sábado, 21 de setembro de 2013

Expiação limitada.

Qual o real significado da morte de Cristo? Há aqueles que devido à sua inércia espiritual não entendem, outros também estão mortos para Deus, portanto não se interessam, já os cristãos universalistas acreditam que a morte de Cristo foi providencial a fim de trazer salvação para todos indistintamente. Outros acreditam que Cristo morreu com o objetivo de abrir acesso à salvação para todos aqueles que desejam se salvar, podendo assim usar do livre arbítrio para aceitar ou recusar a salvação.

O que na realidade a bíblia nos diz? Realmente ela nos informa que Cristo morreu como um sacrifício, em propiciação para os nossos pecados, Gl. 1.4O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai.”
    
Sendo assim a morte de Cristo e mais do que um evento histórico transcende a nossa realidade. Quanto àquele que por uma razão que só Deus conhece, mas ainda não foi despertado para a realidade espiritual que Deus possa usar de misericórdia e “ressuscitá-lo” de sua morte espiritual.  Ef. 2.5 “E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos.” E quanto aos impenitentes e réprobos, lamento muito.

A teoria universalista é herética, não existe um ensinamento bíblico que diga que todos sem exceção irão se salvar, ao contrário existe vários textos que dizem o oposto. Vamos a eles. 2 Ts. 1.9 Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder.” 2 Pe. 2.12 Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos.” 2 Pe. 3.7 “Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.”

Do mesmo modo a teoria do livre arbítrio falha em interpretar a questão da salvação, se Deus estivesse “preso” ao livre arbítrio humano ou na dependência de que o homem pudesse resolver quando aceitar a salvação não haveria um juízo, isso pelo fato de que o homem por si só jamais buscará a Deus. Outro fato inegável é que apesar da eficácia do sacrifício de Cristo ter sido suficiente e total para salvar, o propósito foi limitado. Ou seja, Deus em seu plano eterno pretendeu salvar apenas os eleitos e o sacrifício de Cristo foi suficiente para isso, não importando a quantidade e nem mesmo a localidade.

Muitas vezes ouvi pessoas dizerem: “Deus é perdedor, pois a bíblia diz que os perdidos serão como areia do mar”. Realmente a bíblia diz isso só não menciona que Deus esteja se importando com quantidade, pelo contrário o grupo de salvos era conhecido por Deus desde a eternidade, e o sacrifício de Cristo foi para eles; assim como o grupo de perdidos Deus os conhece desde a eternidade também. A bíblia nos diz que o propósito da expiação foi a salvação de um grupo específico.

Mt. 1.21Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” O seu povo dos seus pecados. Apesar do contexto imediato se referir a Israel sabemos que o povo de Deus está espalhado pelos quatro cantos da terra. Mas percebemos também que a salvação é limitada (o seu povo). Jo. 3.16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Este verso é conhecido por todos os cristão e "adorado" pelos defensores do livre arbítrio, visto que eles utilizam com o objetivo de defender tal causa, eles atestam que o verso está dizendo que quando a bíblia diz que Deus amou o mundo deva significar que Deus ama cada ser humano existente de modo igual e sem diferenças, mas a bíblia não está afirmando o universalismo antes diz: “para que cada um que nele crer não pereça”. A questão se torna espinhosa para os defensores do livre arbítrio: “quem quer que deseje”  mas por qual razão uns desejam ou escolhem ir a Cristo e outros não.

Os defensores do livre arbítrio dizem que eles vão pelo próprio livre arbítrio que reside neles, será? O que a bíblia diz: Jo. 6.44 “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.”  Neste caso vemos não uma ação autônoma, mas sim uma causa que acionada por Deus Jo. 15.16  “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” Reparem que primariamente não existe uma ação humana, isso pelo fato da vontade humana não está sintonizada com as coisas espirituais.

E nem mesmo pode está, o homem só irá a Cristo quando nascer de novo, Jo. 3.3 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” A visão total do reino de Deus será quando ele for implantado e uma nova ordem acontecer deixando para trás este velho e ultrapassado sistema que ora conhecemos. Mas é necessário um vislumbre do reino agora e isso só pode acontecer se tal indivíduo nascer de novo, e isso só Deus pode fazer. Jo. 3.5-6Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”.

A ordem  é a seguinte: não conhecemos a Deus ao passo que somos conhecidos por Ele. Existe um grupo pelo qual Jesus fez o sacrifício; para sermos salvos precisamos ir a Deus, então Deus desperta a consciência daqueles que crerão a fim de irem a Cristo o qual serão por Ele levados a Deus Jo. 6.37Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”

A palavra vontade normalmente refere-se ao universal fenômeno de escolha de um curso de ação em vez de outro. As escolhas humanas realmente ocorrem em toda a bíblia não existe como negá-las, o problema não é se elas existem ou não, mas sim se elas são ou não causadas. Se não são causadas somos autônomos, e não precisamos de um Deus que nos governe, ao passo se forem causadas logo a nossa vontade não é livre.

Gl. 1.3-4Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai.”  Tito 2.14 O qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.” Existem muitos outros textos que falam da redenção limitada, contrastando um povo que está pela graça de Deus e não pelo próprio livre arbítrio se apartando do sistema iníquo que ora presenciamos. A limitação da redenção se dá na quantidade não na sua eficacia.