quinta-feira, 5 de maio de 2016

Do reino dos homens, para o reino de Deus.

No atual cenário sociopolítico em que vivemos o que podemos esperar do futuro? Qual governo deve ser instalado a fim de sanar as mazelas que presenciamos? No modelo político dos países subdesenvolvidos percebe-se uma impregnação geral da corrupção, contribuindo para o aumento da desigualdade e um consequente crescimento da marginalidade acompanhada da violência.

Naturalmente isso tem ocorrido devido à frouxidão das leis, leis estas as quais muitas das vezes tem sido formuladas com o objetivo de se tornar uma via de mão única. Ou seja, tem se pensado muito nos direitos humanos, não sou contra o verdadeiro direitos humanos, mas muitos estão exigindo direitos que em sua grande maioria são contestáveis e acima de tudo tem beneficiado somente uma parcela da população.

Na atualidade podemos empregar um texto do profeta Isaías o qual se dirigiu primariamente ao povo judeu dos seus dias, e no mundo em que vivemos podemos utilizar como texto chave para por em relevo o verdadeiro andar da nossa sociedade, Is. 5. 20 “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!

E para fugir das dificuldades encontradas nos ditos países, existem aqueles que são adeptos da imigração, esperando com isso viver em países os quais poderão lhe proporcionar melhores benefícios. Na realidade não percebem essas pessoas que o problema social não está restrito apenas aos países de terceiro mundo; claro está que muitos dos líderes são omissos, pois não tratam com severidade a criminalidade existente, infelizmente em muitos casos os reclamos das leis são silenciados ou deixados de lado.

No entanto, o problema social não é um problema local, mas mundial. Quem irá garantir que nos ditos países de primeiro mundo não existe corrupção, opressão e desigualdade? Claro está que para suprimir um pouco da desigualdade nos países de terceiro mundo, falta muita coisa, entre elas podemos destacar: (1º) homens de boa vontade, (2º) revisão do código legal, (3º) aplicabilidade legal para todos, sem distinção, (4º) cumprimento irrestrito e irrevogável das penalidades advindas das infrações cometidas.

Existe um texto bíblico que descreve exatamente o que estou tentando dizer acerca do estado caótico em que chegamos, encontra-se no livro de Ec. 10.16 “ Ai de ti, ó terra cujo rei é criança e cujos príncipes se banqueteiam já de manhã”. Esta é a mais pura realidade, uma pátria não será próspera até que os seus filhos saibam respeitá-la, quando digo filhos não me refiro apenas a massa, mas todos sem distinção.

Quanto a imigração digo que imigrar para o país de primeiro mundo não será a solução, isso pelo fato de não ser permitido nem mesmo tolerado ou ainda suportado a imigração em massa, mesmo se pudesse ser feito acredito ainda que muitos buscariam retornar aos seus países de origem, pois se existem aqueles que se sentem oprimidos e injuriados em casa, imaginem longe dela.

Mas vamos utopicamente imaginar que os países de primeiro mundo cooperassem para promover o bem estar social de 99% da população que vive nos países subdesenvolvidos; o problema persistiria, pelo fato de 1% não ter se enquadrado nesta estatística. Com relação aos problemas sociais que afligem não só aos países de 3º mundo Eu peço a Deus que ele possa ter de misericórdia daqueles que o buscam, fato é que seguindo a orientação bíblica e “antevendo” o desenrolar da sociedade contemporânea só tenho a lamentar e acreditar no que Paulo nos escreveu em sua segunda carta a Timóteo, 2ª Tm. 3.13 “Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”.

Assim sendo o que esperar do futuro? O que esperar de um mundo onde grassa a corrupção e a injustiça? Onde as leis são formuladas para se acomodar a um humanismo vestido com roupagem de misericórdia? Onde a boa instrução é tida como lição de gente ignorante? O que esperar de um futuro, onde a moral a ética e os bons costumes estão sendo substituídos por um humanismo enfermo pela concupiscência carnal?

Mediante isso qual governo ou sistema governista que seria apropriado para estabelecer a ordem à paz e o progresso mundial? Sabemos, no entanto que vários governos e regimes estipulados já foram inseridos e experimentados em nosso mundo, contudo nenhum deles trouxe um equilíbrio que pudesse satisfazer e beneficiar a todos. O que fazer então? Se desesperar por pertencer uma pátria onde muitas das vezes as leis são barganhadas e os líderes do povo são tidos como os “acima da lei”?

Se rebelar e se tornar um contraventor, tendo como apoio a falsa ilusão mental de que “em terra de cego quem tem um olho é rei”, isto é, já que “todos” são assim serei também? Ou aplicar o pensamento pagão que permeava a sociedade dos dias de Paulo, 1ª Co. 15.32 Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos”. Grifo meu.

Acreditar que os países sub desenvolvidos irão prosperar e se tornar países de 1º mundo é o mesmo que acreditar que os países desenvolvidos irão se unir para amenizar a pobreza, ou seja, é algo completamente utópico. O pensamento de Kant, Marx e outros quando disseram que a religião é ópio se encaixa perfeitamente para aqueles que acreditam que os governantes irão se unir para estabilizar as questões sociais que assolam a humanidade, ou seja, ledo engano.

Em suma, as disputas políticas irão continuar, independente se o país está ou não em crise, a direita contra a esquerda, alguns poucos bem intencionados, mas a corrupção a desigualdade o jogo pelo poder irão continuar, Ec. 3.16 “Vi ainda debaixo do sol que no lugar do juízo reinava a maldade e no lugar da justiça, maldade ainda”. Isso é característico no reino dos homens, não há como esperar um estado de coisas diferente.

Ainda existe o fato de grande parte do ser humano não conseguir viver em regimes  democráticos, confundem democracia com vandalismo, anarquia e coisas semelhantes, transformam liberdade em libertinagem. O fato é que esse estado de coisas são necessários, e ninguém se iluda pensando que tais acontecimentos passarão para sempre. A corrupção, a injustiça, a libertinagem e toda sorte de revezes serão julgados e todos os que a praticam serão condenados, não importa se não acreditam, isso não faz com que o o juízo de Deus seja anulado. Rm. 3.5-6 Mas, se a nossa injustiça traz a lume a justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto por aplicar a sua ira? (Falo como homem.) Certo que não. Do contrário, como julgará Deus o mundo?”

Ou seja, o estado caótico que se encontra a sociedade faz parte de um contexto que tem por objetivo revelar outro atributo de Deus, a justiça. Não podemos desfalecer e nem mesmo nos corromper, pelo grande motivo de vivermos não vou dizer em um país corrupto e injusto, mas em um mundo injusto e problemático, pelo contrário, devemos continuar firmes, acreditando não em uma melhora política ou mesmo que surgirá um super homem bem intencionado que trará solução para os problemas sociais que assolam a humanidade, pelo contrário, devemos estar atentos a grande transição governamental que irá acontecer, ou seja, o fim do reino dos homens e o estabelecimento do reino de Deus.

Dn. 7. 22 “Até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino”. Na verdade podemos esperar melhores coisas, e podemos crer e confiar que uma nova ordem mundial justa em breve irá se materializar, a humanidade precisa de alguém que o governe com justiça e equidade, no entanto o governo vindouro não será um modelo democrático, fato é que o ser humano em sua grande maioria não sabe viver em regime  democrático. Confundem democracia com vandalismo, anarquia e coisas semelhantes.  


Evandro.