A bíblia
apresenta a lei de Deus e a lei de Moisés como sendo termo sinônimo, mas
algumas denominações preferem ensinar que são leis distintas (Ver esta Postagem.)
http://evandro blogdoevandro.blogspot.com.br/2012/03/lei-de-deus-e-lei-de-moises-termos.html
Fazem isso dizendo que a lei encontrada em êxodo 20 são leis morais e que,
portanto são eternas.
O que realmente é a moral e a ética? A palavra moral vem do (Latim mores.) Moral é um conjunto de normas que regulam o
comportamento do homem na sociedade a qual Ele faz parte. Sendo assim, aquilo
que foi implantado como certo, para esse grupo é algo moral. Lógico que para
nós os cristãos, nem tudo que a sociedade considera como sendo moral nós temos
como certo isso é ponto pacifico.
Mas,
dentro do princípio cristão, moral são as normas, costumes, os mandamentos,
hierárquicos e religiosos implantado na sociedade. Já a ética vem do grego
(ethos) e é um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em
relação aos outros homens na sociedade em que vive. Ética significa aquilo que
pertence ao caráter.
Algumas
denominações cristãs enfatizam que estamos vivendo debaixo da primeira aliança,
ou melhor, ensinam, argumentam, fazem lavagem cerebral, até mesmo brigam
dizendo que ao menos estamos debaixo dos dez mandamentos como aliança, pois
esses mandamentos não podem ter sido abolidos como aliança. Argumentam eles que
os dez mandamentos são leis morais e por isso de maneira nenhuma podem ter sido
abolidos.
Imaginem
então o povo de Israel sendo instruídos acerca das leis que deveriam lhes
orientar a conduta. Para qualquer judeu dos dias bíblicos qualquer mandamento
era considerado como um mandamento moral, pois, baseado no que vimos moral é um
conjunto de normas que regulam o comportamento do homem na sociedade a qual ele
pertence.
Se
alguém objetasse um judeu a não participar do ritual do sacrifício, tal
individuo estaria agindo contra os padrões morais que regiam a conduta
israelita. O mesmo se daria contra as leis da purificação, ofertas, circuncisão
e tudo mais. Analisando desse ponto de vista realmente os dez mandamentos são
leis morais, alias não só os dez mandamentos mais todo o conjunto de normas que
regulamentavam o povo judeu.
Porém,
para nós nem tudo que era moral, ou seja, nem tudo que regia a conduta religiosa
dos hebreus podemos considerar como ético, as cerimônias em todas as suas
formas são um exemplo. Já no novo testamento Cristo e seus apóstolos deixaram
através da igreja leis morais e éticas as quais nós os cristãos devemos
atentar. Mt. 5.21-22; 5.27. Este é só um pequeno resumo das leis morais e
éticas que atualmente regulamentam ou deveriam regulamentar o cristão.
E a
questão do sábado? Realmente o sábado foi designado na bíblia como sendo o dia
de Deus e no período da antiga aliança todos os que não o observavam eram
passiveis de pena de morte. Ex. 31.15,
porém ao analisarmos a questão, nós veremos que o sábado se encaixa dentro dos
preceitos cerimoniais. Se bem que não existiam tais divisões no antigo Israel,
entre cerimonial e moral, até pelo fato de que isso regia a nacionalidade e
então era considerado como sendo de ordem moral. E consequentemente uma questão
de ética.
Mas para
ilustrarmos a questão, e mesmo para analisarmos segundo o que os sabatistas
ensinam, ou seja, de que existe uma divisão de leis entre moral e cerimonial
nós veremos que o sábado do sétimo dia se encaixa dentro da ordem das leis
cerimoniais.
Lv. 11.39-40; 17. 15-16. Estes versos retratam um pequeno resumo da lei cerimonial da
purificação, percebemos que apesar de terem as vestes e os corpos lavados os indivíduos
ficavam imundos, mas somente até a tarde. Por que tal ensinamento nos leva a
crer que seja um ato cerimonial?
Pelo
fato de se constituir de ordenanças, tais como tocar no cadáver, lavar as mãos,
as vestes, e mesmo pelo fato da água em si não limpar prontamente o individuo,
dependia de chegar à tarde para que o processo de purificação ficasse completo.
O que a noite poderia fazer para trazer a purificação? Nada, simplesmente um
rito.
Assim
também é o sábado, o que a observância de um dia com horário determinado tem de
moral e ético dentro do nosso contexto? Por exemplo: supondo que o horário do término
do por do sol do sábado seja às 18 horas, então as 17:59 eu pela lei do sábado não
posso tratar dos meus interesses, Is.
58.13, nem acender fogo Ex. 35.3,
nem mesmo carregar carga nas horas de sábado, Jr. 17.21.
Um
minuto depois as 18: hs. Se eu vier a realizar qualquer um desses itens
relacionados tal ordenança deixa de produzir pecado, neste caso percebemos que
não existe um conceito ético nestas questões, pois algo que de um minuto para o
outro deixa de ser transgressão não pode ferir a norma.
O fato de
o mandamento ser determinado por horário faz com que ele se encaixe na lista de
ordenanças cerimoniais, e não fere a moral cristã. Já para o povo judeu tal
ordenança era visto como algo que não só feria a moral como também a ética,
alias todas as ordenanças para um povo que é regido por elas, quando alguém não
as cumpre está ferindo seus princípios.
Raciocinem
então: um minuto faltando para o término do sábado, ficamos restritos pela lei
de fazermos algo lícito que não fere a moral e muito menos a ética,
porém perante a lei “somos” transgressores. Um minuto depois termina o sábado,
pronto, não somos mais transgressores se fizermos as mesmas coisas lícitas as
quais um minuto antes propomos fazer.
Isso não
é simplesmente um ato cerimonial? Dentro do nosso contexto o que tais ações
seriam imorais ou antiéticas? Por que se eu fizer uma obra lícita dentro das
horas do sábado terei que ser considerado como transgressor e mesmo de ser
tratado como imoral? Se a mesma obra que eu venha realizar após o sábado não
será considerado como imoral?
Mas
muitos irão objetar da seguinte forma: “o sábado está dentro dos mandamentos, é
ordem de Deus, por isso é dever nosso observá-lo”. A resposta a esta questão é
simples, (1) Não existe uma separação de leis, isso foi fruto dos sabatistas,
sendo assim teríamos que observar todos os mandamentos. (2) Lei cerimonial e
lei moral, não se encaixa no perfil bíblico é somente convenção adotada pelos
sabatistas. (3) Vimos que moral e ética não corresponde ao que é ensinado pelos
sabatistas, no que concerne a questão do sábado.
Outra
objeção que será encontrada é a seguinte: A questão não é fazer mais sim
obedecer, Deus mandou e pronto... Concordo que Deus tenha mandado, mas discordo
do fato de ela pertencer ao rol de lei moral.
E acredito piamente que o fato de
observar o sábado segundo os ditames da lei não me faz agradável a Deus. (1)
Deus não se agrada de nada mecânico, ou seja, “acabou o por do sol, vamos lá
então”... (2) na integra não guardamos sábado coisa nenhuma. (3) a salvação não
é concedida por guardarmos a lei, pelo fato de não guardarmos. (4) não existe
uma ordem específica dos apóstolos na nova aliança para que o sábado seja
observado. (5) Deus não criou para os gentios um contexto propicio que os
possibilitasse a guardar o sábado, assim como Ele fez com os judeus.
Vários preceitos que eles ensinam como lei cerimonial
que não está registrado nos dez mandamentos, mas dentro da ética cristã nós
devemos observá-lo. Eis alguns. Dt.
19.14; Lv. 19.15, 16 e 18. Apesar de a bíblia dar um destaque para os
profetas e deles serem honrados pelo seu povo e apesar de algumas denominações
dizerem que podem instruir os seus membros, pois eles são amparados por
profetas e profetizas percebemos que o novo testamento não tem os profetas como
aqueles que iriam reger os cristãos.
1ª Co. 12.28. Sendo assim na era cristã os apóstolos e não os profetas foram
instituídos por Deus a não só comandar a igreja, mas instruí-la. E é aí que
entra o apostolo Paulo, uma autoridade instituída por Deus para nós os gentios.
Sendo assim no desenvolvimento da igreja cristã quais foram as regras
estabelecidas por Paulo para os cristãos, não só coletivamente, mas
individualmente? Rm. 6.6 e 12; Ef. 4.22;
Gl. 5. 19-21; 1ª Co. 6. 9-10; Gl. 5.22-24.