sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Quem não é contra, naturalmente é a favor.

O conceito religioso derivado da bíblia tem demonstrado ao menos dois tipos de ensinamentos, ensino este que tem formado a religiosidade de nossos dias, uma dessas normas é genuína, ou seja, original, está embasada nos ditos de Jesus e dos apóstolos, e para infelicidade geral está praticamente em desuso. Já o outro ensinamento é o preceito que tem formado a cristandade em geral, ou mais basicamente o sistema denominacional existente.

Como dito acima, o conceito genuíno ensinado, principalmente nas páginas do NT. Tem como objetivo formar discípulos e estes naturalmente teriam uma missão, e segundo a bíblia qual missão seria? Divulgar o reino de Deus. Este sempre foi o objetivo, podemos ver isso nas próprias declarações de Jesus Mc. 1. 14-15 "E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus, E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho."

Após o discípulo se arrepender e crer, ou seja, ter uma visão daquilo que é espiritual e passar a vivenciá-lo, não por si só, mas pela graça de Deus em sua vida, deve pregar o evangelho do reino, isto é um mandamento. Vejam bem, ensinar o evangelho do reino, não podemos confundir com evangelho denominacional, Mt. 24. 14 “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim."

O evangelho denominacional o qual está em alta, e que tem predominado não só nos púlpitos dos templos religiosos, mas principalmente na mentalidade do cristão contemporâneo é um "evangelho" fracionado que se apresenta de vários modos, gostos e tendências. O modo como a muito ele tem sido apresentado refere-se não ao evangelho da conversão e da instalação do reino de Deus por meio de Jesus Cristo, mas sim ao do orgulho, do denominacionalismo.

Na atualidade pertencer a uma denominação religiosa é algo mais importante do que ser alguém que pregue o evangelho do reino, e o orgulho denominacional está tão em alta que existe até mesmo uma disputa psicológica entre as denominações, lá não existe consenso sobre o que disse Jesus e os discípulos, mas sim exaltação própria, dizem eles: pertenço à igreja verdadeira, e continuam dizendo, "se você não está congregando na minha denominação você é um coitado, está ausente da presença de Deus". Agindo assim estão testemunhando que desconhecem a realidade apresentada pela bíblia?

1ª Co 3. 3-4 Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?” Quando alguém, quem quer que seja, se valem das palavras acima, exaltando a sua igreja, está fazendo nada mais do que os cidadãos pertencentes a igreja de Corinto, sendo estritamente carnal, o denominacionalismo pode ser comparado a um time de futebol, cada qual tem o seu e o dele é o melhor, o mais importante.

O gosto pela denominação é bem variado, há aqueles que preferem o pentecostalismo acreditando que por presenciar certas práticas, Deus se faz presente, outros preferem as instituições mais tradicionais, o primeiro argumento é de que se ela é antiga logo ela é verdadeira, já existem aqueles que preferem seguir as instituições que se rotulam como sendo verdadeiras e que tem profetas e profetizas, e o seu surgimento foi previsto e determinado antes da fundação do mundo. Existem ainda aqueles que gostam do “evangelho” da prosperidade, onde é cultuado uma espécie de deus mago. 

A necessidade da denominação é tão grande que mesmo alguns não conseguem prestar culto a Deus fora de um templo religioso, acreditam que igreja se restringe a um lugar feito de alvenaria. Tudo isso e ainda mais existe no mundo religioso denominacional, todas elas sem exceção infla o ego do seguidor que uma vez cegado pela constante lavagem cerebral aderiu à ideia de que ele (a) é um escolhido a trilhar os caminhos da amada igreja.

Quando Israel foi chamado a ser o povo peculiar de Deus entre todas as nações, Dt. 7. 6 “Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra.” Foi instituído um lugar exclusivo de culto, 2ª Cr. 6. 5-6 “Desde o dia em que tirei a meu povo da terra do Egito, não escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel, para edificar nela uma casa em que estivesse o meu nome; nem escolhi homem algum para ser líder do meu povo, Israel. Porém escolhi a Jerusalém para que ali estivesse o meu nome; e escolhi a Davi, para que estivesse sobre o meu povo Israel.” 

Nem por isso o lugar de culto ficou eternamente sendo exclusiva e unicamente sendo Jerusalém Jo. 4. 20-21 “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.” Antigamente os judeus diziam e com razão aos samaritanos, “vocês estão perdendo tempo Deus não habita neste lugar, portanto o seu culto é sem valor”, atualmente o meio denominacional cristão diz: se você não se converter a minha igreja... é perda de tempo.

Mc. 9. 38 “E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue.” Jesus não aprovou tal conduta e naturalmente não aprova a que vemos na atualidade. Na realidade o que temos percebido em meio a este crescente número de instituições denominadas cristãs onde cada qual diz ter um benefício que a destaca das demais é algo que a bíblia denomina como Babilônia. 

O termo babel expressa na verdade confusão, para aquele caso específico confusão de linguagem, a Babilônia que estou retratando é a Babilônia religiosa, ou mais precisamente confusão religiosa. Mc. 9. 39. 40Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós, é por nós”. Qual denominação religiosa cristã preciso me filiar para não ser contra Cristo? Por isso o título da postagem, não é o fato de pertencer a uma denominação específica que me torna  favorável a Cristo.