O
conceito filosófico acerca do materialismo onde é dito que as pessoas são
influenciadas e moldadas segundo os ditames regentes da época é uma realidade
inconfundível, vivemos em um período da história onde a espiritualidade tem
cada vez mais perdendo espaço para o materialismo, e essa “opção” se dá devido
ao vazio existente instalado na mente de bilhões de pessoas. Lamentavelmente
Deus não faz parte da grande maioria que habita sobre a terra, outros “tratam”
a Deus como se ao invés dEle ser o Senhor como sendo Ele um servo, uma espécie
de salvo conduto nas horas de angustia.
Segundo
a bíblia, exceto em caso de conversão quando um materialista cético clamar na
sua angustia o que irá acontecer? Tirando do seu contexto e utilizando para
esses dias Jr. 11.14 (Tu, pois, não ores por este povo, nem
levantes por eles clamor nem oração; porque não os ouvirei quando eles clamarem
a mim, por causa do seu mal.) fica claro que Deus não é uma espécie de
gênio da lâmpada que vem realizar os mais variados desejos.
Percebe-se
claramente que o deus que está sendo cultuado na era materialista e pelos
materialistas é o deus ego. Muitos dirão: - Ele é o tal, “não se preocupa com o
material”, vive sem querer prosperar... Lógico que não, tenho os meus defeitos,
e também preciso do material para sobreviver; igual a todos busco prosperidade,
mas só não cultuo o deus ego, busco ao Deus da bíblia em toas as circunstancias,
não espero os momentos críticos.
Outro
problema sério é que mesmo entre os professos cristãos existe a conformação ao
materialismo. Fato também é que os materialistas escarnecem dos cristãos
dizendo que eles os cristãos precisam da religião como ópio a fim de amenizar
as suas desilusões, mas cabe então uma pergunta: por que não são todos os
cristãos que são desiludidos? Porque muitos cristãos apesar de poderem não se
iludam com o materialismo, quer em pequena ou larga escala, mesmo que utilizem
do material não faz dele um fim para si.
O grande
problema não é buscar os objetivos materiais, mas sim negar a existência do
espiritual. Para os materialistas que só enxergam o material que é
completamente corruptível na sua essência
fica difícil compreender além dessa perspectiva, para eles não existe o
espiritual que é eterno II Co. 4.18
(Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se
vêem são temporais, e as que se não vêem
são eternas.)
Não se pode de forma nenhuma fazer uma acusação contra a
espiritualidade de quem quer que seja, haja vista que este é um problema
estritamente espiritual, não se pode exigir de alguém aquilo que ela não
possui, isso é bem definido na bíblia, I
Co. 2.14 (Ora, o homem natural não aceita
as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente.)
Nem mesmo o ateu na sua “fúria” desembestada pode ser
coagido a aceitar aquilo que ele não consegue ver, o homem (termo genérico) na
sua existência natural estão biologicamente vivos, ao passo que espiritualmente
estão mortos, as “coisas” de Deus lhes causam repulsa não são atraídos por nada
que seja de ordem espiritual (bíblica). Falando para pecadores os quais foram
espiritualmente ressuscitados Paulo diz,
Ef. 2.1 (Ele vos deu vida, estando vós
mortos nos vossos delitos e pecados.)
O verso dois e três continua dizendo quem e como se encontra nesta morte espiritual, rejeitando a palavra De Deus, até mesmo com ira, e blasfêmias Ef. 2. 2-3 (Nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.)
O verso dois e três continua dizendo quem e como se encontra nesta morte espiritual, rejeitando a palavra De Deus, até mesmo com ira, e blasfêmias Ef. 2. 2-3 (Nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.)
O
príncipe deste mundo não é o diabo popular que o povo acredita ser, mas sim
todo aquele que na esfera de “poder” seja ele qual for, contribui, permite,
incita e aprova as obras da carne, a qual o homem natural, materialista está
ligado, em outras palavras é chamado de curso deste mundo onde impera é a
inclinação da carne, vale salientar que todos éramos assim, resistentes a
vontade de Deus, descrentes ao apelo do evangelho.
Qualquer
pessoa que olha para os bens e valores deste mundo almeja para si, todos
indistintamente. Aqueles que possuem os recursos materiais que lhes proporciona
uma vida prospera são tidos como os bem aventurados, os “iluminados” deste
mundo. Que o dinheiro trás conforto e na maioria das vezes proporciona um bem
estar eficaz não resta a menor dúvida, mas fazer apologia para isso é sem
dúvida uma falta de espiritualidade pertencente aos materialistas; não, não é
recalque. Como disse nas linhas acima, o homem natural materialista não possui
nenhuma visão do espiritual, sendo assim o prazer e a sua ambição só pode está
embasada naquilo que lhe é próprio, o que é espiritual lhe causa repulsa.
Atente
agora para o seguinte fato descrito na parábola de um homem rico encontrado no
evangelho de Lucas, Lc. 12.16-20 (O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo
mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E
disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí
recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi à minha
alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e
regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que
tens preparado, para quem será?)
O que
Jesus disse além de outras coisa foi que o material não vai além túmulo, essa é
a realidade, não importa quanto a pessoa possua. Lhes digo sem medo de errar,
se os materialistas aqueles que são bem sucedidos são tidos como bem
aventurados, como os privilegiados, o que dizer daqueles que naturalmente
nascem mortos para Deus, mas que pela sua misericórdia são chamados para o
reino eterno? O verso diz: Ele vos deu
vida...
Digo com
toda a certeza que os chamados para ver o mundo espiritual são tidos não pelos
materialistas, nem mesmo pelos ateus, (eles não compreendem isso) mas pelos que
conhecem Cristo, como sendo a elite, escolhidos por Deus antes da fundação do
mundo Ef. 1.4 (Assim como nos escolheu, nele, antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em
amor.) Hb. 9.15 (Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que,
intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira
aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.)
A “elite” do material irão todos passar, inclusive eles
mesmo estão percebendo isso, a degradação material é patente para todos, nada
além túmulo. A eleição de Deus para a elite que Ele Deus escolheu, não é
percebida, e nem mesmo almejada, mas não faz diferença, como disse o próprio
Jesus, quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir assim seja.