sábado, 1 de junho de 2013

O sábado de Colossenses 2. 16

Apesar de ser humano e consequentemente pecador, tenho zelo pelas coisas de Deus, muito embora o nosso zelo possa ser sem entendimento.  No que corresponde a questão religiosa o zelo pode ser fortalecido devido a alguns fatores, e entre eles estão: tradição que perpetuamos dos nossos familiares; por causa do nosso relacionamento com os “irmãos”; ou mesmo pelo ardor bíblico o qual defendemos por pensarmos ser ele verdadeiro.

Por muito tempo defendi a palavra de Deus com zelo, quando examinava o texto bíblico de Colossenses 2.16 o qual diz: (Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados.) Entendia que o tal sábado referido por Paulo neste verso não compreendia o sábado dos dez mandamentos, mas acreditava que se tratava de sábados cerimoniais, ou como se entende “os vossos sábados”.

Após examinar a bíblia sem questões pré-concebidas livre de influência denominacional, entendi que o meu zelo era sem entendimento. O texto bíblico mencionado destaca sem nenhuma sombra de dúvida, que o sábado o qual Paulo está se referindo é o sábado dos dez mandamentos. Como provar biblicamente isso?

Como é sabido os sabatistas tentam ludibriar a inteligencia dos incautos dizendo que o sábado do texto referido são os “vossos sábados”, dizem eles que se são os “vossos sábados” não pode dessa forma ser o sábado do Senhor. Ao instruir o povo de Israel, ao saírem do Egito com relação ao dia da expiação Deus disse:

Lv. 23.32 (Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.) Assim sendo, para os sabatistas, principalmente os adventistas do 7º dia, o sábado de colossenses 2.16 está tratando de um feriado religioso judaico, o qual podia “cair” em qualquer dia da semana.

Lv. 23.38 (Além dos sábados do Senhor, e das vossas dádivas, e de todos os vossos votos, e de todas as vossas ofertas voluntárias que dareis ao Senhor.) Aqui é que os sabatistas utilizam do “trunfo”, vossos sábados e meus sábados. Na realidade esse é um argumento infantil e sem lógica, vamos fazer uma comparação. Is. 56.7 (Também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração...)minha casaMt. 23.38 ( Eis que a vossa casa vos ficará deserta.)vossa casa”. Segundo os textos bíblicos a “casa” é de quem? Deus lógico!

Is. 43.23 (Não me trouxeste o gado miúdo dos teus holocaustos, nem me honraste com os teus sacrifícios; não te dei trabalho com ofertas de manjares, nem te cansei com incenso.) “teus sacrifícios1ª Sm. 2.29 (Por que pisais aos pés os meus sacrifícios e as minhas ofertas de manjares, que ordenei se me fizessem na minha morada?) “meus sacrifícios”. Jo. 20.17 (Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai para meu Deus e vosso Deus.) Aquele Pai, mencionado por Jesus como “meu Pai” é diferente do Pai também chamado por Jesus de “vosso Pai”? Só por que mudou o pronome possessivo também mudou o Pai? Não, de forma nenhuma!

Outras expressões idênticas, Lv. 23.2 (Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do Senhor, que proclamareis, serão santas convocações; são estas as minhas festas.) Nm. 29.39 (Estas coisas oferecereis ao Senhor nas vossas festas fixas, além dos vossos votos e das vossas ofertas voluntárias, para os vossos holocaustos, as vossas ofertas de manjares, as vossas libações e as vossas ofertas pacíficas.)minhas festas” “vossas festasAo compararmos os termos vemos que o tal “trunfo” do adventismo e do sabatismo em geral torna-se em um subterfúgio, tornando a diferenciação de “vossos sábados” e dos “meus sábados” em uma afirmação simplória e sem valor.

Os sabatistas afirmam ainda que os sábados de colossenses 2.16 representam os feriados os quais marcavam as festas dentre o povo de Israel, seria isso verdade? Lógico que não! Como os próprios adventistas ensinam os dias de festas representavam toda a sistemática dos feriados religiosos de Israel, sendo assim as palavras (dia de festa) de colossenses 2.16 está sem nenhuma dúvida representando os feriados nacionais de Israel.

Isto é claro, pelo fato de qualquer feriado religioso ser um dia de descanso, sendo assim as festas de colossenses 2.16 incluem os “sábados cerimoniais”. Pelo fato de um feriado ser dia de descanso, independente do dia da semana,  Portanto, o sábado de colossenses 2.16 é o sétimo dia da semana. Analisem uma coisa, Paulo diz Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados”.

Dia de festa, que festa seriam estas? Eram sete as festas anuais judaicas mencionadas em Levítico. 23. (1ª). Verso 5. Festa da páscoa (2ª) Verso 6. Festa dos Pães ázimos (3ª) versos 15 e 16. Festa de Pentecostes. (4ª) verso 24 Festa das Trombetas. (5ª) versos 27 e 28. Festa da Expiação. (6ª) versos 34 a 36. Festa dos Tabernáculos (primeiro dia da festa)- v. 34 (7ª). Festa dos Tabernáculos (último dia da festa) - v. 36.

Se os feriados religiosos os ditos sábados cerimoniais judaicos estão incluídos nas festas, por que Paulo utilizou as palavras dia de festa e sábados? Pelo fato de que Ele estava relacionando duas coisas completamente distintas. Ou seja, festas, feriados religiosos considerados pelos sabatista adventistas como sábado cerimonial e o sábado semanal. Mas, os sabatistas e adventistas tentarão sair pela tangente, dirão o seguinte:

O texto de Colossenses 2.16 está relacionando o sábado cerimonial, pois diz sábados, plural e não sábado singular. Será que isso procede realmente? Mt. 12.5 e 12 (Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem.) Lc. 6.2 (E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito aos sábados?)      

Reparem que estes versos está tratando do sábado do sétimo dia, mesmo assim considerado no plural. Os adventistas sabem disso, mas não podem dar a “mão a palmatória” pois reparar o erro é sinônimo de fraqueza  e isso serve para todas as denominações cristãs, ou seja, preferem perpetuar no erro do que admitirem o mesmo.

Vejam uma declaração da revista adventista  janeiro de 2009, p. 18. Diz assim: “Uma importante questão hermenêutica (ou interpretativa) suscitada por Gálatas diz respeito à natureza da lei de que se fala o apóstolo. Espera-se que, depois dessas lições, tenhamos sepultado para sempre aquela velha distinção entre lei moral e lei cerimonial como a chave para se entender a epístola. Não que não houvesse leis morais e cerimoniais na vida do antigo Israel, mas o ponto é que tal distinção não é de forma alguma a solução para se interpretar Gálatas ou quaisquer outras passagens em que Paulo parece falar da lei...”

A referida passagem em gálatas é o inverso de Colossenses 2.16, Gl. 4.10 (Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.) Isso significa que no sábado podemos praticar o que é mal? De maneira nenhuma! Ou melhor, não podemos praticar o mal em nenhum dia da semana, essa é a mensagem da nova aliança. Quanto a reparar o erro doutrinário, poucos estão dispostos ou mesmo apto a fazer, requer preparo emocional, visto que a pressão contrária é forte; infelizmente o zelo e o orgulho denominacional são na maioria das vezes um véu que impede as pessoas de enxergarem a realidade.