segunda-feira, 16 de março de 2015

O seu cristianismo é bíblico?

Como religioso, acredito que qualquer doutrina ou ensinamento bíblico deve estar embasado nas escrituras. Quando pessoas assumem que aceitam determinados ensinamentos baseados somente nas tradições denominacionais ou mesmo devido ao incentivo familiar, de grupo ou mesmo influenciados por amigos, isso nos mostra ao menos três questões que podem estar afetando a pessoa: (1) preguiça mental; (2) raciocínio falho; (3) espiritualidade “desativada”.

Uma analise superficial as três questões: a preguiça mental é pecado, isto pelo fato de demonstrar pouco ou nenhum interesse por coisas espirituais, em outras palavras aceita-se qualquer coisa somente para acomodar os importunadores, quer sejam, familiares, amigos ou colegas de trabalho, em suma: Deus, bíblia, salvação e perdição no fim são irrelevantes e desnecessários. 

Aqui raciocínio falho não deve ser confundido como um meio de mudança de paradigma, ou seja, acredito que as pessoas que não tem preguiça mental não estão isentas de cometerem ou acreditarem em determinado erro. Ao contrário, creio que somos e (me incluo neste meio) susceptíveis de acreditar em um determinado assunto sem base bíblica, pois, quem muito procura, muito encontra. O raciocínio falho nesta apresentação é falta do mesmo, i. e. ignorância.

Espiritualidade desativada já passa a ser um problema de ordem espiritual, ou seja, Jesus certa vez disse para um mestre em Israel: Jo. 3.7 Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.” Corroborando com este ensinamento Paulo disse: Ef. 3.5 E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos.”  Isto claramente nos mostra que espiritualidade desativada é o mesmo que morto espiritual, ou seja,  alheio a coisas espirituais, vida só biológica.

Alguém pode perguntar, porque o Evandro se preocupa com a vida religiosa dos outros, cada qual não pode acreditar no que quiser? Bem, Eu respondo a esta indagação da seguinte maneira. Não! não trago nem mesmo um milésimo de preocupação com aquilo que as pessoas creem ou deixam de crer, não é uma forma egoística de responder, o que estou dizendo é que somos responsáveis perante Deus e ninguém entrará em juízo no lugar de outro. Por isso digo, se alguém chegar para minha pessoa e dizer que é ateu ou satanista, ou pratica magia negra. Não me afeta. Todos podem crer no que quiser.

Mas quando envolve questão bíblica, então me levanto, não para ser um “advogado” de Deus,  (1º) ele não precisa de um advogado (2º) não sou advogado, e ainda que fosse, não há humano que possa acusá-lo ou defende-lo. A defesa que proponho fazer está no campo das ideias, ou seja, comparar os ensinamentos; quantas coisas “religiosas” que defendi por vários anos, pensando que estava defendendo a verdade e não estava. Indaga o leitor – então, os seus ensinamentos podem não ser uma realidade? Acredito que a verdade última só Deus tem, mas a verdade que sustento atualmente está embasada na bíblia, a qual acredito ser a palavra de Deus.

Por isso as coisas velhas que outrora defendi as abandonei, não estavam escritas na bíblia, eram somente dogmas (trindade, duas naturezas de Cristo moradas no céu e etc.) E ai entra a minha “preocupação” quando se defende ensinamentos que a cristandade afirma ser uma realidade como dizem eles, estão “entre linhas” ou seja um ensinamento subjetivo, e visto que a cristandade que conhecemos apostatou que é o mesmo que abandonar a verdade bíblica por causa das tradições e uma pseuda intelectualidade dos seus líderes, logo o que dizer daqueles ensinamentos que são baseados apenas nas tradições e no gênio inventivo e lucrativo dos falsos mestres. 

Muitas tradições que os judeus ensinavam nos dias de Cristo foram herdadas dos pais, Mt. 15.6 “E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.” O que dizer das tradições ensinadas pelo cristianismo apostatado que levam os fieis a pecarem contra Deus? Volto a dizer, não estou preocupado e nem tenho nada contra a crença de quem quer que seja, porém, quando forem defender a sua fé e se esta for dita estar baseada na bíblia, cuidado com o que falam.

Os dogmas e as tradições do atual cristianismo nas suas duas vertentes, (catolicismo e protestantismo) são falhos e do catolicismo além de falho é anti-bíblico, o protestantismo herdou e levou consigo os dogmas os quais eles afirmam ser uma realidade bíblia, mas que na realidade são extremamente subjetivos e contrários ao claro ensinamento bíblico, dogmas estes formulados nos concílios eclesiásticos tendo como base o pensamento filosófico platônico, dos quais muitos “pais da igreja” eram seguidores.

Já o ensinamento católico romano além de trazer esta subjetividade dogmática trás consigo ensinamentos contrários a clara ordem bíblica, quando se diz ordem bíblica estou me referindo aos ensinamentos encontrados na mesma, ou seja, contrários ao claro ensinamento de Deus e de Jesus Cristo. Volto a afirmar, não tenho nada contra as pessoas creiam e sigam o que e quem quiser. Mas digo sem medo de errar, o catolicismo romano não é bíblico. O pentecostalismo que diz ser protestante não é bíblico, algumas se não todas as vertentes do protestantismo tem o seu ensinamento mesclado, parecido demais com o catolicismo. 

A bíblia diz que precisamos fugir mental e espiritualmente desse sistema, Ap. 18.4 E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela,  povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas.”