A
primeira menção bíblica que evidencia a divindade e apresenta a Deus como um é
Deuteronômio 6.4 o qual está escrito: (Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.) Apesar da clareza do verso em questão
os teólogos trinitarianos contestam a sua interpretação, asseguram que a
palavra hebraica para “um” neste verso é echad e representa um e não único.
Baseados neste entendimento, ensinam que o verso está
assegurando que Deus é uma entidade composta, compartilhada por três pessoas.
Quanto ao termo hebraico echad literalmente significa um, de nenhuma maneira
echad significa dois, três e assim sucessivamente. Antes, porém quer destacar
que para os hebreus a quem primeiramente este mandamento fora direcionado, que
o Deus ao qual eles estavam ouvindo era o maior entre todos os outros deuses.
Para a mentalidade judaica da época pós servidão no
Egito, a noção de um Deus único no mundo era impossível dado a pluralidade de
deuses existentes. O contexto do capítulo 6 de deuteronômio está exatamente
exortando o povo, que apesar de não entenderem que Deus é yachid ou único no
sentido terminante, Ele é o maior de todos os deuses existentes e que o povo
hebreu deve se esforçar para se lembrar disso.
Deuteronômio 6.5 diz: (Amarás, pois, o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.) Agindo
assim, Deus estava dizendo ao povo que não lhes era permitido deixar “espaço”
para nenhum outro. Os versos 12-14 concluem exatamente essa linha de
raciocínio. (Guarda-te, para que não
esqueças o Senhor, que te tirou da
terra do Egito, da casa da servidão. O Senhor, teu Deus, temerás, a ele
servirás, e, pelo seu nome, jurarás. Não seguirás outros deuses, nenhum
dos deuses dos povos que houver à roda de ti.)
Fica
claro nestes versos que de nenhuma maneira a bíblia exclui a possibilidade de
outros “deuses’ mesmo o apostolo Paulo confirmou este pensamento. 1ª Coríntios
8.5 o qual está escrito: (Porque, ainda que há também
alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses
e muitos senhores.) Porém, se valer de uma palavra para tentar comprovar uma unidade composta,
não faz qualquer sentido e viola mesmo o credo trinitário.
O credo trinitário ensina que Deus é um ser, em três
pessoas, em outras palavras negam o politeísmo, asseguram a unicidade de Deus.
Ensinam também que a palavra echad é um entre outros, aproveitam desse ensejo
para dizerem que se trata dos membros da trindade, baseado neste conceito a
doutrina trinitária cai por terra e da forças ao triteísmo rejeitado pelos
trinitarianos.
Como entender isso? Ora, se “um entre outros” “se refere
aos membros da trindade”, logo os teólogos trinitários estão complicando ainda
mais a doutrina da trindade estão quebrando a unicidade e evidenciando a
individualidade. Ou seja se os “membros” da trindade é que são um entre outros
(deuses ?) Teremos um politeísmo. Em todo o antigo testamento a bíblia atesta e
confirma a unicidade de Deus, para o povo que fora escravizado, a cultura
egípcia Cananeia mostrava que existiam muitos deuses, porém a bíblia tomada sem
superstições de um modo claro ensina que Deus é yachid único.
O um entre outros é válido para as mentes aprisionadas
pelo paganismo, o um entre outros significa um entre muitos deuses, e este era
o caso dos israelitas antes do êxodo. Sem superstições e apoiando a teologia da
unicidade de Deus, Paulo confirma os escritos do antigo testamento, não só
confirma mas amplia a questão. Além dEle dizer que Deus é somente um Ele nos
esclarece quem é este um; seria a trindade? Não!
Paulo em sua carta aos Corintios, nos mostra que a nossa
fé tem que ser maior que a superstição, o pagão sempre fez apologia para aquelas
coisas que nada representam dentro do escopo religioso, porém, Paulo nos diz
que não devemos temer os ídolos, pois eles nada são. 1ª Co. 8.6 – (Todavia, para
nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós
também, por ele.) (Grifo meu) Considero este um dos argumentos mais fortes
a favor da unicidade de Deus, reparem que Paulo diz quem é Deus, Ele claramente
nos diz que é o pai.
Devemos considerar uma doutrina bíblica como tendo
validade teológica quando ela for amparada por textos bíblicos, o fato de os
teólogos trinitarianos dizerem que existe uma funcionalidade dentro da trindade
carece de apoio escriturístico. Afirmam eles que o pai só é o pai dentro do
contexto da criação e redenção, assim também o filho só se tornou filho
mediante o mesmo acontecimento e igualmente o espírito santo, segundo os
teólogos trinitários Ele também desempenha um papel funcional.
A nossa pergunta para essa questão deve ser uma somente,
e ela é: onde está escrito na bíblia algo que valide tal ensinamento? A
teologia trinitária também ensina que em sua função de filho Jesus morreu e
ressuscitou a si mesmo. Fazem esta afirmação baseados em apenas um verso
bíblico, e verso este que no seu contexto não está dizendo que Jesus possuía
vida antes de morrer, mas que possuiria a vida após a ressurreição. Jo. 5. 26 (Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho
ter vida em si mesmo.)
O mesmo podemos dizer do verso 27 (E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.) Não
podemos entender que Jesus esteja falando do momento imediato, mas sim em um
futuro distante, isso pelo fato de Jesus não ter desempenhado um juízo em sua
época, contraste com este verso, Jo.
12.47 ( Se alguém ouvir as
minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar
o mundo, e sim para salvá-lo.) E
a ação de julgar por parte de Jesus está confirmada em At. 17.31 (porquanto estabeleceu um dia em
que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e
acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.)
Se Jesus é Deus no sentido estrito da palavra como é
ensinado no credo trinitário, como podemos ter certeza que Ele morreu? 1ª Tm. 1.17 (Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória
pelos séculos dos séculos. Amém!) 1ª Tm. 6.16 (O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem
homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!)
Sabemos contudo que o imortal é alguém que não pode morrer, mas se Jesus foi
sempre imortal, como morreu então? Bem, só resta duas alternativas, (1º) ou
Ele não era imortal e passou a ser após a sua ressurreição, algo que tem apoio
bíblico, (2º) ou Ele não morreu, algo que contraria as informações bíblicas. Fica aqui um desafio para quem quiser me explicar dentro da bíblia a questão trinitária.