sexta-feira, 21 de junho de 2013

Analisando o credo trinitário.

A primeira menção bíblica que evidencia a divindade e apresenta a Deus como um é Deuteronômio 6.4 o qual está escrito: (Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.) Apesar da clareza do verso em questão os teólogos trinitarianos contestam a sua interpretação, asseguram que a palavra hebraica para “um” neste verso é echad e representa um e não único.

Baseados neste entendimento, ensinam que o verso está assegurando que Deus é uma entidade composta, compartilhada por três pessoas. Quanto ao termo hebraico echad literalmente significa um, de nenhuma maneira echad significa dois, três e assim sucessivamente. Antes, porém quer destacar que para os hebreus a quem primeiramente este mandamento fora direcionado, que o Deus ao qual eles estavam ouvindo era o maior entre todos os outros deuses.

Para a mentalidade judaica da época pós servidão no Egito, a noção de um Deus único no mundo era impossível dado a pluralidade de deuses existentes. O contexto do capítulo 6 de deuteronômio está exatamente exortando o povo, que apesar de não entenderem que Deus é yachid ou único no sentido terminante, Ele é o maior de todos os deuses existentes e que o povo hebreu deve se esforçar para se lembrar disso.

Deuteronômio 6.5 diz: (Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.) Agindo assim, Deus estava dizendo ao povo que não lhes era permitido deixar “espaço” para nenhum outro. Os versos 12-14 concluem exatamente essa linha de raciocínio. (Guarda-te, para que não esqueças o Senhor, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão. O Senhor, teu Deus, temerás, a ele servirás, e, pelo seu nome, jurarás. Não seguirás outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que houver à roda de ti.)

Fica claro nestes versos que de nenhuma maneira a bíblia exclui a possibilidade de outros “deuses’ mesmo o apostolo Paulo confirmou este pensamento. 1ª Coríntios 8.5 o qual está escrito: (Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores.) Porém, se valer de uma palavra para tentar comprovar uma unidade composta, não faz qualquer sentido e viola mesmo o credo trinitário.

O credo trinitário ensina que Deus é um ser, em três pessoas, em outras palavras negam o politeísmo, asseguram a unicidade de Deus. Ensinam também que a palavra echad é um entre outros, aproveitam desse ensejo para dizerem que se trata dos membros da trindade, baseado neste conceito a doutrina trinitária cai por terra e da forças ao triteísmo rejeitado pelos trinitarianos.

Como entender isso? Ora, se “um entre outros” “se refere aos membros da trindade”, logo os teólogos trinitários estão complicando ainda mais a doutrina da trindade estão quebrando a unicidade e evidenciando a individualidade. Ou seja se os “membros” da trindade é que são um entre outros (deuses ?) Teremos um politeísmo. Em todo o antigo testamento a bíblia atesta e confirma a unicidade de Deus, para o povo que fora escravizado, a cultura egípcia Cananeia mostrava que existiam muitos deuses, porém a bíblia tomada sem superstições de um modo claro ensina que Deus é yachid único.

O um entre outros é válido para as mentes aprisionadas pelo paganismo, o um entre outros significa um entre muitos deuses, e este era o caso dos israelitas antes do êxodo. Sem superstições e apoiando a teologia da unicidade de Deus, Paulo confirma os escritos do antigo testamento, não só confirma mas amplia a questão. Além dEle dizer que Deus é somente um Ele nos esclarece quem é este um; seria a trindade? Não!

Paulo em sua carta aos Corintios, nos mostra que a nossa fé tem que ser maior que a superstição, o pagão sempre fez apologia para aquelas coisas que nada representam dentro do escopo religioso, porém, Paulo nos diz que não devemos temer os ídolos, pois eles nada são. 1ª Co. 8.6 – (Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.) (Grifo meu) Considero este um dos argumentos mais fortes a favor da unicidade de Deus, reparem que Paulo diz quem é Deus, Ele claramente nos diz que é o pai.

Devemos considerar uma doutrina bíblica como tendo validade teológica quando ela for amparada por textos bíblicos, o fato de os teólogos trinitarianos dizerem que existe uma funcionalidade dentro da trindade carece de apoio escriturístico. Afirmam eles que o pai só é o pai dentro do contexto da criação e redenção, assim também o filho só se tornou filho mediante o mesmo acontecimento e igualmente o espírito santo, segundo os teólogos trinitários Ele também desempenha um papel funcional. 

A nossa pergunta para essa questão deve ser uma somente, e ela é: onde está escrito na bíblia algo que valide tal ensinamento? A teologia trinitária também ensina que em sua função de filho Jesus morreu e ressuscitou a si mesmo. Fazem esta afirmação baseados em apenas um verso bíblico, e verso este que no seu contexto não está dizendo que Jesus possuía vida antes de morrer, mas que possuiria a vida após a ressurreição. Jo. 5. 26 (Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.)

O mesmo podemos dizer do verso 27 (E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.) Não podemos entender que Jesus esteja falando do momento imediato, mas sim em um futuro distante, isso pelo fato de Jesus não ter desempenhado um juízo em sua época, contraste com este verso, Jo. 12.47 ( Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo.) E a ação de julgar por parte de Jesus está confirmada em At. 17.31 (porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.)


Se Jesus é Deus no sentido estrito da palavra como é ensinado no credo trinitário, como podemos ter certeza que Ele morreu? 1ª Tm. 1.17 (Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!) 1ª Tm. 6.16 (O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!) Sabemos contudo que o imortal é alguém que não pode morrer, mas se Jesus foi sempre imortal, como morreu então? Bem, só resta duas alternativas, (1º) ou Ele não era imortal e passou a ser após a sua ressurreição, algo que tem apoio bíblico, (2º) ou Ele não morreu, algo que contraria as informações bíblicas. Fica aqui um desafio para quem quiser me explicar dentro da bíblia a questão trinitária.