Qual o
real significado da morte de Cristo? Há aqueles que devido à sua inércia
espiritual não entendem, outros também estão mortos para Deus, portanto não se interessam,
já os cristãos universalistas acreditam que a morte de Cristo foi providencial
a fim de trazer salvação para todos indistintamente. Outros acreditam que
Cristo morreu com o objetivo de abrir acesso à salvação para todos aqueles que
desejam se salvar, podendo assim usar do livre arbítrio para aceitar ou recusar
a salvação.
O que na
realidade a bíblia nos diz? Realmente ela nos informa que Cristo morreu como um
sacrifício, em propiciação para os nossos pecados, Gl. 1.4 “O qual se entregou a si mesmo
pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a
vontade de nosso Deus e Pai.”
Sendo
assim a morte de Cristo e mais do que um evento histórico transcende a nossa
realidade. Quanto àquele que por uma razão que só Deus conhece, mas ainda não
foi despertado para a realidade espiritual que Deus possa usar de misericórdia
e “ressuscitá-lo” de sua morte espiritual.
Ef. 2.5 “E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com
Cristo, — pela graça sois salvos.” E quanto aos impenitentes e réprobos,
lamento muito.
A teoria
universalista é herética, não existe um ensinamento bíblico que diga que todos
sem exceção irão se salvar, ao contrário existe vários textos que dizem o
oposto. Vamos a eles. 2 Ts. 1.9 “Estes sofrerão
penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu
poder.” 2 Pe. 2.12 “Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos para presa e
destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes, na sua destruição também
hão de ser destruídos.” 2 Pe. 3.7 “Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido
entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos
homens ímpios.”
Do mesmo
modo a teoria do livre arbítrio falha em interpretar a questão da salvação, se
Deus estivesse “preso” ao livre arbítrio humano ou na dependência de que o
homem pudesse resolver quando aceitar a salvação não haveria um juízo, isso
pelo fato de que o homem por si só jamais buscará a Deus. Outro fato inegável é
que apesar da eficácia do sacrifício de Cristo ter sido suficiente e total para
salvar, o propósito foi limitado. Ou seja, Deus em seu plano eterno pretendeu
salvar apenas os eleitos e o sacrifício de Cristo foi suficiente para isso, não
importando a quantidade e nem mesmo a localidade.
Muitas
vezes ouvi pessoas dizerem: “Deus é
perdedor, pois a bíblia diz que os perdidos serão como areia do mar”. Realmente
a bíblia diz isso só não menciona que Deus esteja se importando com quantidade,
pelo contrário o grupo de salvos era conhecido por Deus desde a eternidade, e o
sacrifício de Cristo foi para eles; assim como o grupo de perdidos Deus os
conhece desde a eternidade também. A bíblia nos diz que o propósito da expiação
foi a salvação de um grupo específico.
Mt. 1.21 “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu
povo dos pecados deles.” O seu povo dos seus pecados. Apesar do contexto imediato se referir a
Israel sabemos que o povo de Deus está espalhado pelos quatro cantos da terra.
Mas percebemos também que a salvação é limitada (o seu povo). Jo. 3.16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Este verso é conhecido por todos os cristão e "adorado" pelos defensores do livre
arbítrio, visto que eles utilizam com o objetivo de defender tal causa, eles
atestam que o verso está dizendo que quando a bíblia diz que Deus amou o mundo
deva significar que Deus ama cada ser humano existente de modo igual e sem
diferenças, mas a bíblia não está afirmando o universalismo antes diz: “para que cada um que nele crer não pereça”.
A questão se torna espinhosa para
os defensores do livre arbítrio: “quem
quer que deseje” mas por qual razão
uns desejam ou escolhem ir a Cristo e outros não.
Os defensores do livre arbítrio dizem que eles vão pelo
próprio livre arbítrio que reside neles, será? O que a bíblia diz: Jo. 6.44 “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia.” Neste
caso vemos não uma ação autônoma, mas sim uma causa que acionada por Deus Jo. 15.16 “Não fostes vós
que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos
designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que
tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” Reparem que primariamente não
existe uma ação humana, isso pelo fato da vontade humana não está sintonizada
com as coisas espirituais.
E nem mesmo pode está, o homem só irá a Cristo quando
nascer de novo, Jo. 3.3 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade,
em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus.” A visão total do reino de Deus será quando ele for implantado e uma
nova ordem acontecer deixando para trás este velho e ultrapassado sistema
que ora conhecemos. Mas é necessário um vislumbre do reino agora e isso só pode
acontecer se tal indivíduo nascer de novo, e isso só Deus pode fazer.
Jo. 3.5-6 “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da
água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da
carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”.
A ordem é a
seguinte: não conhecemos a Deus ao passo que somos conhecidos por Ele. Existe
um grupo pelo qual Jesus fez o sacrifício; para sermos salvos precisamos ir a
Deus, então Deus desperta a consciência daqueles que crerão a fim de irem a
Cristo o qual serão por Ele levados a Deus Jo.
6.37 “Todo aquele que o Pai me dá,
esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”
A
palavra vontade normalmente refere-se ao universal fenômeno de escolha de um
curso de ação em vez de outro. As escolhas humanas realmente ocorrem em toda a
bíblia não existe como negá-las, o problema não é se elas existem ou não, mas
sim se elas são ou não causadas. Se não são causadas somos autônomos, e não
precisamos de um Deus que nos governe, ao passo se forem causadas logo a nossa
vontade não é livre.
Gl. 1.3-4
“Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e
do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos
pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso
Deus e Pai.” Tito 2.14 “O qual a si mesmo
se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si
mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.” Existem muitos outros textos
que falam da redenção limitada, contrastando um povo que está pela graça de
Deus e não pelo próprio livre arbítrio se apartando do sistema iníquo que ora
presenciamos. A limitação da redenção se dá na quantidade não na sua eficacia.