Nesta
postagem recorrerei a um capítulo da bíblia, onde veremos que o diabo o qual
assusta toda cristandade é apenas uma figura de linguagem, uma personificação
da natureza humana corrompida. Veremos que tal inimigo é realmente muito
poderoso, contudo não é um ser espiritual do mal como é ensinado pela
cristandade, mas como disse a própria natureza humana pecadora.
Em sua primeira
carta aos crentes da cidade de corinto, Paulo faz uma admoestação com o intuito
de evitar uma debandada da fé das pessoas daquela localidade, naturalmente tal
admoestação se estende até os nossos dias. Para isso ele utiliza de alguns
acontecimentos históricos ocorridos com Israel, entretanto devemos analisar que
tais acontecimentos apesar de verdadeiros e literais, Paulo utiliza neste
contexto figuras de linguagem para expressar tal realidade.
1ª Co. 10.1-2 (Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a
nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido todos batizados, assim na
nuvem como no mar, com respeito a Moisés.) Ora, Paulo estava dizendo que tais
pessoas não eram ignorantes ao ensinamento de Deus, o fato de Ele dizer “com respeito a Moisés” quer dizer exatamente
isso.
E Paulo
continua o seu discurso se valendo de uma figura de linguagem, onde diz que
foram todos batizados, tanto pela nuvem, como pelo mar, e todos comeram e
beberam de um só manjar e de uma mesma pedra espiritual. Gostaria de dizer
também que muitos se falem deste verso para afirmar que Jesus pré-existia, ou
que era eterno, isso pelo fato da bíblia dizer: “a pedra que
s seguia era Cristo”. No entanto tal argumento é apenas uma evasiva com o
intuito de se defender a eternidade de Jesus.
Ora, não
se devem aplicar figuras de linguagem com o intuito de se favorecer uma
doutrina nem mesmo para comprová-la, entendemos que uma pedra não acompanha
ninguém nem mesmo se bebe dela. Mas, este é um assunto para outra
postagem. O fato é que apesar de os israelitas terem sido ensinados por Moisés
as coisas concernentes a vontade de Deus não lhes garantiu ficar no agrado de
Deus, antes pelo contrário. E isso nos é comprovado no verso cinco. 1ª Co. 10.5 (Entretanto, Deus não se agradou da
maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.)
Por que ficaram prostrados no deserto? Qual foi a causa
da rejeição de Deus para com o povo? É importante atentarmos para o fato de que
estamos sujeitos as mesmas falhas, e se assim procedermos estaremos sujeitos a
mesma rejeição, 1ª Co. 10.6 (Ora, estas coisas se tornaram exemplos para
nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.) Aqui
devemos mostrar prudência e sabedoria, os versos a seguir nos mostrarão o que
na realidade causou a derrocada daquela geração que saiu do Egito por meio de
Moisés.
1ª Co. 10.7-10 (Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está
escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para
divertir-se. E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e
caíram, num só dia, vinte e três mil. Não ponhamos o Senhor à prova, como
alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes. Nem
murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador.
Quando
olhamos para estes versos e vemos o acontecimento histórico nas páginas do
antigo testamento, perguntamos: o que levou o povo de Deus a praticar tais
atitudes? Acredito que muitos sinceros cristãos quando influenciados, e tendo
suas idéias pré concebidas e suas mentes cristalizadas, estou seguro em afirmar
que acreditam, que o diabo, o inimigo das almas, levou o povo a prática de tais
ações reprovadas por Deus.
O verso
onze nos põe em pé de igualdade com os antigos hebreus que morreram no deserto,
1ª Co. 10.11 (Estas coisas lhes sobrevieram como
exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os
fins dos séculos têm chegado.) E o verso doze nos alertando diz que aqueles que pensam
serem fortes, que estão em pé, cuidem para não cair. Será que o inimigo dos
antigos hebreus pós êxodo, está trabalhando hoje com afinco, tendo como
objetivo único em nos derribar? (Sim e não). Como é isso? (Sim), o mesmo
inimigo do homem que esteve com os antigos hebreus está conosco na atualidade,
e (Não), não é um inimigo espiritual.
E o verso treze nos confirma isso. 1ª Co. 10.13 (Não vos
sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá
que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a
tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.) [O grifo é
meu.]
Voltando um pouco nos versos percebemos que tipo de
pecado causou a ruptura e consequente rejeição de Deus para com os homens,
entre eles nos é dito: cobiça, idolatria, imoralidades, murmuração entre
outros. Isso foi causado por uma instigação demoníaca? Não, nada há que diz
isto, antes pelo contrário, nos é dito que nada que nos tenta é de origem sobre
humana, a tentação vem de dentro, não de fora. Reparem nas palavras (não nos sobreveio tentação que não fosse humana) isto é muito claro, o
diabo é apenas uma personificação da natureza humana pecaminosa, nada além
disso.
Se existe uma dificuldade para o cristão se manter
perseverante “fazendo a vontade de Deus” imaginem se além da nossa natureza
contrária a Deus e sua vontade existisse um ser malévolo nos instigando ao
pecado? Não existiria a menor possibilidade de o ser humano vencer um inimigo
espiritual superior em tudo. Mas não é assim, apesar da cristandade como um todo
não divulgar tal fato a bíblia nos diz, (Não nos sobreveio tentação que não
fosse humana). Lembremos sempre, o maior inimigo oculto do homem é sua própria
natureza caída.