Concordo
plenamente que dentro da bíblia o dia da semana que Deus, pois em relevo foi o
sábado, a bíblia cita vários textos sobre esta realidade. (Gn. 2.3 E abençoou Deus o dia sétimo e o
santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.) (Ex. 20.10. Mas o sétimo dia
é o sábado do Senhor, teu Deus;
não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu
servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para
dentro.)
E vários
outros textos que não serão citados. Mas, a pergunta que devemos fazer é a
seguinte: a guarda do sábado era por força de lei uma obrigação para quem
observar? (Ex. 31.13-14 16-17 Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis
os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que
saibais que eu sou o Senhor, que
vos santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque é santo para vós
outros; aquele que o profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra
será eliminado do meio do seu povo. Pelo que os filhos de Israel guardarão o
sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os
filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, e, ao sétimo
dia, descansou, e tomou alento.)
O início do verso 13 lemos “Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás” diferentemente
do evangelho os escritos de Moisés foi direcionado para Israel, ao passo que o
evangelho foi para todos os povos; (Mc.
16.15 E disse-lhes: Ide
por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.) A própria pronuncia imperativa “falaras aos filhos de
Israel” mostra isso. O contexto dos versos continua mostrando que o sábado era
sinal entre Deus e quem? “é sinal
entre mim e vós” entre Deus e
Israel. Caso alguém desobedecesse seria morto, dentre todos os povos? “será
eliminado do meio do seu povo”.
Claramente se percebe nos versos acima que Deus mandou
Moisés falar aos filhos de Israel; e que o sábado seria um sinal entre Deus e os
descendentes israelitas e que caso alguns do meio do povo não dessem ouvidos
para obedecer tal ordenança seria eliminado de entre o povo, ou seja dentro do
próprio povo de Israel. Muitos podem dizer que ficou um tanto subentendido, mas
veja outros versos e sua clareza.
(Dt. 5. 1-3 Chamou Moisés a
todo o Israel e disse-lhe: Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos
falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes. O Senhor, nosso Deus, fez aliança conosco em Horebe. Não
foi com nossos pais que fez o Senhor
esta aliança, e sim conosco, todos os que, hoje, aqui estamos vivos.)
Literalmente o verso diz que Moisés reuniu todo o Israel
e lhes falou, não foi dito que Moisés estava preocupado em falar do pacto com
os seus vizinhos, tal assertiva não existe. Falando sobre a aliança Moisés
enfaticamente e para o desespero daqueles que esperam diferente Ele diz: O Senhor,
nosso Deus, fez aliança conosco em Horebe. Não
foi com nossos pais que fez o Senhor
esta aliança, e sim conosco, todos os que, hoje, aqui estamos vivos.
Percebe-se que Moisés tem a preocupação em demonstrar
para os judeus que o pacto do Sinai foi feito entre eles os judeus que lá
estavam e Deus, não foi com os seus descendentes nem mesmo com seus ancestrais,
como muitos erroneamente asseguram, e muito menos com gentios. Os judeus por
quatrocentos anos foram escravizados no Egito, naturalmente o sábado veio como
Um lembrete para que o próprio povo judeu não escravizasse os seus irmão, nem
mesmo os forasteiros que entre eles iriam residir. (Dt. 5.15 porque te
lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço
estendido; pelo que o Senhor, teu
Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado.) Qual a inferência entre o
sábado e a escravidão, a não ser que se torne um lembrete para inibir tal
prática ou costume?
(Ne.
9.14. O teu santo sábado lhes fizeste
conhecer; preceitos, estatutos e lei, por intermédio de Moisés, teu servo, lhes
mandaste.
Neemias claramente nos assegura que não só o sábado mais toda a lei foi
revelada para os judeus no monte Sinai, ora, algo foi foi dado a conhecer
naturalmente era oculto ao povo. E como a
salvação era uma questão de obra a guarda do sábado era uma questão de salvação.
Percebemos
sobejamente apesar dos poucos versos citados que Deus estabeleceu a sua
primeira aliança com os judeus e essa no monte Sinai, não antes, como é
ensinado no meio do sabatismo. Diferentemente o evangelho ou a nova aliança foi
estabelecido para todos os povos e no meio dos requisitos da nova aliança não
se encontra nenhum pedido por parte de Jesus ou mesmo dos apóstolos para que
observemos o dia de sábado.
Alias,
erram não só os sabatistas, mas também os dominguistas, (se é que posso dizer
assim) não existem nas paginas do novo testamento nenhuma recomendação para que
observemos qualquer dia dedicado para culto, existe sim na tradição. O que
existe é uma tendência de superioridade por parte dos sabatistas com o intuito
em reavivar uma doutrina antiga, alegam que foi pisada por séculos, já os “dominguistas”
sustentam a tradição pós-apostólica sem nenhum respaldo bíblico.
Logo,
tanto os sabatistas no seu zelo por algo que passou e que nem mesmo nos era
direcionado, quanto os dominguistas na sua tradição sem apoio bíblico, erram em
promover um dia de guarda. Segundo eles sem o qual não poderemos nos salvar. Ao
passo, que a salvação não é baseada em cima de obras e sim de Jesus Cristo,
verdade esta que ambos os grupos dizem acreditar. Naturalmente não podemos anular
a obediência a Deus e a sua palavra, nem sermos rebeldes. Mas não podemos
depender de atos cerimoniais para conseguir alcançar nossa salvação.
Adicionando o fato que não existe nos escritos do novo testamento um pedido ou
mesmo uma ordem, para que os cristãos venham observar dias de guarda.