1ª Pe. 3.15 (Antes, santificai a Cristo,
como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo
aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós.) Atualmente vivemos em uma
sociedade completamente descrente, onde o espiritual é tido como crença de
gente ignorante, em uma sociedade materialista a realidade só pode ser mostrada
através daquilo que é visível. O que as pessoas acham da ressurreição de Jesus?
Como nós podemos responder com argumentos fortes a favor da ressurreição? Temos
certeza em nós mesmos de que Jesus realmente ressuscitou dos mortos? Como
podemos evidenciar esses fatos?
Existe uma crítica muito grande, tanto dentro
quanto fora da cristandade, lutando de todas as formas com o objetivo em
espalhar o máximo possível a idéia de que a ressurreição de Jesus não
aconteceu. Sendo assim, muitos que se dizem crentes são na verdade céticos e
mesmo ateus. O “trabalho” desse grupo é tentar de todas as formas mostrar que
são intelectuais, capazes de tirar as trevas da ignorância daqueles que foram
iludidos com a mensagem da ressurreição.
Ao contrário do ensinamento dos céticos as evidencias
da ressurreição podem ser resumidas em quatro fatos independentes: (1) o
sepultamento de Jesus: (2) o sepulcro vazio: (3) as aparições de Jesus após sua
morte e (4) o início da convicção dos discípulos na ressurreição de Jesus. Naturalmente
não iremos tratar em apenas uma postagem as quatro questões. Vamos analisar a
questão número um.
O sepultamento de Jesus: O sepultamento de Jesus
é atestado por fontes primitivas independentes, ou seja, por Mateus, Marcos,
Lucas e João, que formam o Novo Testamento juntamente com várias cartas de
Paulo. O relato do sepultamento é uma parte do relato de Marcos sobre a
história do sofrimento e morte de Jesus. Mc.
15.46 (Este, baixando o corpo da
cruz, envolveu-o em um lençol que comprara e o depositou em um túmulo que tinha
sido aberto numa rocha; e rolou uma pedra para a entrada do túmulo.)
Trata-se de uma fonte muito próxima aos
acontecimentos que provavelmente é baseada no testemunho de um observador dos
eventos e que, sobre a qual, Rudolf Pesch especialista no livro de Marcos data
para algum momento entre sete anos após a crucificação. Além disso, Paulo cita
uma fonte extremamente antiga para o sepultamento de Jesus que a maioria dos
estudiosos data para algum momento entre cinco anos após a crucificação de
Jesus.
1ª Co. 15.3-9 (Antes
de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos
pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro
dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi
visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria
sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais
tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por
mim, como por um nascido fora de tempo.)
A importância ou o significado da ressurreição de
Jesus será dada pelo contexto em que ela ocorre: Vamos primeiro dar uma olhada
nas evidências a serem explicadas e, então, na melhor explicação para essas
evidências. Se os quatro fatos mencionados anteriormente – (1) o sepultamento
de Jesus, (2) sepulcro vazio; (3) as aparições de Jesus após sua morte e (4) o
início da convicção dos discípulos na ressurreição de Jesus Podem ser tidos
como algo estabelecido, e se não há nenhuma outra explicação natural e
plausível para eles que seja tão boa quanto à da hipótese da ressurreição. Então
temos motivo para deduzir que a ressurreição de Jesus é a melhor explicação
para os fatos. Assim, vamos examinar as evidências que sustentam cada um desses
quatro fatos.
Mc. 15.43 (Vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o
reino de Deus, dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus.) Sabemos que existia uma hostilidade entre os membros do sinédrio contra
Jesus e seus seguidores, para os discípulos esses homens maquinaram a morte de
Jesus; At. 2.23 (Sendo este entregue pelo
determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por
mãos de Iníquos.) At.
2.36 (Esteja absolutamente certa,
pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o
fez Senhor e Cristo.)
Sendo membro do
sinédrio José de Arimatéia é a última pessoa que se podia esperar que cuidasse
devidamente do corpo de Jesus. Assim o sepultamento de Jesus por José de
Arimatéia é muito provável, uma vez que seria quase inexplicável imaginar o
motivo por que os cristãos teriam inventado tal história sobre um membro do
sinédrio que fez o que era correto por Jesus.
Vimos acima tanto os evangelhos quanto Paulo
atestando a questão (1) que Jesus realmente morreu e foi sepultado, sabemos
também que a bíblia é um livro histórico e a confiabilidade histórica do
sepultamento de Jesus sustenta o fato do sepulcro vazio. Questão (2): Mt.
28.6 (Ele
não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia.)
Como o sepultamento de Jesus prova que seu
sepulcro foi encontrado vazio? Se o que está escrito sobre o sepultamento for
preciso, então o local em que ficava o sepulcro era conhecido em Jerusalém,
tanto por seguidores quanto por não seguidores de Jesus. Uma vez que os dois
grupos estavam presentes quando Jesus foi sepultado. Mas nessa hipótese, o
sepulcro tinha que estar vazio quando os discípulos começaram a proclamar que
Jesus ressuscitara.
Por quê? Primeiro, porque os discípulos não
poderiam ter crido na ressurreição se o corpo de Jesus ainda estivesse no
sepulcro. Teria sido algo totalmente contrário aos judeus, para não dizer
estúpido, acreditar que um homem tivesse ressuscitado dos mortos se o seu corpo
ainda estivesse no sepulcro. Segundo, ainda que os discípulos tivessem
proclamado a ressurreição de Jesus apesar de o sepulcro não estar vazio,
dificilmente alguém teria acreditado neles.
Um dos fatos mais notáveis sobre a incipiente
crença dos discípulos na ressurreição de Jesus foi que ela surgiu na própria
cidade em que Jesus
tinha sido publicamente crucificado. Enquanto as pessoas de Jerusalém pensassem
que o corpo de Jesus estava no sepulcro, poucas estariam preparadas para
acreditar em um absurdo como o fato de que tinha ressuscitado. E terceiro,
ainda que elas tivessem acreditado nisso, as autoridades judaicas teriam trazido
a verdade à tona simplesmente apontando para o sepulcro de Jesus ou, talvez,
exumando o corpo como prova definitiva de que Jesus não havia ressuscitado.
Sugerir como fizeram certos críticos, de que as
autoridades judaicas não consideravam essa história de Jesus ter ressuscitado
como algo que merecesse atenção é uma alegação fantasiosa e contrária as
evidências. As autoridades estavam profundamente interessadas em esmagar o
nascente movimento cristão que fizeram o seguinte:
Mt.
27.62-66.
(No dia seguinte, que
é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os
fariseus e, dirigindo-se a Pilatos, disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que
aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei.
Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia,
para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo:
Ressuscitou dos mortos; e será o último embuste pior que o
primeiro. Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta; ide e guardai o
sepulcro como bem vos parecer. Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando
a pedra e deixando ali a escolta.)
Evandro.