Em todas
as épocas da história humana os mais sagazes sempre quiseram se sobrepor aos
seus semelhantes, desde a idade mais remota foi assim, Gn. 10. 8 “Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra.” A definição daqueles que
querem se sobrepor é poder, dominar sobre os outros, impor a sua vontade. E a
vontade desses homens é edificar um reino o qual possam dominar sobre toda a
terra, Gn. 11. 4 “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma
cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso
nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.”
Esta é a perspectiva humana, edificar um reino único, não
com o intuito em beneficiar a todos, mas aos poderosos a elite, ao topo da
piramide, até porque são eles que impõe a sua vontade, são eles que de uma
maneira humana de representar “guiam” os habitantes da terra, representado pelo
olho que tudo vê. Após Ninrode, outros tentaram impor a sua soberania, temos o
relato bíblico de vários reinos, entre os quais Assíria, Egito, Babilônia,
Medos e Persas, o império grego e também o império romano.
Conhecemos também a história recente onde outros tentaram
estabelecer impérios, através da força e da opressão. Mas a bíblia trás dois
relatos interessantes, um se deu na Babilônia, o outro se dará no futuro, esses
versos retratam acontecimentos, onde é dito que o governo mundial impôs e irá
impor a sua vontade, Dn. 3. 1 “O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro
que tinha sessenta côvados de altura e seis de largura; levantou-a no campo de Dura,
na província da Babilônia.”
Este verso mostra um acontecimento semelhante com o que
há de acontecer no futuro. Aqui vemos o rei erigindo uma estátua, com o
objetivo de usá-la como um diferenciador, um meio pelo qual, ele o rei pudesse
perceber a lealdade de seus súditos contrastando com aqueles insubordinados. Dn. 3. 3 “Então, se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os
juízes, os tesoureiros, os magistrados, os conselheiros e todos os oficiais das
províncias, para a consagração da imagem que o rei Nabucodonosor tinha
levantado; e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado.”
É notório também que a imagem erigida por Nabucodonosor
era um ídolo, naturalmente este ídolo representava a mescla dos deuses de
Babilônia, e sendo ela Babilônia a regente das nações, não importava a que Deus
ou deuses os povos que ali estavam subjugados acreditavam, não fazia diferença,
o deus pátria, o deus do rei, o deus de Babilônia deveria ser exaltado e honrado
por todos, caso não fosse assim pagava-se com a vida, Dn. 3. 4-6 “Nisto, o arauto
apregoava em alta voz: Ordena-se a vós outros, ó povos, nações e homens de
todas as línguas: no momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro,
da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música,
vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou.
Qualquer que se não prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na
fornalha de fogo ardente.”
Na
atualidade a grande maioria da humanidade não acredita que um episódio
semelhante possa ser repetido, a resposta conhecida dada por esses bilhões de
pessoas é que não mais vivemos acreditando em deuses, como Nabucodonosor,
segundo eles a era da ignorância já passou. No entanto, o que eles desconhecem é
que justamente a descrença e o ceticismo o qual é tão idolatrado na atualidade
é que culminará com outro episódio semelhante ao da estátua erigida na
Babilônia. Como se dará o processo pelo qual “o topo da pirâmide” utilizara
para estabelecer um governo único, em um mundo tão diversificado? A solução
para os acontecimentos que temos presenciado os quais tem assolado a humanidade
a cada dia está clamando para isso. A instabilidade financeira, as ameaças de
guerras, as emigrações ilegais, o terrorismo, a corrupção, as doenças, a fome, tem exigido uma ação com o objetivo em contornar essa
situação crítica. Ou ao menos esta será a retórica que ouviremos, de que todas
estas catástrofes juntas necessitam de uma intervenção que possa trazer
esperança paz e prosperidade, para as futuras gerações.
Será
necessário utilizar algo inovador para poder governar todas as pessoas em todas
as partes do mundo, acredito que a chave para abrir esta porta já existe, em
1968 um dos prestigiados lideres da comissão trilateral por nome Zbigniew Brzezinski
afirmou: “Muito em breve será possível termos um acervo de dados pessoais sobre
cada cidadão. Essas informações permitirão um controle sobre cada pessoa da
face da Terra, a qualquer hora... E cada cidadão poderá ser sondado e
controlado pelas autoridades”.
Sobre
essa nova era profetizada por Brzezinski, que ele chamava de “Era
da Tectrônica”, ele disse ainda: “A era da eletrônica envolverá
gradualmente o controle da sociedade, que será dirigida por uma elite, onde os
tradicionais valores devem ser destruídos. A humanidade tem passado por grandes
evoluções. O primeiro estado era o estado primitivo envolto em religião. Antigamente ,
o homem acreditava que seu destino estava nas mãos de Deus. Isso é resultado de
uma mente débil de algum ignorante iletrado.”
Atualmente
presenciamos pessoas descrentes quanto ao fato de criarem um acervo com os
dados de todos os habitantes da terra, para tais pessoas, é impossível de algo
assim acontecer, pois segundo eles, em um mundo desigual, diversificado e tão
grande, muitos não têm acesso à tecnologia e, portanto tal pensamento seria
inviável. Mas é bom lembrar que embora a desigualdade exista, não existe um
único país que não possua uma moeda de troca, o comercio existe em todas as
culturas e épocas.
Não
podemos furtar o fato da realidade dita por Brzezinski no final dos anos 60,
percebemos claramente este acontecimento se materializando, ou seja, ter um
acervo de cada cidadão e consequentemente ter o controle do mesmo. O controle
das massas está acontecendo atualmente de forma subjetiva, e isso através das
mídias. Percebe-se claramente a sociedade como um todo, seguindo um padrão
pré-estabelecido, ou seja, um condicionamento fabricado, em nome da tecnologia e
da ideologia.
A ideia de governar o mundo não é nova, imagine então quando essa ideia caminhar junto
com a necessidade? Listei alguns problemas entre os quais tem causado
desarmonia em nossa estada neste mundo, naturalmente aqueles que estão “a
testa” das nações externam a vontade de governar para amenizar os problemas, no
entanto, o objetivo que não é externado é o de dominar para prevalecer a sua
forma de governar. Nos dias de Daniel, o decreto do rei era para que qualquer
que não fizesse a vontade do rei deveria ser morto, a vontade do rei era de que
todos sem exceção se encurvassem para a imagem de ouro que ele erigiu.
A bíblia
nos mostra dizendo que no futuro tal ameaça se repetirá, Ap. 13. 15 “E lhe foi dado comunicar fôlego
à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer
quantos não adorassem a imagem da besta.” Negar que este acontecimento não se
dará, é um certificado de alienação daquilo que temos presenciado na
atualidade. Tudo tem demonstrado como a sociedade caminha para um governo
único, para uma moeda virtual de troca que envolverá toda a sociedade, e para
uma ideologia universal, que removera os valores morais cristão que ora
conhecemos. Este será o novo método de governo que se instalará sobre a terra,
muitos se oporão a esta forma de governo, mas a grande maioria não, pelo fato
desse sistema se adaptar melhor com a tendência dos cidadãos que ora temos
presenciado, Ap. 13. 3 “Então, vi uma de suas cabeças como golpeada
de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou,
seguindo a besta.” A última parte
do verso é uma realidade que presenciaremos, ou melhor, é uma realidade que já
temos presenciado.