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Analisando e absorvendo as questões bíblicas. E rejeitando os dogmas denominacionais e suas heresias.
Atualmente no mundo existem mais de dois bilhões de “cristãos”. Todos crendo que estão agradando a Deus. Não podemos dizer com certeza se a maioria deles estão preocupados com a salvação, o fato é que muitos só se darão conta da salvação quando não forem salvos. O que nós entendemos por salvação? Cremos que a nossa salvação foi efetuada por Jesus Cristo ao morrer em nosso lugar como nos diz Ef. 5:2 sendo assim não seria mais fácil crer que todos já estão salvos? Na verdade este é o pensamento dos que acreditam na salvação universal, esta teoria chama-se universalismo e não é bíblica. Alguém dirá então: afinal, Jesus nos salvou ou não? Salvou-nos. Porém não a todos. Outro fato é que a nossa salvação se dá em duas oportunidades, uma foi na morte de Cristo, e a outra será quando ele vier implantar o seu reino milenar. Vale salientar que os que estiverem sido salvos por Cristo, serão salvos na implantação do seu reino, e o oposto se dará da mesma forma. É a mesma salvação, uma foi espiritual que tem por objetivo transformar a nossa natureza e a outra será literal, quando Jesus vier para destruir aqueles que estarão destruindo a terra conforme nos diz Is. 24:6, Jr. 25:32-33, 2ª Pe. 3:10-13, Ap. 11:18. Esta salvação que será efetuada, na verdade será o recolhimento dos salvos nas nuvens conforme 1ª Ts. 4:15-17, como vimos para que esta salvação se materialize terá sido necessário Jesus ter nos salvados de nossas transgressões. Ou seja, a salvação é única. Aí então entra o ponto crucial, que talvez a grande maioria dos cristãos estejam despercebidos, como nós entraremos no reino de Deus e de Cristo? João 3:1-7 começa a nos dizer. Eis aí o porquê que com mais de dois bilhões de “cristãos” e o mundo vai de mal a pior, a grande maioria que se dizem cristãos não nasceram de novo. E isso é terrível do ponto de vista individual. Vivemos em um mundo onde somos doutrinados a fazer as mesmas coisas que todos fazem, e isso não é nascer de novo. Muitas das vezes julgamos a espiritualidade das pessoas por aquilo que ela faz ou mesmo por que ela tem isso é um erro. Ninguém e nada neste mundo é padrão para a minha salvação, o único padrão que viveu entre nós foi Jesus Cristo, o único padrão que temos para a nossa salvação, atualmente é a bíblia. E a bíblia continua nos apresentando o método para entrarmos no reino milenar, Rm. 6:
A condição espiritual da humanidade e principalmente dos que se consideram cristãos não é nada invejável, lógico que não poderia me eximir dessa condição que nos encontramos. Qual é o pensamento que está incutido na mentalidade do mundo cristão da atualidade, concernente a sua condição espiritual perante Deus? Penso que para muitos o fato de prosperarem materialmente, os coloca com uma falsa impressão da aprovação de Deus. Quando digo cristãos, me refiro a todos aqueles que professam e dizem conhecer a bíblia, pois cremos ser ela o meio pelo qual Deus se comunica com o homem. Para aqueles que desconsideram os escritos bíblicos não tenho nada a dizer, o futuro que os aguarda é quem dirá. Rm. 3.9 e 23. Ez. 18.4 e 20. Mediante a estas declarações o que fazer? Se todos indistintamente pecam, e se aquele que pecar morrerá, como ficará o nosso caso? A morte a qual a bíblia está dizendo não é a morte natural, mas sim a morte eterna. O outro lado da moeda é: não temos por nós mesmos o poder de deixar de pecar e muito menos de anular o processo da morte espiritual. O pecado entrou na nossa natureza e tornou-se parte de nós, por nenhum momento temos a condição de agradar a Deus. Como sabemos não existe nada nesta vida que não traga a sua conseqüência, o pecado trás consigo as suas conseqüências. Muitas das vezes nesta vida, com dor e sofrimento e a conseqüência maior será a morte eterna. Rm. 6.23 - Como sabemos, o pecado é a transgressão da vontade divina, naturalmente Deus tem um governo e neste governo existem leis que devem ser respeitadas, caso contrário, o transgressor sofrerá as conseqüências. Rm. 7.7. Como Deus trataria a questão do pecado? Penso que existiam três maneiras para Deus pudesse sanar esta questão. (1) ou Ele Deus, abolia a lei, (2) ou exterminava o homem, (3) ou poupava o homem, e de alguma forma satisfaria o que a sua lei exigia. Neste caso, as duas primeiras questões não satisfariam eternamente a Deus. Ou seja, caso Deus houvesse abolido a sua lei, a miséria que o mundo se encontra não teria fim, pois não haveria um juízo para punir tamanha maldade. Caso houvesse Deus exterminado a sua criação naturalmente Deus não seria Deus, Ele teria sido pego de surpresa pelo pecado, algo que não aconteceu. Jó. 41.1-2, Pv. 21.30. Graças a Deus que em seu plano eterno e sem erros, Deus proveu o meio mais eficiente para a salvação. E este meio, foi o nosso Senhor e mestre Jesus Cristo. 1ª Jo. 5.11. Como pode Deus nos salvar por meio de Cristo? O que a bíblia nos mostra é que necessitaria de um homem, semelhante a nós em tudo, que fosse sem pecado, para que pudesse agradar a Deus, e este homem foi Jesus o filho de Deus. E Deus por misericórdia e bondade fez isso, nos deu o seu próprio filho. A maioria da cristandade argumenta que foi necessário o próprio Deus se fazer carne para morrer pelos pecados do homem. Outros que foi o filho de Deus gerado na eternidade que fez isso. Porém, o que a bíblia nos diz? Is 53.3, Jo. 9.11, 19.5, At. 2.22, Rm. 5.15. 1ª Tm. 2.5. A bíblia nos diz que o homem pecou e não Deus ou um semideus, por isso, necessário foi um idêntico a nós em tudo pagar voluntariamente pela transgressão que cometemos. A transgressão da lei requer a morte e se Jesus não fosse completamente humano como poderia ser o sacrifício perfeito? E foi exatamente isso que a bíblia nos diz. Hb. 2.17, 4.15. Que glória haveria, caso fosse o próprio Deus ou um quase Deus ter vivido aqui nesta terra e ter vencido o pecado? Sempre haveria uma indagação a se fazer: foi o homem, ou foi Deus quem venceu? A bíblia nos estimula a sermos perfeitos, em resposta nós poderíamos dizer à perfeição que Deus e Jesus exigem, está alem de minhas possibilidades, não somos sobrenaturais. Por isso a bíblia nos diz que Jesus foi semelhante a nós
Infelizmente, nós seres humanos somos tendentes ao pecado. O ato de pecar é só uma conseqüência do que somos. Até mesmo o casal no éden já tinha pré-disposição para o pecado, Gn. 3.6, Rm. 7.7, percebemos que a cobiça é pecado, como vimos, Eva mesmo antes de externar as suas ações cobiçou o fruto da ciência do bem e do mal. O objetivo não é classificar os pecados bárbaros e premeditados, mais sim aqueles que muitas das vezes achamos que não são pecados. Como classificar o que é pecado? Jo. 8.34, a palavra grega neste verso é hamartia e significa: (errar o alvo, errar, estar errado, errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra. Fazer ou andar no erro, desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, aquilo que é errado, uma ofença, violação da lei divina em pensamento ou em ação, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou por várias). Concordando com isso o apostolo João nos diz o mesmo na sua carta. 1ª Jo. 3.4. Analisando estas palavras percebemos que todos nós sem distinção somos escravos do pecado, pois ele Jesus disse: (todo o que comete pecado é escravo do pecado). Ec. 7.20, muitas das vezes quando fazemos uma auto avaliação sobre nossa condição espiritual e julgamos que não estamos tão mal na nossa caminhada, esquecemos que não é o praticar o mal que é pecado, mais sim ter nascido pecador, o praticar o mal é simplesmente uma extensão daquilo que somos. E muitos que não tem conhecimento da bíblia externam de várias formas as suas mas ações, em muitos casos chegam ao extremo da mesma. Aqueles que “conhecem” a bíblia muitas das vezes não matam, não roubam efim, não vão ao extremo do ato do pecado e com isso seguem uma vida “tranquila” perante os homens; algo que devemos sempre intentar
João, o Apóstolo, nos ensina a aplicar o teste teológico. Este teste é a medida de nossa própria compreensão da pessoa de Jesus. Quem é o verdadeiro Jesus? O teste é o seguinte:
1 João 4:2 - Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus.
2 João 7 - Porque {já} muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este {tal} é o enganador e o anticristo.
O que significa confessar que Jesus “veio em carne”? A expressão “veio em carne” não é uma expressão corrente em nossa língua. É uma expressão que indica SIMPLESMENTE que Jesus era um ser humano (de carne e ossos). Então este teste é vital para a nossa compreensão. Existem sistemas de teologia existentes em nosso tempo, que negam que Jesus veio como um ser humano, PLENAMENTE?
O leitor deve entender que não se trata apenas de uma “CONFISSÃO TEÓRICA” que Jesus é um ser humano, pois até mesmo os trinitarianos dizem que Jesus é UM SER HUMANO. Eles apenas complementam que além de ser homem Ele era Deus também. Definir corretamente a natureza de Cristo é essencial para nossa salvação. Se dissermos que Jesus é O Filho preexistente ou um anjo, ou qualquer outra coisa que não homem no sentido pleno da palavra, seremos anticristos, e destinados à destruição pela ira de Deus que será revelada. Este teste também mostra um reconhecimento de que Deus e Jesus são pessoas diferentes. As diferenças entre Jesus e Deus são os aspectos mais básicos de suas naturezas.
Os defensores da preexistência, por sua vez, aplicam esta mesma interpretação para dizer que Jesus “VEIO” em carne, o que na concepção deles significa que O Jesus preexistente (FILHO DE DEUS) quando chegou o tempo, tomou a forma humana, SE TORNOU EM CARNE, VINDO DO CÉU À TERRA. Desta forma esta confissão teórica sobre Jesus está também deturpada de seu sentido, pois ela está apoiada exclusivamente nas decisões “oficiais” do credo de calcedônia e não na BÍBLIA.
Jesus na definição dos credos é chamado de homem “no sentido genérico, mas não é um homem realmente”. Ele tem a natureza humana, mas não é uma pessoa humana. A pessoa em si é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, uma pessoa PREEXISTENTE. Jesus não tem um centro humano pessoal. Esta é a forma como o Concílio contorna o possível problema de dupla personalidade.
A definição dos concílios diz que o homem Jesus é verdadeiro. Mas se há duas naturezas nele [divina e humana, FUNDIDAS OU SEPARADAS PELO TEMPO], é evidente que uma vai dominar. E Jesus torna-se imediatamente muito diferente de nós e está longe da experiência humana comum. Jesus é tentado, mas não pode pecar, porque ele é Deus. Que tipo de tentação é essa? Ele tem pouco em comum com o tipo de lutas que estamos familiarizados.
Quando João nos mostra como aplicar o teste teológico, Ele o faz baseado na crença comum judaica e bíblica de quem seria o UNGIDO DE DEUS (UM SER HUMANO, NÃO UM SER PREEXISTENTE). Ele próprio em seu evangelho nos diz que o escreveu para que “creiamos que JESUS É O CRISTO (UNGIDO), O FILHO DE DEUS, e para que crendo tenhamos vida em seu nome. (João 20:31)”. Não confessar que Jesus veio em carne, significa NÃO CONFESSAR QUE JESUS, FILHO DE DEUS POSSUÍA UMA NATUREZA HUMANA COMPLETA.
Esta carta foi escrita por João contra os gnósticos que afirmavam que o nascimento de Jesus foi ilusório e que em realidade Jesus não era um ser humano senão apenas em aparência, disfarçado de ser humano.
Veja este importante paralelo descrito na própria epístola de João:
1 João 2:22 – Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que “JESUS é O CRISTO? É O anticristo esse mesmo que nega O PAI e O FILHO”. (Duas pessoas diferentes).
1 João 4:15 – Qualquer que confessar que “JESUS é O FILHO DE DEUS”, Deus está nele e Ele em Deus.
Em Mateus 16:16 vemos que Pedro afirma por revelação de Deus que Jesus é O Ungido, O Filho do Deus Vivo: E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo
Essa relação fica clara nas palavras de Natanael a Jesus: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel. (João 1:49). Crer, portanto no Filho de Deus é crer que Ele é o futuro Rei de Israel.
Em Marcos 15:32 encontramos novamente esta mesma relação nas palavras dos escribas e sacerdotes: O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam.
O título FILHO DE DEUS equivale a Messias (Ou Ungido) e isto quer dizer também que corresponde ao título de “Rei de Israel”.
As igrejas são forçadas a esta posição por causa da sua convicção de que a pessoa de Jesus é o eterno segundo membro da Trindade. Jesus para as igrejas é essencialmente o próprio Deus que mais tarde se coloca sobre a natureza humana.
Cristo para os defensores da preexistência possui uma natureza humana completa sem uma personalidade humana completa, porque esta personalidade anteriormente DIVINA foi substituída por uma personalidade humana criada em Cristo.
Devemos lembrar que O TESTE VITAL DA VERDADE que se aplica a qualquer sistema de ensino tem a ver com a crença de que o verdadeiro Jesus é um verdadeiro ser humano (I João 4:2, II João 7).
Surpreendentemente, o FILHO DE DEUS PREEXISTENTE/ SEGUNDA PESSOA DA TRINDADE da crença tradicional não é uma pessoa humana genuína. Poderia o descendente prometido de Davi viver antes de Davi e ainda ser considerado seu descendente ? Uma única pessoa pode ser 100% Deus e 100% homem? Deus pode morrer? Se Jesus é Deus, e Deus não pode morrer (I Timóteo 6:16), Jesus não poderia ter morrido!
E se Jesus é Deus, ele deve ser onisciente. No entanto, o Jesus da Bíblia disse que ele não era onisciente. Ele não sabia o dia da sua vinda futura (Marcos 13:32).
Confessar que Jesus veio na carne implica também em aceitar que como ser humano Ele teve que ser ressuscitado por Deus, que era maior do que Ele. Saber que nosso irmão Jesus Cristo é um ser humano e que toda a sua grandeza foi premiada por suas realizações em sua vida, sua dedicação, sua humildade, seu sofrimento, seu amor e dedicação, quando era apenas carne e que Jesus é o homem que todos devemos imitar, deve encher nossos corações de alegria. Isto sim, em minha opinião é a essência do cristianismo primitivo.
Estou convencido de que uma cristologia bíblica deve ser enraizada na história. Para apoiar uma forte fé, a confissão deve ser submetida a uma análise rigorosa, histórica, teológica e exegética. O que seguimos não é apenas um exercício de frio intelectualismo. É uma luta de coração e mente em busca de uma confissão, que corresponde ao modelo apostólico na cristologia: a fé e compromisso com o Jesus histórico e ressuscitado, como o Messias.
MARCELO ALEXANDRE DO VALLE
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