Os ateus e humanistas atribuem os acontecimentos que nos cercam como obra do acaso. O acaso é a visão
ateísta de fatalismo, muitos que não compreendem a questão bíblica da
predestinação e mesmo da soberania de Deus em guiar a história confundem tais
acontecimentos como sendo obras do acaso. O fatalismo literalmente significa
que os negócios dos homens são controlados por sub-deidades ou fadas, ou mais
popularmente por forças impessoais do acaso.
A
predestinação não é baseada nem numa visão mitológica de deuses brincando com
nossas vidas, nem numa visão de destino controlado pela colisão ocasional de
átomos. A predestinação está enraizada no caráter de um Deus pessoal e justo,
um Deus que é o Senhor soberano da história. Acredito que é muito mais tranquilizador acreditar em um Deus soberano do que está nas “mãos” de um acaso
indiferente e hostil.
Átomos
não têm justiça em si; na melhor hipótese são amorais. Deus é completamente
santo e justo. Portanto, devemos saber distinguir determinismo de fatalismo;
fatalismo é uma teoria pagã comum, mas ilógica, pelo fato de todas as coisas
serem causadas (determinadas) para a teoria fatalista as escolhas humanas não
possuem qualquer sentido ou são irrelevantes para os resultados. Tornando então
uma desculpa para a ação moral, o fatalismo é falsamente equiparado ao
determinismo e a predestinação.
Podemos
dizer sem medo de errar que o acaso apesar de velho é um “deus” bem atual, as culturas
pagãs geralmente atribuíam ao acaso qualquer acontecimento, 1ª Sm. 6.8-9 “Então, tomai a arca do Senhor,
e ponde-a sobre o carro, e metei num cofre, ao seu lado, as figuras de ouro que
lhe haveis de entregar como oferta pela culpa; e deixai-a ir. Reparai: se subir
pelo caminho rumo do seu território a Bete-Semes, foi ele que nos fez este
grande mal; e, se não, saberemos que não foi a sua mão que nos feriu; foi
casual o que nos sucedeu.”
Quando
os filisteus capturaram a arca da aliança em Israel por um período de tempo
ficaram jubilosos, após isso a calamidade caiu sobre eles, então perceberam que
o problema foram eles terem capturado a arca e sendo pagãos cogitaram a idéia
de que poderia por acaso não ser a retenção da arca que estivesse causando
aquela calamidade, porém o verso bíblico nos informa que não era o simples
acaso que trouxera aquela calamidade sobre eles, mas o próprio Deus.
1ª Sm 6.10-12 “Assim fizeram
aqueles homens, e tomaram duas vacas com crias, e as ataram ao carro, e os seus
bezerros encerraram em casa. Puseram a arca do Senhor sobre o carro, como também o cofre com os ratos de ouro
e com as imitações dos tumores. As vacas se encaminharam diretamente para
Bete-Semes e, andando e berrando, seguiam sempre por esse mesmo caminho, sem se
desviarem nem para a direita nem para a esquerda; os príncipes dos filisteus
foram atrás delas, até ao território de Bete-Semes.”
O acaso continua sendo a deidade reinante na mente dos
céticos e mesmo de muitos “cristãos”. A grande superstição da vida moderna está
focalizada sobre o papel do acaso nos negócios humanos, infelizmente acreditam
que até mesmo o universo foi obra do acaso. O acaso é um código que usamos para
explicar o desconhecido. É o poder da causalidade favorito daqueles que não
atribuem poder a nada e a ninguém nem mesmo Deus. Contudo essa atitude
supersticiosa em relação aos acontecimentos não é nova, os versos acima nos
mostram isso.
Apesar de não ser muito explicito acreditar no acaso é o
mesmo que criar um ídolo finito em outras palavras um deus pagão. Ao passo que
nós que temos um conceito bíblico somos proibidos de ter qualquer relacionamento
com os ídolos, ainda que eles sejam mentais. Is. 42.8 “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha
glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de
escultura.”
Além das imagens de esculturas Deus repudia qualquer outro ídolo que possamos
imaginar, ainda que sejam as divindades babilônicas que eram “personificadas”
nos dias do profeta Isaías, tais como a fortuna é o destino
Is. 65.11-12 “Mas a vós outros, os que vos apartais do Senhor, os que vos esqueceis do meu santo monte, os que
preparais mesa para a deusa Fortuna e misturais vinho para o deus Destino,
também vos destinarei à espada, e todos vos encurvareis à matança;
porquanto chamei, e não respondestes, falei, e não atendestes; mas fizestes o que é mau perante mim e escolhestes aquilo em que eu não
tinha prazer.” O mesmo se dá com o “deus”
acaso.
Na realidade o acaso não pode fazer nada porque ele é
nada, na realidade a palavra acaso é usada para podermos descrever
possibilidade matemáticas, por exemplo: quando jogamos uma moeda dizemos que
existe 50% de chance de sair cara. Se escolhermos cara e der coroa dizemos que
não estamos com sorte. Quanta influência tem o acaso no lançamento de uma
moeda? O que faz com que de cara ou coroa? Será que a sorte mudaria se
soubéssemos de que lado a moeda estava no início? Na verdade o acaso não pode
fazer nada quando ao lançar a moeda e nem outra coisa qualquer, isto pelo fato
de ele não ser nada.
Antes que alguma coisa possa exercer poder ou influência,
precisa primeiro ser alguma coisa. Precisa ser algum tipo de entidade física ou
não física, o acaso não é nenhum dos dois. É meramente uma construção mental,
não tem poder porque não tem ser. Portanto como não podemos ver tudo o que está
acontecendo num lançamento de moeda a olho nu, também os complexos negócios da
vida estão além de nossa capacidade de compreender, então inventamos o termo
acaso para tentar explicar, contudo o acaso não explica nada, é meramente uma
palavra que usamos como abreviação para nossa ignorância.
Em contradição com a teoria do acaso a bíblia nos mostra
que Deus está por trás dos acontecimentos que movem a história humana. Pv. 16.9 “O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.” Pv. 16.33 “A sorte se lança no regaço, mas do Senhor
procede toda decisão.” Naturalmente estes ensinamentos não surtirão efeitos
sobre a mente dos ateus e humanistas, dado a condição espiritual que se
encontram, para eles é mais simples acreditarem nas obras do acaso do que em um
Deus que age conforme o conselho de sua vontade.
Em sua carta aos Corintios Paulo Falou sobre os judeus e
romanos do primeiro século e sua sabedoria secular, podemos traçar um
paralelismo interessante com os dias atuais, 1 Co. 2.6-8 “Entretanto,
expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste
século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada; mas
falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou
desde a eternidade para a nossa glória; sabedoria essa que nenhum dos poderosos
deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam
crucificado o Senhor da glória.”
Não vemos o mesmo dos céticos da atualidade, daqueles que
lutam para tirar de Deus o governo do universo. O fato é que a empreitada da
qual eles se submeteram é desgastante e sem proveito, quer queiram quer não,
nada irá mudar. Deus, e não um acaso baseado nos signos do zodíaco é que está
governando o nosso destino e o deles também, fazem isso pelo fato de não
conhecerem a Deus. Is. 46. 9-10 “Lembrai-vos das coisas passadas da
antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro
semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a
antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho
permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.”