sábado, 5 de setembro de 2015

Evidências a favor da ressurreição de Jesus, parte II.

1ª Pe. 3.15 (Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.) Atualmente vivemos em uma sociedade completamente descrente, onde o espiritual é tido como crença de gente ignorante, em uma sociedade materialista a realidade só pode ser mostrada através daquilo que é visível. O que as pessoas acham da ressurreição de Jesus? Como nós podemos responder com argumentos fortes a favor da ressurreição? Temos certeza em nós mesmos de que Jesus realmente ressuscitou dos mortos? Como podemos evidenciar esses fatos?

Existe uma crítica muito grande, tanto dentro quanto fora da cristandade, lutando de todas as formas com o objetivo em espalhar o máximo possível a idéia de que a ressurreição de Jesus não aconteceu. Sendo assim, muitos que se dizem crentes são na verdade céticos e mesmo ateus. O “trabalho” desse grupo é tentar de todas as formas mostrar que são intelectuais, capazes de tirar as trevas da ignorância daqueles que foram iludidos com a mensagem da ressurreição.

Ao contrário do ensinamento dos céticos as evidencias da ressurreição podem ser resumidas em quatro fatos independentes: (1) o sepultamento de Jesus: (2) o sepulcro vazio: (3) as aparições de Jesus após sua morte e (4) o início da convicção dos discípulos na ressurreição de Jesus. Naturalmente não iremos tratar em apenas uma postagem as quatro questões. Vamos analisar a questão número um.

O sepultamento de Jesus: O sepultamento de Jesus é atestado por fontes primitivas independentes, ou seja, por Mateus, Marcos, Lucas e João, que formam o Novo Testamento juntamente com várias cartas de Paulo. O relato do sepultamento é uma parte do relato de Marcos sobre a história do sofrimento e morte de Jesus. Mc. 15.46 (Este, baixando o corpo da cruz, envolveu-o em um lençol que comprara e o depositou em um túmulo que tinha sido aberto numa rocha; e rolou uma pedra para a entrada do túmulo.)
      
Trata-se de uma fonte muito próxima aos acontecimentos que provavelmente é baseada no testemunho de um observador dos eventos e que, sobre a qual, Rudolf Pesch especialista no livro de Marcos data para algum momento entre sete anos após a crucificação. Além disso, Paulo cita uma fonte extremamente antiga para o sepultamento de Jesus que a maioria dos estudiosos data para algum momento entre cinco anos após a crucificação de Jesus.

 1ª Co. 15.3-9 (Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.)

A importância ou o significado da ressurreição de Jesus será dada pelo contexto em que ela ocorre: Vamos primeiro dar uma olhada nas evidências a serem explicadas e, então, na melhor explicação para essas evidências. Se os quatro fatos mencionados anteriormente – (1) o sepultamento de Jesus, (2) sepulcro vazio; (3) as aparições de Jesus após sua morte e (4) o início da convicção dos discípulos na ressurreição de Jesus Podem ser tidos como algo estabelecido, e se não há nenhuma outra explicação natural e plausível para eles que seja tão boa quanto à da hipótese da ressurreição. Então temos motivo para deduzir que a ressurreição de Jesus é a melhor explicação para os fatos. Assim, vamos examinar as evidências que sustentam cada um desses quatro fatos.

Mc. 15.43 (Vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus.) Sabemos que existia uma hostilidade entre os membros do sinédrio contra Jesus e seus seguidores, para os discípulos esses homens maquinaram a morte de Jesus; At. 2.23 (Sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de Iníquos.) At. 2.36 (Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.)

Sendo membro do sinédrio José de Arimatéia é a última pessoa que se podia esperar que cuidasse devidamente do corpo de Jesus. Assim o sepultamento de Jesus por José de Arimatéia é muito provável, uma vez que seria quase inexplicável imaginar o motivo por que os cristãos teriam inventado tal história sobre um membro do sinédrio que fez o que era correto por Jesus. 

Vimos acima tanto os evangelhos quanto Paulo atestando a questão (1) que Jesus realmente morreu e foi sepultado, sabemos também que a bíblia é um livro histórico e a confiabilidade histórica do sepultamento de Jesus sustenta o fato do sepulcro vazio. Questão (2):   Mt. 28.6 (Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia.)
           
Como o sepultamento de Jesus prova que seu sepulcro foi encontrado vazio? Se o que está escrito sobre o sepultamento for preciso, então o local em que ficava o sepulcro era conhecido em Jerusalém, tanto por seguidores quanto por não seguidores de Jesus. Uma vez que os dois grupos estavam presentes quando Jesus foi sepultado. Mas nessa hipótese, o sepulcro tinha que estar vazio quando os discípulos começaram a proclamar que Jesus ressuscitara.

Por quê? Primeiro, porque os discípulos não poderiam ter crido na ressurreição se o corpo de Jesus ainda estivesse no sepulcro. Teria sido algo totalmente contrário aos judeus, para não dizer estúpido, acreditar que um homem tivesse ressuscitado dos mortos se o seu corpo ainda estivesse no sepulcro. Segundo, ainda que os discípulos tivessem proclamado a ressurreição de Jesus apesar de o sepulcro não estar vazio, dificilmente alguém teria acreditado neles.

Um dos fatos mais notáveis sobre a incipiente crença dos discípulos na ressurreição de Jesus foi que ela surgiu na própria cidade em que Jesus tinha sido publicamente crucificado. Enquanto as pessoas de Jerusalém pensassem que o corpo de Jesus estava no sepulcro, poucas estariam preparadas para acreditar em um absurdo como o fato de que tinha ressuscitado. E terceiro, ainda que elas tivessem acreditado nisso, as autoridades judaicas teriam trazido a verdade à tona simplesmente apontando para o sepulcro de Jesus ou, talvez, exumando o corpo como prova definitiva de que Jesus não havia ressuscitado.

Sugerir como fizeram certos críticos, de que as autoridades judaicas não consideravam essa história de Jesus ter ressuscitado como algo que merecesse atenção é uma alegação fantasiosa e contrária as evidências. As autoridades estavam profundamente interessadas em esmagar o nascente movimento cristão que fizeram o seguinte:

Mt. 27.62-66. (No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus e, dirigindo-se a Pilatos, disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste pior que o primeiro. Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta; ide e guardai o sepulcro como bem vos parecer. Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta.)

Mt. 28.11-12. (E, indo elas, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera. Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos.) E mesmo que não desse mais para reconhecer os restos mortais que estivessem no sepulcro, o ônus da prova recairia sobre quem dissesse que aqueles não eram os restos mortais de Jesus, mas parece que nunca houve essa discussão, para ver se era ou não o corpo de Jesus. 

Evandro.