segunda-feira, 11 de março de 2013

A soberania de Deus.


Quando analisamos a teoria do livre arbítrio a luz da bíblia percebemos claramente que ela apresenta várias lacunas que não podem ser preenchidas. As pessoas que defendem o livre arbítrio querem que a vontade seja livre de qualquer interferência externa, para que o livre arbítrio se torne uma realidade nada poderá estimular ou causar a vontade. 

Os defensores do livre arbítrio asseguram que a vontade é auto causada, ou seja, ela causa a si mesma. O problema desse argumento que ao dizerem que a vontade é auto causada os defensores do livre arbítrio estão colocando os seus destinos nas “mãos” do acaso, (indeterminismo) esse ponto de vista pode ser até relevante desde que não seja um ensinamento cristão, se um humanista, um ateu ensinam tal teoria não iremos discutir. 

Algo que acontece inesperadamente ou casualmente não tem suporte dentro das escrituras. Pv. 16.9 (O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.) Pv. 20.24 (Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor;  como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?) Jr. 10.23 (Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos.) 

O livre arbítrio exige também que nem mesmo o próprio Deus poderá intervir no livre arbítrio do homem, essa teoria foi defendida até mesmo por Jonh Wesley que disse: “Nem Deus nem o pecado podem limitar o livre arbítrio”. Outros ensinam que Deus quer salvar a todos “usamos o livre arbítrio para querer ou não ser salvos”. Essa teoria é muito pobre e desprovida de apoio bíblico, para provar isso vamos “lançar mão” de um texto bíblico. Ef. 2.5 (E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos.) 

A morte que o apostolo está dizendo se da na ordem espiritual, em outras palavras Ele quer dizer que tais indivíduos são impossíveis de por si só irem a Deus, a menos que o próprio Deus por meio de Cristo os “ressuscite”. Usando apenas este verso bíblico pergunto: como alguém que está espiritualmente destituído de força ou poder, inativo, inoperante pode aceitar ou rejeitar algo que Ele mesmo desconhece? Tal ressurreição espiritual só começará a acontecer quando Deus passar a intervir na vida do indivíduo, mas isso pode contrariar a definição dos defensores do livre arbítrio visto que Eles argumentam que Deus não pode “atropelar” o livre arbítrio. 

Se Deus não pode “atropelar” o nosso livre arbítrio porque então todos os que acreditam na teoria do livre arbítrio oram para que Deus atue para salvar determinada pessoa? Desnecessário não? Ora se Deus não “atropela” o livre arbítrio ou não causa a salvação, porque então orar para que Ele atue na vida de alguém? Na realidade mesmo na vida física somos impossibilitados de fazer muitas coisas que gostaríamos de fazer, isso nos leva a crer que não é pela força do querer que alcançamos um objetivo. Não basta simplesmente escolher algo para ele se tornar uma realidade. Lc. 12.25-26 (Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? Se, portanto, nada podeis fazer quanto às coisas mínimas, por que andais ansiosos pelas outras?) 

Fato é que as pessoas atuam como “advogados” de Deus, dizem que somente o livre arbítrio pode nos dar devidamente a responsabilidade por nossas ações. Mas como pode uma pessoa ser responsável por um acontecimento do acaso? Eu posso ser responsável por lançar uma moeda, visto que eu provoquei a queda da moeda, mas eu não posso ser responsável por fazê-la cair de um lado ou de outro. Os que crêem no livre arbítrio devem crer também que o teremos por toda a eternidade, em outras palavras os salvos terão livre arbítrio, sendo assim a possibilidade de pecar deve existir mesmo na eternidade, isso é incoerente com o plano de Deus. 

Fato é que se depender da escolha humana para a salvação, não haveria ninguém salvo, portanto existe algo que não se encaixa, visto que Deus é plenamente soberano e isso também para salvar o pecador, como pode então a sua soberania ser ofuscada pelo livre arbítrio? Todos nós cremos (ou deveríamos crer) que Deus tem um plano que está se desenrolando a despeito de qualquer coisa que pareça contraditório, sendo assim será que Deus irá esperar que os homens tomem decisões baseadas no livre arbítrio concernente a salvação? Deus precisa das atividades humanas para escrever a história humana? Ou os homens estão desenrolando e cumprindo os planos de Deus? 

Se todos estávamos mortos isso significa que o fato de Deus dar vida eterna para alguns é um ato de misericórdia de sua parte. Alguns textos que falam da soberania de Deus. Jó. 9.12; Sl. 103.19; 135.6; Lm. 3.37-38; Is. 45.7; Is. 46.9-10; Dn. 4.35. E quanto à responsabilidade do homem? Por responsabilidade humana queremos dizer aquela do homem para com Deus por todas as suas ações. O ensino da responsabilidade do homem é tão geral na Bíblia que não precisa de citações da Escritura. Porém, Muitos dirão: mas, se Deus controla todas as coisas logo o homem não tem responsabilidade pelos seus atos. “responsabilidade” não significa liberdade, refere-se a ter obrigação de prestas contas. 

Em outras palavras, alguém ser moralmente responsável significa que ele está moralmente obrigado a alguma pessoa ou padrão. A questão que se a pessoa é livre ou não é irrelevante para a discussão. A única questão relevante é se alguém que tem autoridade sobre essa pessoa decidiu considerá-la obrigada a prestar contas. Visto que Deus governa sobre toda a humanidade, e ele decidiu julgar todos os homens, isso significa que cada pessoa é moralmente responsável, a despeito deles não serem livres. Deus estipulou padrões os quais nós devemos respeitar. Is. 43.13; Rm. 9.20-23.