quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Colossenses 2.16. Parte 2

Os sabatistas e em especial a igreja adventista do 7º dia asseguram veementemente que a guarda do sábado é um requisito necessário a salvação. Mesmo quando confrontados com versos bíblicos que ensinam o contrário, insistem na necessidade da guarda do mesmo, tentam refutar de todas as formas mesmo os textos que são literais e taxativos como é o caso de Colossenses 2.16 o qual diz: (Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados.)

Segundo os adventistas e sabatistas em geral o texto está tratando de uma questão puramente cerimonial, para eles quando diz “dia de festa” ou “lua nova” está mais do que comprovando que se trata de uma cerimonia típica do judaísmo portanto um cerimonial abolido por Cristo. Ao passo que a palavra sábados também se encaixa neste perfil pois segundo os sabatistas o fato de Paulo ter dito sábados ao invés de sábado confirma isso.

Na realidade essa tentativa é nula pois tanto a palavra sábados quanto a palavra sábado no grego é σαββατον sabbaton que quer dizer sétimo dia de cada semana. Para emendar a evasiva aludem que quando é dito sábados ao invés de sábado a bíblia está dizendo os sábados do homem não o sábado de Deus. Nos dias bíblico todos os feriados festivos eram considerados sábados, pois era proibido aos judeus trabalhar nesses dias.

Falando sobre o dia da expiação nos é dito em Levíticos 23.32 (Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.) O dia da expiação ocorria no dia dez do sétimo mês, naturalmente independente do dia da semana tal dia era um sábado, um feriado conhecido no meio sabatista como sábado cerimonial ou os “vossos” sábados.

E são esses “vossos” sábados que os adventistas do 7º dia e sabatistas em geral asseguram que está sendo declarado pelo apostolo Paulo em sua carta aos Colossenses capítulo dois. Quando isso é afirmado dentro da denominação não há quem questiona, visto que para eles a voz do líder é a voz de "Deus". Mas a questão vista do lado de “fora” é totalmente diferente, por exemplo: se o sábado declarado por Paulo em sua carta aos Colossenses são os sábados festivos por que então, Ele Paulo, diz no mesmo verso para ninguém julgar o semelhante por causa dos dias de festas?

Ora, se os sábados festivos ou cerimoniais são os principais dias das festas judaicas naturalmente eles faziam parte dos dias de festas, sendo assim Paulo estaria sendo redundante ao declarar: dia de festa, ou lua nova, ou sábados, sendo estes pertencentes aos dias de festas. Lv. 23.33-37  (Disse mais o Senhor a Moisés:  Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao Senhor, por sete dias. Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis.  Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; é reunião solene, nenhuma obra servil fareis.  São estas as festas fixas do Senhor, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao Senhor oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio.) [Grifo Meu]

Percebe-se nestes versos a festa dos tabernáculos que começava no décimo quinto dia do sétimo mês e se estendia até o vigésimo primeiro dia, reparem que no primeiro e no último dia da festa independente do dia da semana era feriado nacional ou dia de descanso um sábado para o povo judeu. Lv. 23.4-8 (São estas as festas fixas do Senhor, as santas convocações, que proclamareis no seu tempo determinado: no mês primeiro, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde, é a Páscoa do Senhor. E aos quinze dias deste mês é a Festa dos Pães Asmos do Senhor; sete dias comereis pães asmos.  No primeiro dia, tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis;  mas sete dias oferecereis oferta queimada ao Senhor; ao sétimo dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis.)

O mesmo ocorria com a festa da páscoa e a dos pães asmos, no primeiro e no último dia independente do dia da semana era “sábado” em outras palavras feriado nacional.  Lembrando sempre para os adventistas do 7º dia que os sábados cerimoniais estavam inclusos nos dias de festas, em outras palavras os sábados de Colossenses não podem ser cerimoniais.

Como vimos então esses dias sagrados começavam pelos chamados “dias de festa”, expressão que se aplicava aos dias de festas anuais, tais como; Festa dos Asmos, Festa da Páscoa, Festa das Primícias também chamada Festa de Pentecostes, Festa das Trombetas, Festa da Expiação e finalmente Festa dos Tabernáculos celebrada em duas ocasiões: primeiro dia e último dia da festa. Vinham ainda os dias sagrados mensais conhecidos como “Luas Novas” e por fim, os dias sagrados semanais indicados pela palavra “sábados.” 

O que Paulo destacou foi que ninguém deve julgar o outro por meio do calendário, ou seja, as festas ocorriam durante o ano, sendo então as festas anuais, as luas novas mensais e os sábados semanais. Claro está também que isso está relacionado qualquer dia de guarda, não é pelo fato de não precisarmos guardar o sábado para sermos salvos que devo guardar outro dia com o mesmo objetivo.

Quanto ao descanso físico todos sabem de sua necessidade, precisamos sim repousar de nossos labores, mas a nossa santificação não deve estar vinculada a um dia da semana. O assunto em pauta é: se as festas religiosas judaicas, nos seus dias principais exigia do povo que guardasse tal dia como feriado nacional, e se esse dia era vedado ao povo trabalhar naturalmente eles tinham como um sábado.


Sendo assim OS SÁBADOS FESTIVOS NATURALMENTE ESTAVAM INCLUÍDOS NOS DIAS DE FESTAS, fica evidente que os sábados de Colossenses 2.16 está se referindo ao sétimo dia da semana, não pode ser diferente, em outras palavras, festas religiosas judaicas = a sábado cerimonial.