Mt. 4.1 “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao
deserto, para ser tentado pelo diabo.” O objetivo da ida de Jesus ao
deserto foi para o seu aperfeiçoamento espiritual, enganam-se aqueles que
acreditam que Jesus tinha uma natureza que de qualquer forma o livraria de
pecar. Será que o “diabo” foi um colaborador de Cristo no que corresponde o seu
aperfeiçoamento? Ou a guerra de Jesus era contra a sua natureza? Hb. 5.7-9 “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e
lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido
por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas
coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da
salvação eterna para todos os que lhe obedecem.”
Nos dias
de sua carne; significa os dias que Jesus esteve na terra, diz também que ele
aprendeu a obediência demonstrando que Jesus tinha uma natureza semelhante a
nossa. Logo também nos é dito que ele foi aperfeiçoado, ora, alguém só é
aperfeiçoado quando não dispõe de tal perfeição, portanto Jesus precisou sim
vencer a sua própria natureza. E tal vitória começou a acontecer quando ele
venceu o diabo isto é a carne, a tendência humana.
A
primeira menção da palavra "diabo" no Novo Testamento é encontrada no
relato da tentação de Cristo. Somos capazes de encontrar neste relato algo semelhante
com a história do Éden? A resposta é uma afirmação. Lendo cuidadosamente somos
capazes de discernir o padrão da tentação do Éden, porém deve ser destacado um
resultado diferente, porque Jesus resistiu onde Adão e Eva sucumbiram isso
aconteceu porque Jesus manteve a palavra de Deus e desprezou as lisonjas da
tentação que vieram sobre ele.
Cristo
tinha estado no deserto quarenta dias e quarenta noites, e depois teve fome.
Foi então que ele sofreu a tentação. Mt.
4.3 “Então, o tentador,
aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se
transformem em pães.” Outra comparação que podemos fazer é compararmos a
tentação que sobreveio aos israelitas no deserto, Ex. 19.1 “No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da
terra do Egito, no primeiro dia desse mês, vieram ao deserto do Sinai.” Mt. 4.1 “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado
pelo diabo.” Assim como os israelitas foram levados para o deserto, (assim
ocorreu com Cristo) isso por si só era uma garantia de que Deus iria prover a
subsistência para eles.
A
provação que sobreveio aos israelitas no deserto tinha como objetivo em
demonstrar como era a dependência do povo para com Deus. Dt. 8.3 “Ele te humilhou, e
te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus
pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá
o homem.” A queixa do povo afastou a palavra de Deus em suas mentes e
consequentemente a palavra de Sua promessa de mantê-los e alimentá-los.
Suas
reclamações, portanto, em princípio, foram como a ação de Adão e Eva no
descumprimento da ordem de Deus. Assim, tanto a tentação do Éden como a
peregrinação no deserto Jesus confrontou e suportou. Ele conhecia todas as lições
da jornada no deserto; e por isso tinha a garantia e a confiança da provisão de
Deus. Portanto, quando veio a tentação, nascida da longa abstinência e
carregada com todo o apelo e persuasão da carne, veio como o apelo da serpente.
Era um duelo entre o pensamento da carne e o pensamento do Espírito, que ele
estava comprometido a seguir, Exatamente como aconteceu no Éden.
Lá também foi um duelo entre o pensamento de carne, representado pela serpente, e o pensamento do Espírito representado pelas instruções de Deus para não comer da árvore proibida. Esta semelhança explica o uso da palavra diabo na narrativa. Embora a tentação decorresse da sua fome natural a tentação da carne, que está sempre pronta a combater contra o Espírito encaixa no padrão da tentação no Éden, Gl. 5.17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”
Lá também foi um duelo entre o pensamento de carne, representado pela serpente, e o pensamento do Espírito representado pelas instruções de Deus para não comer da árvore proibida. Esta semelhança explica o uso da palavra diabo na narrativa. Embora a tentação decorresse da sua fome natural a tentação da carne, que está sempre pronta a combater contra o Espírito encaixa no padrão da tentação no Éden, Gl. 5.17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”
E somos
lembrados dessa semelhança, para que possamos entender melhor a lição essencial,
a saber, que o pecado é sempre a anulação da Palavra de Deus. E isso significa
que sempre para anulação da palavra de Deus é usado o raciocínio carnal. Mt. 4. 5 “Então, o diabo o levou à
Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo.” Mt. 4.8-9 “Levou-o ainda o
diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória
deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” Se
alguém está disposto a imaginar um tentador pessoal na tentação de Jesus no
deserto, que explique a ação de Cristo em acompanhar tal ser ao pináculo do
templo e para o topo da alta montanha.
Na
verdade estes acontecimentos são compreensíveis como viagens mentais; como vôos
da mente, da carne buscando ganhar o domínio. Cristo era o dono da situação,
mantendo o seu próprio corpo sobre controle eficaz, a Palavra, todas as
investidas de sua tendência carnal Jesus disse: "está escrito". O
mesmo ocorreu quando Cristo chamou Pedro de Satanás. A tentação que ele colocou
contra Cristo caiu no padrão da tentação edênica. O Senhor sabia que tinha de
sofrer e morrer At. 2.23 “Sendo este entregue pelo determinado
desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de
iníquos.”
Ele
sabia que era de acordo com o conselho determinado e presciência de Deus.
Então, era tudo de acordo com as Escrituras. Pedro não compreendeu nada disso
na época e em sua ignorância iria remover o Senhor do caminho da obediência à
Palavra. Com a rapidez de entendimento que o fez único, Jesus viu o perigo, e
repreendeu a Pedro. Os termos da repreensão, nos leva de volta ao Éden Mt. 16.23 “Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Tu és para mim pedra de
tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.” "Arreda,
Satanás".