Atualmente não sabemos descrever com fidelidade o
que era um reino nos tempos antigos. No entanto os personagens Bíblicos podiam
definir prontamente um reino pela sua experiência diária. E segundo a bíblia o
reino era composto de quatro coisas: um território, um governante, um povo
governado e as leis do governo. No Antigo Testamento o reino de Israel,
governado por reis como Davi e Salomão, era um reino neste sentido e é muito
relevante que depois da ressurreição de Jesus os discípulos demonstraram que
esperavam o Reino de Deus no mesmo sentido.
No primeiro capítulo de Atos dos Apóstolos
aprendemos que no pequeno intervalo entre a sua ressurreição e ascensão aos
céus, Jesus falou com os seus discípulos At.
1.3 “A estes também, depois de ter padecido, se apresentou
vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e
falando das coisas concernentes ao reino de Deus.”
Jesus aproveitou os seus últimos dias sobre a
terra para falar do reino de Deus. A reação dos discípulos consistiu em esperar um
reino literal, da mesma maneira como o reino de Israel tinha anteriormente
existido. At. 1.6 “Então, os que estavam
reunidos lhe perguntaram: Senhor será este o tempo em que restaures o reino a
Israel?
Desde o início da história os homens têm-se
organizado em grupos, colocando outros em posição de autoridade sobre eles.
Deste modo o homem governa o homem. Isto é válido tanto para o antigo chefe
tribal como para os presidentes eleitos na atualidade. Tal sistema de governo
onde o homem controla a sua própria organização e destino é chamado na Bíblia
"o reino dos homens".
Atualmente este reino é representado por todas as
diferentes nações do mundo sem importar o seu ponto de vista político.
Praticam-se idéias humanas e impõe-se a vontade humana. Mas muito pouca gente
dá-se conta de que o reino dos homens está sob o controle oculto de Deus. Dn. 4. 32 “Serás expulso de entre os homens, e a
tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois,
e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem
domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.”
O propósito deste controle oculto é de levar a
humanidade a um estado em que
Deus governará abertamente o mundo. Por outras palavras, o
reino dos homens dará lugar ao Reino de Deus. Se houve alguma vez um homem e um
regime que representou o reino dos homens, foi o rei que governou sobre o Novo
Império Babilônico por volta de 600 a.C. Sob o seu gênio militar e
administrativo formou-se um grande império como o mundo jamais tinha visto até
então.
Centrado na cidade capital de Babilônia sobre o
rio Eufrates, o império estendia-se num grande arco que rodeava o perímetro
ocidental do deserto da Arábia, incluindo no seu território, países conhecidos
atualmente como o Iraque, Turquia, Síria, Líbano, Jordânia, Israel e parte do
Egito e Irã. Sobre esta área governou Nabucodonosor como déspota, impondo a sua
vontade e capricho através de uma eficiente organização civil e militar.
Reconstruiu completamente a Babilônia: seus
templos, palácios e residências particulares foram rodeados por grossas
muralhas de grande altura e resistência. A Bíblia mostra o rei dizendo: Dn. 4. 30 “Falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que
eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha
majestade? No seu tempo ele
representou o reino dos homens.
Mas o que tem que ver isto com o Reino de Deus?
Exatamente o seguinte: Em certa ocasião Nabucodonosor foi para a sua cama preocupado
como o que sucederia ao seu reino depois da sua morte. Nessa mesma noite, Deus
respondeu aos seus pensamentos dando-lhe um resumo dos acontecimentos mundiais
que abarcam os 2500 anos seguintes. Esta informação foi-lhe proporcionada
através dum sonho registrado no livro de Daniel Capítulo 2. No sonho
Nabucodonosor viu uma grande estátua que se erguia até ao céu em deslumbrante
magnificência. Uma característica pouco comum desta estátua era que cada secção
estava feita de um tipo de metal diferente.
Perplexo acerca desta estranha visão, Nabucodonosor
pediu a Daniel, o profeta judeu que estava exilado na Babilônia, que lhe
explicasse o seu significado. Com a ajuda de Deus, Daniel disse que a estátua
representava diferentes fases do reino dos homens através da história. A cabeça
de ouro representava o próprio Nabucodonosor e o Império Babilônico sobre o
qual ele governava, Dn. 2. 38 “A cujas mãos foram entregues os filhos dos homens, onde
quer que eles habitem, e os animais do campo e as aves do céu, para que
dominasses sobre todos eles, tu és a cabeça de ouro.”
Depois do Império Babilônico levantar-se-iam três
impérios no reino dos homens, representados pelos três metais seguintes,
Dn. 4. 39-40 “Depois
de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de
bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra. O quarto reino será forte como
ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as
coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará.”
A história demonstrou que esta predição foi cem
por cento exata. O Império Babilônico deu lugar ao Império Persa por volta de
538 a.C. Este corresponde ao peito e braços de prata. Anos mais tarde os gregos
derrotaram os persas e tomaram o controle do império dos homens. Este império
Grego foi o maior, estendendo-se desde o Mar Egeu até às fronteiras da Índia.
Tal como Daniel disse, "Dominará sobre toda a terra," não o globo
inteiro tal como o conhecemos atualmente, mas certamente sobre a maior parte do
mundo civilizado de então.
A eleição do metal foi apropriada. O bronze era a
característica distintiva dos exércitos gregos, as armaduras de bronze dos
gregos são legendárias. A seguir na cena mundial, chegaram os Romanos os quais
em vez dos gregos vieram a ser os representantes do reino dos homens. De novo a
eleição do metal foi boa. O verso diz "forte como o ferro", e
certamente o Império Romano foi o mais forte, mais eficiente e impiedoso que o
mundo jamais tinha conhecido. O Império Romano continuou até ao século quinto
d.C.
Mas ao contrário dos impérios anteriores, não foi
suplantado por outro império maior. Ao contrário, decompôs-se gradualmente
frente ao ataque de tribos do norte como os godos e hunos. A ausência de um
quinto império já tinha sido predita por Daniel mil anos antes. As pernas de
ferro da estátua deram lugar aos pés que são uma mistura de material forte e
frágil, ferro e barro. O próprio Daniel explica o que isto prefigura:
Dn. 2.
41-42 “Quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte, de
barro de oleiro e, em parte, de ferro, será esse um reino dividido; contudo,
haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado
com barro de lodo. Como os artelhos dos pés eram, em parte, de ferro e, em
parte, de barro, assim, por uma parte, o reino será forte e, por outra, será
frágil.”
Isto foi provado como sendo completamente exato.
Desde o final do Império Romano não existiu um poder que tenha tido completa
autoridade sobre a maior parte do mundo. Muitos tentaram e falharam. Sempre
existiu uma mistura de nações fracas e fortes, e isto ainda persiste na
atualidade. A propósito, isto significa que qualquer esperança de domínio
mundial por alguma das superpotências atuais é somente uma ilusão. Está claro
que o sonho que Deus deu a Nabucodonosor foi uma revelação importante para a
humanidade.
O seu objetivo não foi satisfazer a curiosidade
do rei, mas informar todas as gerações futuras que Deus está a controlar todos
os acontecimentos do mundo. Enquanto que superficialmente parece que o homem é
supremo no reino dos homens, na realidade pode operar somente dentro dos
limites permitidos por Deus. Poderia esta detalhada predição de 2500 anos da
história do mundo ter sido escrita por um simples homem? Poderá a adivinhação e
premonição explicar satisfatoriamente a sua estranha exatidão?
Como Daniel pode dizer exatamente aquilo que
ocorreria no futuro? Dn. 2. 28 “Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, pois
fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e
as visões da tua cabeça, quando estavas no teu leito, são estas.” A revelação de Deus a
Nabucodonosor não limitou-se a mostrar-lhe esta extraordinária estátua
metálica. Ao continuar o sonho ele viu outra coisa surpreendente. De uma montanha
próxima seria cortado um pedaço de pedra. Gradualmente esta pedra separou-se da
rocha até que finalmente ficou livre. O que impressionou o rei foi que isto se
realizou sem que o homem estivesse envolvido nisso.
Depois chegou o final dramático do sonho. A pedra recentemente cortada repentinamente precipitou-se através
do ar em direção à estátua e a atingiu nos pés com grande força. A grande massa
de metal tremeu e estremeceu, e finalmente a estátua completa caiu sobre a
terra. Tão devastadora foi à destruição e ficaram tão pulverizados os seus
fragmentos que quando se levantou um vento forte os restos da estátua
espalharam-se, e a única coisa que ficou foi a pequena pedra que tinha causado
toda a destruição.
Enquanto observava, Nabucodonosor viu que a pedra
mudava de forma. Ia crescendo! Continuou a crescer até alcançar o tamanho de uma
colina. Continuou a crescer, tornando-se finalmente uma montanha que cobria
toda a terra. A destruição da estátua significa que o domínio humano da terra
será subitamente eliminado. Se você sente-se inclinado a pensar que isto é
impossível, recorde o cumprimento exato da primeira parte da profecia: a
sequência exata dos quatro impérios mundiais, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma,
e a ausência de um quinto império.
Tomando o seu lugar uma mistura mundial de nações
fortes e fracas. A razão exige que aceitemos a totalidade da profecia e não
somente a primeira parte. O fato de ter-se cumprido a primeira parte garante o
cumprimento da parte restante. A impressão imediata de que a destruição da
estátua representa a remoção do reino dos homens é correta. Deixemos que o
próprio Daniel no-lo diga Dn. 2. 44 “Mas, nos dias
destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído;
este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos,
mas ele mesmo subsistirá para sempre.”
Este é um dos versículos mais reveladores de toda
a Bíblia, com informação cumprida sobre o reino de Deus. O verso nos diz coisas
importantes: "Nos dias destes
reis", Quais reis? A pedra atingiu a estátua nos pés de ferro e barro,
representando o estado fragmentado do mundo depois do declínio do Império
Romano. Esta foi a condição do mundo durante os últimos 1500 anos, incluindo o
tempo presente. Por conseguinte vivemos na época em que a pedra atingirá a
estátua e esta cairá.
"O
Deus do céu suscitará um reino" Os reinos que caíram e foram removidos estavam na
terra. Da mesma maneira, o reino de Deus terá que estar na terra. Não há nada
que sugira que este reino divino será menos literal que o reino dos homens que
será substituído. A pedra (ou o Reino de Deus) cresceu até encher a terra, não
os céus. "Esmiuçará e consumirá
todos estes reinos"
O governo humano da terra representado pelos
quatro impérios da Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma, e o estado dividido do
mundo desde então, será removido completamente. A profecia não sugere uma
transição gradual do reino dos homens para o Reino de Deus. A mudança será
repentina, violenta e total. Os restos espalhados dos governos humanos serão
desfeitos de tal maneira que "deles não se viram mais vestígios". "Este
reino não passará a outro povo".
O esplendor da Babilônia passou para a Pérsia,
seu conquistador. Por sua vez a Pérsia entregou o seu reino e território à
Grécia, e a Grécia a Roma. O reino de Deus será diferente. Uma vez
estabelecido, será permanente, sem ceder a sua autoridade ou domínio a um
sucessor. Outras frases do versículo confirmam isso: "não será jamais
destruído" e "subsistirá para sempre".
Copiado do Site: http://www.god-so-loved-the-world.org/
Postado por Evandro.