1ª Pe. 3.15
“Antes, santificai a Cristo, como Senhor,
em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor
a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.”
Atualmente vivemos em
uma sociedade completamente descrente, onde o espiritual é tido como crença de
gente ignorante, mas em uma sociedade materialista a realidade só pode ser
mostrada através daquilo que é visível. O que as pessoas acham da ressurreição
de Jesus? Como nós podemos responder com argumentos fortes a favor da
ressurreição? Temos certeza em nós mesmos de que Jesus realmente ressuscitou
dos mortos? Como podemos evidenciar esses fatos?
Desde os
primórdios do cristianismo o assunto ressurreição de Jesus encontrou muita
resistência, a começar por grande parte dos judeus. Em meio a essa repulsa Deus
levantou um homem que acredito ser um dos principais expoentes da doutrina da
ressurreição, Saulo da cidade de Tarso, mais tarde conhecido como Paulo.
Não
incluo ateus, mas sim cristãos, acredito que para alguém que se diz acreditar
em Deus, mas negue a ressurreição, tal pessoa não viu os escritos bíblicos, ao menos
as cartas de Paulo. Se leram as suas cartas, deve ter motivos que realmente
desconheço para negar a ressurreição de Jesus, um dos motivos acredito Eu, é
achar que Paulo era um louco. Alias este foi o juízo que fizeram dele. At. 26.24 “Dizendo ele estas
coisas em sua defesa, Festo o interrompeu em alta voz: Estás louco, Paulo! As
muitas letras te fazem delirar!” Esta foi a
impressão que teve o governador Pórcio Festo.
Vale salientar que um louco não escreve como Paulo
escreveu, as suas admoestações são palavras ditas por alguém plenamente
consciente, as suas cartas tem plena simetria, não são contradizentes. Claro
está que as suas admoestações variavam de um povo para outro, a repreensão que
Ele usou para os da cidade de Corinto foi diferente para os da Galácia, mas o
conteúdo era o mesmo o que Ele apresentava era o Cristo ressuscitado.
E foi exatamente isso que ele Paulo respondeu para o
governador; At. 26.25 Paulo, porém, respondeu: “Não estou louco, ó
excelentíssimo Festo! Pelo contrário, digo palavras de verdade e de bom senso.”
Vale lembrar que o motivo pelo qual o governador disse que Paulo estava
louco é o mesmo que uma parcela dos incrédulos dizem atualmente ou seja não só
são resistentes a questão da ressurreição como são difamadores e blasfemos. At. 26.23 “Isto é, que o Cristo devia padecer e, sendo o primeiro da ressurreição
dos mortos, anunciaria a luz ao povo e aos gentios.” Isso mesmo, a ressurreição
dos mortos! Ela foi e tem sido a
causa de difamação dos crentes por parte dos incrédulos.
Um louco
não tem uma causa definida, um louco é imprevisível nas suas ações e realizações,
podemos esperar uma linha de raciocínio definida e equilibrada vinda de um
louco? Não, não Podemos! Exigir equilíbrio no discurso de um insano e ir contra
a lógica; Paulo foi equilibrado nas suas ações e ensinamentos. A alegação que
Paulo era um agitador desequilibrado partiu dos judeus, naturalmente deveria
partir, pois eles estavam lutando para que a verdade da ressurreição não fosse
divulgada, imagine alguém ter que conviver com o fantasma atormentador do erro?
Essa era
a situação dos líderes judaicos, principalmente eles. Queriam a qualquer custo
sufocar o florescente pensamento da ressurreição, eles não poderiam se
conformar com isso, afinal foram eles em primeira instância que “trabalharam”
para dar fim ao nascente movimento de Jesus Cristo. Então qualquer que
defendesse ou divulgasse Jesus e os seus ensinamentos e a esperança da
ressurreição era tido a princípio por um louco, depois era perseguido.
A outra parcela acreditava e acredita que Paulo foi um mentiroso, mas a sua mudança radical de partido o qual Ele pertencia nos mostra que não foi loucura e muito menos uma mentira que fez com que Paulo tornasse um adepto do florescente ensinamento de Cristo. A princípio, Ele defendia a ideia do farisaísmo, movimento ortodoxo dos judeus nos seus dias, pertencer a seita dos fariseus era tido como algo importante e extremamente relevante.
A outra parcela acreditava e acredita que Paulo foi um mentiroso, mas a sua mudança radical de partido o qual Ele pertencia nos mostra que não foi loucura e muito menos uma mentira que fez com que Paulo tornasse um adepto do florescente ensinamento de Cristo. A princípio, Ele defendia a ideia do farisaísmo, movimento ortodoxo dos judeus nos seus dias, pertencer a seita dos fariseus era tido como algo importante e extremamente relevante.
A
declaração do próprio Paulo nos mostra que a mentira não fazia parte da sua
oratória, se Ele dizia que Cristo ressuscitou contrariava o meio que Ele vivia,
mas se não contrariasse a Deus não fazia diferença, só não podia ser o
contrário, 1 Co. 15.15 E somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado
contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é
certo que os mortos não ressuscitam. Fica evidente que uma de suas preocupações é não fazer
agravo a sua consciência com relação a pessoa de Deus.
A partir
daí mudar para um movimento sem tradição e praticamente rejeitado pelos líderes
da nação e principalmente por aqueles do seu partido, seria sofrer serias
conseqüências, algo que por si só o homem não faria. Os textos de Paulo, a sua
preocupação com a jovem igreja, a sua repreensão e apologia, nos mostram que
ele não mentia. 2 Co. 11.31 O Deus e Pai do
Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto.
Ninguém em sã consciência gosta de sofrer agravo, de
enfrentar as autoridades e muito menos perder os amigos, Paulo tudo isso
suportou, qual foi a causa que o levou a ter uma mudança radical em sua vida?
Acredito que aqui está a chave que abre o enigma da mudança radical na vida de
Paulo At. 9.1-2 Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor,
dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a
fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como
mulheres, os levasse presos para Jerusalém.
Até aquele memento Paulo era um fariseu perseguidor na
nascente igreja, a partir dai então a sua história tomou outro rumo At. 9.3-6 Seguindo ele estrada fora, ao
aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e,
caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou
Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te
dirão o que te convém fazer.
De perseguidor passou a ser perseguido, reparem que Paulo
ao menos reconhece a vos de Jesus dando a entender que Ele Paulo não estava
preocupado com o resultado da sua perseguição e muito menos com o agravo que
ele viria fazer. Digo sem medo de errar que a história da ressurreição, a
mudança de rumo na vida de Paulo são fatos que dão indicio de veracidade, não foi
loucura não foi mentira, foi transformação interior. Uma força espiritual moveu
a história de Paulo.