sábado, 11 de maio de 2013

Semelhanças entre o pecado e o diabo.



É dito que o diabo popular é um ser sobrenatural que tem o poder de escravizar o ser humano. Porém, algumas passagens no livro de romanos nos mostram que quem nos escraviza é o pecado e não o diabo. Considere as seguintes passagens: Rm. 3.9. (Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado.) Rm. 6.1-2. (Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?)
        
Como sabemos o pecado é algo inerente ao ser humano, um “estilo de vida” universal, que tem um efeito maligno sobre todos indistintamente, e se manifesta em atos pecaminosos. Rm. 7.16 - 17. (Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim.) Nestes dois versos a palavra pecado é usada para descrever os impulsos dentro do homem que o induzem a cometer atos pecaminosos.


A epístola aos Romanos não faz qualquer referência ao diabo, exceto o verso 20 do capítulo 16 que diz que em breve Deus esmagará a Satanás debaixo dos pés, mas o contexto anterior demonstra que não se trata de ser maligno, e sim de falsos crentes. O que vemos na realidade é que a epístola de romanos tem muito que dizer sobre o pecado, especialmente pecado no sentido de desejos humanos errados.

O mais interessante é que o que Romanos diz sobre o pecado, outras passagens do Novo Testamento dizem sobre o diabo. Estudando a bíblia podemos chegar à conclusão que o diabo é uma personificação dos desejos humanos errados. Paulo usa a palavra pecado neste sentido. Por isso a comparação é inevitável. A analogia que se segue é uma simples maneira de mostrar que o que Romanos diz sobre o pecado, outras passagens do Novo Testamento atribuem ao diabo e Satanás.

Em outras palavras o pecado e o Diabo são a mesma coisa. Vejam a comparação: Rm. 6.12. (Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões.) Tg. 4.7. (Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.) Percebemos que ambos devem ser resistidos.
     
Tanto o diabo quanto o pecado são Enganadores, Rm. 7.11, (Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou.) Ap. 12.9 (E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.) Ambos os versos nos mostram que, tanto o pecado quanto o diabo são chamados de enganadores.

Rm. 6.23. (porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.) Comparar com Hb. 2.14(Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo.) Vejam que ambos são considerados como destruidores de vida
Ambos também são Destruídos pela morte de Cristo, Rm. 6.6. (sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos.) Hb. 2.14.  (Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo.)
                    
Ambos são chamados de Governantes e mestres, Rm. 5.21. (a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.) Rm. 6.16; (Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? Lc. 11.18. (Se também Satanás estiver dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Isto, porque dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu.)

A bíblia quer nos passar a ideia de que o maior adversário que o homem tem é Ele mesmo, em outras palavras a sua natureza pecaminosa, sujeita as paixões. Assim como o pecado personifica algo ou alguém, o mesmo acontece com o diabo, ao examinarmos os escritos bíblicos veremos que o diabo como um ser sobrenatural inimigo de Deus e do homem é apenas fruto da imaginação de um contexto e de uma época. Naturalmente os escritores bíblicos a utilizaram.