quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A "coluna" do adventismo, sem base.

“A passagem que, mais que todas as outras, havia sido tanto a base como a coluna central da fé do advento, foi: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado." Dn. 8.14. GC. Pág. 409. Esta declaração de E.G.W revela que caso a doutrina adventista do santuário celestial caia por terra de nada valerá a pretensão adventista de única igreja verdadeira.

Como ela mesma afirma a doutrina do santuário é tanto a base, como a coluna central da fé dos adventistas do 7º dia. Os textos bíblicos utilizados pelos adventistas para “confirmar” tal doutrina é Daniel 8.14. Neste estudo veremos que a base da doutrina adventista é sem fundamento e se é sem fundamento, a pretensão de ser a igreja verdadeira também é sem fundamento.

Para os adventistas tanto Daniel capítulo sete como o capítulo oito representam Roma, para eles, o capítulo (8) representa a fase imperial e o outro (7) a papal. Será que procede? Não! não procede. Vejamos as diferenças:

Capítulo sete.

O chifre pequeno do capítulo sete está associado a uma besta que representa o quarto império.

Capítulo oito.

O chifre pequeno do capítulo oito está associado a uma besta que representa o terceiro império.

Surge diretamente da cabeça da besta.

Surge de um chifre já existente.

Aparece em meio aos 10 chifres já existentes (o que, segundo a teologia ASD, ocorre depois que o quarto poder se dividiu em 10 partes).

Não nasce da cabeça do bode

É um poder recente, novo, que surge do corpo do antigo império e em meio de suas várias partes.

Sai de um dos quatro chifres da cabeça do bode

É um chifre que nasce de uma besta.

É um chifre que nasce de um chifre.

Arranca três chifres durante seu surgimento.

Não arranca nenhum chifre durante seu surgimento

Diz-se ser diferente dos outros 10 chifres, indicando que este chifre seria um poder novo e diferente.

Nada indica que este chifre seja novo ou diferente em maneira alguma.

As palavras aramaicas para chifre pequeno em 7:8 se traduzem precisamente como “outro chifre, um pequeno”

As palavras hebraicas para chifre pequeno em 8:9 se traduzem precisamente como “um chifre de pequeno tamanho”.

É “mais robusto do que seus companheiros” (v. 20). Em outras palavras, representa um poder mais forte que os que estão simbolizados pelos outros 10 chifres.

É um chifre que sai de um chifre, um “chifre de pequeno tamanho”. É insignificante quando se compara com os quatro “chifres notáveis” e o chifre original alexandrino do bode.

Seu campo de influência é a totalidade do quarto império, pois surge da cabeça da besta e se converte no chifre dominante entre os outros dez chifres. Se levanta contra “o Altíssimo” e os “santos do Altíssimo”. Estes são os santos de Deus através de todo o quarto império.

Pertence somente a uma das quatro divisões do poder do bode. Sua atenção se restringe principalmente a uma província menor de uma divisão do império do bode (Grécia), ou seja, a “terra gloriosa” do versículo 9, que é a Palestina.

A malevolência é dirigida contra o povo judeu, seu sumo sacerdote, os sacrifícios, e o santuário.

Dn. 8.23- (Mas, no fim do seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, levantar-se-á um rei feroz de cara e especialista em intrigas.) A palavra rei para este verso é Melek que quer dizer rei e não malkuw que quer dizer reino, portanto o verso 23 está tratando de uma pessoa, um rei e não do império romano e sua extensão. Dn. 8.11-12.

(Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou.) O príncipe do exército é Jesus? De maneira nenhuma o verso está dizendo isso. A palavra príncipe é SAR e é o mesmo que, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão, líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos).

O sacrifício diário foi tirado por este rei por causa das transgressões, transgressões não dos cristãos como diz EGW, mais sim dos judeus dos dias de Daniel. Outro fato que joga por terra a interpretação adventista é a questão das tardes e manhãs. Dn. 8.14- (Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.) A palavra tarde deste verso é ereb, é o mesmo que tarde, por do sol, e manhã boqer que quer dizer fim da noite, nascer do sol. O verso está dizendo literalmente 2300 tardes e manhãs. Caso fosse 2300 dias a palavra deveria ser yowm que quer dizer dia. Outro fato bastante relevante e que contribui grandemente para jogar por terra a teoria adventista do santuário está no fato da purificação do santuário de Daniel 8.14 nada tem a ver com a purificação de Levítico 16.

A palavra purificado de Daniel é tsadaq que quer dizer, ser justo, ser correto, ao passo que o verso de Levítico 16.33 que fala sobre a expiação é kaphar que é o mesmo que cobrir, purificar, fazer expiação, fazer reconciliação. Percebemos então que os versos são completamente diferentes, e nada tem a ver a purificação do santuário Levítico com as 2300 tardes e manhãs de Daniel 8.14.