O conceito
religioso derivado da bíblia tem demonstrado ao menos dois tipos de
ensinamentos, ensino este que tem formado a religiosidade de nossos dias, uma
dessas normas é genuína, ou seja, original, está embasada nos ditos de Jesus e
dos apóstolos, e para infelicidade geral está praticamente em desuso. Já o
outro ensinamento é o preceito que tem formado a cristandade em geral, ou mais
basicamente o sistema denominacional existente.
Como dito
acima, o conceito genuíno ensinado, principalmente nas páginas do NT. Tem como
objetivo formar discípulos e estes naturalmente teriam uma missão, e segundo a
bíblia qual missão seria? Divulgar o reino de Deus. Este sempre foi o objetivo,
podemos ver isso nas próprias declarações de Jesus Mc. 1. 14-15 "E, depois que João foi entregue à prisão,
veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus, E dizendo: O
tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no
evangelho."
Após o
discípulo se arrepender e crer, ou seja, ter uma visão daquilo que é espiritual
e passar a vivenciá-lo, não por si só, mas pela graça de Deus em sua vida, deve
pregar o evangelho do reino, isto é um mandamento. Vejam bem, ensinar o
evangelho do reino, não podemos confundir com evangelho denominacional, Mt.
24. 14 “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em
testemunho a todas as nações, e então virá o fim."
O evangelho
denominacional o qual está em alta, e que tem predominado não só nos púlpitos
dos templos religiosos, mas principalmente na mentalidade do cristão contemporâneo
é um "evangelho" fracionado que se apresenta de vários modos, gostos
e tendências. O modo como a muito ele tem sido apresentado refere-se não ao
evangelho da conversão e da instalação do reino de Deus por meio de Jesus Cristo, mas
sim ao do orgulho, do denominacionalismo.
Na
atualidade pertencer a uma denominação religiosa é algo mais importante do que
ser alguém que pregue o evangelho do reino, e o orgulho denominacional está tão
em alta que existe até mesmo uma disputa psicológica entre as denominações, lá
não existe consenso sobre o que disse Jesus e os discípulos, mas sim exaltação
própria, dizem eles: pertenço à igreja verdadeira, e continuam dizendo, "se
você não está congregando na minha denominação você é um coitado, está ausente
da presença de Deus". Agindo assim estão testemunhando que desconhecem a realidade
apresentada pela bíblia?
1ª Co 3. 3-4 “Porque
ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não
sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? Porque, dizendo um: Eu
sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?” Quando alguém, quem quer que seja, se valem das
palavras acima, exaltando a sua igreja, está fazendo nada mais do que os
cidadãos pertencentes a igreja de Corinto, sendo estritamente carnal, o
denominacionalismo pode ser comparado a um time de futebol, cada qual tem o seu
e o dele é o melhor, o mais importante.
O gosto pela denominação é bem variado, há aqueles que
preferem o pentecostalismo acreditando que por presenciar certas práticas, Deus
se faz presente, outros preferem as instituições mais tradicionais, o primeiro
argumento é de que se ela é antiga logo ela é verdadeira, já existem aqueles
que preferem seguir as instituições que se rotulam como sendo verdadeiras e que
tem profetas e profetizas, e o seu surgimento foi previsto e determinado antes
da fundação do mundo. Existem ainda aqueles que gostam do “evangelho” da
prosperidade, onde é cultuado uma espécie de deus mago.
A necessidade da
denominação é tão grande que mesmo alguns não conseguem prestar culto a Deus
fora de um templo religioso, acreditam que igreja se restringe a um lugar feito
de alvenaria. Tudo isso e ainda mais existe no mundo religioso
denominacional, todas elas sem exceção infla o ego do seguidor que uma vez
cegado pela constante lavagem cerebral aderiu à ideia de que ele (a) é um
escolhido a trilhar os caminhos da amada igreja.
Quando Israel foi chamado a
ser o povo peculiar de Deus entre todas as nações, Dt. 7. 6 “Porque povo santo
és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu
povo especial, de todos os povos que há sobre a terra.” Foi instituído um lugar exclusivo de culto, 2ª Cr. 6. 5-6 “Desde o dia em que tirei a meu povo da terra do Egito, não escolhi
cidade alguma de todas as tribos de Israel, para edificar nela uma casa em que
estivesse o meu nome; nem escolhi homem algum para ser líder do meu povo,
Israel. Porém escolhi a Jerusalém para que ali estivesse o meu nome; e escolhi
a Davi, para que estivesse sobre o meu povo Israel.”
Nem por isso o lugar
de culto ficou eternamente sendo exclusiva e unicamente sendo Jerusalém Jo. 4. 20-21 “Nossos pais
adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve
adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte
nem em Jerusalém adorareis o Pai.” Antigamente os judeus diziam e com razão aos
samaritanos, “vocês estão perdendo tempo Deus não habita neste lugar, portanto
o seu culto é sem valor”, atualmente o meio denominacional cristão diz: se você
não se converter a minha igreja... é perda de tempo.
Mc. 9. 38 “E João lhe
respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual
não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue.” Jesus não aprovou tal conduta e naturalmente não aprova
a que vemos na atualidade. Na realidade o que temos percebido em meio a este
crescente número de instituições denominadas cristãs onde cada qual diz ter um
benefício que a destaca das demais é algo que a bíblia denomina como Babilônia.
O termo babel expressa na verdade confusão, para aquele caso específico
confusão de linguagem, a Babilônia que estou retratando é a Babilônia
religiosa, ou mais precisamente confusão religiosa. Mc.
9. 39. 40 “Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça
milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra
nós, é por nós”. Qual denominação religiosa cristã preciso me filiar para não ser contra Cristo? Por isso o título da postagem, não é o fato de pertencer a uma denominação específica que me torna favorável a Cristo.