Como
religioso, acredito que qualquer doutrina ou ensinamento bíblico deve estar
embasado nas escrituras. Quando pessoas assumem que aceitam determinados
ensinamentos baseados somente nas tradições denominacionais ou mesmo devido ao
incentivo familiar, de grupo ou mesmo influenciados por amigos, isso nos mostra
ao menos três questões que podem estar afetando a pessoa: (1) preguiça
mental; (2) raciocínio falho; (3) espiritualidade “desativada”.
Uma
analise superficial as três questões: a preguiça mental é pecado, isto pelo
fato de demonstrar pouco ou nenhum interesse por coisas espirituais, em outras
palavras aceita-se qualquer coisa somente para acomodar os importunadores, quer
sejam, familiares, amigos ou colegas de trabalho, em suma: Deus, bíblia, salvação
e perdição no fim são irrelevantes e desnecessários.
Aqui
raciocínio falho não deve ser confundido como um meio de mudança de paradigma,
ou seja, acredito que as pessoas que não tem preguiça mental não estão isentas
de cometerem ou acreditarem em determinado erro. Ao contrário, creio que somos
e (me incluo neste meio) susceptíveis de acreditar em um determinado assunto
sem base bíblica, pois, quem muito procura, muito encontra. O raciocínio falho
nesta apresentação é falta do mesmo, i. e. ignorância.
Espiritualidade
desativada já passa a ser um problema de ordem espiritual, ou seja, Jesus certa
vez disse para um mestre em Israel: Jo.
3.7 “Não te admires de
eu te dizer: importa-vos nascer de novo.” Corroborando com este ensinamento Paulo
disse: Ef. 3.5 “ E estando nós mortos em nossos
delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos.” Isto claramente nos mostra que espiritualidade
desativada é o mesmo que morto espiritual, ou seja, alheio a coisas espirituais, vida só
biológica.
Alguém pode perguntar, porque o Evandro se preocupa com a
vida religiosa dos outros, cada qual não pode acreditar no que quiser? Bem, Eu
respondo a esta indagação da seguinte maneira. Não! não trago nem mesmo um
milésimo de preocupação com aquilo que as pessoas creem ou deixam de crer, não
é uma forma egoística de responder, o que estou dizendo é que somos
responsáveis perante Deus e ninguém entrará em juízo no lugar de outro. Por
isso digo, se alguém chegar para minha pessoa e dizer que é ateu ou satanista,
ou pratica magia negra. Não me afeta. Todos podem crer no que quiser.
Mas quando envolve questão bíblica, então me levanto, não
para ser um “advogado” de Deus, (1º) ele
não precisa de um advogado (2º) não sou advogado, e ainda que fosse, não há
humano que possa acusá-lo ou defende-lo. A defesa que proponho fazer está no
campo das ideias, ou seja, comparar os ensinamentos; quantas coisas “religiosas”
que defendi por vários anos, pensando que estava defendendo a verdade e não
estava. Indaga o leitor – então, os seus
ensinamentos podem não ser uma realidade? Acredito que a verdade última só
Deus tem, mas a verdade que sustento atualmente está embasada na bíblia, a qual
acredito ser a palavra de Deus.
Por isso as coisas velhas que outrora defendi as abandonei,
não estavam escritas na bíblia, eram somente dogmas (trindade, duas naturezas
de Cristo moradas no céu e etc.) E ai entra a minha “preocupação” quando se
defende ensinamentos que a cristandade afirma ser uma realidade como dizem
eles, estão “entre linhas” ou seja um ensinamento subjetivo, e visto que a
cristandade que conhecemos apostatou que é o mesmo que abandonar a verdade
bíblica por causa das tradições e uma pseuda intelectualidade dos seus líderes,
logo o que dizer daqueles ensinamentos que são baseados apenas nas tradições e
no gênio inventivo e lucrativo dos falsos mestres.
Muitas tradições que os
judeus ensinavam nos dias de Cristo foram herdadas dos pais, Mt. 15.6 “E assim invalidastes,
pela vossa tradição, o mandamento de Deus.” O que dizer das tradições
ensinadas pelo cristianismo apostatado que levam os fieis a pecarem contra
Deus? Volto a dizer, não estou preocupado e nem tenho nada contra a crença de
quem quer que seja, porém, quando forem defender a sua fé e se esta for dita
estar baseada na bíblia, cuidado com o que falam.
Os dogmas e as tradições do atual cristianismo nas suas
duas vertentes, (catolicismo e protestantismo) são falhos e do catolicismo além
de falho é anti-bíblico, o protestantismo herdou e levou consigo os dogmas os
quais eles afirmam ser uma realidade bíblia, mas que na realidade são
extremamente subjetivos e contrários ao claro ensinamento bíblico, dogmas estes
formulados nos concílios eclesiásticos tendo como base o pensamento filosófico
platônico, dos quais muitos “pais da igreja” eram seguidores.
Já o ensinamento católico romano além de trazer esta
subjetividade dogmática trás consigo ensinamentos contrários a clara ordem
bíblica, quando se diz ordem bíblica estou me referindo aos ensinamentos
encontrados na mesma, ou seja, contrários ao claro ensinamento de Deus e de
Jesus Cristo. Volto a afirmar, não tenho nada contra as pessoas creiam e sigam o
que e quem quiser. Mas digo sem medo de errar, o catolicismo romano não é
bíblico. O pentecostalismo que diz ser protestante não é bíblico, algumas se
não todas as vertentes do protestantismo tem o seu ensinamento mesclado,
parecido demais com o catolicismo.
A bíblia diz que precisamos fugir mental e
espiritualmente desse sistema, Ap. 18.4
“E ouvi outra voz do céu, que dizia:
Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e
para que não incorras nas suas pragas.”