sábado, 15 de novembro de 2014

Acaso e destino, "deuses" velhos e atuais.

Os ateus e humanistas atribuem os acontecimentos que nos cercam como obra do acaso. O acaso é a visão ateísta de fatalismo, muitos que não compreendem a questão bíblica da predestinação e mesmo da soberania de Deus em guiar a história confundem tais acontecimentos como sendo obras do acaso. O fatalismo literalmente significa que os negócios dos homens são controlados por sub-deidades ou fadas, ou mais popularmente por forças impessoais do acaso.

A predestinação não é baseada nem numa visão mitológica de deuses brincando com nossas vidas, nem numa visão de destino controlado pela colisão ocasional de átomos. A predestinação está enraizada no caráter de um Deus pessoal e justo, um Deus que é o Senhor soberano da história. Acredito que é muito mais tranquilizador acreditar em um Deus soberano do que está nas “mãos” de um acaso indiferente e hostil.

Átomos não têm justiça em si; na melhor hipótese são amorais. Deus é completamente santo e justo. Portanto, devemos saber distinguir determinismo de fatalismo; fatalismo é uma teoria pagã comum, mas ilógica, pelo fato de todas as coisas serem causadas (determinadas) para a teoria fatalista as escolhas humanas não possuem qualquer sentido ou são irrelevantes para os resultados. Tornando então uma desculpa para a ação moral, o fatalismo é falsamente equiparado ao determinismo e a predestinação.

Podemos dizer sem medo de errar que o acaso apesar de velho é um “deus” bem atual, as culturas pagãs geralmente atribuíam ao acaso qualquer acontecimento, 1ª Sm. 6.8-9Então, tomai a arca do Senhor, e ponde-a sobre o carro, e metei num cofre, ao seu lado, as figuras de ouro que lhe haveis de entregar como oferta pela culpa; e deixai-a ir. Reparai: se subir pelo caminho rumo do seu território a Bete-Semes, foi ele que nos fez este grande mal; e, se não, saberemos que não foi a sua mão que nos feriu; foi casual o que nos sucedeu.”

Quando os filisteus capturaram a arca da aliança em Israel por um período de tempo ficaram jubilosos, após isso a calamidade caiu sobre eles, então perceberam que o problema foram eles terem capturado a arca e sendo pagãos cogitaram a idéia de que poderia por acaso não ser a retenção da arca que estivesse causando aquela calamidade, porém o verso bíblico nos informa que não era o simples acaso que trouxera aquela calamidade sobre eles, mas o próprio Deus.

1ª Sm 6.10-12 Assim fizeram aqueles homens, e tomaram duas vacas com crias, e as ataram ao carro, e os seus bezerros encerraram em casa. Puseram a arca do Senhor sobre o carro, como também o cofre com os ratos de ouro e com as imitações dos tumores. As vacas se encaminharam diretamente para Bete-Semes e, andando e berrando, seguiam sempre por esse mesmo caminho, sem se desviarem nem para a direita nem para a esquerda; os príncipes dos filisteus foram atrás delas, até ao território de Bete-Semes.”

O acaso continua sendo a deidade reinante na mente dos céticos e mesmo de muitos “cristãos”. A grande superstição da vida moderna está focalizada sobre o papel do acaso nos negócios humanos, infelizmente acreditam que até mesmo o universo foi obra do acaso. O acaso é um código que usamos para explicar o desconhecido. É o poder da causalidade favorito daqueles que não atribuem poder a nada e a ninguém nem mesmo Deus. Contudo essa atitude supersticiosa em relação aos acontecimentos não é nova, os versos acima nos mostram isso.

Apesar de não ser muito explicito acreditar no acaso é o mesmo que criar um ídolo finito em outras palavras um deus pagão. Ao passo que nós que temos um conceito bíblico somos proibidos de ter qualquer relacionamento com os ídolos, ainda que eles sejam mentais. Is. 42.8 Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.” Além das imagens de esculturas Deus repudia qualquer outro ídolo que possamos imaginar, ainda que sejam as divindades babilônicas que eram “personificadas” nos dias do profeta Isaías, tais como a fortuna é o destino

Is. 65.11-12Mas a vós outros, os que vos apartais do Senhor, os que vos esqueceis do meu santo monte, os que preparais mesa para a deusa Fortuna e misturais vinho para o deus Destino,  também vos destinarei à espada, e todos vos encurvareis à matança; porquanto chamei, e não respondestes, falei, e não atendestes; mas fizestes o que é mau perante mim e escolhestes aquilo em que eu não tinha prazer.” O mesmo se dá com o “deus” acaso.

Na realidade o acaso não pode fazer nada porque ele é nada, na realidade a palavra acaso é usada para podermos descrever possibilidade matemáticas, por exemplo: quando jogamos uma moeda dizemos que existe 50% de chance de sair cara. Se escolhermos cara e der coroa dizemos que não estamos com sorte. Quanta influência tem o acaso no lançamento de uma moeda? O que faz com que de cara ou coroa? Será que a sorte mudaria se soubéssemos de que lado a moeda estava no início? Na verdade o acaso não pode fazer nada quando ao lançar a moeda e nem outra coisa qualquer, isto pelo fato de ele não ser nada.

Antes que alguma coisa possa exercer poder ou influência, precisa primeiro ser alguma coisa. Precisa ser algum tipo de entidade física ou não física, o acaso não é nenhum dos dois. É meramente uma construção mental, não tem poder porque não tem ser. Portanto como não podemos ver tudo o que está acontecendo num lançamento de moeda a olho nu, também os complexos negócios da vida estão além de nossa capacidade de compreender, então inventamos o termo acaso para tentar explicar, contudo o acaso não explica nada, é meramente uma palavra que usamos como abreviação para nossa ignorância.

Em contradição com a teoria do acaso a bíblia nos mostra que Deus está por trás dos acontecimentos que movem a história humana. Pv. 16.9O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.” Pv. 16.33A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda decisão.” Naturalmente estes ensinamentos não surtirão efeitos sobre a mente dos ateus e humanistas, dado a condição espiritual que se encontram, para eles é mais simples acreditarem nas obras do acaso do que em um Deus que age conforme o conselho de sua vontade.

Em sua carta aos Corintios Paulo Falou sobre os judeus e romanos do primeiro século e sua sabedoria secular, podemos traçar um paralelismo interessante com os dias atuais, 1 Co. 2.6-8Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada; mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória; sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória.”  

Não vemos o mesmo dos céticos da atualidade, daqueles que lutam para tirar de Deus o governo do universo. O fato é que a empreitada da qual eles se submeteram é desgastante e  sem proveito, quer queiram quer não, nada irá mudar. Deus, e não um acaso baseado nos signos do zodíaco é que está governando o nosso destino e o deles também, fazem isso pelo fato de não conhecerem a Deus. Is. 46. 9-10 “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.”