segunda-feira, 1 de abril de 2013

A ceia do Senhor.


A Ceia do Senhor ou santa ceia é uma ordenança bíblica assim como é o batismo. A ceia foi instituída por Cristo na véspera de Sua traição e crucificação. E por inspiração, Paulo o apostolo indicou que ela deve ser observada até Sua volta. (Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.)  1ª Co. 11.26.

Esta foi a ideia inicial da igreja, com simplicidade partir o pão, com o objetivo de reunir os irmão e testemunhar da morte, ressurreição e retorno de Jesus a terra. Porém, alguns querendo espiritualizar aquilo que deve ser entendido de uma forma literal disseram que o pão era o próprio corpo de Cristo materializado.

E no Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563 pela igreja católica confirmou-se a presença de Cristo na Eucaristia, o qual tem o nome de Transubstanciação que é a conjunção de duas palavras latinas: trans (além) e substantia (substância) que para a igreja católica significa a mudança da substância do pão e do vinho na substância do Corpo e sangue de Jesus Cristo no ato da consagração.

Isto significa que esta doutrina defende e acredita na presença real de Cristo na Eucaristia. Algo ensinado pela tradição, haja vista, que não existe um texto bíblico sequer que aponte para a transubstanciação, e se não existe tal ensinamento nas escrituras, como crer então?

Dentro do protestantismo existe uma diferença de opiniões a respeito deste ensinamento, Lutero tinha a Ceia do Senhor como essência ou substância do Corpo e do Sangue de Cristo e não a transformação no mesmo. A essa forma de entendimento dá-se o nome de "consubstanciação" ou união sacramental.

Na visão do reformador Ulrico Zuínglio, a ceia é a lembrança do sacrifício de Cristo - essa posição é chamada de "memorialismo". A proposta de Calvino, em oposição a Lutero e Zuínglio, era que na ceia ocorria à presença de Jesus, não nos elementos, mas espiritualmente e posteriormente comunicada aos comungantes. A essa forma de entendimento dá-se o nome de "presença espiritual".

Como ensinou Calvino, a presença espiritual de Cristo é uma realidade na ceia, mas Zuínglio acertadamente ensinou que a ceia é algo comemorativo. "A Igreja Católica ensina a seus seguidores que, no momento em que o sacerdote, na Missa, pronuncia as palavras de consagração do pão e do vinho, estes mudam no corpo e sangue de Cristo."

Para dar suporte a este ensinamento apelam os católicos para as palavras de Jesus em João 6.48-51 e 54. E a transformam em algo literal, entendem assim pelo fato de ter Jesus dito: "A menos que comais a carne do Filho do homem e bebais o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos." Jo. 6.53. No verso 63 Ele plenamente indicou que Ele falara figurativamente nos versos precedentes. Segundo, eles supõem, contrario ao texto, que Jesus aludia à nossa participação dEle na Eucaristia assim chamada. O verso quarenta e sete mostra que participamos dEle pela fé.

Como vimos à ceia é uma comemoração da morte do Senhor. Jesus disse: "Fazei isto em memória de mim.”1ª Co. 11.24. A Ceia do Senhor vem nos mostrar à morte expiatória de Cristo. Jesus também disse: "Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor até que Ele venha." 1ª Co. 11.26. De modo que a Ceia é uma instituição comemorativa.

A ceia também é um lembrete de que Jesus nos prometeu que irá voltar. Notamos as palavras: "Proclamais a morte do Senhor até que Ele venha." Assim, todas as vezes que se observa a ordenança somos lembrados que estamos observando por causa da ausência da presença corporal de Cristo e que algum dia o simbólico dará lugar ao literal.

Quando de uma forma simbólica nos alimentamos de Cristo estamos dando testemunho que cremos nEle. Já frisamos que a nossa alimentação de Cristo não é literal. Participamos dEle pela fé e assim somos salvos. Trás a memória aos cristãos que precisamos constantemente alimentar-mos de Cristo e isso através de sua palavra. A repetição desta ordenança manifesta que a fé pela qual participamos de Cristo, não é meramente uma coisa momentânea, mas contínua, pela qual a alma é sustentada constantemente.

A ceia também representa ou é sinal da nova aliança, como somos sabedores todos os grandes pactos que são representados na bíblia traziam consigo um sinal, e a nova aliança não é diferente. Mc. 14.22-24. A ceia do Senhor é um sinal que somos devedores a nova aliança e não a antiga. Outro fato interessante é que o próprio Jesus disse que a nova aliança será para muitos e não para todos.