Os
sabatistas e em especial a igreja adventista do 7º dia asseguram veementemente
que a guarda do sábado é um requisito necessário a salvação. Mesmo quando
confrontados com versos bíblicos que ensinam o contrário, insistem na
necessidade da guarda do mesmo, tentam refutar de todas as formas mesmo os textos
que são literais e taxativos como é o caso de Colossenses 2.16 o qual diz: (Ninguém, pois,
vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou
sábados.)
Segundo os adventistas e sabatistas em geral o texto está
tratando de uma questão puramente cerimonial, para eles quando diz “dia de
festa” ou “lua nova” está mais do que comprovando que se trata de uma cerimonia
típica do judaísmo portanto um cerimonial abolido por Cristo. Ao passo que a
palavra sábados também se encaixa neste perfil pois segundo os sabatistas o
fato de Paulo ter dito sábados ao invés de sábado confirma isso.
Na realidade essa tentativa é nula pois tanto a palavra
sábados quanto a palavra sábado no grego é σαββατον sabbaton que quer dizer sétimo dia de cada semana. Para emendar a evasiva aludem
que quando é dito sábados ao invés de sábado a bíblia está dizendo os sábados
do homem não o sábado de Deus. Nos dias bíblico todos os feriados festivos eram
considerados sábados, pois era proibido aos judeus trabalhar nesses dias.
Falando sobre o dia da expiação nos é dito em Levíticos
23.32 (Sábado de descanso solene vos
será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra
tarde, celebrareis o vosso sábado.) O
dia da expiação ocorria no dia dez do sétimo mês, naturalmente independente do
dia da semana tal dia era um sábado, um feriado conhecido no meio sabatista
como sábado cerimonial ou os “vossos” sábados.
E são
esses “vossos” sábados que os adventistas do 7º dia e sabatistas em geral
asseguram que está sendo declarado pelo apostolo Paulo em sua carta aos
Colossenses capítulo dois. Quando isso é afirmado dentro da denominação não há
quem questiona, visto que para eles a voz do líder é a voz de "Deus". Mas a
questão vista do lado de “fora” é totalmente diferente, por exemplo: se o
sábado declarado por Paulo em sua carta aos Colossenses são os sábados festivos
por que então, Ele Paulo, diz no mesmo verso para ninguém julgar o semelhante
por causa dos dias de festas?
Ora, se
os sábados festivos ou cerimoniais são os principais dias das festas judaicas
naturalmente eles faziam parte dos dias de festas, sendo assim Paulo estaria
sendo redundante ao declarar: dia de festa, ou lua nova, ou sábados, sendo estes
pertencentes aos dias de festas. Lv. 23.33-37 (Disse mais o Senhor
a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês
sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao Senhor,
por sete dias. Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil
fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; ao dia oitavo, tereis santa
convocação e oferecereis ofertas queimadas ao Senhor;
é reunião solene, nenhuma obra servil fareis. São estas as festas
fixas do Senhor, que proclamareis
para santas convocações, para oferecer ao Senhor
oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada
qual em seu dia próprio.) [Grifo Meu]
Percebe-se nestes versos a festa dos tabernáculos que
começava no décimo quinto dia do sétimo mês e se estendia até o vigésimo
primeiro dia, reparem que no primeiro e no último dia da festa independente do
dia da semana era feriado nacional ou dia de descanso um sábado para o povo
judeu. Lv. 23.4-8 (São estas as festas fixas do Senhor, as santas convocações, que
proclamareis no seu tempo determinado: no mês primeiro, aos catorze do mês, no
crepúsculo da tarde, é a Páscoa do Senhor.
E aos quinze dias deste mês é a Festa dos Pães Asmos do Senhor; sete dias comereis pães asmos. No primeiro
dia, tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; mas sete dias
oferecereis oferta queimada ao Senhor;
ao sétimo dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis.)
O mesmo
ocorria com a festa da páscoa e a dos pães asmos, no primeiro e no último dia
independente do dia da semana era “sábado” em outras palavras feriado
nacional. Lembrando sempre para os
adventistas do 7º dia que os sábados cerimoniais estavam inclusos nos dias de
festas, em outras palavras os sábados de Colossenses não podem ser cerimoniais.
Como
vimos então esses dias sagrados começavam pelos chamados “dias de festa”,
expressão que se aplicava aos dias de festas anuais, tais como; Festa dos
Asmos, Festa da Páscoa, Festa das Primícias também chamada Festa de Pentecostes,
Festa das Trombetas, Festa da Expiação e finalmente Festa dos Tabernáculos
celebrada em duas ocasiões: primeiro dia e último dia da festa. Vinham ainda os
dias sagrados mensais conhecidos como “Luas Novas” e por fim, os dias sagrados
semanais indicados pela palavra “sábados.”
O que Paulo destacou foi que ninguém deve
julgar o outro por meio do calendário, ou seja, as festas ocorriam durante o
ano, sendo então as festas anuais, as luas novas mensais e os sábados semanais.
Claro está também que isso está relacionado qualquer dia de guarda, não é pelo
fato de não precisarmos guardar o sábado para sermos salvos que devo guardar
outro dia com o mesmo objetivo.
Quanto
ao descanso físico todos sabem de sua necessidade, precisamos sim repousar de
nossos labores, mas a nossa santificação não deve estar vinculada a um dia da
semana. O assunto em pauta é: se as festas religiosas judaicas, nos seus dias
principais exigia do povo que guardasse tal dia como feriado nacional, e se
esse dia era vedado ao povo trabalhar naturalmente eles tinham como um sábado.
Sendo
assim OS SÁBADOS FESTIVOS NATURALMENTE ESTAVAM INCLUÍDOS NOS DIAS DE FESTAS,
fica evidente que os sábados de Colossenses 2.16 está se referindo ao sétimo
dia da semana, não pode ser diferente, em outras palavras, festas religiosas
judaicas = a sábado cerimonial.